Military Post escrita por Anny Taisho


Capítulo 13
Calada!




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/37570/chapter/13

Cap. XIII – Calada!!


Riza queria achar um buraco para pular dentro. Todos aqueles olhares estavam deixando-a sem-graça. Por que raios tinha que ficar tão bem colocada.


- Então, onde vamos almoçar? Com seus colegas de trabalho?


- Não... Ou melhor, vamos sim. Não quero arrumar especulações...


- Você ia dizer “se bem”?


- Não. Bem... Ou talvez fosse, mas vamos logo!


Na mesa, o pessoal assim que vê Riza esconde as revistas. Não queriam correr quaisquer riscos de morte por armas de fogo.


- Boa tarde, rapazes, espero que não se importem de eu almoçar com vocês.


- Que nada, cara.


- É! A capitã não andaria com más companhias.


- Obrigado... Eu acho.


Riza apenas sentou-se em silêncio. Não queria falar, não queria se que estar ali.


- Então... Você é?


- Coronel-brigadeiro.


- Nossa! Mas e ai? O que faz por aqui? A procura de uma equipe?


- Não. Eu já faço parte de uma lá no Leste. Vim resolver algumas coisas para meus superiores.


- Você trabalha para quem?


- Para os generais-coronéis: Richard Hawkeye e Anthony Yukimura e para a generala Lizandra Hawkeye.


- Caramba!


Os rapazes continuaram conversando, ou melhor, interrogando o Yukimura.


- Riza!!


A loira reconheceu aquela voz e não gostou muito.


- Agora eu entendi a fúria da Marine... Nossa!


Scieska sentou-se ao lado de Riza com uma revista sem se importar muitos com os demais presentes. Aquele era um momento para garotas que a loira, realmente, queria evitar.


- Essas fotos ficaram mara!!


Ela abriu uma revista.


Será que todos naquele lugar tinham a droga de uma revista!!


- Olha essa!!!


Ela apontava para a de rosto.


- Ficou perfeita!! O Ivis realmente sabe trabalhar!


- Scieska...


Riza sussurrou. Se a morena continuasse naquela empolgação, falaria demais.


- Essa aqui com certeza foi a mais sensacional!!


Ela se referia a que a loira estava de bruços sobre a mesa.


- Minha nossa!! Eu sabia!! Eu sabia que você ia ganhar... AI!!


Riza deu um pisão no pé de Scieska.


- Cala a boca! – sussurrou a loura entredentes –


- Hum... Desculpa...


Riza estava com a cabeça abaixada picotando um pedaço de pão sobre a mesa.


- Certo...


- Nossa! Que cara é... – ela vê Lyon – Minha nossa!!!


Todas as atenções da mesa se voltam para a mesa. E ela dá uma risadinha sem graça. E sussurra para que só Riza possa ouvir.


- Lyon?


- Hum?


- O ruivo do seu lado.


- É sim.


- Minha nossa!


Riza dá uma risadinha.


- Eu sei, é de matar.


- Com certeza... Bem, eu já vou indo. Vou irritar um pouquinho a Marine. Fui.


A morena sai da mesa.


- Ivis?


Lyon levanta a sobrancelha direita.


- Não enche.


- Esse cara não é o fotógrafo...


- É sim, Breda. Ele é meu amigo.


- Hum... O cara tem bom gosto.


O rosto da loira ficou escarlate. Aquilo não era algum comum.


E um sorriso também brotou nos lábios de Roy, ela ficava uma gracinha corada.


-


-


Lyon estava em algum canto do quartel fazendo seu trabalho e Riza estava trabalhando. Coisa que também deveria estar sendo feita pelos outros presentes na sala, mas que não era uma realidade.


Até ai tudo bem, não era uma coisa assim tão fora do comum. Mas se uma coisa está ruim, realmente, pode piorar.


- Com licença!


Era a voz grossa de Armistrong que vinha da porta e ele não estava de mãos abanando: Carregava um enorme cesta cheia de cartas, uns três buques de flores, algumas caixas de doces entre ursinhos e outras coisas...


- Será que você pode me explicar o que é isso, Major?


Roy levantou uma das sobrancelhas negras.


- Alguns militares queriam entregar algumas lembrancinhas para a capitã... E eu com meus músculos espetaculares resolvi dar uma ajudinha.


Naquele momento, todos olharam para Riza que estava incrédula. Não acreditava no que via. Era surreal.


O rosto de cor clara ficou quase transparente e o rosto estava sem qualquer reação. Estava ficando com vontade de chorar. Onde estava todo o medo que tinham dela??


- Esperam que você goste, capitã.


Aquela enorme quantidade de coisas é colocada sobre a mesa de Riza que tinha vontade de jogar tudo pela janela.


- O... Obrigada, major.


Se raiva matasse, ela já estaria morta.


Roy não pôde deixar de sorrir ao ver a reação da loura.


Devia ter dezenas de cartas, umas dez caixas de bombom, uns sete ursinhos fora a meia dúzia de balões em forma de coraçãozinho.


Roy levantou-se, caminhou até a mesa da loira e sentou-se na borda.


- Incomoda-se?


Ele pegou uma caixa de bombom.


- Iie.


Roy abriu o embrulho e apesar de não gostar muitos de doces, pegou um dos bombons e mordeu. Era recheado de trufa de morango... Meio azedinho.


- Muito bom.


Roy dá um daqueles sorrisos matadores que são capazes de desarmar qualquer ser humano do sexo feminino.


Mas ela não viu isso porque não chegou a olhá-lo, apenas continuava mergulhada em sua papelada.


- Me parece que você tem muitos fãs...


Ele pegou um ursinho que estava abraçado a um coração.


- Parece que sim.


- Mas você não me parece feliz... O que foi? Não achou o ursinho bonitinho?


Roy balançou-o com a mão direita o bicho para os lados.


- Lindo.


Ela tomou o urso da mão dele e o jogou em algum canto.


- Bem, como vejo que está tão dedicada ao seu trabalho penso que terá a noite livre...


Em um segundo ela estava sentada, e no outro estava com uma destravando a trava de segurança da arma que estava apontada para o centro da testa de Roy.


- Queira fazer o favor de se retirar da minha mesa e voltar para o seu posto, senhor.


- Com você pedindo com tanto jeitinho... E se não se importa, vou levar isso aqui.


Roy pega a caixa de doces que tinha aberto e vai para seu posto e com seu orgulho bem ferido. Todas as mulheres que conhecia, e até as que não conhecia, dariam tudo para ter um pouco da atenção dele e ela lhe respondia com uma arma apontada para testa.


Roy era um idiota!


IDIOTA!


Quem ele achava que ela era?


Uma daquelas meretrizes com quem ele saía?


Nem morta sairia com aquele lá!


-


-


No leste...


A generala Hawkeye caminhava pelos corredores a caminho da sala do marido. Tinha feito alguns progressos, mas não conseguiu impedir uma segunda remeça de revistas.


A filha estava mesmo fazendo o maior sucesso.


- Com licença.


- Lizandra...


- Mais calmo?


- Na medida do possível...


- Bem, as revistas mais importantes não vão citar nada, mas não consegui nada com uma segunda remeça de revistas.


- Segunda remeça?


- Sim.


- Aquela garota vai ouvir!


- E tem as revistas sensacionalistas...


- Elas vão fazer o inferno!


O homem bate o punho fechado na mesa.


- Por favor, Richard. Foi só um deslize.


- Um deslize que vai colocar o nome da nossa família na mira de tudo quanto é jornalistinha escandaloso!


- A Riza nunca nos deu trabalho, não há motivo para seu estresse.


- Ela tem 25 anos!! Onde está o juízo??


- Certo, ela merece uma repressão, mas não quero saber de você querendo trazê-la para o Leste!


- Como se o lugar dela não fosse aqui!


- Isso só ela pode decidir! Você sabe melhor que ninguém que a Riza não nasceu para se esconder atrás de um sobrenome.


- Ela tem tudo, Lizandra! Não precisa trabalhar para aquele general... Ela tem potencial demais!


- Eu sei. Nós a treinamos para isso, mas ao contrário do Lyon ela não quer ficar aqui, quer crescer longe de nós e isso é bom, prova que ela tem garra. Não podemos exigir que ela seja como o Lyon.


- Mas ela bem que podia ser mais como a Olivie. Aquela lá sabe o quanto pode e não tem medo.


- Nossa filha não tem medo, o que ela tem...


Lizandra desconfiava muito do real motivo que prendia a filha ao general Mustang. Talvez fosse como ela, estivesse atrás de Roy assim com ela esteve atrás do marido.


Para guiar. Para ajudar. Para amar.


E mesmo que ela não admitisse hoje, sabia que poderia ser. Foi assim com ela...


- Termine a frase, querida.


- Esqueça meu bem.


- Você sabe de algo que eu não sei, não sabe?


- Eu não sei de nada.


- Se estiver relacionado a casamento, ficaria feliz em saber.


- Ela é nossa filha...


- O que?? Não foi tão difícil casar!


- Rich, nós só brigávamos! Eu nunca fui com a sua cara! E quando eu tive a Riza, nós só casamos três anos depois.


- Porque você não quis casar comigo!


- Eu não podia admitir que amava o homem que eu mais odiava, era para ser só um namorinho.


O homem se levanta e caminha até a mulher enlaçando-a pela cintura.


- Mas no fim... Vinte e dois de casados.


- Vinte e dois...


-


-


Era final de expediente, todos já haviam saído, menos Roy e Riza, claro.


Roy não havia engolido a história de levar um fora.


- Por hoje chega!


Roy joga a caneta em algum canto da mesa e viu que Riza também se preparava para ir embora.


- Então, será que agora que não tem ninguém aqui você não podia me acompanhar para um café?


- Não senhor.


- Que isso, Riza. É só um café.


- Não obrigada.


Aquilo estava deixando-o louco. Quem ela pensava que era para lhe dar um fora daquele jeito?


- Vamos, Hawkeye, qualquer mulher desse lugar mataria por essa chance.


Ele era hilário... Para não dizer patético.


- E você acha mesmo que é tão bom assim? Por favor, eu conheço cada bom partido militar desse país e te garanto que são bem mais criativos e menos convencidos. Fora é claro que esse biótipo seu não tem nada de extraordinário, é tão comum.


Dito isso ela dá as costas para Roy e vai embora.


Deixando Roy com a maior cara de tacho.


E apesar do orgulho em frangalhos, não repudiava um bom desafio, principalmente se esse tivesse peitos.


Continua...


 Pessoas!!


Aqui esta mais um querido cap!!


Espero que gostem!!!


Kiss e comentem!


 


 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!




Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Military Post" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.