A aula estava demorando pra passar, e Castiel parecia á estar irritado com isso. Afinal, o quê ele estava planejando?

Quando o sinal bateu pro intervalo, eu me levantei da carteira na velocidade da luz, e fiquei do lado de fora da sala esperando o Castiel sair.

Esperei um pouco, e como ele não saia, resolvi entrar pra ver  o que estava acontecendo. E a cena que presenciei me machucou, não sei porquê, mais doeu.

Castiel estava beijando uma garota ruiva. Não dava pra eu ver o rosto dela direito, mais dava pra perceber que ela é bonita.

Senti que meu coração falhou uma batida, e sai depressa da sala, para que eles não me vissem.

Castiel deveria ter namorada, mais por que ele nunca tocou no assunto comigo? Ele planejava me enganar?

Fui para o pátio, eu não estava me sentindo muito bem.

- Mayu, o que foi? – Lysandre perguntou tocando o meu ombro.

Não disse nada a Lysandre, somente o abracei, por esses tempos, o meu melhor rémedio, tem sido o abraço.

Lysandre parecia assustado no inicio, mais depois correspondeu.

- Mayu, vamos para outro lugar, ai você pode me explicar o que aconteceu? – Lysandre pediu, eu acenti com a cabeça.

Seguimos para o jardim, onde nos sentamos na sombra de uma grande arvore.

- Castiel havia me pedido pra me encontrar com ele no terraço da escola, e quando eu sai da sala para espera-lo, ele estava demorando, e quando entrei na sala ele estava beijando uma garota ruiva – eu disse a Lysandre, que só me ouvia – Por que ele fez isso? Ele me convidou para ir ao terraço e sai beijando outras meninas? Eu sei que não tenho o direito de lhe cobrar nada mais... poxa – Disse e esperei a resposta de Lysandre sobre os fatos que contei.

- Olha Mayu, a garota que você viu Castiel beijando provavelmente era a Iris, eles tiveram seus rolos, não sei se continuam, mais pelo o que você de disse, sim, continuam – Ele me olhou – Não sei  porque ele marcou um encontro com você, e beijou outra garota, Castiel é confuso – Lysandre realmente estava confuso

Eu ia responde-lo, mais ai quem aparece? Castiel.

- Garota, o que houve? Eu fiquei te esperando lá no terraço – Ele parecia nervoso.

- A é? Por que você não foi se divertir com outra garota então Castiel? – Ele ficou meio confuso, revirei os olhos -  Eu vi você beijando uma garota na sala de aula – Então Castiel pareceu perceber a situação.

Castiel parecia nervoso, tanto que passou as mãos pelos cabelos.

- Sim eu beijei outra garota, mais e daí? Não te devo sastifações, pelo que eu saiba – Ele disse bravo

- Se você não me deve satisfações,  ótimo, pois nunca vai me deve-las, pois se nós eramos amigos ou sei lá, acabou por aqui – Eu disse com lágrimas nos olhos e sai no jardim, apesar de ouvir o Lysandre me chamar.

Eu estava correndo , e quando eu ia entrar no colégio, trombo em alguém.

- Ai... m-me desculpe – Digo, e vejo que a pessoa em quem trombei era Alexy

- Tudo bem.. – Alexy me olhou – Mayu!!! – Me abraçou – Tudo bem? – Perguntou com um sorriso enorme, que murchou ao ver meus olhos com lágrimas.

Alexy ia me perguntar o que estava acontecendo, mais o sinal para volta as aulas bateu, e eu somente fui até minha sala.

Sentei no meu lugar e fiquei de cabeça baixa, esperando pelo professor, até que...

- Olha só, ei garota, cadê o seu protetor? O Castiel? – Essa voz, era Ambre

Levantei minha cabeça para olha-la, ela estava ao lado da minha carteira.

- O Castiel não é meu protetor – Eu lhe respondi.

- Ótimo – Ela, com suas unhas enormes, apertou meu rosto com elas, furando minha pele, segurei em seu pulso, para faze-la parar, coisa que parecia impossível, eu era muito fraca – Fique longe do meu Castiel e do Nathaniel, fui claro aprendiz de vadia? – Ela dizia isso olhando nos meus olhos, então, ela com a mão livre, me deu uma tapa no rosto.

A imagem dela e de Gerald foi se confundindo na minha cabeça, eu estava confusa. Me perguntava onde estavam os alunos que não viram isso, onde estava o professor que não chegava, então, sai correndo da sala, e ao passar pela porta, esbarrei em  Castiel, que me segurou pelos ombros, tampei meu rosto com as mãos.

- O que aconteceu?! – Perguntou estressado, ele então, puxou as mãos do meu rosto, e viu as marcas de unha, que agora saia sangue, e a vermelho em minha bochecha, graças ao tapa que acaberá de receber.

Castiel só olhou pela sala e viu Ambre.

- Sua vadia, por quê fez isso?! – Castiel gritou com Ambre

-Querido, você não me chama assim em nossas noites...- Ela sorriu maliciosa, e Castiel só faltou querer mata-la.

Chega! Isso é demais pra mim...

Não sei como, mas me soltei de Castiel e sai correndo, e por sorte, não havia ninguem no portão para barrar minha saída.

Consegui chegar no meu edifício, e fui para o meu apartamento.

Ao entrar, dessa vez, tranquei a porta.

Fui ao banheiro onde limpei o meu rosto que estava com um pouco de sangue seco, olhei o local do tapa, e quase já não aparecia. Melhor assim.

Retornei  a sala, onde deitei no sofá, e comecei a pensar em minha vida.

Por quê eu fiquei tão brava com o Castiel? Ele estava certo, ele não me deve satisfações, ele pode beijar quem ele quiser.

Eu estava quase dormindo no sofá quando a campainha  do meu apartamento tocou, eu não ia atende-la, mas a pessoa continuou tocando a campainha sem parar. Então, fui atende-la.

Ao abrir a porta, me deparo com Castiel.

- O quê você quer Castiel? – Disse, cruzei os braços, e esperei uma resposta.

- Só vim lhe entregar uma coisa – Disse e então, grudou seus lábios nos meus, e foi me empurrando apartamento a dentro.

No começo, eu não sabia como reagir, eu nunca beijei desse jeito, sabe, “o beijo”, nem de nenhuma outra forma, então, era hora de aprender, ele pediu passagem com a língua, a qual cedi.

Castiel, sem interromper o beijo, fechou a porta do apartamento, e virou-me com as costas nela, e me prensou.

Coloquei os braços em volta de seu pescoço, e comecei a saborear mais os seus lábios.

Castiel me des-prensou da parede, e ele começou a deitar no tapete felpudo da sala, me deixando por cima dele.

Suas mãos passeavam por minha cintura, e a cada toque seu eu me arrepiava.

Quando o maldito ar se fez necessário, nos separamos, mais eu ainda não sai de cima dele.

- Por quê...? – Eu ia terminar a frase, mais ele me deu um selinho.

- Eu não beijei a Iris, ela me beijou, e se você quer saber, o beijo dela não tem significado comparado a esse – Sorriu – Desculpe o que eu disse mais cedo, é que eu fiquei nervoso ao te ver com o Lysandre, porque, eu tinha planejado te dar esse beijo no terraço, mais as coisas mudaram, então, foi aqui mesmo... – Riu – E, só pra você saber, eu nunca quis ser seu amigo.

- Então, o quê? – Perguntei, e ele deu um sorriso malicioso

- Qualquer coisa que dê pra te beijar a hora que tiver vontade – Disse isso, e ele inverteu nossas posições, ele ficando por cima e eu por baixo, e voltamos a nos beijar.

Um dia ruim, pode voltar a ser bom. E como.