Amor E Odio 2ª Temporada - HIATUS escrita por Karen CS


Capítulo 21
Capítulo 21


Notas iniciais do capítulo

HEEEEEEEY, DEMOREI, MAS CHEGUEI! Capítulo um pouco maior do que o de costume, mas por uma boa razão. Tenho planos de encerrar essa fic esse ano, então essa fic chegará no máximo até o capítulo 30.
Espero que gostem.



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Depois do ocorrido com o Beck, voltei pra casa um pouco mais rápido. Entrei no apartamento pronta para me jogar no sofá até o próximo mês, mas acabei me deparando com uma cena traumatizante.

Cat e Robbie se agarrando no sofá.

— Oh, não. Façam isso no quarto, por favor. — falei e só então eles notaram minha presença;

— Ah, Jade, você chegou. — Cat disse tentando se recompor — Eu pensei que você ia... demorar... Onde você estava?

— Fui dar uma volta.

— E o que foi aquele beijo do Beck hoje?

Beck.

Aquela cena dele todo arrebentado no beco não saía da minha cabeça.

— Ele deve estar se cansando da Rachel. — Falei — Eu vou tomar um banho. A janta é sua hoje, né?

Cat fez uma careta.

— Tá. — ela disse indo até a cozinha

Fui para meu quarto e tranquei a porta. Assim que deitei na cama meu celular começa a tocar. Olhei no visor.

Logan.

Eu não queria ignorar ele. De novo. Mas eu não se quero falar com ele. Eu ainda acho MUITO errado usar ele como uma distração para as minhas dores de cabeça. É como se ele fosse minha última opção.

“Ele é” a voz de Evers soou na minha mente.

Soltei um riso. Ele é como se fosse aquele fantasminha na nossa mente falando as coisas erradas em horas mais erradas ainda. Eu devo estar ficando louca mesmo.

Resolvi atender.

— Ooi, Logan. — tentei parecer animada

— Pensei que estivesse me evitando. — sim, eu estava

— Por que eu faria isso?

— É exatamente o que eu queria saber.

— Eu estava ocupada hoje.

— Humm. Ocupada?

— Não é só você que tem compromissos, senhor artista de TV. — falei e ele riu

— Desculpa, aí. — ele disse — Então, a senhorita ainda está ocupada?

— Depende... pro quê?

— Sair pra jantar comigo hoje.

Não. Sim. Não. Sim. Não!

Sim.

— Acho que eu posso arranjar um tempinho pra você, então.

— Posso passar te pegar às 20 horas?

— Estarei esperando. — falei, e encerramos a chamada

Olhei as horas e PUTA QUE PARIU! Eram quase 19! Droga! Eu preciso parar de aceitar convites de ultima hora desse jeito.

Entrei no banheiro e tomei um banho que era pra ser rápido. Era. Depois de tudo o que aconteceu hoje, eu merecia um banho de morado. É claro que isso só contribuiu para o meu desespero depois para trocar de roupa.

19:15.

Eu poderia pedir ajuda para Cat, mas provavelmente ela iria me fazer usar rosa novamente com aquela desculpa da promessa que eu fiz pra ela em LA. Peguei uma calça social preta e uma camisete e vesti rapidamente. Eu não estava com coragem pra fazer uma escova, então prendi meu cabelo em trança de lado.

19:45

ESSE RELÓGIO TÁ DE BRINCADEIRA, NÉ?!

Terminei a maquiagem e faltavam 5 minutos para Logan chegar. Coloquei um salto não muito alto e peguei minha bolsa. Meu novo “brinquedo” ainda estava lá. Eu não poderia deixar aquela arma ali, mas se eu deixar e Cat a encontrar... Nem quero imaginar o escândalo que ela faria. Entretanto, não é muito legal levar uma arma para um encontro...

Dois minutos para pensar.

Peguei minha bolsa menor e coloquei a arma ali dentro. Ninguém vai mexer na minha bolsa mesmo.

Às oito horas em ponto, recebi uma mensagem do Logan dizendo que já estava me esperando no saguão.

Sempre pontual. Saí do quarto e fui falar com Cat.

— Cat, eu vou jantar com o Logan hoje. — falei indo até a porta

— Mas Jade, eu preparei a janta para nós. Por que você não avisou antes?

— O Logan me convidou em cima da hora. Tchau.

— Não. Não. Você não vai sair.

— Ele está lá embaixo me esperando. — falei e meu celular começou a tocar, era ele — Olha só. — mostrei o celular pra ela

— Deixa comigo. — ela pegou meu celular e atendeu — Oi, Logan. É a Cat. Então, a Jade me fez fazer o jantar hoje, então ela VAI jantar aqui. Mas você está convidado para se juntar a nós. Pode subir. — ela terminou de falar com ele e desligou

— Cat!

— Vocês querem jantar, então jantem aqui.

— Mas...

— Eu não quero saber. Coma aqui ou fique com fome, porque eu não vou te deixar sair! — ela diz, eu realmente não conheço mais minha irmã.

A campainha tocou e fui atender.

— Oi, Log... Luke? O que você está fazendo aqui? — perguntei

— Sua irmã me convidou. — ele responde

— Cat, você chamou o Luke? — perguntei

— Sim. — ela responde

— Por quê?

— Porque eu acho que nós podemos ser amigos.

— Cat, posso falar com você um minutinho? — pedi

— Claro.

— Entra Luke. — falei — Mas não se sinta a vontade.

Ele entrou e puxei Cat para o corredor.

— Que história é essa de chamar o Luke? — perguntei

— Nós o vimos hoje no parque. Ele estava tão triste com essa história da Rachel, daí nós conversamos e eu acabei chamando ele pra jantar em casa...

Bufei.

— Por favor, não fica brava. — Cat diz

— Eu não to brava, Cat.

— Mesmo? — assenti

— Oi, Jadelyn. — Logan diz chegando.

— Logan. — fui até ele e o abracei.

— Sou tão importante que você ficou me esperando na porta? — ele pergunta, brincando.

— Muito. — respondi entrando na brincadeira dele.

— Vamos comer então, porque eu to com fome. — Cat diz entrando no apartamento.

Sorrimos e entramos também.

— Luke me ajuda aqui. — Cat diz pondo a mesa

— Luke? — Logan sussurra pra mim — Não é ele que...

— É... Eu não sei de mais nada. — falo

Tivemos um jantar... estranho. Não é muito legal jantar com um cara que já tentou te matar. Cat devia estar louca quando o chamou para jantar aqui.

— Sua comida estava ótima, Cat. — Luke diz enquanto íamos até a sala

— Obrigada. — ela diz sorrindo — Agora quem vai me ajudar com a louça?

— Eu ajudo. — ele diz, tirando sua jaqueta.

Por um momento quase caí.

“— A pessoa que invadiu a Records provavelmente está com um corte no braço.” – lembrei de Evers dizendo

Luke.

— O que... o que aconteceu com o seu braço? — perguntei

— Ah... eu... caí... — ele diz — com a moto.

— Oh, coitado. — Cat diz

— Acho que eu estava muito distraído pensando na Rachel. — ele diz de cabeça baixa.

— Ohh... — e a Cat caindo no jogo dele.

— Mas tudo bem, foi só um susto. — ele diz

Eu preciso ligar pro Evers.

— Logan, eu não estou me sentindo muito bem, você se importa se eu for me deitar? — perguntei

— Tudo bem, eu vou indo então. — ele diz dando um beijo na minha bochecha — Depois a gente se fala. Tchau, Cat e Robbie. — ele diz saindo do apartamento.

E mais uma vez eu deixei o Logan em segundo plano...

— Jade, você está bem? — Cat pergunta

— Sim... eu só preciso... descansar. — falei e corri pro meu quarto.

Fechei a porta e peguei meu celular. Disquei o número de Evers e deu caixa postal. Por que esse viado não atende quando eu mais preciso? Disquei mais uma vez e novamente caixa postal.

— Evers, que droga, atende essa porcaria! Olha, eu acho que eu descobri quem invadiu a Records, mas... — fui interrompida com o barulho da porta se abrindo.

Era o Luke.

— Ligando pra alguém? — ele pergunta

— Não. — respondi — Era engano, nem sei quem ligou.

— Hum. Está se sentindo bem?

— Mais ou menos. Na verdade acho que eu vou ir comprar um remédio pra mim. — falo me levantando.

— A Cat não tem remédio?

— Prefiro os meus. — falo saindo do quarto — Cat, to saindo. Preciso comprar um remédio pra mim.

— Eu tenho remédio aqui.

— Você sabe que eu não gosto dos seus remédios.

— Ok, mas antes eu preciso contar uma coisa pra você. — ela diz

— Você não pode esperar eu voltar?

— Não.

— Acho que depois dessa notícia você vai precisar de mais remédios. — Robbie diz

— Ele só está brincando. — Cat diz — Eu estava conversando com a Rachel sobre gravidez e essas coisas e, bom... Você vai ser titia! — ela diz dando pulinhos.

— Oi? — meu cérebro ainda não tinha processado isso

— Eu estou grávida! — ela diz

Me sentei no sofá pra não cair. Isso é verdade mesmo?

— Jade, você está bem? — Cat pergunta

— Eu vou ir comprar meu remédio. Tchau. — peguei minha bolsa e saí.

Grávida? Como é que ela pode estar grávida? Justo agora que eu tenho tantas preocupações a Cat resolve ficar grávida. Só ela e o Robbie não darão conta dessa gravidez então, claro, vai sobrar pra mim também.

Agora sim é que eu preciso de um remédio mesmo.

Quando eu estava quase atravessando a rua que eu percebi minha burrada. O Luke ainda estava lá. Como é que eu pude deixar minha irmã lá com ele? O Robbie é peso morto então não conta. De qualquer forma, eu precisava falar com o Evers. Disquei o número dele e torci para aquele viado atender.

Chamou umas duas vezes e ele atendeu.

— Jadelyn, o que foi? Descobriu o que eu pedi?

— Acho que sim.

— Sério? — ele pareceu surpreso

— Obrigado pela confiança. — falo irônica — Eu acho que foi o Luke.

— Luke? O loiro?

— Você conhece ele?

— Já tivemos nossas brigas. Eu mato aquele desgraçado!

— Então, ele está com um corte no braço e ele se enrolou na hora de explicar o porquê.

— E onde ele está agora?

— No meu apartamento.

— Como assim, Jadelyn?! Ficou louca? E você ainda deixou a Cat sozinha com ele lá?

— Obrigada por me deixar mal. — falo

— Por favor, me diga que você não deixou sua arma lá.

— Não, ela está comigo.

— Então volte pro apartamento.

— Você não vai fazer nada?

— Eu até tenho um plano, mas pode ser arriscado demais pra você.

— Que plano?

— Eu estou ocupado agora, Jadelyn. Depois nós conversamos. — ele diz e desliga

Falou, falou, falou e não falou porra nenhuma! Valeu, Evers. Pra minha sorte, na frente do apartamento tem uma farmácia, então aproveitei para comprar um remédio. Infelizmente, o remédio que eu preciso não vendia lá. Vodca. Peguei alguns comprimidos pra dor de cabeça, que também me ajudam a dormir, e quando estava no caixa, vi Luke saindo do prédio.

Eu não podia perder a oportunidade de segui-lo.

A senhora do caixa ficou somando o total da conta que não passaria de 20 dólares. Joguei uma nota de 50 no balcão e disse que ela poderia ficar com o troco. Luke estava quase virando a esquina quando consegui sair da farmácia. Consegui segui-lo por umas duas quadras antes de perdê-lo.

Aquelas ruas eram meio escuras, então ficava ainda mais difícil conseguir encontra-lo novamente. Segui reto e logo senti meu corpo sendo puxado pra trás e sendo empurrado contra uma parede. Minha cabeça bateu em algo e por alguns instantes minha visão embaçou.

— Jade, será que você não cansa de ser burra? Esse assunto não tem nada a ver com você, não se meta no que não te diz respeito.

Luke.

— Luke? O que você...

— Olha Jade, já está sendo bem complicado do jeito que está, por favor, não piora as coisas. — ele diz

— Do que você está falando? — ele olha para os lados

— Vai embora.

— O que? Não, você está parecendo o Beck falando.

Ele soltou um riso, sem humor. Não entendi.

— Vá pra sua casa, Jade. Sua irmã precisa de você, isso se ela ainda estiver lá.

— Você não... Ela tá gravida... Vocês não podem... — não consegui terminar as frases.

— Imagine o quão assustada ela pode estar agora.

— Luke... — senti algumas lágrimas nos meus olhos

— Vai pra casa. — ele diz se virando

— Espera. — o puxei pela jaqueta — Eu vou, mas só me responde uma coisa. O Beck tem alguma coisa haver com isso?

Ele riu. Como assim ele riu da minha cara?

— Hein? — perguntei

— Seu namoradinho não é tão inocente quanto você pensa. — ele diz se soltando de mim e saindo.

— LUKE! – chamei, mas ele já tinha ido.

Acho que eu já entendi o que tá acontecendo. Tá todo mundo querendo me enlouquecer!

Fiquei alguns instantes em transe, então me lembrei.

— Cat!

Corri de volta para o prédio e algumas pessoas ficaram me olhando. Cheguei no apartamento e as luzes estavam apagadas.

— Cat? — chamei, mas não obtive resposta — CAT?

— AI MEU DEUS! O QUE ACONTECEU? — a ruiva entra correndo na sala, com seu pijama com desenhos de cupcakes.

Suspirei aliviada. Ela estava em casa.

— Nada não, esquece. Boa noite, Cat. — falei e fui para o meu quarto.

Minha intenção era deitar na minha cama e dormir até meio dia do dia seguinte, mas quem estava lá para me impedir? Se você pensou “Evers”, acertou.

— Não sei como ainda me surpreendo com você. — falo deixando a bolsa na poltrona e deitando na cama. Ao lado dele.

— Isso é um convite, Jadelyn? — ele pergunta se aproximando de mim — Eu vim te chamar pra uma missão, mas se você quiser fazer coisas mais interessantes. — ele termina de falar e sobe em cima de mim.

— Não seja besta, Evers. — falo. Era só o que me faltava, essas brincadeirinhas idiotas dele.

— Até que não seria tão mal assim, relembrar os velhos tempos. — ele diz passando uma mão pela minha cintura e subindo mais um pouco.

— Nem tudo precisa ser lembrado. — falo o empurrando, só porque ele deixou, e me levantando da cama.

— Não precisa ter vergonha do nosso passado, Jadelyn.

— Eu tenho vergonha do nosso, tenho vergonha do meu... Mas você não veio aqui pra falar disso. O que você quer?

— Eu vi o Luke falando com você hoje. O idiota confessou que faz parte dessa gangue... E você não fez nada, Jadelyn! Deixou ele ir!

— Ele começou a falar da Cat. Eu fiquei com medo dele ter feito alguma coisa pra ele e corri pra casa.

— Eu nunca iria deixar ele fazer mal a Cat.

— Você estava aqui desde quando? — pergunto

— Desde o “Não é só você que tem compromissos, senhor artista de TV.” — ele fez uma voz fina, como se me imitasse.

— Aff, Evers!

Ele soltou um riso.

— Eu descobri onde esse Luke está se escondendo. E eu também fiz minhas investigações e sei que ele não vai estar lá agora. O que você acha da gente dar uma olhada lá?

— Agora? Sério?

— Sim, Jadelyn. Mas se você não quiser eu posso ir sozinho.

— Não. Eu quero sim, claro que eu quero!

— Certo. Vamos então.

[...]

Eu realmente preciso conhecer melhor Londres. Eu conheço várias ruas daqui. Por que o Luke não podia se esconder numa que eu conhecesse, e que soubesse chegar E sair?

Evers estacionou o carro dele – sim o carro dele, porque o meu, de acordo com ele, é chamativo demais – no fim de uma esquina e tivemos que ir para a outra rua andando. Paramos na porta de um galpão velho, ou coisa do tipo. A rua era muito escura então não deu pra saber o nome.

Com uma facilidade que eu desacreditei, Evers abriu a porta do galpão e conseguimos entrar. Não sei como ele poderia ter certeza de que estava vazia, se é que ele tinha, mas resolvi não questionar. Entramos no galpão escuro e, ao contrário do que eu pensei, Evers simplesmente acendeu a luz.

— Não tem ninguém aqui. — ele garante — Eu coloquei uma escuta aqui algumas horas antes e descobri que hoje todos iam pra uma festa, ou algo do tipo.

Procuramos por quase todo o galpão em busca de algo que pudesse nos dar uma dica de quem são, mas não achamos nada. Parece que eles são mais inteligentes do que parecem. Depois de mais ou menos meia hora, ouvimos barulhos de carros estacionando. Evers me puxou e nos escondemos atrás de umas tranqueiras no fundo do balcão.

Cinco pessoas entram. Uma roqueira esquisita, um cara bonitão, atrás dele... Luke – esse eu já sabia – mas me surpreendi quando vi a loira aguada entrando e então...

— Beck. — minha voz saiu num sussurro


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Notas finais do capítulo

Esse capítulo originalmente teria mais coisa, mas então o Word me avisou que chegaria em 3000 palavras e eu achei muito cansativo... Então... É isso aí.
Já estou cansada de terminar capítulos com “Beck”...
Comentem ;)