Força Especial da Marinha escrita por Vlk Moura


Capítulo 12
Trabalho, finalmente um de verdade


Notas iniciais do capítulo

Charles
Yeva



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E foi então que receberam a autorização de poder sairem para o trabalho, coloquei o uniforme para o treino, coloquei o casaco, estava mais frio que o normal. Caminhei até o refeitório com alguns jogadores, eu ainda não sabia, entrei na fila para pegar o que comer, e então ouvi alguns que repetiam comentando, olhei a mesa dos oficiais, comiam com sorrisos, ela havia me visto? Se não, até aquele instante, agora me via, agora que o Capitão Chara havia chego e estava parado um pouco depois de mim, ele olhou para a mesa, estava com olheiras maiores que as de ontem, eu não entendia.

Qual era a relação dele com aquele pequeno grupo? Por que só eles vieram? Só eles se formaram? Era tão difícil assim passar na prova e depois mais difícil no treinamento? Será que a alegria dela naquele tempo era real pela dificuldade de conseguir passar e sair formado?

Quantas coisas minha estupidez havia deixado passar, quantos detalhes meu achismo deixou se perder. Sentei junto aos meninos. Camargo puxou assunto, começou com um "Você foi se deitar tarde. O que houve?"

- Fiquei conversando com meu Chara - respondi e ele olhou par ao Capitão.

- Vocês estão em uma puta de uma concorrência por ela, você não acha?

- Como assim?

- Ah, bro, vocês sabe, ele treinou com ela, você é o ex dela, cara, é concorrência na certa.

- Você anda assistindo muito romance, isso já transformou sua mente em merda - Kaul falou rindo - Isso só acontece em filme ou em livros de menininha, aqui é vida real, meu irmão, cai matando, as meninas amam isso.

- Ela é diferente... - falei mordendo o pão, eles esperavam que eu continuasse, mas me calei o que os obrigou a perguntar.

- Como? Toda menina, barra, - Camargo fez uma barra com a mão - gosta de uma chegada mais brusca, sabe? - ele reproduziu no ar.

- Ela curtia, mas há muito tempo atrás - eles ficaram me olhando - Eu tentei fazer isso assim que ela chegou...

- E...? - Paul perguntou empolgado, como os outros.

- Recebi um tapa na cara. - falei e dei de ombros enquanto eles gargalhavam fazendo todos nos olharem.

- Espera! Para! - Kaul tirou o sanduiche da minha mão e entre risos disse - Você que chegou com aquela puta gata, gostosona que todos queriam levou um tapa de uma soldadinho? Desculpa, mas isso é hilário.

Pude observar uma movimentação estranha atrás de nós, eles pararam de rir e olharam para trás de mim, eu não me virei apenas percebi o que era quando os marinheiros passaram todos juntos, Yeva me fuzilou quando passou pela porta.

Os meninos aproveitaram a saida deles para zoá-los imitando as marchas e os olhares que nos eram lançados, mas a bagunça durou só até o diretor do time chegar e dizer que precisava conversar conosco.

*-*-*-*-*-*--*-*-*-*-*--*

Durante o café recebemos a noticia do trabalho, estavamos muito contentes, os jogadores faziam um barulho fora do normal, nos levantamos e fomos arrumar as coisas, finalmente nossa permissão chegou. Pegamos as roupas, colocamos em uma mala e entramos na van, não tinhamos tempo para despedidas ou qualquer outra coisa melosa. Chegamos até a base dos Marinheiros da Holanda, agora eu me sentia em casa, todos conversando e nos recebendo como iguais, os devidos respeitos aos superiores e tudo o que se tinha direito.

- Bom - o Capitão começou - Aqui estamos para nossa missão - ele continuou - vocês terão de acatar a outras ordens fora as minhas e dentro de algumas horas estaremos embarcando em um navio de segurança máximo para interceptar um navio clandestino que é uma ameaça ao país.

Continência e então nos dividimos ali dentro. Fui par ao setor que cuidaria dos maquinários, estavam seguindo as normas internacionais, cuidavam de tudo, sem nenhuma reclamação, todas as planilhas bem preenchidas. Fui para o posto de estratégias para ver se precisariam de algo, o Capitão estava ali acompanhado de Francis e Santo, e não precisavam de mais uma cabeça pensante, segui para onde as meninas estavam, cuidavam da organização de todos os marinheiros que iriam par ao navio, uma delas pediu para trocar de posto comigo, deixei que o fizesse.

Sara e eu tinhamos de checar todos os nomes da lista e ver se estavam com os equipamentos certos, mais alguns holandeses faziam isso e ali já começamos a fazer algumas amizades.

- Certo, brasileiros - o Capitão holandês começou, Albart era seu nome - vocês já podem ir embarcar e logo todos nós seguiremos. O guia de vocês será um brasileiro que vive conosco há muito tempo, Capitão João. - era um homem alto, cabelos brancos e um rosto sério.

- Obrigado Capitão. - ele falou - Por favor, sigam-me.

- Ele estava conosco - Santo falou - James disse que ele foi um dos primeiros a ser mandado para cá.

Seguimos o homem e entramos no navio, agora eu me sentia em casa, corri aos maquinários e comecei a anotar tudo que era necessário, logo os outros responsáveis chegavam e eram apresentados formalmente, pedi para que me ensinassem algo em holandês, mas minha pronúncia causava risos a eles. Partimos em direção ao clandestino.

"Ele está se aproximando rapidamente" a voz de alguém anunciou "Mensageiros precisamos que saibam como andas os motores"

Um mensageiro apareceu, parecia ser a versão masculina de Mandela e holandesa, a velocidade e agilidade eram as mesmas, logo ele subiu e passou as informações. Continuamos, aumentamos a circulação de água pelo motor, eu ia anotar quando me pararam, disseram que a própria maquina se monitorava e a cada intervalo de tempo mandava notificações indicando os dados de potência e temperatura e mais o que fosse programado para enviar.

O trabalho ali era garantir manter tudo constante, aumentar algo necessário. Mas sem precisar anotar, aumentada a potência do motor, navegamos por uma hora até que um chamado.

"Preparem-se, eles não responderam a nossos pedidos, irão atacar"

Quê? Eles possuíam armas?

"Iremos atacar"

Nós, ali, nos entreolhamos, eu estava com medo, mas a maioria ali já havia passado por aquilo, pegaram máscaras e tanques de oxigênio, nãos os colocaram, esperaram par aos próximos avisos.

"Há dez nos nossos rendendo quatro dos deles, mais uma vitória companheiros"

O navio inimigo seria rebocado, as potências foram reduzidas, em seis horas estavamos retornando a nossa base com alguns presos que foram entregues a polícia. 

- É horrível! - Sara falou me mostrando o quanto tremia - Ver tudo de cima é horrível.

- Você não sabe como é lá embaixo - falei mostrando a ela o quão gelada eu estava e como tremia - Não ver nada, mas saber que podemos ser atacados, sério, é horrível.

Fomos aos dormitórios nos polderes, os Capitães conversavam entre si, os três, pareciam assustados, tentei não prestar atenção.

Os dias foram seguidos dessa forma. Com ataques e rendições.


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