Caçadora De Vingança escrita por A Granger


Capítulo 8
Capítulo 7


Notas iniciais do capítulo

OI =]
Olha um cap novinho pra vcs =D
Particularmente acho esse cap meio parado, maaaas fazer oq
Espero que gostem ;)



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Ainda teria que resolver a situação da garota. Já tinha algumas suspeitas sobre o que teria acontecido com ela, mas tinha que confirmar. Bom, ficar aqui parada não me ajudaria em nada. O melhor era entrar de uma vez. E foi exatamente isso o que eu fiz

POV Eliza: on

Jack notou que um deles iria disparar. Quando finalmente ouvi o tiro já estava praticamente em baixo do balcão.

Pronto, agora tem um corpo no chão do meu bar, foi o que eu pensei na hora. Mas então ouvi um grito e não podia ter sido da Julia. Me levantei um pouco e vi Daymon puxar a mão sangrando para junto do corpo, a arma dele estava no chão ali perto. Tudo o que aconteceu depois foi rápido e confuso demais para mim. Quando Julia me disse para pegar minha arma a primeira coisa que pensei foi: como, infernos, ela sabe que arma eu tenho???

Mas tentei ignorar isso naquela hora, haviam coisas mais importantes naquele momento. Agora ela estava entrando de volta, a arma apontada para o chão, o rosto serio e, se é que eu estava certa, entediado também. Enquanto andava na minha direção ela guardava a arma nas costas, como se tentando parecer menos ameaçadora. Mas, depois do que tínhamos visto-a fazer, eu posso dizer que não funcionou. Antes que eu pudesse perguntar qualquer coisa ela fala:

–-O pedido que eu fiz antes dessa bagunça começar já esta pronto?

Eu demoro para responder e Jack diz um “sim” curto e grosso. Acho que ele também ficou espantado com o que ela fez. Julia dá um meio sorriso cansado, até parecia eu ela já estava esperando uma reação assim.

–-Pode trazê-lo pra mim? – pergunta ela de um jeito calmo e Jack vai para a cozinha, ela olha pra mim e pede – Pode pegar um refrigerante pra mim também, Eliza?

–-Cla_Claro – eu digo me forçando a ignorar minha curiosidade por mais um tempo.

Entrego a lata de Coca-Cola a ela no mesmo instante que Jack sai com o pedido. Julia agradece, pega a lata e o prato com a mão direita, olha para a garota que ainda estava perto do balcão e diz:

–-Vem – a menina parece receosa, mas Julia sorri e toca o cotovelo dela encorajando-a a segui-la até uma mesa perto da janela. Ela faz a garota se sentar e põem o prato e a bebida na frente dela dizendo – Coma.

–-M_mas eu não...eu não tenho como pagar por isso – responde a garota com os olhos arregalados de surpresa.

–-Eu não disse para você pagar – disse Julia ainda sorrindo – Disse para você comer. Não se preocupe com o dinheiro, considere pagamento pela ajuda que me deu agora a pouco.

Eu vi a garota dar um sorriso confuso e depois concordar com um aceno de cabeça. Julia então a deixou e foi em direção a Ford e Norton. Eu saí de trás do balcão e andei até eles.

–-Norton, não é? – ela perguntou a ele que concordou – Me deixe dar uma olhada nesse nariz.

Ele a olhou quase que assustado e muito desconfiado, mas ela ergueu uma sobrancelha numa expressão que parecia perguntar se ele a deixaria ajudar ou não. Por fim ele concordou e se aproximou dela. Julia segurou a base do nariz de Norton e o mexeu de repente e num único movimento, ouvi um estralo e Norton soltou um gemido de dor.

–-Ai!! – disse ele a olhando.

–-Que sorte a sua – ela disse rindo um pouco – Não estava quebrado. Agora vamos ver esse ombro – ela continuou, agora falado com Ford.

–-Não é nada, só um mau jeito – ele falou.

Acho que o Ford também não estava nada ansioso para ser examinado por ela. Julia fez uma cara desconfiada e acertou um tapinha no ombro dele.

–-AIII – quase gritou Ford e eu, Julia e Norton rimos.

–-Só um mau jeito, né. Vem, quero dar uma boa olhada nesse ombro, mas para isso preciso de você sentado num lugar mais baixo – disse ela puxando-o pelo braço bom até uma das mesas fazendo-o sentar na ponta do banco, com o braço ruim em cima da mesa e de frente para ela.

Eu e Norton os seguimos.

–-Preciso tocar no seu ombro para ver o que aconteceu – ela avisou, Ford acenou e Julia pôs a mão no ombro dele.

–-Aii – ele gemeu.

–-Desculpe – disse ela rápido retirando a mão – Está mais sensível do que eu imaginei. Acho que não vai ter como você não sentir dor, mas vou tentar não usar muita força, tudo bem? – ele acenou com a cabeça – Certo, aguenta um poço aí, Cowboy.

–-Heim – Ford disse a olhando confuso – Eu não sou cowboy.

Julia revirou os olhos e deu um sorriso brincalhão.

–-Só fique quietinho um pouco, Cowboy – ela falou e deu ênfase no apelido, Ford até ia retrucar, mas ela colocou a mão no pescoço dele perto do ombro deixando-o tenso e ela disse num tom serio e calmo – Relaxe.

–-O que está fazendo? – não contive a curiosidade e perguntei depois de ver ela explorar o ombro de Ford com as pontas dos dedos e de olhos fechados.

–-Estou procurando as junções das articulações do ombro dele. Acho que ele tem algum deslocamento em uma delas e quero saber qual e quê ângulo articular esta errado.

–-Humm – eu disse, mas não tinha entendido nem metade do que ela tinha dito.

–-Você sabe o que esta fazendo? – perguntou Ford ainda com uma cara de dor.

–-Sei – Julia respondeu concentrada.

–-Já fez algum curso de primeiros socorros para poder afirmar isso? – tornou a perguntar ele.

–-Por quê? Vai querer que eu mostre o diploma? – ela perguntou erguendo uma sobrancelha.

–-Não – ele disse surpreso – não. Desculpe, só perguntei por perguntar.

–-Que bom, porque eu não tenho nenhum diploma mesmo – disse ela com um sorriso sacana.

A cara assustada, tanto do Norton quanto, principalmente do Ford, foram tão engraçadas que não me contive. Encostei na mesa mais próxima e caí na gargalhada por causa da cara de susto deles. Julia riu também, menos que eu porque ainda estava examinando o ombro do Ford. Mas os dois tinham que admitir que aquela piada tinha sido muito boa.

POV Julia: on

Quando Eliza riu eu vi que o clima tenso havia sumido e tive de rir junto, claro que não tanto quanto ela porque se não poderia machucar Ford. E por falar nele. Esse ombro não estava nada legal. A cabeça do úmero saiu completamente do encaixe com a escapula. Não que eu nunca tenha visto isso acontecer antes, até porque eu mesma já tinha deslocado o ombro daquele jeito varias vezes. Mas o que me deixou preocupada foi que o úmero deslocou para frente e não para cima como é mais comum. Isso seria complicado de concertar e pelo tamanho do ombro dele eu não teria muito tempo para colocar tudo no lugar sem riscos de deixar sequelas de dificuldades de movimento.

–-Bom – eu disse me afastando um pouco dele – Tenho uma boa e uma á noticia. Qual você quer primeiro?

–-Diz a boa primeiro – ele respondeu depois de pensar um pouco.

–-Como eu pensei, seu ombro esta deslocado.

–-E a ruim? – ele perguntou com uma cara séria.

–-Posso colocar no lugar – eu respondi seria também.

–-E porque essa é a noticia ruim? – me perguntou Norton confuso.

–-Por que vai doer, e doer muito – e disse simplesmente ainda encarando Ford.

–-Posso leva-lo até um hospital – declarou Norton.

–-Poder, pode. Mas quando chegar a um os médicos vão querer fazer uma cirurgia pra concertar esse braço. E, bem, levando em conta o tempo que você levaria para chegar a um hospital, ele realmente precisaria de uma cirurgia para corrigir esse desvio da articulação.

–-Você pode mesmo fazer isso? – me perguntou Ford sério.

–-Sim, mas não vou mentir pra você. Se pensar na dor que sentiu quando o deslocou ela não chega nem perto da que vai sentir quando eu colocar no lugar.

–-Faça – ele disse me parecendo decidido.

–-Tem mesmo certeza? – perguntei e ele concordou com a cabeça – Certo, preciso que você tire as camisas.

–-Como é? – ele perguntou me olhando assustado.

Tive vontade de rir, mas me controlei. Eliza e Norton também me olharam espantados.

–-Tenho que encaixar a articulação de volta. Para isso preciso saber exatamente a posição do osso. Seu ombro já esta inchado, mais duas camadas de pano não vão ajudar em nada, nem a mim nem a você.

Ele fez uma cara de duvida e olhou para Norton e Eliza como que esperando que um deles discordasse de mim. Nenhum dos dois disse nada.

–-O que foi? Qual o problema em ficar sem camisa? – eu perguntei e ele ficou vermelho (o que achei muito fofo). Tive se soltar um riso baixo quando ele suspirou vencido – Norton, ajude ele.

Instantes depois Ford estava sem as camisas e...Nossa!! Não sei por que raios ele tenta esconder aquele abdômen com aquelas roupas largas. Ele não era definido demais, mas eu podia identificar cada músculo claramente. Me dei um tapa mentalmente por ter ficado pensando naqueles músculos. Eu tinha que me concentrar no que iria fazer e não no físico dele, que era excelente eu tenho que admitir. Para minha sorte esse meu monologo interno não foi percebido por nenhum deles.

Me aproximei de Ford e toquei seu ombro de leve. E pronto, agora eu tinha mais um problema, não daria pra reposicionar o ombro dele no lugar em que eu estava. Bem, eu tenho que fazer isso logo então é melhor deixar o constrangimento para depois. Dei a volta na perna direita dele, com um pequeno chute em cada um dos seus pés eu pude ficar entre as pernas de Ford. Ele me olhou assustado e ficou ainda mais assustado quando eu me inclinei na direção dele e comecei a soltar o seu cinto.

–-Calma aí, Cowboy – eu disse com um meio sorriso sacana para provocá-lo e ele ficou vermelho de novo – Só quero isso – eu disse puxando o cinto de couro dele que engoliu em seco quase me fazendo rir – Morda – eu mandei e ele me olhou desconfiado – Confie em mim – eu continuei dobrando o cinto e estendendo pra ele – Você vai querer estar mordendo isso e não a própria língua quando eu colocar seu ombro no lugar.

Ele me encarou em duvida, mas pegou o cinto e disse antes de mordê-lo:

–-Eu não sou cowboy.

Eu voltei a me aproximar agora estava a centímetros dele. Toquei seu ombro de novo e achei outro problema.

–-Eliza, sua mesa tinha que ser 10cm mais alta – eu disse olhando pra ela desanimada – Vou precisar de ajuda aqui, você poderia?

–-Claro – ela respondeu rápido se aproximando de mim e Ford – O que quer que eu faça?

–-O braço dele esta muito baixo, me ajude a erguê-lo.

Eu vou ter que fazer isso, afinal preciso do braço dele no ângulo certo.

Eliza me ajudou a levantar o braço dele e Ford fez uma careta de dor. Eu passei o braço dele em volta da minha cintura e Eliza me olhou com uma cara que parecia dizer: “Você vai mesmo fazer isso?”. Eu a ignorei e falei com um Ford completamente envergonhado. Ele até tentou puxar o braço, mas eu o impedi segurando sua mão na minha cintura.

–-Acha que consegue segurar na minha jaqueta? – eu perguntei a ele mostrando que ele teria que continuar com o braço ali.

Ford até que tentou fechar a mão e sustentar seu braço ali, mas não conseguiu. Ele olha pra baixo negando com a cabeça e eu já não sei se ele esta vermelho por causa da dor ou de vergonha.

–-Tudo bem – eu disse de forma pratica – Eliza, segure o braço dele desse jeito pra mim.

Até achei que ela fosse fazer algum comentário, mas ela só se aproximou e o segurou como eu tinha dito.

Toquei o ombro dele com cuidado, minha mão esquerda sobre a parte de fora e a direita em frente ao ombro dele. Ford estava quase rangendo os dentes e eu nem tinha começado ainda.

–-Ei, cowboy – chamei.

–-Eu não sou... – ele começou tirando o cinto da boca, mas eu o interrompi.

–-Relaxa – eu falei cortando ele – E eu te chamo do que eu quiser – continuei sorrindo – Agora, sem reclamar, relaxe.

Para ter certeza de que ele fez mesmo o que mandei eu deslizei a mão direita sobre seu ombro bom e pesscoço. Um pouco depois ele já não estava mais tão tenso e eu voltei a posicionar minhas mãos no ombro dele.

–-Quando eu contar três, certo? – perguntei pra ele me preparando.

–-Quando você falar três ou vai dizer mais alguma coisa depois? – quis saber Norton.

–-Cala a boca, Norton – dissemos eu e Eliza ao mesmo tempo.

Acho que se Ford não estivesse mordendo o cinto ele teria dito a mesma coisa, mas como não pode falar só revirou os olhos.

–-No três, ok? – perguntei para Ford com um tom gentil e ele acenou concordando – Um, Dois...

Assim que disse dois fiz pressão com as mãos dos dois lados do ombro dele. Senti a articulação deslocando e ouvi o pequeno estalo que me disse que eu tinha recolocado os ossos na posição correta. Quase ao mesmo tempo ouvi Ford soltar um grito abafado e todos os seus músculos se contraíram por causa da dor. Infelizmente, ou felizmente depende do modo como eu análise isso, seu braço deslocado que estava na minha cintura não foi exceção. Quando ele se encolheu de dor seu braço me puxou e Ford pressionou o rosto contra minha barriga. Para não cair por cima dele eu apoiei a mão esquerda na mesa. Não tive outra escolha além de deixar a mão direita no outro ombro dele.


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Notas finais do capítulo

E aí?????? Gostaram ou não??? Espero q sim O.O
Comentários????
Bj p vcs e comentem please



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