Onde Ela Deveria Estar... escrita por Isa Salvatore Cullen


Capítulo 21
Capítulo 21 - Hora de Voltar a Realidade


Notas iniciais do capítulo

Olá!

Chegando mais um capítulo para vocês. Está mais curto que o normal pois a figura aqui (eu) está com o pulso machucado, então a digitação está bem mais lenta que o normal...para a minha agonia e tristeza...

Mas nada que não se resolva nós próximos dias. Obrigada pelo carinho e pelas mensagens. Adorrrroooooo!

Bjs
Isa

Postado dia: 09/09/2013



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O domingo amanheceu ensolarado e quente como sempre deveria ser na cidade dos famosos, e o casal “in love” foi acordado com a bagunça que os cães faziam pelo quarto. Bernie rondava a cama tentando subir e Bear em cima da cama latia desesperadamente tentando intimidar o irmão para que não conseguisse êxito em sua tentativa. Talvez, se a linguagem canina pudesse ser entendida, o diálogo deveria ser mais ou menos assim.

Deixe-me subir na cama Bear.

– Nem adianta Bernie. A cama é só minha, do papai e da mamãe.

– Eu sou o filho mais velho, tenho mais direito que você seu fedelho de quatro patas.

– Eu sou o caçula e tenho mais direito, além do quê, você é enorme e não caberá aqui em cima. E fedelho é a sua mãe!

– Seu tonto... nossa mãe é a mesma... é a Bella, esqueceu?

– É mesmo, mas não tente mudar de assunto, aqui é meu. Vá procurar uma cama só pra você seu grandão desengonçado...


Edward e Isabella observavam a algazarra e levaram alguns minutos até acalmar os filhotes, chamando Bernie para junto deles em cima da cama.

– Venham aqui meus amores – falou Isabella – Vocês dormiram bem?

– Bom dia meu anjo – falou Edward – Devem ter dormido pois na madrugada os dois se instalaram aqui nos nossos pés.

– Seus mimados mais fofos do mundo! Aposto que já estão sentindo a falta do papai antecipadamente não é mesmo?!

– Falando nisso, o que vocês acham da gente pular da cama e aproveitar o resto do dia antes da minha viagem?

– Perfeito.



Assim sendo, Isabella trocou de roupa e foi para o seu quarto tomar um banho e colocar uma roupa mais adequada para ficar com os filhotes. Edward encontrou sua camiseta cuidadosamente dobrada em seu closet e com alegria percebeu que o cheiro da sua pequena estava impregnado no tecido, deixando para ele uma lembrança gostosa para levar em sua viagem. Guardou a camiseta em sua mochila, tomou seu banho e aproveitou que estava sozinho para fazer uma ligação.

– Aonde é o incêndio? – perguntou Alice ao atender o celular com uma voz letárgica de sono – Eu vou matar quem quer que esteja em ligando de madrugada.

– Bom dia tampinha - brincou Edward – Também te amo muito. Acorde, preciso muito falar com você agora.

– Ah...me ligue mais tarde irmão desalmado...

– Alice, é sério. Preciso falar com você sobre a Bella.

– Opa! Sobre a Bella? Minha amiga? O que aconteceu? Já acordei! Pode falar! Rápido! Estou ouvindo!

– Calma tampinha. Eu tive uma grande ideia e queria dividir contigo antes de propor qualquer coisa a ela.

– Sou toda ouvidos... fale de uma vez...

– Então. Eu pensei que sendo ela uma...


Após o café da manhã dos filhotes e dos humanos, Edward e Isabella brincaram algum tempo com os meninos de Frisbee e depois sentaram para descansar e curtir o pouco tempo que ainda tinham juntos.

– Eu vou sentir muita falta de tudo a partir de amanhã – falou ele com uma voz triste e pesarosa – Nunca foi tão difícil sair da minha casa como está sendo agora.

– Não fique triste – ela disse e o abraçou – Você terá bons momentos para lembrar e quando perceber estará de volta para nós novamente.

– Nós?

– É Edward. Nós. Eu, Bear e Bernie.

– Então eu posso ter esperanças de conquistar esse coração lindamente resistente?

– Eu não sou assim Edward. Apenas gosto de ter certeza em qual terreno estou pisando.

– Bella, meus sentimentos por você são blindados, não serão manipulados nem sofrerão alterações por qualquer tipo de interferência externa.

– Edward, você disse que iria me conquistar e eu estou querendo ser conquistada. Então, está tudo bem. Dê tempo ao tempo e vamos aproveitar cada momento.

– Você irá me esperar Bella?

– Se eu mudar de ideia você será o primeiro a saber – brincou ela com um sorriso safado no rosto.

– Ainda bem que não sou cardíaco. Caso contrário, estaria no hospital desde a última sexta feira.

– Se você estivesse no hospital por qualquer motivo, eu estaria ao seu lado o tempo todo, pode ter certeza.

– Obrigado por isso pequena. Você já é muito importante pra mim.

– Você também meu anjo defensor.

– Bom, me diga uma coisa com sinceridade. Você não está sentindo falta de trabalhar na sua área? Com os seus queridos números?

– Não vou ser hipócrita de negar isso, mas ao mesmo tempo, estar com os meninos e fazer parte dessa família imensa que você abriga na sua casa, já é suficiente para me deixar feliz. Acabo nem pensando nisso, pois o que faço aqui também é muito gratificante. Por quê?

– A Alice está acumulando muitas coisas ultimamente, pois o nome dela está cada vez mais reconhecido no mercado, até no exterior ela já é referência. A Rosalie cuida da minha agenda profissional mas de negociações financeiras não entende muito, ela prefere a publicidade e o marketing. Então, tenho medo que meus negócios fiquem um pouco de lado, e como você mesma disse, tem muita gente que depende do meu trabalho. Então, eu pensei se você não poderia dar uma ajuda para a minha irmã na questão financeira, se você quiser é claro.

– Edward, eu não tenho autorização para exercer a minha profissão aqui, por mais que me sinta lisonjeada com o seu interesse pelo meu trabalho.

– Você pode apenas auxiliar a Alice no começo, conferindo os gastos, a questão da contabilidade, etc. Ela continua a frente de tudo se for melhor pra você. Aceita?

– Eu tenho uma condição.

– Tudo que você pedir – respondeu ele já com medo das palavras seguintes.

– É sério. Quero continuar cuidando dos meninos. Posso me reorganizar com a ajuda do Jacob e trabalhar com a Alice nos momentos que os meninos estão dormindo ou brincando sozinhos. Assim, eles não ficarão sozinhos.

– Você faz do jeito que achar melhor. Isso é um sim?

– Sim. Eu aceito sua oferta.

– Bella, você é incrível sabia?! Quanto mais te conheço mais te admiro pequena.

– Obrigada, meu chefe ao quadrado.

– Então, que tal um sorvete com os meninos para comemorar?

– Ótima ideia.


O resto da manhã passou entre brincadeiras e sorrisos, e eles aproveitaram todo o tempo disponível com os filhotes. Ouviram música, almoçaram a beira da piscina, dormiram na cama de Bella após o almoço e por último fizeram a tradicional corrida em equipe. Bem no final da tarde, Rosalie apareceu para lembrar a Edward que precisavam se preparar para viajar. Ele tomou seu banho, arrumou suas coisas e foi encontrar Isabella em seu quarto para se despedir dela antes de todos os outros.

– Bella? – chamou após bater duas vezes na porta.

– Entre Edward.

– Está na hora pequena. Preciso pegar um avião rumo à Austrália – tentou fazer uma brincadeira mas seu tom de voz denunciava sua tristeza.

– Nós sabemos. Vamos esperar contando os minutos para sua volta. E quando a saudade ficar muito... muito grande, nós vamos olhar todas as fotos que tiramos esse final de semana e vamos ficar cheirando as rosas vermelhas e lembrando de você com muito carinho.

– Sabe... antigamente, eu viajava triste apenas por deixar os meninos sozinhos. Hoje, estou mais desolado ainda pois sinto que estou deixando as três criaturas mais importantes da minha vida para trás. Serão apenas um ou dois meses longe, teremos telefone e internet para conversar e matar a saudade, mas mesmo assim, sinto que um pedaço do meu coração está sendo arrancado nesse momento. Nunca senti isso.. é doloroso, é angustiante... mas eu gosto dessa sensação, pois assim sei que tenho três grandes motivos para voltar para casa o mais rápido possível... vou voltar pela minha família... pelos meus amores... meus três “Bs”... minhas três jóias raras...

– Vamos sempre esperar você ligar Edward e vamos sempre pensar em você. E quando voltar estaremos aqui para te receber com toda a nossa saudade e alegria. Não é mesmo meninos?

– Au... au... Au... au... Au... auau....

– Au... au... Au... au... Au... auau....

– Obrigado. Vocês são a razão da minha existência.


E dizendo isso, ele se aproximou de sua doce pequena, enlaçou sua cintura, tocou seus cabelos perfumados e através de um beijo doce e apaixonado demonstrou toda sua tristeza e toda a saudade que já afligia seu coração. Ele não queria se afastar daqueles braços, não queria deixar de sentir aquele perfume e não queria ter que dizer adeus nunca mais. Tinha descoberto em apenas três dias de convivência, como a vida podia ser mágica, encantadora e memorável quando se tem alguém especial ao seu lado. Sua vida havia tomado um novo rumo, seus dias nunca mais seriam os mesmos e a partir de agora, sabia que tinha um motivo para sempre voltar o mais rápido possível para casa. Seu “pequeno anjo” e seus filhotes eram a razão principal da sua existência, seu norte, seu foco, sua vontade de acordar e viver a cada dia. Por seus três “Bs – Bella – Bear e Bernie” ele faria ou viveria qualquer coisa, enfrentaria qualquer tormenta, morreria se fosse preciso. O sentido de família tinha um novo contexto a partir de agora e ele se sentia muito realizado com isso. Ela não havia dito que o amava, mas seu coração tinha certeza sem que fosse preciso palavras. Eles pertenciam um ao outro para sempre.


Quando se afastaram, lágrimas corriam pelos olhos de Isabella sem que ela pudesse controla-las. Sentia um vazio enorme e ao mesmo tempo uma felicidade tão grande, que não poderia explicar com palavras se fosse preciso. Apenas sentia.

– Leve isso com você – falou entregando uma discreta sacola fechada para ele – Mas só abra quando chegar ao seu hotel e estiver sozinho.

– Bella, não precisava se preocupar comigo.

– Quieto. Sem comentários. Eu queria e eu fiz. Espero que goste.

– Obrigado pequena. Eu tenho que ir. Promete que vocês vão se cuidar?

– Prometemos.

– Qualquer problema me ligue.

– Pode deixar.

– Bom, eu vou buscar minha mochila e encontro vocês na entrada da mansão.

– Tudo bem.

– Bella, obrigado por esse final de semana incrível. Guardarei cada momento em minha memória para sempre. O seu cheiro está impregnado na minha alma.


E dizendo isso, ele deu um selinho naqueles lábios delicados e saiu do quarto de Isabella. Sua vontade era de sair correndo e gritando sua tristeza, mas não podia se comportar feito um garotinho mimado, tinha que honrar seus compromissos e zelar pela sua carreira que construíra com tanto zelo e carinho.


Algum tempo depois, como sempre acontecia nas viagens mais demoradas, Rosalie e Edward se despediam de todos na frente da mansão. Rose chorava por deixar seu noivo ursão sozinho após tantos dias maravilhosos de muito sexo, amor e carinho. Edward tentava disfarçar sua tristeza e mascarava seu sofrimento em brincadeiras e piadas leves.

– James, cuidado para não sair pegando as amigas da Alice. Se ela souber ela te mata. Vá caçar fora da zona “Alice´s Friends”.

– Pode deixar chefe. Não cometerei mais esse deslize, não parece, mas eu prezo muito o meu emprego.

– Leah, não namore muito. Aliás, não esqueci que você prometeu que voltaria a estudar esse ano.

– Vou deixar a preguiça de lado e vou retomar esse assunto Sr. Edward. Pode deixar.

– Sue, minha mãe do coração, se aquele motoqueiro pensar em aprontar avise o Emmett que ele saberá como cuidar daquele safado.

– Meu menino, não se preocupe. Ele é um fofo como vocês dois. Se alimente direito e durma direito. E nada de ficar na rua até tarde.

– Não se preocupe Sue. Não pertenço mais a essa vida. Sou pai de família, esqueceu? Alec, qualquer problema me ligue e pense em tudo que conversamos. Você tem meu apoio em tudo, você sabe disso. E diga para o vagabundo do Jacob que quero a Bella e meus filhotes com segurança redobrada.

– Sim senhor. Não se preocupe, tudo estará sobre controle.

– Emmett, engole esse choro seu marmanjo. Onde já se viu ficar chorando porque a noiva está viajando a trabalho.

– Eu vou chorar hoje à noite e tenho certeza que você fará a mesma coisa quando chegar no hotel seu safado sem vergonha. Cuide da minha ursinha que eu cuidarei de tudo por aqui. E nada de puteiros hein?! Você é um homem sério.

– Sério eu sempre fui... antigo segurança da Santa Ceia. Não tenho culpa se o meu charme e carisma agitam a mídia do mundo todo.

– Vai pro inferno brother. E antes que eu me esqueça, eu nasci primeiro... então... seu charme é uma cópia fajuta do meu carisma pessoal.

– Papai e mamãe consertaram o erro quando me fizeram grandão.

– Meninos, parem com isso. – ralhou Sue – Não crescem nunca.


E assim, todos riram e o clima ficou mais descontraído. Enquanto Emmett continuava brincando e abraçando sua ursinha, Edward aproveitou para se despedir de Bella com um abraço.

– Tome conta do meu coração. Eu o deixo aqui com você – falou baixinho no ouvido de Isabella.

– Volte logo para que eu não precise sentir muito a sua falta – ela sussurrou em resposta, fazendo o coração dele perder uma batida de tão feliz.


Quando ele se abaixou para se despedir dos meninos, percebeu que o mais velho não estava ali. Nesse momento, Isabella assoviou e Bernie apareceu com uma sacola na boca largando-a aos pés de Edward.

– Eles quiseram fazer uma lembrança para você levar na viagem – explicou a babá timidamente.


Abrindo a sacola, Edward começou a rir e seus olhos ficaram úmidos de emoção, ao se deparar com um porta-retrato em tons de cinza e preto, onde havia uma montagem de uma foto dele com seus filhotes e logo abaixo a marca das patinhas dos meninos com a mensagem “Sentiremos sua falta papai”. Uma lágrima discreta quis fugir do seu olho esquerdo mas rapidamente ele a recolheu e se abaixou para beijá-los e abraça-los com muito carinho, agradecendo muito o presente inesperado.

– Obrigado Bella – falou ainda emocionado - Esse é o primeiro presente que ganho dos meninos e estou muito feliz e orgulhoso deles. Nem vou perguntar como você conseguiu a colaboração das patinhas – brincou para esconder suas lágrimas insistentes.

– Isso eu não conto nem sob pena de morte – brincou a babá com os olhos brilhando de felicidade.


E assim, Edward e Rosalie entraram no carro rumo ao aeroporto internacional de Los Angeles para mais um período de longas horas de trabalho. A última imagem que ele guardou em sua memória daquela despedida... seus filhotes e aqueles olhos verdes enigmáticos e cheios de sonhos... essa era a sua família... o seu centro... sua vida... sua essência... sua existência. Tudo que fizesse a partir de agora seria pensando nos seus três “Bs”... tudo por eles e para eles...


Na outra conhecida residência dos Cullen em Los Angeles, que pertencia a Esme e Carlisle, enquanto eles apreciavam um delicioso vinho tinto italiano safra de 1950, comentavam sobre o futuro de seus três filhos. O patriarca estava empolgado com o casamento do seu primogênito, que finalmente estava abandonando as festas e badalações noturnas para se dedicar ao início da sua família com a adorável Rosalie. A matriarca orgulhosa lembrava dos últimos acontecimentos do seu filho famoso, que tinha um brilho diferente no olhar, quase de veneração ou adoração, e sempre voltado para a querida babá Isabella, moça simples, educada, trabalhadora e muito gentil. A caçula Alice estava construindo uma carreira sólida, era muito amada pelo querido Jasper, tendo muitos planos para um futuro cheio de realizações e maluquices em viagens para conhecer o mundo todo. Definitivamente, seus filhos eram pessoas de bem, preocupados com o bem estar do próximo, voltados para a família e amigos. Eram o orgulho e a alegria de seus pais eternamente apaixonados por suas crias.


De volta a mansão Cullen, após a partida do dono da casa, todos se recolheram para seus quartos ou para suas atividades. Ficou uma tristeza pairando no ar, uma sensação de abandono e vazio, pois até Bear e Bernie estavam calados e quietos em suas almofadas. Isabella levou-os para o seu quarto, colocou-os para dormir e depois de um longo e demorado banho, escolheu seu famoso pijama de ursinhos e deitou em sua cama, pegando seu MP4 para ouvir algumas músicas. Sua alma parecia vazia e seu coração se sentia pequenino e carente. Se em poucas horas já estava assim, era difícil imaginar como estaria daqui a uma semana ou um mês de distância. Nesse instante, começou a tocar a música “Sinto Saudade” da dupla “Thaeme & Thiago” e seus olhos encheram de lágrimas, extravasando toda a tristeza que assolava em seu coração.


Sinto saudade já sentia até mesmo antes de te conhecer
Sinto saudade do domingo lá em casa sem ter nada pra fazer
Sinto saudade de deixar você prestando o quinto vestibular
Eu fiquei nervosa, torcendo, rezando, pra você passar

Sinto saudade da nossa primeira vez no parque de diversão
Eu tava com medo de ir no brinquedo e você segurou minha mão
Sinto saudade do nosso cinema, da cena, do beijo roubado
Do frio na barriga e a mão gelada sabendo que tava ao seu lado

Eu sinto saudade
Eu fico, eu vivo, sentindo a sua saudade
De nós, da voz
Saudade da gente
Saudade é pra sempre
Eu vivo sentindo a sua saudade

Sinto saudade do meu corpo, corpo a corpo me descobrindo o seu
Da gente chorando, se amando sem acreditar no que aconteceu
Sinto saudade daquela covinha estampada em seu sorriso
Todo envergonhado quando eu te falei que não seria só um amigo

Eu sinto saudade
Eu fico, eu vivo, sentindo a sua saudade
De nós, da voz
Saudade da gente
Saudade é pra sempre
Eu vivo sentindo a sua saudade

Eu sinto saudade
Eu fico, eu vivo, sentindo a sua saudade
De nós, da voz
Saudade da gente
Saudade é pra sempre
Eu vivo sentindo saudade

Eu fico, eu vivo, sentindo a sua saudade
Da voz
Saudade da gente
Saudade é pra sempre
Eu vivo sentindo a sua saudade

Eu sinto saudade

http://www.youtube.com/watch?v=ICwlNNplQWk


Começou então a lembrar de tudo que aconteceu e a tristeza parecia querer se apossar de vez da sua alma angustiada. A surpresa ao descobrir que o homem lindo que chegava a festa era o seu chefe tão famoso, a voz rouca e sensual se apresentando calmamente para ela, o braço oferecido para acompanha-lo na entrada da festa, a primeira dança na piscina, a atenção em segurar a mão dela mesmo quando todos queriam cumprimenta-lo e conversar com o anfitrião, o carinho com os meninos, o cuidado em escolher a música que ela tanto amava e que era trilha sonora na famosa Saga, o pedido para participar de todas as rotinas dos meninos, o carro do Jasper, a igreja, as ruas iluminadas, a praia, o passeio de mãos dadas, a declaração singela, a verdade estampada naqueles olhos lindos, as rosas vermelhas, as brincadeiras com os meninos, as piadas no café da manhã, a preocupação com o bem estar de todos, o convite para o primeiro encontro, a roupa sensual escolhida por Alice, o calor do corpo dele na garupa da moto, a possessividade ao pegar em sua mão na calçada em frente ao pub, os brindes, as perguntas inusitadas, a cobiça das outras mulheres... e o primeiro beijo... arrebatador, apaixonado, cuidadoso, quente, afetuoso, molhado, protetor, sensual, enigmático, misterioso, sexy, explorador, apaixonante... O amanhecer visto da piscina, o cuidado em todos os detalhes, os olhares discretos, a sunga, o corpo todo trabalhado na academia, as risadas, o passeio no parque, as luzes da cidade, o anoitecer, o frio, a forma carinhosa ao chama-la de “minha pequena” ou “meu anjo”, um filme, um carinho mais afoito, a camiseta tipo camisola, a vontade de não dormir, o carinho em todas as atitudes, a declaração no meio da noite sussurrando “eu te amo minha pequena”, o brilho no olhar ao receber o presente dos filhotes e a despedida dizendo que seu coração ficaria com ela.


Eram momentos tão fofos e tão apaixonantes que se tivesse que escolher um único entre todos, ela não saberia dizer qual trouxe mais alegria para seu coração. Escolheria todos definitivamente. Tinha medo que nesse período de afastamento, ele pudesse esquecê-la ou perceber o quanto seus mundos eram diferentes, mas ao mesmo tempo, rezava para que esse sentimento tão expressivo amadurecesse e se tornasse a base do seu futuro, compartilhado apenas com um único homem: Edward Cullen.


Do outro lado da mansão, trancado em seu quarto, o grandão Emmett estava jogado na cama, abraçado ao travesseiro da sua ursinha, sentindo o seu perfume enquanto resmungava o quanto a vida era injusta em deixa-lo longe da sua noiva. Já estava na sexta lata de cerveja, afogando sua tristeza e seu abandono, quando uma mensagem chegou no seu iPhone.

“Levanta daí marmanjo e pare de encher a cara. Eu te conheço brother. Vou cuidar da sua ursinha mas você terá que cuidar da minha Bella. Negócio fechado?”


Não demorou um minuto para responder a mensagem de texto.

“Só porque você se empenhou e me ajudou com o noivado eu vou te dar uma chance, ator falido de filme pornô de oitava categoria. Mas se ela quiser te trocar por outro mais gato e mais rico eu não poderei fazer nada”.


Menos de dois minutos depois.

“Dormirei tranquilo então segurança raquítico da Arca de Noé. Mais gato e mais rico que eu? Sem concorrência no momento. E duvido que ela esquecerá o poder do beijo dos Cullen brother”.


Um minuto e meio chegava a resposta e Emmett ainda ria da mensagem anterior.

“Até que enfim você aprendeu a beijar então? Estava na hora. Entendeu agora porque a ursinha é apaixonada pelo grandão aqui? Charme dos Cullen brother. E segurança raquítico é o seu p... deixa pra lá... boa viagem”.


Longas horas de voo (N/A: palavra estranha mas o antigo vôo ficou assim depois da reforma ortográfica) depois, regadas a muito choro de Rosalie, chegaram ao hotel e foram descansar pois teriam que acordar cedo para as gravações da manhã de segunda feira. Na verdade, dormiriam apenas três horas. Edward chegou na sua suíte, tirou seu tênis, colocou o porta retrato ao lado da cama e ansiosamente pegou a sacola que havia ganho de Isabella. A curiosidade estava matando-o desde que entrara no avião, mas ela pedira para abrir apenas no hotel, então, achou melhor esperar. Dentro da sacola delicada e discreta, encontrou uma caixa pequena preta e dentro dela uma surpresa inesperada... uma camisola de renda branca transparente, com o perfume inebriante de Isabella e um cartão delicado que dizia.



“Volte logo meu anjo... e cuide dessa peça que eu estimo tanto... vou precisar dela quando você estiver comigo novamente... te adoro.”



– Ah mulher! – falou em voz alta e sorrindo feito um idiota – Eu podia esperar tudo de você, menos um golpe tão baixo como esse. Como vou poder me concentrar e esperar tanto tempo com um pedido tão fodidamente sexy como esse? Terei longos dias pela frente e que o meu Anjo da Guarda me proteja dos meus pensamentos pecaminoso.


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Notas finais do capítulo

Obrigada por me acompanharem até aqui.

Beijos com carinho

Isa S. Cullen



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