Até Parece Conto De Fadas escrita por broken angel


Capítulo 5
Capítulo 5


Notas iniciais do capítulo

Bom, esse capítulo está bem sem graça, mas eu estava pensando que eu poderia postar mais um hoje, mas tem uma condição. Eu tenho que receber cinco comentários. Qual é, não é tão difícil assim, tenho 8 leitores listados aqui, e só peço cinco comentários porque parece que me abandonaram. No terceiro capítulo teve 8 comentários, agora no quarto só teve 3? Que isso gente, é sempre bom mostrar que está gostando ou não da história. Bom, aproveitem.



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Ally dormira bem naquela noite, parecia uma pedra. Não acordara nenhuma vez. Seu sono estava profundo, não sonhara com nada. Austin, ao contrário dela, não conseguira dormir tão bem quanto esperava. Rolava de um lado pro outro se lembrando do que acontecera. Pensava no perfume embriagador de Ally, naquela boca pequena e um pouco carnuda, de como estava suando frio, e tremendo, de como ficara sem graça com todas as coisas que ela estava fazendo na mesa.

Às sete da manhã ambos levantaram de sua cama e foram tomar banho. Era ainda quinta-feira. Tinham escola. Mesmo Austin querendo ficar no seu quarto até Ally esquecer o que fizera com ele. Talvez ele não iria conseguir olhar na cara dela. Talvez ela iria pensar que ele era um idiota de ter caído em sua armação. Mas não era totalmente isso que Ally estava pensando.

Ela pensava sim, que ele era um idiota de ter caído nisso, mas não iria ficar tocando no assunto, porque ela quase tinha o beijado na mesa, e não queria que ele se lembrasse disso. Iria ser difícil ele se lembrar desse detalhe com todas as coisas que acontecera, mas ele poderia. Ela iria tentar fazer uma força para ser legal com ele, sem querer gritar e brigar com ele o tempo todo, tentar ao menos ter uma conversa civilizada com ele por uns cinco minutos a cada hora. Tentaria ser a Ally que todos conheciam, menos ele.

Saíram de seus quartos e foram para cozinha. Quando um viu o outro ao sair dos quartos, deram um sorriso sem graça e desceram a escada em silêncio. Sentaram em silêncio. Comeram em silêncio. Então o pai de Ally apareceu na loja dando bom dia para ambos:

– E como foi ontem na pizzaria? Vi que chegaram quase meia-noite. – ele disse sorrindo e olhando pra cara de cada um. Os dois coraram, e balbuciaram qualquer coisa – Tá bom, se não quiserem falar, não falem – riu do comportamento de Austin e Ally.

– Não pai. Não é isso. Foi legal. Bem divertido – Ally disse, e em seguida colocou um pãozinho inteiro na boca, temendo que o pai perguntasse mais coisas.

– Tá bom então. Eu acredito – ele sorriu para a filha, passando a mão delicadamente em seu cabelo. – Divirtam-se na escola – beijou sua testa. Austin fizera uma careta, e Ally sorrira por isso. Ele olhou para ela no mesmo momento, e sorriu também. Ally disfarçou, porque corara, e terminou de tomar eu suco.

– Tá pronto? – disse sem olhar para ele, e pegando sua mochila.

– Claro – ambos se levantaram e saíram da loja.

– Olha, por ontem – Ally disse depois de cinco minutos em silêncio – eu só queria provar que não sou inocente.

– Mas ser inocente é legal, é bom – Austin disse olhando para ela.

– Não. Não é legal. Ninguém te leva a sério. Tem medo de falarem alguma besteira, e se falam acham que eu não entendo, e ficam falando: “Relaxa, Ally não entende essas coisas maliciosas” – imitou uma voz de homem. Austin riu.

– Mas pelo menos as pessoas não irão achar que você é uma garota que fica com todo mundo.

– Eu sei, mas nem por isso eu não posso ser inocente. Eu to cansada disso. Todo mundo diz que sou menininha, que sou meiga e blá blá blá, e ai quando faço algo mais “maduro” – fez aspas com a mão – jogam mil pedras em mim. – disse suspirando. Ele ficou quieto, não sabia o que falar. Não sabia muito bem consolar pessoas sem abraçá-las ou dar um beijo. Então passou a mão delicadamente pelo braço de Ally e sorriu quando ela olhou para ele. Ela sorriu de volta. Chegaram na escola, e não avistaram nem Dez nem Trish. Foram para suas salas, que era a mesma. Sentaram-se, Austin atrás de Ally, e ficaram em silêncio.


– É, foi legal ontem, mas eu decidi fazer o que você falou. Vou ser um pouco legal com ele – Ally disse para Trish. Estavam no intervalo, sentadas na mesa em que costumam ficar. Dez e Austin foram pegar suas comidas. – Mas até que foi divertido brincar com ele. Tadinho, ficou até sem graça quando a gente se encontrou depois que saímos do quarto.


– Ah, e você não ficou? – Trish levantou uma sobrancelha.

– O quê? – disse com a voz fininha – Claro que não – olhou para todos os lados, menos para a amiga.

– Você gostou dessa aproximação. – riu em deboche.

– Claro que não. Tá louca Trish? Foi só uma vingança, nada mais – disse brava.

– Uhum, sei! – riu meneando a cabeça – Ele é um bom partido Ally – ainda ria, e Ally revirava os olhos – E falando em bom partido – olhou em direção de Dallas, que estava vindo para perto delas, com um sorriso mínimo nos lábios.

– Olá garotas – disse quando chegou onde estavam.

– Oi – disseram em uníssono.

– Ally, posso falar com você? – ele disse, se virando para a garota.

– Claro – disse nervosa. Ela se levantou e seguiu Dallas até umas mesas que estavam vazias e longe de Trish. Ally respirava fundo, tentando se controlar para não falar nenhuma besteira, porque era sempre assim. Sempre que Dallas estava perto dela, ela não conseguia formar uma frase correta, quando falava com ela, ela trocava as palavras, ria sem graça, parecendo uma boba. Chegaram nas mesas afastadas e se sentaram, no mesmo banco, um virado para o outro.

– Bom, eu... É... – ele começara a ficar nervoso e começou a gaguejar. Ally sorriu, o encorajando. – Eu queria saber se algum dia você sairia comigo – disse esperançoso e com um sorriso lindo em sua boca, que deixou Ally sem falar por alguns segundos.

– Sair com você? – disse sem pensar.

– Se você não quiser eu vou entender – disse nervoso.

– Não. Claro que não. Quer dizer sim! – ela se atrapalhou toda. Mexia as mãos para cima e para baixo, para um lado e para o outro, mais nervosa que antes. Respirou fundo e olhou bem nos olhos de Dallas – Eu adoraria sair com você – disse na sua voz mais gentil e doce, sorrindo. Ele sorriu de canto a canto, respirando profundamente.

– Pode ser hoje? – perguntou novamente esperançoso.

– Hoje? – disse surpresa – Claro – sorriu novamente.

– Perfeito. Oito horas estarei na sua casa.

– Você sabe onde é minha casa? – perguntou encantada.

– É junto com sua loja. Você disse isso pra mim uma vez. E eu sei onde é sua loja – ele riu.

– É... Claro que disse – falou sem graça.

– Bom, então te vejo as oito – ele sorriu e se levantou indo embora.

– Claro – Ally disse depois que ele saíra. Seu coração estava batendo muito rápido. Não sabia o que fazer. Estava com um sorriso bobo e provavelmente estava parecendo uma idiota sentada sozinha.


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Austin olhara em tempo de ver Ally saindo com Dallas para as outras mesas, e não se sentia nada feliz com aquilo.

– Que aquele babaca quer com a Ally? – disse para Trish assim que chegou na mesa.

– Não sei – deu de ombros – ele só disse que queria falar com ela – olhou para ele e sorriu maliciosamente – Por quê? Tá com ciúmes?

– O quê? Claro que não – Austin disse bravo – Não vou com a cara dele, só isso.

– Ou é porque você não quer ver Ally com outros garotos? – Trish sorria ainda mais maliciosa. Adorava se divertir desse jeito com Austin.

– Se não te conhecesse Austin, diria que Trish tem razão. Mesmo que eu quase morra dizendo isso – Dez colocou a mão no ombro do amigo e concordou com a cabeça.

– Idiota – Trish murmurou. Pararam de falar, mas Austin ainda estava bravo. Estava mexendo na sua pizza, mas olhava para onde Ally estava, se segurando para não ir lá e tirá-la dos braços de Dallas. Respirava com certa dificuldade. Suas mãos tremiam e suavam. Nunca acontecera nada parecido com aquilo, e ele não gostou. Finalmente viu Dallas saindo e indo para seus amigos, e viu que Ally ficara sentada por alguns segundos até se levantar e ir para onde os três estavam.

– E ai Ally – Trish disse brincando. Ally sorriu meneando a cabeça.

– Nossa, tá feliz hein? – Austin disse tentando fingir que não se importava. Falhou.

– Pois é – Ally disse ainda sorrindo, não percebendo nada do que estava acontecendo. Estava muito feliz, não conseguia parar de pensar no que acabara de acontecer com ela.

– Que ele queria com você – ele tentou mais uma vez não transparecer que estava se importando.

– Ele queria sair comigo – ela disse empolgada. Ele parou de mexer em sua pizza e olhara para ela estático – e eu disse sim – se empolgou mais.

– Não acredito. Finalmente vai sair com ele – Trish disse sorrindo com a amiga – Depois de tantos anos tendo uma queda por ele, não, um precipício, finalmente vai sair com ele.

– Trish – Ally repreendeu-a. – Não precisa falar pra todo mundo.

– Relaxa Ally. A gente sabe – Dez disse olhando para Austin – Né Austin? – ele estava paralisado, como se fosse uma estátua.

– Você gosta dele? – perguntou nervoso.

– Sim – ela disse sem graça.

– Hum – murmurou e voltou sua atenção para sua pizza. Por dentro queria gritar, queria correr atrás do Dallas e dar um soco bem na sua cara, para arrancar sangue e deixá-lo com um roxo enorme. Estava se controlando para não explodir, mas nem sabia o porquê de querer explodir.

Ally estava o deixando maluco. Ela sorria como nunca, seus olhos brilhavam. Nunca tinha visto ela daquele jeito. Parecia uma criancinha que ganhara o que queria de Natal.

– A gente precisa ir pra aula Trish. Vamos – Ally olhara para seu relógio e se deu conta que já havia batido o sinal.

– Ah não. Vamos ficar aqui – Trish disse manhosa e brava.

– Não. Vamos logo. Até depois meninos – balançou a mão para eles.

– Ally, preciso te falar uma coisa – ela disse misteriosa depois de estarem em uma distância segura.

– Ai, o que foi? – disse meio preocupada. Nunca gostara da cara de mistério que a amiga fazia antes de conta alguma coisa.

– Eu acho que o Austin tá com ciúmes de você – disse rapidamente e um pouco baixo.

– O QUÊ? – Ally gritou esganiçada.

– Fala baixo menina – Trish a repreendeu.

– Por quê? – disse sem se importar com o que a amiga tinha dito.

– Por causa do Dallas. – Trish sorriu feito uma criancinha que fizera alguma brincadeira. Chegaram na sala e se sentaram em seus lugares uma do lado da outra.

– Que foi que aconteceu? – Ally levantou uma sobrancelha, assim que Trish sentara.

– Quando você saiu pra conversar com Dallas, Austin chegou, e perguntou o que você estava fazendo perto dele. Eu disse que não sabia. Mas ele fez uma cara que meu Deus, queria matar alguém com certeza. Ai eu perguntei se ele estava com ciúmes, ele desmentiu, lógico. Ai a gente parou de falar, mas eu o via olhando para vocês lá longe, e que somente mexia na comida. Parecia que ele tremia da cabeça aos pés de tanto que estava nervoso. E ficou ainda mais nervoso quando descobriu que você gostava do Dallas. Acho que ele está gostando de você Ally. – Trish riu um pouco.

– Ai meu Deus, sabia que não deveria ter feito aquilo com ele ontem. Agora ele acha que quero alguma coisa com ele, e está gostando de mim por causa disso. – Ally disse nervosa, passando as mãos pelo cabelo.

– Não é por isso que ele gosta de você. – Trish levantara a sobrancelha. – Ele gosta de você porque é meiga, divertida, bonita, legal e essas coisas sabe. Quem não se apaixonaria por você? Não me admira que Dallas tenha a chamado para sair. – ela riu, porque percebeu que Ally corara muito. O professor tinha chegado na sala, e então pararam de falar.

Não tinha que acontecer daquele jeito. Fazia somente um mês que conheceu Austin e ele já estava caidinho por ela? Era impossível, era óbvio que ele somente queria se divertir com ela, somente queria sair com ela, beijá-la, e largá-la como tem feito durante todo aquele mês. Trish tinha se enganado. Talvez ele ficara nervoso porque queria protegê-la, mas não sabia o porquê de protegê-la.


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Assim que as garotas saíram de perto dos garotos, Austin se debruçou na mesa.

– Cara, eu acho que você está gostando da Ally – Dez disse, olhando para o amigo.

– Claro que não. Conheço ela a pouco tempo. Impossível – disse com a voz um pouco abafada, por estar com a boa tampada.

– E daí? Nunca ouviu falar em amor a primeira vista? – disse com os olhos brilhantes. Austin levantou a cabeça, e olhou para o amigo. Meneou a cabeça e riu fraco.

– Você é um idiota Dez – disse, e olhou para frente.

– Então por que ficou nervoso quando soube que ela iria sair com o Dallas, e que ela gostava dele? – levantou uma sobrancelha.

– Porque eu não confio no Dallas, simples – disse como se fosse óbvio.

– E porque não confia no Dallas?

– Virou interrogatório? – virou a cabeça novamente para olhar para o amigo.

– Só responde.

– Porque ele é um babaca, e sempre me olha como se fosse superior. Me olha com desprezo sempre que estou com a Ally.

– Então você quer proteger a Ally? – levantou novamente a sobrancelha.

– Isso. Tirou as palavras da minha boca. Só quero protegê-la – concordou com a cabeça.

– Não gosta nem um pouco dela?

– Não Dez, não gosto. – então pararam de falar. Austin pensava que era essa a verdade. Não gostava da Ally, era impossível isso. Só queria protegê-la. Percebeu que ela cuidava de todo mundo, e ninguém cuidava dela, decidiu fazer isso. Somente estava cuidando dela. Protegendo-a de qualquer um que queria brincar com ela. Se fosse ele, nunca iria brincar com um coração tão meigo, doce e inocente, ela não merecia isso. Ninguém a merecia. Ela era muito para todo mundo, até para ele próprio. Era um instinto fraternal. Prometeu para o Sr. Dawson que iria cuidar dela, e era isso, e somente isso que estava fazendo, nada mais. Mas parecia que ninguém acreditava nele.

Parecia que acreditavam que um garoto não podia somente proteger a pessoa sem ter alguma segunda intenção. Parecia que não podia ter uma amizade entre homem e mulher sem ter algum benefício. Ninguém entendia isso. Ele queria ser esse amigo, mas sem benefício, queria cuidar dela, sem tirar vantagem disso, queria estar presente na vida dele, porque, querendo ou não, ela o deixava feliz somente com um sorriso todo dia. Ganhava o dia quando ela sorria, principalmente se fosse por alguma piada que Austin mesmo contara, o que era muito difícil, mas que já tinha acontecido. Só queria ficar perto de Ally Dawson. Isso era pedir muito?


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Notas finais do capítulo

Enfim, eu também perguntei se era bom colocar gifs, era óbvio que queria a opinião de vocês, mas ninguém falou nada, poxa vida, to vendo que o que eu to fazendo é uma merda. Pelo menos recebi três comentários, e mesmo assim estou feliz.
fofagabriella5: Ela foi foda né? asdaskdcksdhhefsefc. O Austin é um pervertido que nossinhora, na verdade todos os homens são, tirando o Dez, mas isso é outra história sdlndkcs Obrigada limd, é bom saber que não me abandonou.
GirlAuslly: shdashooldhhas A Ally sempre será foda hm MUAHAHAHAHA. O detergente era da hora gemt
Quézia Sara: Tadinho nada, ele merece vai, só um pouquinho MUAHAHAHAHAHA Deve ser por isso que nunca arrumo namorado, devo ser muito má aff. Obrigada limd por estar acompanhando.

Sei que os gifs estão ruins flw, mas é que é super difícil achar videos com boa resolução, sério mesmo. Ps.: Tem gif em todos os capítulos.
Obrigada pra quem ainda está lendo, e que está comentando também. Xox