Força Especial da Marinha escrita por Vlk Moura


Capítulo 23
Missão


Notas iniciais do capítulo

Oi, eu estou voltando o/



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Depois do dia de folga nos deixaram cientes sobre a missão, navio estavam sendo roubados, imigrantes violentos chegavam de todos os lados, tinhamos ordem de atirar naqueles que não nos respondessem. Minha equipe ficou junta a uma espanhola que dava todo o trabalho braçal para fazermos.

– Capitã - um dos homens se aproximou - Precisamos que leia algumas coisas.

– Certo.

Andei até uma mesa, estavam conversando com algum navio em código morse. Comecei a acompanhar o código, parecia um pedido de socorro, alguns espanhóis nos acompanhavam também, atentos, como se a cada erro que eu cometesse fossem rir.

– Chamem o Capitão Charles. - eu falei - Tem algo errado nesses códigos.

Charles entrou pulando os marinheiros, acompanhado pelo Capitão Juarez que me fitava profundamente.

– É como se faltasse algo. - ele falou e me olhou - Você já tentou organizar?

– De trás para frente, dos meios para os lados, baguncei e arrumei, mas parece faltar um pedaço.

– Esse veio de mais ou menos sete quilômetros ao leste - falei e olhei o Capitão espanhol - Se chegou agora, devem estar quase nos alcançando.

– Depende. - ele olhou Charles - Vou ver os sensores, venha comigo. - eu ia segui-lo - Me referi ao homem, não a você, você fica aqui com eles e tenta se comunicar.

– Certo, senhor. - voltei a me sentar quando o Capitão se afastou ouvi as risadinhas.

Tentei a comunicação com o navio, não respondiam. O áudio de nosso navio foi aberto.

– Senhoras e senhores, temo em dizer que entraremos em ataque - parei o que fazia - todos em suas posições.

Subi, fui me encontrar com os Capitães, mas marinheiros me impediram.

– Eu sou um deles. Ei!

– Não, senhora, temos ordens para mantê-la longe deles e...

Pisei no pé de um deles, acertei uma cotovelada em outro, um chute e um caiu. Corri para a cabine e outros me seguraram.

– Charles! - eu gritei, pude vê-lo tentar se virar, mas o outro o puxou. Jogaram-me de encontro aos meus marinheiros, estávamos no maquinário - Droga! - falei me levantando - Alguém já trabalhou aqui embaixo? - Negaram - Ótimo, eu comecei aqui, então sigam minhas ordens - eles bateram continência, dividi cada um para um trabalho.

Peguei o rádio dali, mandei mensagem para a cabine.

– Charles?

– Yeva? Cadê você? Por que não está aqui?

– Eu diria para perguntar ao seu companheiro ai, mas não quero briguinhas - eu sabia que o outro nos ouvia - O outro navio está bem carregado com algumas armas, mas são armas pequenas, nada comparadas a que temos.

– Como você pode saber?

– É transporte de alimentos, duvido que andem com canhões - falei respondendo ao outro Capitão - Se pretende nos tirar daqui me escute.

– Por que eu faria isso? - ele estava arrogante, me irritava.

– Porque sei o que estou fazendo.

– Não me convenceu.

Charles apenas nos acompanhava, ele sabia que podia confiar em mim. Eu, provavelmente, tinha mais experiência que a maioria ali.

– Eu irei para o navio deles - falei por fim - Eu vou entrar, preciso só de algumas armas e uma faca, nada muito grandioso, eu irei entrar e rendê-los, não se preocupem.

– Por que eu vou deixar você ir?

– Porque eu só os estou informando, como Capitã e ninguém com posto superior, posso agir sem aprovação.

Silêncio.

– Estou subindo.

Falei. Ouvi gritos, batidas protestos e uma risada.

Passei por todos, agora os marinheiros me deixaram entrar, olhei para Charles, ele tinha um sorriso que há muito eu não via, uma seleção de armas estavam sobre uma mesa enorme, Juarez me encarava.

– Vai precisar de quantos mais? - ele perguntou com um ódio em sua voz que me fez rir.

– Talvez mais quatro, preciso dos melhores, acho que os dois em quem bati servem, com isso faltam dois...

– Um, eu vou com você - Charles jogou o corpo para frente - Dessa vez não te deixarei com toda a diversão. - eu ri.

– Ótimo, acho que se Charles está junto não preciso do quarto.

– Temos dez minutos para nos aprontar, eles estão chegando.

Peguei uma espingarda, sim, uma pistola, balas, uma faca, uma arma pequena não causava muitos danos. Charles pegou dois revolveres e uma faca, os outros fizeram o mesmo.

– Daqui para frente irão nos atender - falei.

– E se não o fizermos? - estavamos nos preparando para sermos largados em um dor barcos salva-vidas.

Eu estava arrumando a espingarda.

– Isso daqui irá sumir em um lugar não muito confortável. -falei e os olhei - Se é que me entendem.

O barco foi largado, um pouco de água e então fomos em direção aos outros. Os navios já não estavam tão distantes uns dos outros.

Meus companheiros apenas acompanhavam enquanto nos aproximavamos. Desliguei o motor, abri a porta, um dos marinheiros foi primeiro, ele se segurou na escadinha da lateral do navio, depois foi o outro, Charles e eu fui a última, a espingarda batia conforme eu andava. Um tiro na água, todos olharam, fiz sinal para continuarem. O marinheiro pulou, ajudou o outro, ajudaram Charles, eu parei, eles haviam dispersado, alguém estava ali. O som de um soco, um chute e um corpo caiu desacordado, olhei, era um dos sequestradores do navio, terminei de subir e pulei sozinha, os três não estavam ali, um tiro quase me acertou e eu entendi o porquê.

Peguei a pistola, e atirei, outros surgiram e cairam.

Tinha a intenção de entrar e não ser percebida, mas deu errado.

Corri pelo navio, passei pelos contêineres, dois homens, eram altos, não pareciam ser muito fortes. Apontaram armas na minha direção.

– Coloque as mãos onde possamos vê-las.

– Claro! - atirei em um, o outro tentou me acertar, um tiro, Charles estava atrás deles.

– Desculpa a demora. - ele sorriu.

Corremos para onde imaginavamos ser a cabine. Entramos no interior do navio, os marinheiros já haviam deixado suas marcas pelo caminho, alguns corpos, marcas de tiro. Corremos, viramos para a cabine e quando a abrimos Charles foi acertado na cabeça, o corpo despencou. Eu parei, estava cheio.

Dois homens se aproximaram, arrancaram minhas armas, não viram a faca ou não se preocuparam em procurá-la. Prenderam meus braços.

– E agora o que fará, mocinha? Está no meio de um monte de homens e...

Eu acertei uma cabeçada em um dos homens, o pé do outro, saquei a faca do meio das minhas pernas, tinha armas apontadas para mim, bati na espingarda a peguei e acertei um dos homens no pé, apontei para o líder deles. Fui me aproximando.Encostei em sua barriga, ninguém tentaria acertar, seria perigoso demais.

– Agora... - eu sorri - Peça para abaixarem as armas e soltarem o homem. - apontei com a cabeça. - Vai! - apertei a arma. Ele pediu. - Ótimo, agora. -levantei a arma, ele ameaçou ir na minha direção apontei a faca - Meninos. - abriram a porta e sorriram - Prendam-nos.

– Sim, senhora.

Prenderam os homens e o líder.

– Juares - chamei pelo rádio - Já podemos voltar.

– E os homens?

– Os seus estão intactos, os inimigos, não posso dizer o mesmo.

– Ótimo trabalho, Capitã Yeva.

– Obrigada.

Desliguei.

Charles nos levou até a costa, durante o caminho liberávamos os tripulantes do navio. Soltamos todos, inclusive o capitão. Na costa nos encontramos com os outros.

– Agora, Capitã - um dos marinheiros - Por que a espingarda?

– Longo alcance, não é muito eficiente, mas já tentou bater em alguém com isso? Dói. - falei rindo - Só por isso.

– Genial. - um deles falou rindo.

Na base, depois que tomamos banho, nos reunimos para o jantar, Juares ainda me encarava como antes, mas algumas rugas de ódio haviam sumido.


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Notas finais do capítulo

Desculpa pela ausência, o tempo estava muito corrido