Ain't It Fun? escrita por Sabidinha Chase


Capítulo 9
Capítulo 8 - Quando ninguém quer brincar com você


Notas iniciais do capítulo

UM MILHÃO DE PERDÕES!
Gente eu tive um bloqueio criativo, e sinceramente não conseguia escrever nada, mas saiu um capítulo e eu vou postar.
Quero muito continuar a fic e agora vamos ver se pelo menos uns três capítulos que estão na minha mente saem!
Obrigada pela paciência e daqueles que não desistiram da fic.

GANHADORA DA PROMOÇÃO: Miss Stonem
Se ainda ler a fic (pois estou tanto tempo parada) pode pedir a capinha que eu vou fazer com o maior prazer. PARABÉNS!!!
E para aqueles que não ganharam esperem que ainda tem mais (pra compensar o tempo que perderam)

ENJOY!



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Capítulo 8 - Quando ninguém quer brincar com você

“Então o que você vai fazer

Quando ninguém quer brincar com você? – Ain’t it Fun

Flashback

Annabeth P.O.V.

As luzes se acenderam e abri meus olhos, quando notei dois olhos completamente verdes me olhando. Me afastei assustada, Percy também estava assustado, parecia que eu havia levado um soco no estomago de tanta dor que eu sentia.

–Annabeth? – ele falou meu nome e logo começou a se afastar, as pessoas começaram a gritar e se agitar.

–Venha Percy - um garoto puxou Percy pelo braço e me olhou fazendo uma careta.

–Percy? - chamei com a voz fraca, ele me olhou e começou a se afastar, sendo levado por vários garotos, que ao que parecia eram da equipe de natação.

–Annie - Thalia me chamou e eu dei atenção, e não vi mais Percy - Que horror, eu beijei nada menos que Nico Di Angelo.

–Puxa - falei sem o minimo interesse indo procurando Percy com os olhos.

–O que foi? - ela perguntou segurando a minha mão - Quem você beijou Annie?

–Ninguém - disse finalmente a olhando - Não deixei ninguém enconstar em mim - menti.

–Sorte sua - ela começou a tagarelar algo que não consegui identificar, queria achar o meu amigo, não queria que minha amizade terminasse.

–Eu já volto - deixei Thalia falando sozinha e comecei a procurá-lo.

Ouvi algumas vozes na sala de jantar, mas percebi que eram os pais e os convidados adultos de Rachel. Procurei na cozinha e no quintal de tras, mas não o encontrei. Estava decidida a falar com Percy, nem que fosse depois, nossa amizade não acabaria por causa de algo tão estupido. Sai pela porta da frente sem ninguém notar, e nesse momento na calçada vi Percy e os garotos da natação conversando, ia chamar seu nome quando ouvi o meu.

–Mas Annabeth é minha melhor amiga - Percy falou para o garoto moreno.

–Desculpe Percy, mas ou você esquece aquela garota esquisita ou entra pra equipe, sabemos que você é bom, mas ela tem que ficar fora da jogada - senti meu estomago revirar.

–Eu não poso fazer isso com ela - Percy abaixou a cabeça, então eu me dei conta do que precisava fazer.

Dei a volta no jardim para que eles não me vissem e corri descendo a rua de volta para casa. Senti lágrimas escorrendo dos meus olhos. Sabia que Percy era meu amigo, e por ser amiga dele tinha que abrir caminho para entrar na equipe, isso significava não ser mais sua amiga, nunca na minha vida senti tanta dor em meu peito, mas sabia que eu deveria fazer aquilo pelo Percy.

Passaram-se dias, eu não atendia ao telefone, a porta e nem as pedrinhas na janela, na escola sempre o evitava e quando falava comigo fingia não ouvir. Minha mãe começou a ficar preocupada, mas foi algo fácil inventar uma desculpa para o que estava acontecendo. Aos poucos o insistente Percy Jackson desistiu, não tentou mais falar comigo na escola, e logo conseguiu entrar par ao time de natação, estava orgulhosa dele, sentia muito, mas estava muito orgulhosa.

Minhas lembranças se foram e eu percebi que não sentia minhas pernas, os lábios macios de Percy ainda estavam grudados aos meus quando abri os olhos, tomei coragem e o afastei.

–Me perdoe – ele pediu novamente e eu com certeza estava corada.

–Tudo bem – disse me esforçando ao máximo para não gaguejar – Ok. – esse “OK” foi mais pra mim do que para ele.

–Annabeth eu realmente sinto muito, eu só...

–Percy – olhei pra ele com o máximo de sinceridade possível – Tudo bem.

–Eu não quero que acabe como da ultima vez que isso aconteceu – ele pareceu atordoado – Você é uma amiga muito especial – ele olhou pra mim e eu via confusão em seu olhar – Não quero te perder de novo.

–Não se preocupe – me lembrei do beijo que ele havia me dado há alguns anos atrás – Não foi por causa do beijo.

–Não? – Percy pareceu confuso – Mas eu sempre...

–Eu preciso te contar a verdade Percy – interrompi já sentindo o peso da verdade em meus ombros.

–Verdade sobre o que? – Percy sentou na ponta da minha cama e eu sentei ao seu lado.

–Sobre o porquê eu deixei de ser sua amiga – abaixei a cabeça pensando na melhor forma de lhe contar tudo aquilo – Eu fui atrás de você depois que você me beijou, eu vi você conversando com os seus amigos da natação.

–Nem tão amigos – ele corrigiu.

–Bom, espero que não fique com raiva de mim, eu era pequena e pensei que era o certo fazer o que eu fiz – ele não falou nada, apenas pareceu me dar margem para continuar a falar – Eu ouvi um dos garotos dizendo que se você fosse amigos deles não era para ser meu amigo.

–Sim, mas que eu me lembre eu recusei – Percy se defendeu.

–Eu sei, eu sei – tentei lembrar o máximo da cena que a muito eu havia apagado de minha memória – Eu queria que você fosse feliz, queria ver meu melhor amigo no time, então por mim mesma decidi que não veria mais você e então o caminho estaria livre para você ser o que quisesse, sem uma amiga esquisita pra te impedir. Só não imaginei que você se esqueceria de mim, da nossa amizade e principalmente da pessoa incrível que você sempre foi.

Percy franziu o cenho e ficou me olhando por alguns minutos, eu pensei que ele estivesse irritado, mas então ele me surpreendeu por me abraçar, um abraço sem segundas intenções, apenas um abraço, eu sorri e imaginei o que se passava na mente dele, porém o que o abraço me indicava é que ele queria ser o Percy Jackson, meu melhor amigo, novamente.

–Você tirou um peso encima de mim – ele falou no meu ouvido, depois me soltou e seus olhos verdes indicavam ternura – Eu sempre imaginei que fui a pior pessoa do mundo com você, e talvez até tenha sido por tratar você com indiferença, o que você nunca mereceu, mas agora eu sei que não fui uma criança ruim que magoou a melhor amiga, e sei que nunca em toda a minha vida estou tão feliz de ter saído daquele time inútil.

–Sabe que não é assim, você ama nadar e isso é importante pra você.

–Nem tanto – ele sorriu – Eu amo nadar, mas eu amo ainda mais estar com você.

Eu devo ter ficado roxa de tanta vergonha, Percy logo percebeu e deu um pulo se levantando.

–Bom, vamos esquecer o que passou, tudo mesmo – acho que ele se referia ao beijo que havia acabado de me dar – E vamos assistir a trilogia do Indiana Jones.

–De novo? – falei entrando no clima – Você não cansa disso não?

–Claro que não! – ele pareceu ofendido – É um clássico.

–Ok – levantei com dificuldade – Vamos acabar logo com esse pesadelo, me ajuda a descer as escadas?

–Venha – ele me deu seu ombro e eu apoiei enquanto descia as escadas.

Parecia que tudo estava resolvido, mas dentro do meu coração me existia uma briga infindável, de um lado minha razão que gritava: “SAIA DESSA ANNABETH! Ou vai sofrer muito mais”; E do outro lado estava meu coração dizendo: “Você acha que me engana? Você sempre foi e sempre será apaixonada por ele. Vá em frente, diga a ele que não quer ser só sua amiga”. Enquanto descia cada degrau meu corpo clamava por mais um beijo, por mais um abraço, por mais uma chance de poder tocar seus lábios. Nada que eu fizesse iria acabar com isso, mas eu tinha que ser forte, se não o beijo desta vez significaria o final da nossa amizade.

–Está doendo? – minhas brigas mentais foram interrompidas pela voz de Percy.

–O que? – pensei logo no meu coração.

–A perna.

–Não – pra falar a verdade estava um pouco, mas era melhor fingir que não.

–Annie – Percy parou e me segurou o braço – Você não está chateada não é? Por causa do beijo, eu já disse que...

–Fique tranquilo – falei tentando passar segurança – Eu estou assim porque eu não quero assistir Indiana Jones.

–Ah nem vem – ele riu – Vamos assistir, ponto final.

–E vai ter jeito? – voltamos a andar em direção a sua casa.

[...]

Eu senti meu corpo relaxado, estava de olhos fechados e estava deitada de barriga para baixo, meu rosto estava no travesseiro, mas ele era mais alto, e não tinha o cheiro do meu, abri meus olhos e vi que não estava no meu quarto, me levantei assustada e notei os tons azuis, os papéis de parede com ondas e a decoração que lembrava uma embarcação. Eu reconheci aquele quarto como sendo de Percy, me descobri e fui pisar no chão com o pé bom e quando pisei descobri que não era o chão, era macio, imediatamente puxei meu pé e sentei na cama.

–Aí! – alguém gritou e eu olhei pra baixo, Percy estava deitado em um colchão e eu havia acabado de pisar em sua barriga, que por sinal estava descoberta, quando eu digo descoberta é que é até sem camisa ele estava.

–Desculpe – disse instintivamente.

–Tudo bem – ele se sentou meio descabelado e coçando os olhos.

–O que eu estou fazendo aqui? – perguntei confusa.

–Você dormiu no segundo filme – ele lembrou, é verdade a ultima coisa que eu lembro é o do Indiana Jones entrando em um túnel com a moça fresca.

–E como eu vim parar aqui? – olhei pra cama, era bem confortável.

–Eu te trouxe, eu liguei pra sua mãe explicando que você havia dormido e que seria melhor você ficar aqui, por causa da sua perna - sinceramente eu nem havia percebido que alguém estava me carregando.

–E por que não me deixou na sala? Era melhor pra você não ter esse trabalho todo.

–Eu fiquei com dó de deixar você naquele sofá duro, e também minha mãe quando chega do serviço assiste televisão até pegar no sono, então eu te...

–PERCY JACKSON QUEM ESTÁ AÍ? – ouvi Sally gritando enlouquecida do lado de fora do quarto – EU ESPERO QUE ESTEJAM VESTIDOS E QUE VOCÊ NÃO TENHA FEITO NADA!

–MÃE! – Percy gritou de volta e levantou abrindo a porta para que a mãe não surtasse mais – Para de chilique, eu não vou trazer ninguém aqui em casa, é Annabeth, ela dormiu vendo o filme e eu a trouxe pra cá.

–Sei – ela franziu o cenho, desconfiada ela entrou e eu acenei sem graça.

–Bom dia Sra. Jackson.

–Oh – ela percebeu que era verdade – Eu e meus foras. Bom dia Annabeth.

–Viu Sra. Surto Psicótico – Percy riu e encostou na porta cruzando os braços, o que eu tive que dar uma desviada de olhar, pois ele ficava mais musculoso do que já era.

–Você que não me venha com gracinhas Perceu – ela falou séria e apontou o dedo para ele – Por que não dormiu lá embaixo? – ele abriu a boca pra falar, mas ela não deixou – Por que está sem camisa? – ele ia falar mais ela fez um sinal para que ele ficasse quieto – Não quero saber, o que eu quero é que você ponha uma camisa, ajude Annabeth a descer para tomar café e não me tire do sério – a ultima parte foi um pouco mais agressiva, ela se virou e saiu.

–Sua mãe é tão doida assim? – Percy perguntou suspirando.

–EU OUVI PERCEU! EU OUVI! – Sally gritou e eu não pude deixar de rir, Percy também, apesar de ter revirado os olhos.

–Bom, vamos fazer o que ela mandou antes que a coisa piore – Percy pegou a camiseta que estava nas costas da cadeira do seu computador e a vestiu, depois levantou o colchão e estendeu sua mão – Vamos?

–Claro – eu aceitei e fomos descendo as escadas.

A mesa estava feita com um café da manhã bem completo, o que depois que a minha mãe, ironicamente, comprou um cyber café eu não tive mais.

–Fiquem a vontade que eu vou ter que ir ao mercado – Sally secou suas mãos em uma toalha e depois pegou a bolsa encima da cadeira – Aproveitem seu domingo.

Ela acenou e correu para sala onde fechou a porta. Nós tomamos café e depois Percy me levou para casa, ele disse que tinha alguns deveres de Inglês pra terminar e que teria que entregar amanhã, como eu não queria atrapalhar fui para casa sem pestanejar.

Apesar de ter dormido bem eu estava cansada, minha mãe não estava em casa então eu fiquei no andar debaixo, resolvi ligar um pouco a televisão e deitar no sofá, algo que talvez eu não fizesse a muito tempo. Estava tranquila assistindo uma série de TV chamada Baby Daddy, quando o telefone tocou na mesinha ao lado, atendi imaginando que seria minha mãe, mas fui surpreendida:

–Alô Annabeth? – era a voz do Grover.

–Oi Grover – disse animada, fazia tempo que eles não me ligavam.

–Annie desculpe te ligar assim, mas é que o pessoal e eu estamos preocupados com você – parei um instante pra raciocinar no que ele queria dizer.

–Como assim? Por causa da minha perna?

–Não Annie – ele parou um instante e eu pude ouvir alguém pegar o telefone enquanto falavam algo.

–Annie é a Thalia – Thalia falou num tom áspero – Amiga nós estamos preocupadas com o fato de você estar dando muito atenção pro Percy. Você está apaixonada por ele?

–Eu? Co-Como assim Thalia? Nada haver – eu mentia muito mal.

–Eu sou sua melhor amiga – ela parou deu um suspiro e continuou – Annie, não se deixe enganar, eu ouvi dizer que o pessoal da natação vai chamar o Percy de volta e que agora no final do ano eles precisam dele pra ganhar. Annie, por favor, ele ainda é Percy o garoto mais egocêntrico da escola, me escuta.

–Para Thalia! – fiquei irritada – Ele mudou, tá? Ele não é mais esse cara, ele é o garoto que eu conheci há alguns anos atrás, eu sei que é.

–Annie, somos seus amigos, eu acho que o Percy mudou, mas... – ela fez outra pausa – Tenho que falar pessoalmente com você. Posso ir aí?

–Qual é o problema Thalia? Fala por telefone – ela estava me deixando cada vez mais irritada.

–Não posso – Thalia parecia triste – Eu preciso falar com você.

–Thalia você está me preocupando – falei mais em tom de preocupação do irritação.

–Eu sei amiga, desculpe, mas é necessário, chego aí em cinco minutos – ela desligou o telefone.

Eu não sei porque Thalia estava agindo daquela forma, porém de uma coisa eu sabia, isso envolvia Percy Jackson e eu, talvez Thalia soubesse de alguma coisa que eu não sabia ou talvez ela somente queria dizer alguma coisa em que desconfiasse, não que ela esteja errada, pois Percy de vez em quando podia nos fazer perder a razão.

Seja lá o que for que Thalia queria me dizer era importante, pois menos de cinco minutos ela tocou a campainha.


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Notas finais do capítulo

E então o quer será que a Thalia tem para dizer? (suspense)
Aqueles que esperavam que os dois começassem a namorar agora eu sinto em desapontá-los, mas eu não vou fazer esse romance ser tão simples, porque nada é simples.
O próximo capítulo já está no forno.
COMENTEM MUITO PRA EU POSTAR!
Beijinhooos!



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