Pov Quione

Estava em um bosque onde a fraca luz do luar passavam por entre a fola das árvores, não sabia para onde ir, tentava buscar resposta dentro de minha mente para seguir um caminho qualquer um que fosse o caminho, mas não conseguia lembrar de nada. Quando ouvi passos , e uma risada familiar, minutos depois lá estava ela com os cabelos castanhos avermelhados ao vento, usava um short jeans com uma blusa roxa, mais o que me chamou a atenção foi o pingente em seu pescoço com as siglas “R.D.R.”, ela se aproximou e antes que eu pudesse correr, sentir faltar as forças de minha perna e cai de costas ao chão, quando senti o metal gélido da faca que Reyna segurava com firmesa contra meu pescoço.

–Sabe Quione, um dia fomos amigas, mas sinceramente eu sinto sua falta. - diz com sinceridade. –Mas eu gosto de jogos. – ao dizer aperta mais a faca em meu pescoço e pude sentir meu sangue começar a escorrer, procurava por alternativas para fugir mas meu corpo estava paralisado de medo.

–Você sempre gostou de jogos. –digo com dificuldade e ela rir infantilmente.

–O que aprecio na verdade são a forma que os jogadores jogam, eu gosto de você minha amiga, mais brincar com você é mais divertido. –diz com um sorriso maldoso no rosto apertando mais a faca, e é quando grito.

Ouvi alguém chama meu nome, é quando abro os olhos, e encaro o teto branco gélido do hospital, ouvia o som irritante de um dos aparelhos, é quando repito para mim mesma “Foi só um sonho”, estava no quarto de Leo como acompanhante.

–Você está bem? - pergunta preocupado, tentando se levantar e fazendo uma careta de dor, balanço a cabeça afirmativamente, ele põe o livro de lado e oferece a mão, eu a seguro e ele me puxa até que eu me sente ao seu lado.

–Há quanto tempo estar acordado? –pergunto olhando pela a janela, estávamos no meio da madrugada.

–Você não é a única com pesadelos Quione.

–Quer falar sobre? –pergunto e ele nega.

–E você?

–Francamente não. Eu quero esquecer.

Um silencio se instala no quarto e continuamos nos olhando, ele me olhava de um jeito diferente, com um brilho nos olhos, eu tinha sentido mesmo a falta do meu garoto dos reparos. Aproximo de seu rosto tocando seus lábios gentilmente, que nada sutil me surpreende com um beijo faminto que eu retribuo com o mesmo fervor. O beijo estava ardente sinto uma de suas mãos percorrerem minha coxa, tento facilitar para ele e sento sobre sua cintura, continuamos naquele beijo até que escuto um gemido de dor dele, merda havia esquecido que ele estava machucado.

–Me desculpe. –digo saindo de cima dele e me deitando ao seu lado, nossa respiração estava descompassada e ele estava com um sorriso safado irritante.

–Cara odeio estar com as costelas quebradas. –diz tristemente e seguro uma risada. –Eu poderia fazer...

–Fazer o que Valdez ?- pergunto provocando-o e ele enrubesce , mais o sorriso maroto não sumira de seus lábios. –Sou uma lady, e não gosto de fazer coisas em hospital. –digo e ele me olha surpreso.

–Quem é você? Eu não falei sobre fazer coisas falei? –pergunta e segundos depois gargalha.

–Você é homem Leo, pensa mais com a cabeça de baixo do que a de cima. –digo e agora ele me olhava feio.

–Como se as garotas não pensassem nisso também. –diz e eu sinto meu rosto esquentar.

–Então será que poderá voltar para casa amanhã? –pergunto mudando de assunto.

–Acho que sim, não gosto de ficar em hospital, e a cada vez que escuto o apito dessa máquina fico pensando em milhões de maneira para quebra-la. – fala olhando ameaçadoramente para o aparelho que media os batimentos cardíacos. –E como foi no Alaska, desde que chegou está evitando tocar no assunto.

–Leo, melhor falar disso depois. –digo desviando dos olhos castanhos dele que me observavam atentamente, sem dizer mais nada me levanto e vou em direção ao banheiro lavar meu rosto, sinto alivio ao sentir a água gelada em meu rosto, mas essa sensação logo vai embora, quando vejo uma frase vermelha riscada no espelho do banheiro.

“Talvez alguns pesadelos sejam melhores que a realidade, bem vinda a realidade” –R.D.R

Pov Annabeth

As folhas amarelas estavam por todo o chão das calçadas do acampamento, mudança de estação era algo realmente belo da natureza. Apesar de Leo ainda estar no hospital o Sr. D. só liberou um de nós para ficarmos como acompanhante dele e por unanimidade deixamos Quione. Assim como eu as garotas estavam tensas e estressadas, então decidimos ir a pé até o prédio da escola que não era tão longe.

–Quem foi que teve a idéia estupida de irmos andando até o prédio das aulas? –pergunta Sadie alcançando a gente.

–Você- respondemos todas juntas.

–Tem horas que eu me odeio. –diz Sadie e todas rimos, bem quase todas, Piper não prestava atenção ainda estava triste. Olho para Thalia que observava a garota, respira fundo e vai em direção a ela.

–Piper vai me dizer que ainda está se sentindo culpada? –pergunta

–Não é você que tem uma dívida de vida com ele. – responde Piper de forma dramática, Thalia a encara por breves segundos e o que faz em seguida me surpreende, ela ergue a mão e dar um tapa no rosto de Piper, que a encara com olhos assustados.

–POR DEUS GAROTA. Em que século você vive? LEO É SEU AMIGO. -grita Thalia, e Piper ainda a observava com a mão na bochecha.

–Thalia quando dizem que as pessoas devem levar um tapa para acordar não é assim literalmente. –digo olhando feio para ela.

–Não Anne, Thalia tem razão. –diz Piper. –Leo é meu amigo, não é para eu estar assim com remoço, se há alguém culpado nessa história é R.D.R

–Piper você o viu? –pergunta Sadie do meu lado.

–Não, estava encapuzado mais Rachel e Bianca estavam lá.

–Sobre R.D.R. – diz Thalia com um sorriso no rosto, e pelo tempo que conhecia Thalia Grace, sabia que ela estava aprontando alguma. –Tenho uma idéia, então...

–Espera você teve uma ideia? -pergunto a interrompendo.

–Não é só porque você é o professor Xavier, que um dos X men não podem ter ideias. –retuca Thalia . Piper e Sadie caem na gargalhada.

–Como assim X men? –pergunto ainda confusa.

–Bem Anne seu namorado anda comparando você com personagens de desenho. –diz Sadie e todas rimos.

–Eu mato aquele Jackson. –digo fingindo estar com raiva e rimos de novo. –Então Grace qual a ideia?

–Está ai uma frase que eu nunca pensei ouvir. –Diz Piper e Thalia mostra o dedo do meio fazendo ela rir mais ainda.

–Falaremos com Bianca di Ângelo