Ain't It Fun? escrita por Sabidinha Chase
Notas iniciais do capítulo
Oi pessoas, eu estou tão feliz ganhei novos leitores e amei os comentários, por favor não deixem de comentar.
Capítulo novinho para vocês!
Enjoy!
Capítulo 3 – Você não é o peixe grande no lago
“Você não é o peixe grande no lago, não mais
Você é o que os alimenta” – Ain’t it Fun
Annabeth P.O.V
Parecia que eu nem havia dormido, eu cheguei em casa já era uma hora da manhã, minha mãe começou a gritar comigo o que me fez perder o resto do sono que havia me restado, não estava aguentando ficar de pé.
–Hei amiga! – ouvi Thalia gritando a traz de mim assim que fechei o meu armário.
–Oi Thalia – falei desanimada me virando, ela ao contrario de mim parecia ótima.
Thalia era uma garota magra, cabelos curtos repicados e negros com algumas mechas azuis que combinavam com seus olhos azuis elétricos. Hoje ela estava com uma calça jeans escura rasgada nos joelhos, um camisete branco e uma jaqueta de couro preta com algumas tachinhas.
–Que cara é essa? – ela perguntou levando um susto.
–É cara de quem teve que ouvir a mãe gritar até três horas da manhã e que não conseguiu dormir – falei começando a andar, ela me acompanhou depois de alguns segundos.
–Como assim? – ela parecia chocada – Você nunca faz nada de errado, por que sua mãe gritaria com você?
–Porque eu cheguei em casa uma hora da manhã e esqueci de ligar meu celular, a propósito não vou poder sair hoje a noite, pois estou de castigo – eu já não queria ir mesmo, afinal no sábado eu trabalho como garçonete em um café próximo do metrô.
–Você chegando em casa uma hora da manhã? – ela pareceu mais chocada ainda – O que aconteceu?
–Olha Thalia, eu estou sem tempo, tem aula e...
–Nem vem que não tem, pode desembuchar – ela me cortou.
–Eu fui cobrir sua matéria, que está aqui a propósito – dei o papel em sua mão – Percy Jackson machucou o braço e a boa samaritana da vez fui eu.
–Eu fiquei sabendo disso – ela começou a folhear a matéria de repende começou a rir – Cara! Os meninos quebraram mesmo o nariz do juiz?
–Quebraram – cofirmei sem entusiasmo – Leia e depois me diga como ficou, eu preciso ir.
–Peraí! – ela segurou meu braço – Como alguém que você ajuda fica com você até uma da manhã? Vocês dois estavam ficando?
–Não viaja Thalia! – gritei já irritada – Eu só quis ajudar e acabei me ferrando, fim da história, ok?
–Essa historia está muito mal contada, mas por hora tudo bem.
–Eu quero muito ir para a aula, por favor, me deixa em paz tá? – pedi e Thalia apenas sorriu.
–Você já é mal humorada no seu normal, com sono isso dobra – ela virou as costas e acenou – Até o almoço.
–Até – falei seguindo para a aula.
[...]
Peguei o meu almoço, ou o que a escola chamava de almoço e segui para o meu lugar na mesa, lá estavam Luke, Thalia e Grover.
–Oi Annie – Luke falou e eu apenas acenei com a cabeça.
–Annie? – Grover me chamou e eu virei a minha cabeça para dizer alguma coisa e ele estava com uma expressão estranha – O que há contigo?
–Sei lá – afastei a bandeja da minha frente, cruzei os braços e deitei minha cabeça.
–O que deu nela? – ouvi Luke perguntar para Thalia.
–Ela saiu ontem com o Percy Jackson e está assim.
–Uma vírgula! – falei levantando a cabeça e olhando mortalmente para Thalia – Eu apenas o levei para o hospital, pare de dizer mentiras Thalia – a adverti.
–Isso aí eu não sei, mas falando nele olha ele ali sentado sozinho na mesa – Grover apontou e eu me virei para onde ele apontava.
Era uma cena muito deprimente, era como ver um ser poderoso sendo chutado por uma criança. Eu não sabia o motivo dele estar sozinho, talvez quisesse um pouco de privacidade, só sei que nunca o havia visto daquela forma e que como por um impulso fui até sua mesa, eu poderia ser um pouco mais prudente e não fazer nenhuma pergunta indiscreta, mas sabe quando você não consegue controlar e algo dentro de você diz para seguir seus instintos, bom foi exatamente essa burrada que eu fiz:
–Oi Perceu – ele me olhou com uma mistura de surpresa e irritação – Está tudo bem?
–Claro que está, por que não estaria? E não me chame de Perceu – ele olhou para sua comida eu não disse nada apenas sentei ao seu lado – O que você quer? – ele não estava mais bravo, parecia apenas curioso.
–Estou sem mesa para sentar, posso ficar aqui? – perguntei tentando não parecer uma grande mentira.
–A mesa é publica, não? – ele pegou um dos garfos de plástico e cutucou a comida.
–Hoje o refeitório está um pouco cheio – tentei puxar assunto, mas ele apenas se limitou a balançar a cabeça afirmativamente.
O silencio durou alguns minutos, foi quando olhei para a mesa onde estavam os amigos dele e notei que todos estavam rindo e brincando com seu novo campeão: Jason Grace e Percy deu uma olhada balançou a cabeça como se quisesse os afastar da mente e voltou a sua comida, ele não comia, apenas a tocava com o garfo.
–Como está o seu braço? – perguntei por impulso vendo ele com a tala.
–Como? – ele perguntou confuso.
–Seu braço – repeti – Como ele está?
–Em uma tala, doendo bastante e graças ao seu puxão vou ter que ficar seis meses sem competir – ele falou com um pouco de sarcasmo em sua voz.
–Você realmente é um grandessíssimo idiota! – me levantei com a minha bandeja em mãos pronta para sair – Eu realmente pensei que você estava precisando de alguém para conversar, mas nem mesmo estando no fundo do poço você deixa seu orgulho de lado. Com licença! – não pedi apenas afastei a cadeira em que estava sentada de volta a mesa, mas quando me virei dei de cara com Thalia, Luke e Grover.
–Oi – Thalia falou sentando-se ao lado de Percy – Meu nome é Thalia.
–O meu é Grover – ele sentou-se a frente de Percy e Luke sentou-se no meio de Grover e Thalia.
–Eu sou Luke, beleza cara?
Parecia que todos estavam querendo me tirar do serio, principalmente Thalia que me lançava um sorrisinho muito do sem vergonha.
–Oi – Percy falou carrancudo, bem feito, quem mandou aqueles intrometidos se sentarem na frente do cara mais orgulhoso que eu já vi.
–E então Percy – Thalia começou tentando puxar assunto – Você e Annabeth deram uns pegas ontem?
–Thalia! – gritei nervosa, de onde ela tirava uns absurdos desses?
–Como assim? – Percy me olhou mais confuso do que nunca.
–Não liga, ela é mais retardada que você – falei ignorando aquela cambada de caras de pau.
–Olha, eu não quero ser grosso – mas ele já era com certeza – Mas eu estou querendo ficar um pouco sozinho.
–Oh – Grover já foi se levantando – Desculpa irmãozinho – afastou a cadeira e todos fizeram o mesmo.
–Qualquer coisa estamos ali, viu? – Luke apontou para mesa e Percy fez um positivo com o polegar. Ele não era educado assim comigo.
–Foi um prazer Percy – Thalia o cumprimentou e depois cochichou no meu ouvido – Você não é boba e nem nada Annabeth safadinha.
–Cala a boca Thalia – dei um tapa em seu ombro e a desequilibrada da Thalia saiu junto com Grover e Luke.
–Seus amiguinhos são figurinhas raras, hem? – serio que ele estava tirando sarro dos meus amigos?
–Pelo menos eu tenho amigos e amigos de verdade Jackson! – falei já quase me arrependendo de ter dito aquilo, porém eu já estava farta dele me tratar como seu eu fosse inferior a ele.
–Como você pode falar uma coisa dessas para mim? – ele logo começou a se exaltar.
–Eu falo como eu quiser com você – eu sei que parecia uma criança de cinco anos, mas eu não iria aguentar mais – Está vendo aquelas pessoas ali, bem eu não sou aqueles ali – apontei para o grupo de alunos com que Percy Jackson costumava andar – Eu sou uma pessoa boa, tenho um coração bom, se fosse ao contrario eu não te ajudaria ontem e nem viria aqui depois de ver você sozinho e você não tem o direito de me tratar da forma que você trata, sendo que em momento nenhum eu fiz o que eles fizeram com você, tá legal?
Me virei para ir embora e ouvi a cadeira ranger no chão e logo a mão de Percy Jackson segurar meu braço, olhei para traz, mas ele não parecia nervoso, na verdade parecia arrependido.
–Desculpe – ele falou em um tom extremamente baixo.
–O que disse? – eu só queria que ele falasse mais alto.
–Me desculpe – ele aumentou a voz – Eu só estou um pouco chateado.
–Eu sei – disse sendo firme – Se o menino que eu conheci há oito anos pudesse te ver hoje ele chutaria a sua bunda com muita força e diria o quanto você está sendo idiota.
–Eu sei – disse ele colocando a mão na cabeça – Eu não queria ser rude com você, não queria ser esse pé no saco que eu estou sendo, mas essa é única forma que eu sei ser.
–Senta ai – apontei para mesa e ele sentou e eu sentei ao seu lado – Você tem que se conformar com isso, eu sei como você está se sentindo, ser rejeitado não é fácil, mas você supera.
–Pra você é fácil você sempre foi uma fracass... – ele parou assim que viu a minha expressão – Uma pessoa mais forte – ele tentou concertar e eu fingi que acreditei – Eu sempre fui popular e as pessoas gostam de mim por ser assim, mas de uma hora para a outra eu estou sentando numa mesa sozinho, parecendo que tenho alguma doença contagiosa e só uma pessoa que eu não falo a milhões de anos vem falar comigo.
–Você é mesmo um egocêntrico e metido – ele ficou chocado, mas eu continuei – Você tem que parar de ficar pensando em popularidade, você não entende que isso logo vai acabar e que o mundo lá fora é diferente daqui?
–Não é tão diferente assim – ele tentou contornar.
–É sim – falei seria – Lá fora quem tem mais estudo é o que ganha mais poder, aqueles caras ali do futebol só sabem fazer isso, jogar futebol, porém nem todos podem jogar numa liga famosa, alguns podem até dar sorte, porém a maioria deles vai ser subordinado daquele cara ali – apontei para Nico Di Ângelo, o cara mais inteligente da minha sala de matemática – Ele sabe fazer de tudo, além do que já é dono do seu próprio web site de photoshop, ele já ganha mais do que os professores com seus trabalhos. E ele não é uma pessoa feia, só precisa se arrumar um pouco mais, nada que um bom banho de loja e alguns estilistas não resolvam, ele vai ser o cara no futuro e aqueles ali vão ser uns nadas. Resumindo Percy Jackson, o mundo real não é brincadeira, e não vai ser legal com você só porque você foi popular aqui.
–Olha eu sei disso – ele falou coçando a cabeça – Eu sou uma pessoa que se dá bem nos estudos, mas agora parece que meu maior objetivo foi tirando de mim, a coisa que eu mais amo fazer é nadar e parece que eu não posso mais ser o melhor nisso – ele olhou para Jason e depois me olhou – Eu sei que ele é bom, ele também é um cara legal, mas eu não sou obrigado a ver ele tirar isso de mim.
–Por que não muda isso então? – perguntei.
–Como assim?
–Você pergunta muito isso, já percebeu?
–Como assim?
–Ok, deixa pra lá – ele era mesmo bem tapado – Estou falando que se você se acha bom nisso, por que não começa a trabalhar encima disso desde já?
–Não posso competir – ele mostrou seu braço e eu pensei por alguns segundos.
–Você pode fazer o mínimo de esforço? – perguntei.
–Isso eu posso.
–Então pronto – disse tendo uma ideia – Por que não ensina pessoas a nadar?
–Qual é o ser humano maior de oito anos que não sabe nadar? – ele perguntou irônico e eu desviei o olhar – Você não sabe nadar?!
–Qual é o problema? – perguntei já ficando nervosa e rubra de vergonha.
–Eu não sabia que você não sabia nadar – que coisa mais confusa, ele deu uma risadinha abafada – Bom então tá. Você é minha primeira aluna.
–Como assim? – ótimo, esse negócio pega.
–Você me deu uma ideia, eu gostei e agora vou te dar aulas de natação – ele sorriu e eu empalideci.
–Ma... Mas... – tentei falar mais não saía nada – Eu tenho medo.
–Que isso Annabeth, você está com medo? – ele fez uma expressão que me lembrou de alguém.
Claro! Lembrou-me dele, um garoto de apenas nove anos que sempre que podia me provocava ao ultimo, fazendo com que eu sempre aceitasse seus desafios. E para piorar, a garotinha dentro de mim sorriu vitoriosamente e respondeu:
–Eu não tenho medo Percy Jackson!
–Que bom – ele sorriu de lado e o sinal tocou – Te vejo na piscina as três – ele se levantou e eu fiquei parada, caindo na real da besteira que eu havia feito – E vá de biquíni ou pelo menos um maiô.
–O que?! – perguntei virando minha cabeça por onde ele saía.
–Quer aprender a nadar de uniforme é? – ele riu e saiu correndo para sei lá onde.
Eu não sabia o que dizer o muito menos o que fazer, aos poucos o refeitório foi se esvaziando e Thalia me cutucou o ombro.
–Vamos amiga? – ela chamou.
–Que? – perguntei meio abobada.
–O que foi que aconteceu? Ainda está com sono? – ela perguntou, mas eu nem a respondi, apenas me levantei e levei a bandeja ao lixo.
–Você tem um biquíni ai? – perguntei a Thalia que me olhou assustada.
–Você quer biquíni? Pra que?!
–Vem comigo que eu te explico – ela iria rir, mas eu teria que explicar, afinal de onde eu iria tirar um biquíni até as três?
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
E então o que acharam? De agora em diante eu vou postar também com uma capinha para o capítulo, gostaram?
Quem quiser capas eu faço também, é só mandar por MP.
Beijos!