Ain't It Fun? escrita por Sabidinha Chase


Capítulo 1
Prólogo


Notas iniciais do capítulo

Se vocês gostarem do prólogo eu posto mais.



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Prólogo

Lembro-me daqueles dias como se fossem ontem. Eu ainda era pequena e inocente, acreditava quer amizades seriam para sempre, e que nunca nos separaríamos.

Porém, hoje é mais um dia em que dirijo meu Dodge Charger Rt de volta ao lugar onde mais detesto no mundo: A Escola. Não me entendam mal, eu tenho amigos e amo estudar, mas detesto ver que apesar de anos a escola nunca muda, sempre haverá as panelinhas, as divisões de classe social e principalmente o preconceito.

E sabe qual é a pior parte disso tudo? É que eu, como boa repórter escolar, teria que inspecionar tanto o jogo de basquete idiota, quanto o campeonato de natação, e eu nem sei nada a respeito de basquete e muito menos natação.

Estacionei meu carro na vaga do jornal da escola enquanto a cambada de puxa-saco do jogo se aproximava da entrada do ginásio. Abri a porta tentando evitar contato com aquele bando, peguei minha câmera e meu gravador e fechei a porta.

–Oi Annie! – ouvi de longe o grito de Grover Underwood, ele era um dos meus melhores amigos, sempre tentava nos proteger de tudo e todos, mas raramente era bem sucedido.

–Oi Grover – ele se aproximou – Veio assistir o jogo ou as lideres de torcida?

–Você me conhece – Grover deu uma risada sem vergonha e eu apenas revirei s olhos – Quer companhia?

–Sim, obrigada. Acho que sozinha não iria conseguir sobreviver a isso. – disse apontando para o ginásio lotado.

–Por que não pede a Thalia para mudar você de função? – Grover começou a caminhar e eu o segui.

–Porque ela está muito ocupada dando ao Luke tudo o que ele quer! –Grover arregalou os olhos e eu bati em seu ombro – Não isso seu idiota! Estou falando do cargo sobre as noticias que realmente os alunos querem ler.

–Annie, tenho que te confessar, acho que ninguém da escola lê o jornal.

–Ninguém o lê porque eu não escrevo a melhor parte, e Luke só quer saber de dormir na aula e no carro na hora do intervalo.

–Pensei que você fosse amiga deles – Grover se acomodou nas arquibancadas.

–E sou, por isso mesmo estou dizendo isso – Grover entendeu meu ponto de vista e eu acenei como se disse: “Até mais” e desci a arquibancada até ficar próxima ao campo, para tirar boas fotos.

O jogo de basquete acabou com 98 para a casa e 80 para os visitantes. Eu teria uma boa matéria, afinal as mascotes começaram a brigar e quando o juiz foi separar eles quebraram o seu nariz. O placar nada importou depois disso, o ginásio virou um balaio de gato e o melhor de tudo foi que o jogo não contou em nada para as eliminatórias das finais escolares, ou seja, a única coisa que valeu a pena foi ver o juiz estourado.

O campeonato de natação iria começar em vinte minutos, então aproveitei para comprar algo para lanchar. Não achei mais o Grover, o que provavelmente indicava que ele foi atrás de alguma líder de torcida de nariz em pé.

Ao chegar à cantina, vi em minha frente o nadador preferido da escola: Perceu Jackson, ou Percy. Você pode não acreditar, mas esse garoto extremamente popular já foi meu amigo, quer dizer, antes de virar “o cara”, Perceu Jackson havia sido um menino comum e legal, que às vezes ia em casa para nós brincarmos. Mas veio a idade, a popularidade, as garotas e ele esqueceu a amiga que é sua vizinha. Acho que ele nem lembra meu nome.

–Por favor, um cachorro-quente – ele pediu e eu logo encostei ao seu lado, ele nem me viu ali.

–Um pra mim também, mas sem mostarda – pedi e o Sr. Davis fez um Ok para os dois.

Aquilo era insuportável, o silencio, a ignorância dele havia tomado todo seu ser. E sempre foi assim depois de um tempo, ele já chegou em esbarrar em mim e nem ao menos pedir desculpas.

–Ei você – de repente ele apontou pra mim, eu sorri pensando que aquela anta havia se lembrado de quem eu era.

–Oi – acenei.

–Você é do jornal certo? – Como assim? Isso é pergunta que se faça depois de 8 anos sem falar comigo?

–Sou sim, por quê? – perguntei sem graça

–Tire umas fotos bem bonitas minhas hoje, ok? – eu não estava acreditando no que estava ouvindo, era como se eu estivesse levando um tapa na cara.

–Você tá falando sério? – não me aguentei.

–Eu sei, é difícil alguma foto minha sair feia – ele jogou o cabelo para traz e eu comecei a rir – O que foi?

–Você é a pessoa mais egocêntrica que eu já vi – falei ainda entra as risadas.

–Como é? – ele pareceu irritado.

–Isso mesmo que você ouviu – o Sr. Davis apareceu com dois cachorros-quentes, eu peguei um e apenas dei as costas para ele.

Acho que nunca em minha vida havia visto alguém assim. Na verdade eu penso que a inocência de alguém só dura enquanto seu ego não falar mais alto, e para mim Percy Jackson era puro ego.



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Notas finais do capítulo

E ai? Gostaram? Está curto porque é o prólogo, o primeiro capítulo vai ser maior, ok?
Brigadinha! E não custa comentar neh?