Boneca De Pano 2 escrita por Daniella Rocha


Capítulo 1
Capítulo 1 — Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Olá, vocês meninas. Pelos últimos reviews que recebi no epílogo de "Boneca de Pano" eu vejo que vocês gostam muito da minha pessoa, né? kkkkkk'
Primeira temporada foi só relatando o modo como a Nicole e o Tony sentiam-se a respeito da paternidade e etc. como vocês viram, né? Agora vamos saber o desenrolar desse relacionamento entre pai/filha ;D
Gente, na boa, eu super gosto do Cho spakposa' Ele é um personagem BASEADO - continua sendo original, porque o senhor Cho é meu e fim de papo spokpsa - no Pr. Lucinho Barreto, quem conhece ele levanta a mão pskapoa' Espero que vocês se divirtam bastante com ele. E na primeira temporada o doutor da Nicole, o doutor Thompson, chamado aqui de doutor T apareceu algumas vezes e nessa temporada ele vai ser mais focado também, ok?
Espero que vocês curtem ;D
BOA LEITURA! xD



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/381915/chapter/1


“Eu te amo, ò Senhor, força minha. O Senhor é a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador; o meu Deus, o meu rochedo em que me refugio; o meu escudo, a força da minha salvação, o meu baluarte. Invoco o Senhor, digno de ser louvado, e serei salvo dos meus inimigos.” Salmos dezoito, ah, como ele gostava de Salmos. Cada palavra tocava tão fundo em seu coração quebrantado que seus olhos se enchiam de água ao varrer os olhos pelas linhas de seu sagrado livro.
Com sua bengala surrada ele começou a caminhar pela calçada lentamente e assim ele prosseguiu até onde seu coração — o Espírito Santo que o guiava — o mandava ir.
Não, ele não tinha parentes em Nova York, ele não tinha um lugar para ficar, ele não tinha dinheiro, apenas as roupas do corpo, uma bolsa travessal, a bengala, o pouco inglês conhecido e sua Bíblia e só com esta última ele já estaria mais que satisfeito. Ele não teria se importado de ter continuado na Coreia do Norte e de morrer por não reconhecer o ditador como divindade¹...
O freio de um carro fez com que o senhor Cho paralisasse no lugar e encarasse o veículo a sua frente. Um homem alto e moreno saiu de dentro da Mercedes prata e caminhou até ele.
— O senhor está bem? — Perguntou abalado e o senhor Cho sorriu simpaticamente — depois que seu coração conseguiu encontrar o ritmo de sempre nas batidas, é claro.
— Sim, sim. — Dizia enquanto gesticulava com a cabeça positivamente repetidas vezes.
— Que isso? É melhor eu te levar em algum hospital, eu estou falando sério. — O homem ainda estava abalado. — Mas o senhor não olha antes de atravessar a rua? — Perguntou com certa indignação.
— Distraído, eu estava distraído. — Seu sotaque era nítido. — Eu sou Cho.
— Ah, eu sou John. Vem, vamos sair do meio da rua. — John o levou para dentro de seu carro e rapidamente dirigiu até o hospital em que seu primo trabalhava: o doutor Thompson, mas conhecido como doutor T.
— Me perdoe, jovem. — Cho pediu, seu timbre deixava claro que ele realmente se arrependia de ter criado uma situação dessas para o rapaz que, se duvidasse, estava tremendo até agora.
— Tudo bem, só tome mais cuidado da próxima vez. Eu vou levar o senhor ao hospital, ok? O senhor tem celular? Pode comunicar o ocorrido a alguém?
— Ah, não. Mas não se preocupe. — Sorriu.
— O senhor não tem parente aqui? De onde o senhor é? — John se preocupou, pois como aquele senhor que parecia ter quase setenta anos de idade iria sobreviver em uma cidade como Nova York sem alguém? Ele acabaria sendo morto, e esse pensamento fez John balançar a cabeça de pavor, pois foi quase isso que ele fez minutos atrás.
— Sou da Coreia do Norte. — Disse enquanto retirava de sua bolsa sua Bíblia e a acariciava. John olhou aquilo com uma sobrancelha arqueada, mas deixou quieto.
— E o senhor veio sozinho para cá?
— Sim. Viajem longa. — Disse fazendo gesto com as mãos como se estivesse mandando alguém embora e depois voltou a colocá-la sobre a Bíblia.
— O senhor é crente? — Não conseguiu evitar a pergunta.
Cho olhou para ele e abriu um sorriso de pura felicidade e respondeu:
— Você ainda não?

Richard Thompson ou apenas doutor T, vestia uma roupa própria do hospital e por cima um jaleco, ele se aproximou de John Thompson que estava acompanhado do senhor Cho e arqueou uma sobrancelha como quem pergunta “o que você aprontou dessa vez?”
— Esse que é o seu parente jovem John? — Cho perguntou curioso.
— É sim.
— Não se parecem.
— É porque somos primos bem distantes, senhor...? — T perguntou com um sorriso forçado nos lábios. Detestava que seu primo mimado fosse ao hospital, pois sempre era para lhe trazer problemas.
— Cho. Eu disse ao jovem John que não precisava ter-me trago — gesticulou com a mão para o corredor do hospital — para cá, além do mais ele não chegou a me atropelar e eu estou bem.
— Atropelar? — T arregalou os olhos e olhou feio para John.
— Não ouviu ele dizendo “não chegou”? Eu nem toquei nele, eu só o trouxe porque, sei lá cara, vai que o homem tem um enfarte depois?
Cho riu e balançou a cabeça negativamente.
— Estou bem. — Jogou de ombros e sorriu gentilmente.
— É melhor fazermos alguns exames senhor Cho, vem, acompanhe-me. — T pegou em um dos braços de Cho. — E depois nós vamos conversar. — Disse olhando para seu primo com os olhos semicerrados.
— Pensei que primos distantes como a gente que praticamente cresceu no mesmo cercadinho não tivéssemos tanta intimidade assim para conversarmos depois de tanto tempo sem nos vermos. — Provocou, visto que eles moravam no mesmo apartamento.
— É John, continue brincando. — Deixou claro e caminhou pelo final do corredor ao lado do Cho.
John apenas riu consigo mesmo e andou em direção ao elevador, detestava hospitais, ali era o lugar mais próximo de um inferno que a Terra possuía, segundo o senhor Cho que praticamente o discípulou dentro do carro, mas aquele era apenas mais um motivo — que havia acabado de entrar na sua lista “motivos pelos quais detesto hospitais” —, pois tinha o fato de que, bem, ele apenas detestava, esse era o tópico um da sua lista longa de, agora, dois itens.

— Então parece que o senhor estava certo Cho, o senhor está ótimo. — T disse enquanto escrevia alguma coisa no prontuário. Depois ele o colocou sobre a mesa e se virou para Cho.
— Obrigado doutor. Eu penso que pelo — umedeceu os lábios procurando a palavra que expressaria o que ele queria dizer — luxo do hospital ele seja particular, não é mesmo?
— É verdade senhor Cho, mas não se preocupe meu primo vai pagar sua consulta. — Sorriu contente consigo mesmo.
— Tem certeza? — Semicerrou os olhos e se aproximou do doutor como se lhe dissesse “não brinque com o coração deste velho, jovem”.
— Absoluta certeza. — Se levantou e ajudou o senhor Cho a se levantar. — Vamos, eu te acompanho até a recepção e assim o senhor poderá ligar para seus parentes para que eles lhe busquem.
— Eu não tenho parentes doutor. — Disse enquanto aceitava ser ajudado.
— Como assim?
— Apenas me deixe até a saída do hospital, sim?
— O senhor mora sozinho? — Franziu o cenho, mas Cho fez uma coisa que ele sempre gostava de fazer: responder com outra pergunta:
— Onde fica a igreja mais próxima daqui?
— Não muito longe. — Respondeu abrindo a porta do consultório.
— O doutor vai à igreja?
T riu sem graça.
— Às vezes.
— Que isso meu jovem? Vamos riscar essa palavra do seu vocabulário, jogá-la no chão e dançar sobre ela. — Parou de andar e colocou a bengala encostada na parede e depois capturou as mãos do doutor T. — Irei interceder pela sua vida doutor. — Dito isso Cho começou a orar e as pessoas que passavam pelo corredor olhavam aquela cena inusitada e T sorria sem graça e depois abaixou a cabeça constrangedoramente. Quando chegasse ao apartamento ele ia socar John por aquilo.

O problema não era o fato de seu nome sempre ser chamado na recepção e ele ter que parar tudo o que está fazendo e correr para a emergência. O problema não era seu primo ter ido morar com ele há quase nove meses e o ingrato do ser humano fútil achar que só porque ele trabalhava até sonhando e ganhava um ótimo salário iria sustentá-lo. Oh, não, o problema era esse ingrato ser humano fútil sempre lhe trazer confusão, veja a situação: ele perdeu o senhor Cho dentro daquele pequeno hospital pelo fato de ter ocorrido uma emergência e ele ter pedido encarecidamente para o senhor Cho esperá-lo na recepção, mas o abençoado do ancião coreano não podia ver uma coisa que respirasse que já estava lá, intercedendo por sua vida, o homem só faltava pedir dizimo e batizar nas águas — mas T apostava que se ali tivesse um tanque d’água ele não pensaria duas vezes antes de socar a pessoa lá dentro. Quando ele voltara para a recepção apenas encontrara a recepcionista chorando e dizendo que Cho havia sido enviado por Deus, não, o doutor T não duvidava disso, mas será que o senhor Cho não podia deixar uma pista de onde ele estava fazendo seu pequeno grande culto agora?
Espera... Aquilo eram pessoas chorando? Certo, ele havia passado por ali. Acabou que no final ele deixou um rastro por onde havia passado, T sorriu com esse fato e continuou seguindo pela parte onde levava a UTI. O doutor foi de quarto em quarto até que o encontrou no quarto cento e trinta e sete.
— Senhor Cho. — T caminhou até ele aliviado. Cho estava de costas para ele e ao lado de uma maca. — O senhor não pode entrar nessa área, vamos. — Ele se aproximou mais de Cho e viu que o ancião olhava para a garota loura com aparelhagens ligadas ao que parecia em todo seu corpo.
— Qual é o nome dessa criança? — Perguntou com a voz embargada pelo futuro choro que ameaçava surgir.
— Nicole Faith. — Suspirou.
— O que ela tem?
— Entrou em coma há quase um ano.
 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

¹http://www.portasabertas.org.br/noticias/2013/04/2458275/
###
Doutor T: http://www.formulatv.com/fotos/a/106000/106035/3rl3h8hvffa8nmggt94d9a21c335125_todd-williams-2---the-chicago-code_m.jpg
###
John MEU Thompson kkkk': http://osimortaisbra.files.wordpress.com/2012/05/julian-morris-julian-morris-13776194-604-404.jpg
###
E finalmente vocês descobrem o que aconteceu com a Nicole e voltam a gostar de minha pessoa, certo? *u* Não? ._. Ok ;/
pskaopsa' Gostaram?
Comentem! Favoritem! Recomendem! E sejam felizes! *u*
Nos vemos por ai! ;D
Beijooos! Fiquem com Deus! ;***



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Boneca De Pano 2" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.