Angel Rebel escrita por Jenny Sarfati


Capítulo 3
Capítulo 3


Notas iniciais do capítulo

Mais uma e muito obrigada a todos os coments...espero que gostem!!!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/377701/chapter/3

***QUINN***

Quinn você está sonhando. Quem mandou beber velho? Agora aguenta esse pesadelo.

– Não sou pesadelo. - Resmungou se olhando no espelho do elevador.

Fechei os olhos. Ok, ela falou com você. Mas esquece, ela não existe. Puck não a viu, então ela é fruto da sua imaginação. Anjos não surgem assim, eles são criaturas de luz e usam branco, com aquelas coisinhas na cabeça. Gargalhou.

– Ok, ok... da próxima vez me visto a caráter para você se sentir melhor. - Deu um tapinha em meu ombro.

– Pare de falar. Você está me enlouquecendo.

– Quinn, você é difícil. - Se encostou na parede.

Jogou os cabelos de lado e tamborilando os dedos na parede. Me encarava e isso me deixava nervosa, irritada. Mais do que já estava ultimamente.

– Respire e solta. - Sussurrou debochada.

– Desaparece e nunca mais volte.

Sussurrou algo incompreensível.

– Eu sei que é difícil pra você. É horrível pra mim. Acha que eu queria estar aqui? Não tenho escolhas. E eles não sabem nem metade do que já fiz... -.  Bufou.

As portas se abriram e ela me acompanhou. Me sentia nervosa, as pessoas me cumprimentaram como sempre faziam, ela tinha um sorriso enorme.

– Que receptivos-. Falou animada.

– Cala a boca.

Deu de ombros. Quase me joguei dentro da sala. Segui para minha mesa e segurei a cabeça. Ângela entrou pouco depois com minhas pastas e meu café.

– Bom dia Quinn.

– Bom dia.

A outra a observava.

– Algum problema?

– Acredita que estou enlouquecendo? Sim, eu estou.

Ângela abriu um sorriso.

– Precisa de férias. Isso sim. Você tem reunião em cinco minutos, almoço com a Harmony hoje e jantar com seus pais. Vê se não se atrasa.

– Sim senhora.

Saiu batendo a porta. Peguei meu café e a outra se jogou em minha cadeira. Deu algumas voltas na mesma e às vezes sumia e aparecia, sumia e aparecia.

– Ela parece legal, apesar de muito nova é sua secretária há cinco anos, tem 24 anos, namora o carinha que trabalha no 21° andar, você tem um irmão certo? -. Fingiu pensar. - Sam Fabray, acertei?

Apenas a observava girar e sumir.

– Também tem uma irmã, Brittanny Fabray. Ela é linda. E muito boa com a costura.

Segurei a cabeça.

– Diz, você investigou a minha vida?

– Na verdade não. Ouvi seu irmão, ele está chegando em 3...2...1

– Quinn, pode ser pra hoje?

Aquela criatura estranha e minúscula sorriu, cruzando os braços e as pernas.

– Eu...eu já estou indo.

– Fala sério, Ângela disse que você estava parecendo um zumbi e está mesmo. O que aconteceu?

Que tal uma louca apareceu no meu quarto, disse que é um anjo, mas está mais para um...

Ela me encarou.

– Coisas estranhas estão me acontecendo. Acho que bebi uma cota para o ano todo.

– Que tipo de coisas?

A encarei.

– Estou vendo coisas, sei lá, eu só queria que ela... - Não consegui terminar.

Uma tosse me atingiu, desabotoei um botão da minha camiseta. Sam me entregou um copo d'água.

– Droga!

– Bom, esquece o gasparzinho e vamos para a reunião, ok?

Peguei minhas coisas. Eu queria matá-la.

– Vai fundo. - Sussurrou.

– Para de invadir minha mente.

– Falou alguma coisa? - Sam me encarou.

– Não.

– Avisa para seu adorável irmão que não me chamo gasparzinho. - Sussurrou no ouvido dele. - Me chamo Rachel, na minha temporada na Europa me chamavam de Raquel, mas pode me chamar de Rachel.

Demônio, pode ser?

– Pode não pensar em me chamar assim? - Me encarou.

Bufei alto demais. As portas se abriram.

– Quinn, você precisa de um psicólogo.

Rachel sumiu por alguns segundos e voltou pouco depois. Me encarou.

– As coisas estão feias para o lado de vocês. Aquela mulher estranha lá, quer tudo e mais um pouco.

A encarei.

– Dessa vez é serio.

Sue abriu um sorriso ao nos ver. Falsa. Me sentei em meu lugar e Sam fez o mesmo. Rachel andou pela sala, parava em cada um e observava o que faziam. Às vezes fazia caras e bocas.

– O que vocês entendem disso? - Perguntou levando uma folha repousada no lugar de Shannon Beiste.

Respirei fundo, mas ninguém percebeu nada e a folha voltou a seu lugar. Era como se ela não a tivesse pego. Desfilou até ficar ao meu lado.

– Essa mulher não presta.

Eu sei.

– Meus caros Fabray’s, o que decidiram?

– A palavra ainda é a mesma Sue, não vamos abrir mão da nossa parte.

– Essa empresa é tão grande. Vocês tiveram uma queda considerável e precisam se reerguer. Vamos lá meus jovens. Ninguém sairá perdendo.

Rachel me encarou.

– Podemos recuperar. Não estamos totalmente perdidos quanto parece. Temos Tyler ainda.

Sue sorriu.

– Acho que não. - Rachel sussurrou.

Cala a boca.

– Mas...

Cala a droga da boca! Quase gritei em pensamento e ela puxou meu cabelo. E eu senti. Sam me encarou.

– Tyler esta em jogo?

– Ele tem a parte dele também, estamos negociando.

Shannon Beiste sorriu.

– Fabray's, sejamos honestos, o que custa ficarmos empatados? 50% para cada um. Sylvester's e Fabray's no mesmo patamar.

E entregar de bandeja o que é nosso? Pode começar a sonhar.

– Também conversamos com Tyler. - Finn se pronunciou.

Rachel estava ao lado dele com um meio sorriso.

– Bonitinho ele.

Que merda você esta fazendo?

– Ele nem esta me vendo e isso é um pena. - Se abaixou um pouco para analisá-lo.

Você definitivamente não é um anjo. Sorriu. Deixou Finn e se aventurou ao lado de Sue, fez uma cara de assustada e segurei o riso.

–Un buon giacatore, una buona arma contro due idioti.(Um bom jogador, uma boa arma contra dois idiotas) - Sussurrou analisando a folha que Sue segurava.

Eu entendi o que disse.

– Ótimo. - Sorriu.

– O que ele decidiu? - Sam perguntou.

– É difícil quando se tem uma Fabray na família. Mas deixando essa coisa de lado, pedimos que pensasse. E estamos aguardando ansiosamente a resposta.

Rachel aplaudiu, não sei o que. Acenou e sumiu. Ótimo.

– Não que não os queiramos na empresa. Mas isso é de família, queremos continuar mantendo nossas ações e sendo os majoritários aqui dentro.

– A empresa não mudará o nome Quinn.

Sam sorriu debochado. Todos nós sabíamos que mudaria não só o nome. Os outros acionistas estavam apreensivos, quase sendo comprados diante dos nossos olhos. A porta se abriu e Tyler entrou com um meio sorriso. Ótimo, que ele não faça besteiras.

– Me desculpem o atraso. - Se sentou.

Rachel entrou logo depois, segurava um pirulito de coração e fingiu saltitar até onde Tyler estava. Ainda se dizia um anjo. Eu tinha medo daquele sorriso.

– Bom saber. - Falou me encarando.

Tyler abriu a pasta.

– Meu caro Tyler, o que decidiu?-. Sue perguntou calmamente.

– Direta ela, não é? - Rachel perguntou.

Segurei a cabeça ignorando seus comentários. Por deus, ela falava alto e lia meus pensamentos, como ninguém via isso?

– Bom... -. Tyler começou, mas travou.

Rachel se abaixou para sussurrar em seu ouvido.

– Se eu fosse você ficava com os duo idioti.

– Eu... - Tyler nos encarou.

– Vamos, apenas diga “Eu transfiro minhas ações a Quinn e Sam Fabray”. Ninguém vai comer seu fígado-. Sorriu.

– Anda meu caro, decida-se.

Rachel se afastou de Tyler e olhou mais uma vez para a folha que Sue tinha.

– Me explica uma coisa, a pirâmide vermelha representa seu fracasso? - Perguntou me apontando o pirulito.

Assenti quase automaticamente.

– E se o Tyler passar as ações dele pra vocês, o quadro muda e vocês ficam na frente da cabeçudinha aqui?

Sim. Sorriu.

– Vocês estão tão ferrados-. Se voltou a Tyler. - Vamos Tyler, diga. Vai pelo seu consciente-. Se sentou na mesa e começou as amassar as folhas que Tyler tinha e tentava acertar a cesto de lixo. – Droga, errei.

Dá pra parar? Sorriu.

– Tyler, você tem cinco segundos-.  Sussurrou em seu ouvido. - Eles vão começar a ficar irritados e aí que eles comerão o seu fígado. 5... 4... 3... 2...

– Eu transfiro minhas ações para Quinn e Sam Fabray. - Falou como ela havia ditado em seu ouvido.

Sue o encarou.

– Ótimo-. Sam passou a frente. - Onde assinamos?

Tyler passou as ações. Um sorriso surgiu. 51 a 49. E teríamos muito mais. Rachel encarou Sue.

– Buon giocatore, ma io gioco meglio perché posso giocare sporco. (Boa jogadora, mas eu jogo melhor, porque sei jogar sujo). - Falou.

Desfilou até mim e sorriu.

– Obrigada Rachel, não há de que Quinn Fabray. Salva pelo anjo-. Ela falou sarcasticamente.

Bufei alto.

– Idioti. - Se sentou na mesa balançando os pés.

– Foi uma boa escolha. – Sue falou.

– Mentirosa. - Rachel cerrou os olhos. - Vai pro inferno em.

A encarei.

– Nos vemos em uma próxima então. - Sam falou. - Por hoje caso resolvido e não se preocupe, voltaremos a manter as metas. Foram pequenos deslizes que nos fizeram cair.

Rachel sorriu. Sue estava visivelmente irritada. Alguns acionistas deixaram a sala, logo Sam e eu... e ela ficamos a sós. Sam bateu na mesa a assustando e isso me fez rir.

– Eu tinha certeza que Tyler não nos venderia suas ações. Isso foi um milagre.

Rachel parou de girar na cadeira.

– Milagre? Estou aqui, quem me chamou? -. Gargalhou. - Brincadeira.

– É, pode ter sido um milagre. O importante é que Sue não teve o que queria. Agora precisamos nos manter ou despencaremos de vez e não teremos escolha a não ser vender nossa parte. 1% é muito pouco.

Peguei minha pasta e deixei a sala. Rachel andava um pouco tonta. E eu não acreditava que já estava a tratando como alguém em presença. Senhor, ela não existe.

– Ok, vou voltar para minha sala e resolver meus problemas. Boa sorte com os seus.

– Eu vou precisar-. Eu sussurrei.

Rachel me encarava.

– Sabe, às vezes eu acho que sou um problema pra você.

A porta se abriu.

– Pode ter certeza que é.

Ela estava me seguindo, se sentou na cadeira e cruzou as pernas, mas que droga, ela não percebeu que aquele não era o modo de se sentar, ainda mais com aquela roupa? Me encarou, é claro, ela ouviu o que disse. Isso era tão empolgante, ter alguém ouvindo seus pensamentos.

– Não me olha com essa cara. Eu só estou fazendo meu trabalho, pode pelo menos agradecer?

– Obrigada mensageiro da luz.

Bufou.

– Você é péssima-. Cruzou os braços.

– Eu? Péssima? Acordo com uma mulher em meu quarto, se dizendo meu anjo da guarda e você quer que eu encare isso de uma maneira sensata? Não tenho cinco anos de idade.

– Se você tivesse cinco anos de idade, eu iria te apresentar ao bicho papão. Ele existe sabia, uma vez mostrei ele para uma menininha pirracenta em Nova Jersey, ela chorou por uma semana e dormiu no quarto da mãe-. Gargalhou. Ela não estava falando sério, estava? - Aí depois a mãe dela disse que era só ela me mandar embora que eu ia, e ela mandou... Infeliz.

– Bom saber disso.

Me encarou.

– Nem pense. Você esta me devendo, eu fiz o garotão lá ajudar vocês, ele não ia fazer isso.

– Eu não pedi.

– Eu posso desfazer, e é melhor não duvidar. Falei sério quando eu disse que você precisa de mim e eu preciso da colaboração. Agora se me der licença, vou às compras.

Sorri sem humor.

– Te vejo na hora do almoço-. Me avisou

– Não!-. Eu me desesperei.

Gargalhou e saiu pela porta. Senhor, isso tem que ser sonho.

***RACHEL***

Algo está me dizendo que Quinn vai me mandar embora em tempo record e que Santana vai aparecer para me infernizar. Segui pela Glass, eu vi uma loja em liquidação e precisava de algumas coisas nessa minha volta quase triunfal.

Tudo bem, o que um anjo faz em uma loja? Compras. Depois que me jogaram, praticamente, na terra. Criei algumas identidades, mas me afeiçoei a Rachel Berry. Graças a Leroy Berry, ele é chefe de polícia em uma pequena cidade, um belo dia bati um carro que roubei e ele me parou na estrada.

Joguei sujo porque esta sendo vigiada pelos “superiores” e minha ficha estava mais suja que o normal, então o fiz achar que era sua filha e sai ilesa dessa. Ganhei abrigo, um quarto e fui muito bem tratada.

Três dias depois, ele despertou para realidade e diferente de muitos que já manipulei, ele riu e me serviu o café da manha. Fez algumas perguntas, descobri que perdeu a filha ainda pequena e automaticamente, eu não era um incômodo. Então ele meio que me adotou, e ganhei o Berry no nome que só é usado em casos de “vida normal”, como agora.

Os anjos me proibiram de vê-lo, mas as vezes o visito em seus sonhos, mas ele não sabe disso. Acha que é tudo real. Em parte, ele é o único que não gosto de enganar, mas é para o bem dele. Encarei a vitrine por um longo tempo, até que escolhi a roupa que queria.

– Boa tarde, seja bem vinda. O que deseja?

Abriu um meio sorriso a vendedora. Eu já a vi em algum lugar.

– Gostei daquele. - Apontei ao vestido amarelo no manequim.

– Oh, sim. Vou pegá-lo. Dois segundos, sinta-se em casa.

Segui pelos corredores, algumas mulheres gritavam ao achar o que queria e me segurei para não torná-lo aquilo tudo imensamente silencioso. A vendedora me achou pouco depois, segurava o vestido, vai ganhar bem em comissão minha filha, por isso pode sorrir.

– Vai ficar perfeito.

– Eu sei. Onde posso prová-lo?

Apontou para as cortinas no fim da loja.

– Estarei ali, é só me chamar qualquer coisa.

Ganhei alguns olhares, entrei no provador e coloquei o vestido. Nem tão grande, nem tão pequeno. Perfeito. Coloquei minhas roupas de volta e percebi que me esperava sair. Apressadinha.

– Sim, eu vou ficar... com ele. Santana! -. Me surpreendi ao ver quem estava parada ao lado da vendedora.

Santana me encarava. Com semblante serio.

– O que está fazendo?

– Compras, não esta vendo?

– Você devia estar...

– Não posso irritá-la demais ou ela me manda embora. Não estou fazendo nada demais, se estou aqui, acho justo pelo menos parecer normal não acha?

A vendedora me encarava. Ela não podia vê-la.

– Não ligue, costumo falar sozinha. E sim, eu vou levá-lo-. Entreguei meu cartão. - No crédito.

– Sim senhora. Já volto-. Acenei.

Santana me puxou para o provador.

– Quando vai entender que você não é como eles?

– Quando vocês entenderem que já estou habituada a terra. Que são os maiores errados por ter me mandado cedo demais para cá...-. Tapou minha boca.

– Não diga mais nada. Consegui controlar seus pensamentos?

Assenti.

– Ótimo, eu sei o que andou fazendo nos últimos anos.

Sorri.

– E isso é grave.

– Está tudo bem, fica tranquila. Eles não podem saber-. Saí do provador e ela me seguiu.

– Como tem tanta certeza?

Peguei dois sapatos e uma bota. Vou ficar com esses também.

– Eles arrancaram uma pena minha para me vigiar e eu a troquei pela da santa Maggie. Ela é uma boa garota, então eles irão segui-la ao invés de mim.

Santana segurou a cabeça.

– Você não fez isso.

– Pois é minha amiga, eu fiz. Mas eu vou pro inferno mesmo.

Me seguiu até o balcão. Peguei minhas coisas e saí da loja.

– Vai ficar me seguindo?

– Eu devia mandá-la de volta.

– Você não pode, não tem esse dever. E bom, antes que me critique ao extremo, tenho uma coisa boa para contar.

Me encarou.

– Ajudei a Fabray a não perder a empresa hoje.

– E como ela está reagindo a tudo isso?

– Muito bem. E só ela me vê.

Por enquanto.

– Ótimo. Não erre mais, ou melhor, erre menos. Eles não estão brincando.

– Tudo bem, pode ir agora. Tenho um almoço para ir. Relaxa, só Quinn vai me ver.

Santana deu alguns passos e sumiu depois da cabine telefônica. Pedi um táxi e segui para Square, minha casa, meu lar. Minutos depois estava de volta ao meu apartamento. Coloquei as sacolas na cama, apertei o botão da secretaria eletrônica. Leroy.

Hey Rach, quando vai visitar seu velho? Estou com saudades, você sumiu. Já me esqueceu? Apareça, Kurt também está com saudades. Me liga.”

Também queria te ver Leroy, mas não posso. Ainda não. Deixei outra mensagem. Me encarei no espelho. Por que eles não me deixavam de vez aqui? Por que a única alternativa que tinha eram me mandar... você sabe aonde.

1 hora depois...

Quinn parou em frente ao melhor restaurante da cidade. Sorria, até me ver. Ok, uma hora ela se acostuma. Parei ao seu lado, quando um carro preto estacionou e uma morena desceu. A morena da foto do apartamento dela.

– Relaxa Quinn.

Cala a boca. Sorri.

– Oi amor. - Falou praticamente se jogando nos braços dela.

– Que isso em? - Gargalhei.

Quinn me ignorou, segurou sua mão e seguiram. E eu, logo atrás é claro. Escolheram uma mesa afastada de todos. Quinn segurou sua mão e me encarou.

– Vai contar pra ela? Vai fundo-. Ironizei, assim que li seus pensamentos

Ela me ignorou.

– Quinn, algum problema?

Um maitre se aproximou, entregou os cardápios e Quinn fez os pedidos. A morena a observava.

– E então, qual é o problema?

– Bom, é uma historia complicada. Bem louca na verdade. - Falou.

Cruzei os braços, queria ver que roteiro incrível que ela iria fazer.

– Ontem a noite, eu bebi demais?-. perguntou meio confusa.

Ela sorriu.

– Não Quinn. Não que eu saiba, na verdade você ficou com os rapazes. Marley e eu fomos pra casa. Por quê?

Os pratos chegaram. Peguei um tomate do prato de Quinn e ela me encarou.

– Uma coisa estranha aconteceu essa manhã.

– Que coisa?

Sorri.

– Conta pra ela. – Sussurrei ironicamente.

– Uma mulher apareceu no meu apartamento.

A morena a encarou, soltando o garfo.

– O que disse?-. perguntou com ciúmes.

Isso estava sendo incrível.

– Eu fui no apartamento dela coisa fofa-. Falei como se ela conseguisse me ouvir.

– Eu posso explicar...- . Quinn tentou falar, mas a morena a interrompeu.

– Explicar o que Quinn? Que tinha uma mulher no seu apartamento e você me conta assim?

– Harmony, só eu a vejo. Entende?

Gargalhou.

– Ok, só você a vê. E o que ela queria no seu apartamento? Em Quinn?

– Eu não sei.

Bufei. Eu disse o que queria.

– Olha, parece loucura, eu sei. Mas ela está aqui agora, sentada ao nosso lado e rindo da nossa cara.

– Quer que eu acredite nisso? Então diga a essa cretina...

O que ela disse? Repete! Não repita por favor, sua voz me irrita. A morena começou com uma crise de tosse, para aprender a tratar bem as companhias.

– Pare com isso! - Quinn mandou.

– Ela me xingou, palavra feia, menina má.

Para agora.

– Dê água a ela. Vou ali-. Me levantei e comecei a me afastar.

– Volta aqui! - Gritou.

– Se eu fosse você parava com isso. As pessoas estão começando a te achar louca.

Ela vai sufocar. Quase gritou na minha cabeça.

– Vai começar a entender as coisas?

Vou.

– Promete?

Assentiu.

– Ótimo, só não vou prometer ser um anjo com ela.

A morena voltou a respirar.

Estamos indo bem. Muito bem.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

coments????



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Angel Rebel" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.