It Will Rain escrita por Queen


Capítulo 17
Seventeen.


Notas iniciais do capítulo

Oiii pessoas do meu sz!
Tudo bem com vocês? comigo tudo ótimo. O capitulo a seguir, na minha opnião, saiu meio clichê e bleh, mas a Jubs aprovou, então né... Queria agradecer a todos pelos reviews e to muito feliz por muitos fantasminhas aparecerem! Continuem assim! E não sumam!



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P.O.V Annabeth.

Já fazia algum tempo que eu havia percebido que Nico e Thalia estavam com um comportamento bem estranho: Eles ficavam trocando olhares e depois riam sozinhos e toda vez que íamos ao Olimpo eles sumiam do nosso ponto de vista e quando apareciam, ambos estavam com um comportamento de como se estivessem acabado de voltar do paraíso.

O estopim para que eu soubesse o que realmente estava acontecendo entre os do0uis foi no último domingo, fim de Junho, lá no Olimpo.

Enquanto eu e Percy estávamos na biblioteca conversando (Yeah, nós conversávamos sem nos matar já fazia  um bom tempo ) sobre coisas aleatórias enquanto eu rodava pela biblioteca a procura de um novo livro. Ao todo, desde março a abril, eu havia lido 27 livros, e Percy estava comentando sobre isso quando ouvimos uma risada abafada vindo do corredor.

– Você ouviu isso?  – Perguntei indo até a porta.

– Ouvi. – Ele disse se aproximando.

Abri a porta um pouco e vi a sombra de duas pessoas próximas, como se estivessem se abraçando.

– Dá próxima vez não exagera no perfume. – Uma voz feminina disse, risonha.

Para de ser fresca. – Uma voz masculina rebateu, parecendo ofendida.

– Idiota.

– Eu sei que você me ama.

Depois disso, ouvimos o barulho de beijos e mais risos, só que dessa vez estavam mais distante e as sombras tinham desaparecido.

Arregalei os olhos e olhei para Percy, que tinha um olhar bem sinistro.

– Quem você...? – comecei.

– Eu não sei. – ele olhou para mim e depois deu um sorrisinho sarcástico. – Mas vamos descobrir.

– Okay. – Caminhei até a mesa de centro, sentei-me e ele ficou ao meu lado.

– Vamos ligar os fatos. – ele disse batendo os dedos calmamente na mesa. – Quem falaria para um cara dizendo para ele não exagerar no perfume?

– Thalia. – eu respondi, respirei fundo e perguntei: – Que tipo de garoto iria dizer que ela é fresca?

– O Nico, obvio. – Percy parou para pensar um pouco – e depois ela revidaria com um “idiota.” ?

– A Thalia – respondi novamente, meio confusa – E depois ele iria dar um risinho, dizer todo debochado sobre ela o amar e a beijar?

– O Nico. – Percy disse, fez uma careta e nós dois nos entreolhemos.

THALIA E NICO! – Gritamos juntos.

– Não pode ser. – murmurei.

– Impossível... eles se odeiam...

DO ÓDIO SE GERA O AMOR! – gritamos juntos novamente, ele fez um cara engraçada e eu tinha os olhos meio atordoados.

– Ai, para de repetir o que eu digo, tá ficando estranho. – Eu comentei rindo.

– Cara, o Nico e a Thalia... – Ele tinha um olhar distante, como se não acreditasse nisso.

– Eles estão se pegando, Percy...

– E se não tiverem? – ele perguntou com um vinco no meio da testa.

– Vamos investigar. – Eu disse e nós dois nos entreolhemos com um sorriso diabólico.

Por isso, decidíamos que iriamos sempre observar os dois.

Já havia se passado três dias e não conseguimos nada, apenas teorias. Se eles estivessem mesmo tendo algo, nós iriamos perceber, mas parecia quase impossível eles terem alguma coisa.

Quase.

Faltando uma semana para entrarmos de férias, nossa professora de Sociologia, Anngie, resolveu passar um trabalho sobre “Os males da Alma”, eles incluíam:

*Bulimia.
* Automutilação.
* Bipolaridade.
* Fobias.
* Manias.

Eu rezei a todos os deuses possíveis que eu fizesse com Thalia e que não fosse o assunto sobre cortes, porque a) Fazer com a Thalia significava que eu poderia cobrar dela explicações sobre o Nico e b) Porque logo automutilação? Iria ser muita zoeira comigo.

Mas, não saiu como eu havia planejado. Thalia ficou com a Dho, a estranha que senta no fundo e eu... Eu com a Rachel, e adivinha! O assunto era sobre cortes! A sorte NÃO estava ao meu favor! Pois é.

– Vocês irão entregar na segunda, sugiro que façam amanhã. – Anngie disse com sua voz de dar sono.

– Logo no sábado? – Calipso perguntou chorosa.

– Se você prefere fazer no domingo, o problema não é meu. – Ingrata e direta como sempre, essa é Anngie Scott, a vaca da Goode.

Fizemos um murmúrio de desaprovação. O sinal logo bateu e todos correram para os dormitórios, a fim de fazer as malas e sair daquele inferno.

Porém, eu continuei na sala, para combinar com a Rachel sobre fazermos o trabalho.

– Então, pode ser na minha casa?  Eu não gosto de ir ao apartamento de vocês, eu não me sinto bem, me traz nostalgia e... – ela não concluiu, porque eu interrompi, não estava com cabeça pra a ouvir falar muito.

– Tudo bem, mas, porque você não se sente bem? – Perguntei.

– Porque me lembra do Percy, e tipo, eu não gosto dele, mas... – ela suspirou – O lance que a gente teve foi muito intenso.

Senti que enquanto ela falava eu havia prendido a respiração e que o meu rosto obviamente estaria meio roxo. Rachel é uma pessoa legal e tal, mas ela vai inventar de dar uma de “ex-arrependida e com saudades” logo agora? Que porra é essa?

– Hum... – balbuciei – Intendi...

– Então! – Ela disse mais alegre a fim de mudar de assunto – Você vai lá em casa amanhã a tarde! E ai, eu amo esse assunto!

– Cortes?

– É, acho super dramático e sempre quis...

– Tá Rachel, intendi – cortei me alevantando a fim de ir para o dormitório.

Ela apenas deu de ombros e foi junto comigo até o seu quarto. Arrumei as minhas malas com as garotas e eu e Thalia esperamos o Tio Zeus chegar, já que ele disse que levaria a Thalia para um passeio junto com Jason.

– Você não se incomoda em passar a noite em casa, não é Annabeth? – Zeus perguntou.

– Não, imagina.  – eu respondi saindo do carro enquanto Jason me ajudava a retirar as malas.

– Anastácia vai estar ai de manhã – Thalia disse – Eu vou dormir lá na casa do meu pai, a gente se vê amanhã.

– Flw.

Tio Zeus se foi com Jason e Thalia enquanto eu entrava no prédio. Cumprimentei o portei e entrei no elevador.

Ao chegar ao meu andar, abri a porta toda indisposta. Tudo estava silencioso e as luzes apagadas, não era pra menos, não tinha ninguém em casa.

Suspirei fundo, eu odiava ficar só. Entrei e subi para o quarto, joguei-me na cama e encarei o teto.

Ainda eram seis e meia da tarde para anoite. Eu não estava a fim de ir para algum lugar e Tio Zeus não permitiria isso. Eu não queria dormir só e estava com vontade de fazer alguma coisa, por isso mandei uma mensagem para uma pessoa que, se fosse a meses atrás, eu nunca iria chamar para sair do tédio.

“Preciso falar contigo, sei lá, fazer alguma coisa. Estou sozinha e no tédio.”

Demorou uns cinco minutos e não recebi nenhuma resposta.

“RESPONDE LOGO, PORRA.”

Essa demorou dez.

“Quer saber, não quero mais nada não, vou dormir em uma cama bem grande e vazia. Não preciso mais de você u.u”

Ao enviar isso, em sete segundos ele ligou.

É aquela criatura tinha preguiça de digitar, só podia ser um Cabeça de Algas mesmo.

– Até que enfim. – fingi estar brava.

– Eu tava no banho.

– Demorou isso tudo só pra se embelezar?

– Cala a boca, eu estou lindo e cheiroso, e você?

– Eu estou soada, ainda nem tomei banho.

– Urgh, pois banhe, se não eu não vou te cheirar e nem deixar você chegar perto de mim.

– E quem disse que eu quero que você me cheire? – perguntei, divertida – e eu não vou chegar perto de você, eca.

– Eca digo eu – percebi que ele sorria – Eu estou aqui, sozinho em casa, só de bermuda e assistindo TV com a minha cachorra.

Imaginei a cena. Percy com o celular falando comigo de braços cruzados, o peitoral exposto, olhando para a tv sem prestar atenção enquanto Sra. O’Leary se aconchegava nele.

Ri internamente, lá deveria estar melhor do que no apartamento de Thalia.

– Hum. – fingi não estar interessada – Eu estou apenas deitada na minha cama aconchegante e grande, esperando alguém preencher o outro lado.

Ele riu.

– Isso é um convite?

Tesc, tesc, tesc.

– Claro que não. – percebi que ele fez um gemido – Comentei por auto e estou de zoeira.

– Sem graça. – percebi que ele estava meio decepcionada – Tá bom então, adeus...

– NÃO SE ATREVA A DESLIGAR, PERSEU.

Ele teve a ousadia de rir.

– E se eu desligar, o que acontece?

–Ai eu não vou na sua casa.

– Hummm, então você pretendia vir aqui...

– Q-quer dizer – droga, eu odiava quando gaguejava – Eu estou sozinha, você está sozinho, eu estou com tédio, você está apenas assistindo TV, então eu.. Sei lá, me deu vontade de ir aí.

– Tudo bem Annabeth. – ele disse mas fez um barulho estranho, como se estivesse lembendo algo.

– O que você tá comendo?

– Nutella.

Eu pulei da cama indo pegar a toalha.

– Vou ai em minutos, só vou tomar banho.

– Coloca aquela colônia lá e usa aquele shampoo com cheiro de limão, você sabe que eu adoro.

Bufei.

– Não vou passar nem um desodorante, hehe.

– Você não ousaria.

– Você duvida?

– Tá, tá, tá Annabeth, foda-se, vem logo, eu quero você aqui, agora, perto de mim.

Ele desligou o telefone ainda resmungando e eu apenas sorri.

Tomei um banho demorado, lavei o meu cabelo com o shampoo de limão, sim, eu estava sendo legal a ponto de fazer o pedido dele. Vesti apenas um short e uma blusa de manga cumprida. Passei a tal “colônia lá”, peguei meu celular e sai do apartamento.

Quando cheguei ao seu andar, fiquei meio hesitante em batar na sua porta.

Respirei fundo umas três vezes. Afinal, o que eu estava fazendo ali mesmo? Ah é, um moreno lindo gostosão com um pote de Nutella me esperavam.

Bati na porta.

Ele abriu e eu me perdi novamente naquelas orbitas verdes. Ele deu espaço para mim entrar e eu senti o cheiro do seu perfume. É, ele estava mesmo cheiroso.

Mal enterrei no apartamento e sua cachorra linda e gorda e fofa pulou em cima de mim. O seu peso me fez se desiquilibrar e eu até podia sentir o impacto do meu corpo caindo no chão. Fechei os olhos esperando o banque e a dor preencher meus músculos, mas antes mesmo que meu corpo tocasse ao chão, fortes braços se envolveram na minha cintura e me segurou.

Abri os olhos e vi que Percy me encarava com um sorriso debochado enquanto sua cadela latia e lambia meu rosto. Percy alevantou-me delicadamente e Sra. O’Leary latia aos meus pés. Ainda meio zonza, se agachei e acariciei a sua cabeça, enquanto ela lambia minha mão.

– Eae lindinha. – ela latiu, acho que estava feliz em me ver – Saudades?

Ela ficou latindo e depois saiu correndo pela casa.

– Ela gosta mesmo de você. – Percy comentou indo para a sala.

– Não me diga. – eu me senti no carpete e ele no sofá.

– Chata como sempre.

Bufei.

– Convencido....

– Eu sou convencido é? – ele falou – Pois então não vou te dar Nutella.

Alevantei rapidamente o encarei.

– Você não é doido a ponto de fazer isso.

– Duvida?

– Jackson, cadê a Nutella?

Ele apenas riu, mas o bocó olhou para a almofada e eu sem pensar duas vezes pulei em cima do sofá, a fim de pegar a Nutella.

Mas ele percebeu e a pegou primeiro, ficou em pé e alevantou o braço para o auto enquanto eu pulava euforicamente tentando pegar o pote.

– Percy, me dá.

– Não. – ele respondeu, rindo.

– Por favor, eu faço qualquer coisa que você quiser.

–Qualquer coisa, é?

– É.

– Hummm... – ele fingiu pensar. – Um beijo.

– Argh, nam.

– Annabeth, Annabeth, você ainda vai desejar a minha boca e não vai ter. Sem beijo, sem Nutella.

Por que ele tinha que ser tão convencido e lá no fundo ter razão?

Percebi que nós estávamos muito próximos e como o Percy era vacilão, vi a oportunidade perfeita.

– Tudo bem. – Eu sussurrei, chegando mais perto e colando nossos corpos.

No começo ele tinha um olhar confuso, como se não acreditasse que eu estava fazendo isso, mas depois passou o outro braço em minha cintura. Em outra situação, eu estaria toda entregue a ele, mas eu precisava daquela Nutella urgentemente.

Fiquei na ponta dos pés e entrelacei meus braços no seu pescoço e fazendo cafuné. Cheguei meu rosto mais  para perto do seu e como previsto, ele abaixou o braço com a Nutella, e foi nesse momento que eu agarrei o pote e me afastei, rindo.

– Prontinho, peguei a...

– ME DEVOLVE ISSO ANNABETH.

– NÃO! – gritei e sai correndo pela casa com ele aos meus calcanhares.

Eu corria de lá para cá e em várias vezes ele faltava pouco para me pegar, tipo quando fomos a cozinha e eu tive que fazer a volta na mesa sem ele me pegar. Corremos, corremos e corremos com ele gritando e me xingando.

Subi as escadas para os quartos e quando eu estava lá no topo, ele ainda subia o segundo degrau, ofegante.

– Olha só Perseu, que delicia. – Eu meti dois dedos na Nutella e trouxe todo o conteúdo para a minha boca – Hummm... Esse gosto de avelã... Hummmm...

Vi que ele fez um gemido sofredor.

– Olha só Percyto.

Virei o pote na minha boca, acho que melei todo o meu rosto. Lambi os dedos e ele começou a subir as escadas rapidamente.

Soltei um gritinho abafado e corri, mas não tinha para onde ir, então optei em entrar no seu quarto. Pulei na sua cama e fiquei em pé, fazendo uma dancinha estranha enquanto ele me encarava incrédulo. Abri o pote mais uma vez e lambi a tampa. Fui idiota a ponte de me integrar a gostosura da Nutella e não perceber que Percy havia se aproximado.

Ele subiu na cama, derrubou-me e ficou em cima de mim, com um sorriso de orelha a orelha enquanto eu bufava por ser tão imbecil.

– Sai de cima de mim, Percy.

– Não. – ele tentou pegar a Nutella, mas eu coloquei para baixo de mim.

–Você não vai pegar ela tão cedo.

– Idiota.

Ele prendeu meus braços fortemente na cama e me virou, pegando a Nutella.

– Fácil.

– Que nada.

– Verdade. – ele disse abrindo a Nutella. – você não facilita as coisas.

– Eu nunca, mas nunca, vou facilitar as coisas para você, Percy, acostume-se com isso.

Ele me encarou sério, depois sorriu.

– Por que está rindo?

– Tem um pouco de Nutella na sua boca. Credo Annige, você se mela como uma criança.

Passei a mão pela boca.

– Limpou?

– Não. – ele riu mais ainda e estendeu a mão para limpar, mas eu lhe dei um tapa.

– Eu sei me virar.

– Se é que você diz.

Passei a mão pela boca umas três vezes e ele apenas negava com a cabeça, rindo.

– Tá, limpa logo essa droga.

Ele revirou os olhos e passou o dedo mindinho pelo canto da minha boca.

O encarei. Seu sorriso tinha diminuído um pouco e seus olhos estavam mais intensos e o verde mais escuro. Percy passou o polegar delicadamente pela minha boca e eu vi que ele mordeu o lábio inferior.  Nós nos esquecemos totalmente da Nutella.

Percy passou um braço pela minha cintura enquanto o outro se encontrava no meu pescoço, trazendo-me mais para perto.

Cara, vou confessar que o Percy tinha uma pegada que... Deuses...

Meu olhar se alternava entre olhar nos seus olhos e a sua boca. Estávamos muito próximos, eu podia sentir a sua respiração no meu rosto e nossos narizes se enroscavam. Nossas bocas estavam entreabertas e todas as vezes que eles faltavam se tocas, nós nos afastávamos um pouco, como se ponderássemos em nos beijar ou não.

Eu estava cansada daquilo, fazia meses que eu queria sentir os seus lábios novamente e o seu toco, mas como sempre o meu orgulho e o jeito cínico dele atrapalhava. Mas dessa vez iria ser diferente.

É agora ou nunca. – Pensei.

Sem hesitar, o beijei.

É, a Annabeth Chase aqui, que até pouco tempo atrás não suportava Percy Jackson estava o beijando. Irônico, não?

Eu o beijava intensamente e ele retribuía com a mesma força de vontade. A sua boca na minha, nossas línguas procurando por espaço e explorando cada canto da boca de ambos estavam se enroscando cada vez mais, em uma sincronia perfeito.

O beijo estava calmo, e quando o ar faltou, seus lábios estavam levemente inchados e creio que os meus também.

– P-percy, er... – eu disse atordoada, tentando se alevantar – D-esculpe, Er.. eu vou...

– Shiu, não fala nada. – Percy disse me beijando mais uma vez.

Dessa vez foi mais delicado, nós dois rolavamos pela cama, suas mãos na barra da minha camisa e as minhas nos seus ombros. Eu não queria para com aquilo tão cedo, ele também não, por isso continuamos, mas o ar foi preciso.

Separamos-nos ofegantes e dessa vez tínhamos um sorriso á lá pós beijo.

– Isso foi.. – balbuciei.

– Foi tão...

– TÃO...

– TÃO SEI LÁ VELHO.

Rimos.

Aproximei-me novamente dele. Me julgue, mas eu estava necessitando muito daquela sensação de tê-lo perto de mim. Iriamos iniciar outro beijo, mas sentimos um peso extra e um latido sobre nós.

– Sra. O’Leary! – gritei, exaltada, não acreditando que aquela criatura tinha feito isso com a gente.

Ela deu mais um latido, Percy riu e acariciou a sua cachorra, enquanto eu alevantava da cama.

– Aonde você vai?

– Sei lá, to de mal com essa desgraçada que eu amo mas fez uma coisas dessas comigo.

Percy riu e enxotou a Sra. O’Leary do quarto.

– Vem cá Annie. – ele disse batendo a mão na cama.

– Não. – Eu estava perto da porta com os braços cruzados.

– Vem cá bem, eu quero muito desfazer esse bico da sua boca.

– Por que você não começa a ter atitude em fazer algo do que apenas falar?

É, eu estava magoada por ele apenas pedir um beijo e ficar paquerando comigo mas nunca ter uma real atitude.

Ele fez uma careta. Acho que feri seu ego, pois ele saiu da cama rapidamente e veio até mim.

– Demorou.

Não pude raciocinar direito, pois ele me imprensou na porta e beijou-me urgentemente.

Entrelacei minhas pernas em seu quadril e meus braços ao redor do seu pescoço. Eu puxava a sua nuca o trazendo mais para mim enquanto nós riamos entre o beijo por culpa da zoada que a porta fazia quando ele me imprensava nela.

A porcaria do ar faltou novamente. Nossos pulmões inflavam por ar e eu via seu peito subir e descer rapidamente.

Percy começou a beijar a curva do meu pescoço e eu respirava fundo enquanto meu estomago dava mil cambalhotas ao mesmo tempo.

– P-percy, isso é errado. – Eu gaguejei enquanto ele descia os beijos pelos meus braços.

– Errado porque, Annie? – Sussurrou em meu ouvido.

– Somos amigos, Percy...

Ele parou rapidamente de me beijar e me encarou sério.

– Somos amigos, hum, então você quer que eu pare?

– NÃO! – Me amaldiçoei por falar tão auto e ele rir.

– Sabidinha, sabidinha...

– Estou com fome. – Decidi cortar nossa pegação. Por hora.

–Vamos comer e depois fazer o que?

– Jogar videogame!

– Você gosta?

– Claro!

Percy riu.

– Você é de mais.

– Eu sei tá. – Respondi indo até a cozinha.

(.....)

– Aonde estão os seus pais? – Perguntei passando a Nutella na torrada.

– Foram pra um jantar.

– Hummmm... – respondi comendo e ele riu.

Percy bebeu a coca e arrotou, sorrindo.

– Porco. – Sussurrei, mas enchi o meu copo, bebi e arrotei mais auto que ele.

– UOU. Se fosse outra garota teria me chamado de porco e se afastado.

– Eu não sou dessas. – Alevantei da mesa indo lavar as mãos. – E eu te chamei de porco, mas decidi te mostrar o que consigo fazer.

– Me surpreendeu. – Ouvi ele soltar um arroto, porém fraco.

– Pare de arrotar, porque se não eu vou ficar com nojo e nunca mais te beijar.

– Falow.

Fomos até a sala.

– Então, vamos jogar o quê?

– Não to afim de jogar. – Percy se jogou no sofá. – Vamos assistir um filme ou sei lá.

– Tá, que filme? – Perguntei entediada.

– Qualquer um.

– Harry Potter!

– Tudo bem.

Ligamos a tv e eu me sentei ao seu lado. Percy deitou e colocou a cabeça nas minhas pernas, enquanto eu bagunçava o seu cabelo mais do que já é.

– Ele não tem nariz? – Percy perguntou.

– Tipo, o rosto dele é deformada e o Lorde das Trevas não se importa com a aparência, então...

– Legal.

– Hum, eu acho que esse velhinho gosta da outra velhinha lá da Grifinoria.

– Quem? – perguntei confusa entretida no Rony e Herminone – O Dumbledore e a Minerva?

– É.

– Ele é gay.

– Legal.

Digamos que op filme inteiro o Percy me fez perguntas idiotas e eu não conseguia me concentrar, pois ele ficava fazendo caricias e beijava a minha testa, e apertava as minhas bochechas, e passa as mãos pelo meu corpo e.... argh, ele tirava toda a minha atenção.

Quando o filme acabou, fiquei encarando a TV, enquanto ele apertava a minha cintura e fazia cocegas.

– Para Percy!

– Parar com o que?

– Com isso. Eu não consegui ver o filme direito porque você estava me tirando dos nervos.

– Você já viu HP várias vezes!

– É, mas eu queria ver de novo e...

Parei de falar porque ele me deu um beijo rápido e eu nem sequer tive tempo de aproveitar.

– Percy!

– Eu fiz isso pra você calar a boca!

– Affs!

O empurrei e ele caiu com tudo no carpete.

– Já vou indo, já são onze horas.

– Pensei que você iria dormir aqui. – ele disse se alevantando.

– Por que eu faria isso?

– Você tá sozinha em casa. Prefere dormir lá do que aqui?

– Não, mas onde eu iria dormir.

– Comigo ué.

Neeevvvvvveeeeerrr.

– Brincadeira. – ele passou um braço pelos meus ombros – Tem um quarto de hospedes.

– Okays. – Eu subi as escadas com ele ao meu lado, que guiou-me até um quarto ao lado do seu.

– Boa noite, Percy.

– Olha, o meu quarto é esse aqui do lado e...

Fechei a porta na sua cara, até pude imaginar ele bufando do outro lado.

O quarto era simples, mas aconchegante. Deitei-me na cama e fiquei encarando o teto esperando o sono vir, mas ele não veio.

Rolei pela cama durante horas. Olhei no relógio e já eram uma hora da madrugada. Rolei mais um pouco e alevantei, não estava a fim de ficar ali sozinha. Fui ao quarto do Percy e a porta estava aberta. Entrei, tudo estava silencioso e escuro. Clareei o caminho até a sua cama com a luz do Precioso e deitei-me ao seu lado.

Percy dormira com o rosto sereno, me escorei nele para vê se ele acordava, mas ele parecia estar dormindo. Bufei com raiva.

– Idiota, achei que poderia estar acordado.

Puxei o lançou para mim e fiquei próxima do sei corpo, pois eu estava com frio e ele parecia estar quente. Não demorou nem dez segundos após eu ter fechados os olhos quando senti ele abraçar a minha cintura e trazer-me para mais perto dele.

– Pensei que você não iria vir. – Ele sussurrou.

– Pensei que você estava dormindo.

– Eu não conseguiria dormir sem a sua companhia.

– Idem.

Virei-me para encara-lo e ele acariciou o meu rosto com o polegar e os outros dedos deslizando pelos meus cabelos.

– Você passou o shampoo. – Ele exibia um sorriso de canto.

– E “aquela colônia lá”.

Rimos.

– Não estou com sono. –  Confessei.

– Nem eu.

Ficamos conversando sobre coisas aleatórias, as vezes flertávamos, as vezes dávamos cortadas um no outro e de vez enquanto nos beijávamos.

Quer dizer, a todo instante nós nos beijávamos, mas não passou disso, eu juro. Ele me respeitava e eu sempre agradecia mentalmente a ele por isso.

Percy dormiu primeiro e eu pude ver que ele babava mesmo enquanto dormia. Ri e me aconcheguei em seu peitoral inspirando seu cheiro de maresia.

Tudo estava bem. Ele me fazia bem. Eu estava bem.

Pelo menos, por hora.


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Notas finais do capítulo

Acho que no fundo tá bom... eu não tive tempo para revisar, então se tiver qualquer erro, me avisem!
Eu vou ficar ausente um tempo por causa do seletivo, mas não vou sumir para sempre, prometo, só vou demorar uma ou duas semanas pra postar.
GENTE, VOCÊS FICARAM SABENDO DESSE SPOILER DO NICO SER GAY? EU ACHO QUE É VERDADE, PQ SE VCS FOREM LEREM OS LIVROS DE PJO E HDO MAIS ATENTAMENTE, PERCEBE QUE ELE É MEIO QUE... SEI LÁ CARA, O QUE DEIXOU O NICO UM POUCO MAIS.. UAU.... FOI AS FANFICS!
De qualquer forma, eu to tendo um ataque com isso, tomara que seja mentira, ou não, ou sei lá vei, mil tretas!
Boooooooooooooooommmmm.
Mereço reviews? favoritos? criticas? elogios? recomendações? Enjoy!
Beijos, Queen.