A ceia de Natal na Mansão Malfoy seria exatamente a meia noite. A do castelo seria as oito, então Draco achou melhor participar da ceia com os alunos que ficaram na escola no natal, dois nerds da Corvinal, os professores, quatro alunos do segundo ano da Lufa-Lufa, uns quatro ou cinco da Sonserina, que só ficaram porque seus pais estavam fazendo alguma viagem, e só.

Hermione decidiu usar um vestido branco e vermelho com um salto nude, deixaria o que ganhou de natal para outra ocasião, além do mais já tinha comprado aquela roupa para a ceia de natal no castelo mesmo, e o vestido que Draco lhe dera era mais especial.

Tomou um banho, colocou a roupa e fez uma trança de lado, a maquiagem leve, colocou umas jóias e desceu as escadas para encontrar Draco, este estava com um terno preto e uma gravata vermelha com um lindo buquê de rosas vermelhas.

– Uau! Está deslumbrante Mione! – Draco exclamou sorridente – São pra você – Disse, entregando as flores a ela.

– Eu sei! Brincadeira! Obrigada, você também está muito elegante! – Corou fortemente entre risinhos enquanto pegava as rosas.

– Ãn... Acho que não há como levar essas rosas para o banquete, então vou subir para coloca-las em minha cabeceira ok?

– Sim.

Ela subiu e conjurou um vaso com água, sobre a mesa de cabeceira ao lado de sua cama, desceu rapidamente e enlaçou seu braço ao de Draco. Eles seguiram para o Salão Principal e seguiram para a mesa central aonde seria servida a ceia de Natal.

Sentaram-se e esperaram o discurso de Natal feito por Dumbledore, quando este subiu ao pedestal de sua tão querida coruja de asas abertas para começar o discurso.

– Boa Noite queridos alunos que ficaram na nossa querida Hogwarts para o Natal, espero que a ceia esteja ao agrado de vocês e que possam desfrutar da companhia de seus companheiros, desejo-lhes um Feliz Natal e Boas festas, e para aqueles que não irão para casa amanhã digo que serão sempre Bem Vindos, afinal Hogwarts sempre ajuda aqueles que merecem! Obrigado e Feliz Natal a todos.

Dumbledore voltou ao seu assento na mesa dos professores e com um estalo de seus dedos nós estávamos diante de um banquete magnifico, mas Hermione como sempre não estava achando aquilo justo, afinal que preparou toda aquela ceia foram os elfos domésticos do castelo, porém não estavam ceando junto com eles, diante de que os elfos de Hogwarts são livres.

Hermione se levantou decidida, sob o olhar interrogativo de Draco e imperceptível aos outros que estavam muito ocupados com seus pratos, caminhou até a mesa dos professores, onde se encontrava Dumbledore na ponta da mesa.

– Senhor? Desculpe-me estar interrompendo a sua ceia de natal, mas há uma coisa que eu não achei justo.

– Diga, minha querida – Dumbledore parou de comer e virou- se para ela.

– Já que todos os elfos desta escola são livres e hoje é a véspera de natal achei que seria razoável que eles também pudessem participar da ceia, logicamente em uma mesa separada para evitar transtornos – Nesse momento dirigiu a cabeça aos alunos da Sonserina. – Mas seria bem mais justo, porque foram eles que fizeram esta ceia maravilhosa, não concorda Diretor?

– Sim, Senhorita, concordo. E vou aceitar a sua ideia. Mas acho melhor voltar para seu assento, para não dar motivos para ficarem bravos com você.

– Obrigada, Diretor, mesmo.

Sorriu e voltou a sua cadeira ao lado de Draco. Dumbledore se levantou novamente e voltou à sua coruja.

– Hm, acho que estão faltando alguns amigos nossos nesta ceia compartilhada, já que é Natal e o espírito de Fraternidade está presente em nossos corações, tenho plena consciência de que os nossos amigos Elfos Domésticos gostariam de se juntar a nós nessa tão bela ceia preparada por eles. – Ele levantou sua varinha e conjurou uma mesa razoavelmente grande e com cadeiras confortáveis, um pouco afastada da mesa onde se encontravam os alunos. – Gostaria de chamar nossos amigos Elfos Domésticos para participarem desta ceia tão maravilhosa. – Ele acenou com a varinha novamente e dessa vez estavam sentados todos os elfos domésticos da escola. – Palmas para eles, alunos.

Todos começaram a bater palmas sem nenhum entusiasmo, diferentemente de Hermione que estava tão alegre o quanto se pode ficar, batendo as palmas fortemente.

Dumbledore agradeceu a atenção novamente e voltou a seu assento mais uma vez, enquanto olhares eram dirigidos a mesa dos elfos.

O resto da ceia foi relativamente normal, tirando o fato de os Elfos Domésticos serem bastante agitados durante a refeição e algumas piadas dos alunos da Sonserina sobre os elfos, que quando Draco deu por si já eram onze horas e ele ainda não havia convidado Hermione para ir a sua casa, e ele queria que ela usasse o vestido que havia dado a ela nesta manhã. Virou-se para o lado e não encontrou Hermione em seu assento, correu os olhos pelo salão e também não a viu, decidiu procurara no quarto quando notou um papel sob o prato de sua namorada, pegou-o e leu na caligrafia corrida e perfeita de sua namorada.

“Draco me desculpe, mas eu não estava mais aguentando olhar para a cara daqueles alunos insuportáveis, se ainda quiser me ver, vá até o dormitório feminino da Grifinória, eu estarei lá.
Beijos e Feliz Natal.
Hermione Granger.”

Draco se levantou e seguiu para o dormitório da Grifinória, subiu as escadas e bateu na porta, não teve problemas para subir, já que o feitiço só era válido para alunos da Grifinória. Como Hermione não respondeu entrou mesmo assim e deparou com um quarto vazio, mas a porta do banheiro trancada e o barulho que água. Bateu levemente na porta e ouviu Hermione.

– Quem é?

– Sou eu, Mione. O Draco.

– Ah, tudo bem eu já estou terminando meu banho e nem pense em abrir esta porta Malfoy.

Só para provocar Draco girou a maçaneta, mas estava trancada, como presumiu, mas mesmo assim Hermione ficou irritada.

– Draco! Eu falo sério, agora me espere fora do quarto, por favor.

Draco nem se mexeu e ela não ouviu o barulho dos seus passos.

– Draco, vá!

– ok, ok, já vou.

Ele foi até a porta e a abriu, encostou-se no batente de costas para a porta do banheiro e ficou esperando. Quando finalmente ouviu a porta do banheiro ser destranca e Hermione sair enrolada em uma toalha e com outra em seus cabelos que não teve tempo de falar nada, porque ao menor vislumbre que teve dela levou uma almofada na cara e caiu de bunda no chão aos pés da porta trancada.

Hermione de dentro do quarto disse: – Eu disse que era para esperar lá fora.

E Draco não se conteve e começou a rir baixinho e quando Hermione abriu a porta com um ar de irritada, deparou-se com Draco gargalhando, o que só a deixou mais indignada ainda.

– Do que você está rindo Draco Malfoy? – Ela praticamente gritou com ele, que respondeu na mesma hora.

– De como você fica irritada quando a desobedecem.

Ela foi obrigada a dar um sorriso e o deixou entrar.

– Então, Hermione eu vim aqui para lhe fazer um convite.

– Que convite?

– Para ir cear na Mansão Malfoy com minha mãe, ela já sabe. Nós preparamos tudo durante a semana e eu comprei o vestido para você usa-lo hoje.

– Sério? Mas é claro, só espere eu me arrumar tá?

– Claro. – Ele se sentou numa cama qualquer e fingiu estar despreocupado.

– Lá fora Draco.

– Mas...

– Vá.

Ele saiu e ouviu a porta trancar atrás de si.

Hermione pegou o vestido e colocou-o sobre a cama. Pegou um scarpin preto e uma clutche dourada, mas nada demais, sem o brilho.

Vestiu-se e rumou para o banheiro, fez a maquiagem e colocou um brinco e uma gargantilha, o colar que Draco deu a ela, uma pulseira e saiu do quarto, se esquecendo-se apenas do cabelo.

– Ãn... Hermione, me permite?

– Sim... Mas para quê?

– Para isso. – Pegou a varinha e apontou para o cabelo da garota que se transformou em quase liso e uma pequena trança nos fios acima. – Agora sim, está deslumbrante Hermione.

– Obrigada.

– De nada – Se inclinou e deu um selinho nela.

Rumaram para o Salão Principal, onde já não havia mais ninguém a não ser alguns professores e Dumbledore, avisaram ao Diretor e aparataram no jardim da Mansão Malfoy que agora estava coberto pela neve e por incrível que pareça estava com um ar acolhedor, a casa havia sido pintada de uma cor mais clara e as árvores já não eram mais sombrias. Adentraram na Mansão e a surpresa de Hermione foi tanta que não teve tempo de esconder a sua surpresa e reprimir um “Uau”. A sala de estar estava toda decorada e os móveis agora eram alegres e havia uma gigante árvore de natal toda colorida.

Eles seguiram para a sala de jantar que agora estava com uma mesa menor e com três lugares arrumados com pratos e talheres perfeitamente colocados e um grande jarro de lírios ao centro. Narcisa estava sentada em um sofá no canto da sala de jantar, que estava toda iluminada. Narcisa estava absolutamente maravilhosa, estava em m vestido branco longo com uma curta parte em renda preta, o cabelo estava num coque que ressaltava as duas cores de seus cabelos dando um contraste perfeito, e com jóias de esmeraldas.

– Boa noite, meninos – Narcisa estava com um sorriso alegre, pois como prometido ainda eram 11:45.

– Boa noite, senhora Malfoy – Hermione sorriu amavelmente.

– Boa noite querida, mas me chame apenas de Narcisa. – Abraçou Hermione.

– Oh, tudo bem. – Hermione correspondeu ao abraço.

– Boa noite mãe – Narcisa soltou Hermione delicadamente e abraçou o filho.

– Boa noite filho.

– Está deslumbrante Narcisa – Hermione elogiou-a.

– Oh, obrigada, mas você com toda certeza está mais bonita.

– Obrigada – Hermione corou um pouco.

Eles se sentaram junto a Narcisa no sofá e conversaram por algum tempo, até a meia-noite, quando se dirigiram a mesa e começaram a sua ceia de natal.

Narcisa levantou a taça de champanhe e falou: - Feliz Natal

– Feliz Natal – Hermione e Draco responderam tocando as taças com a da matriarca.

Passaram-se alguns minutos e ouviram um barulho, olharam para a porta e se depararam com...