Darkness Feed escrita por S A Malschitzky


Capítulo 44
Eu gosto de ver você brava, só me deixa mais feliz


Notas iniciais do capítulo

Bueno, estou com três capts prontos (Okay, 2 sem esse) e estou com dificuldade para encontrar internet a tarde, mas tenho uma notícia boa;
To voltando para casa e tem internet o/ MAS não estarei mais de férias T.T ou seja, acho que só vou postar bastaante três vezes por semana, mas eu dou um jeito de postar quando der.
Boa leitura e até depois



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Ora! Vamos Nathan. Nós dois sabemos que você gosta de atirar. É simples. Se você conseguir atirar em mim, eu dou cinco minutos para vocês dois ficarem sozinhos e atiro na cabeça de vocês.

- Nossa. Adorei esse jogo. 

- Não torturaremos vocês dois, isso o que ele quiser dizer. É só um jogo. Vocês vão acabar morrendo mesmo.

Um suspiro.

- Não tenho escolha mesmo. Ok. Eu tento.

- Ótimo. - Escuto a porta se abrir e algo ser jogado. Uma arma é destravada. - Agora, pode checar se está carregada.

- Duas balas. 

Silêncio.

- Ok. Agora!

Um tiro e algo cai no chão. Tento abrir os olhos, mesmo não querendo ver, mas preciso ver.

Minhas pálpebras estão tão pesadas que meus olhos parecem que estão colados.

Saia. 

Uma risada e algo se arrasta pelo chão.

Não achei que fosse tão rápido.

- Saia. 

- Acalme-se.

- Saia!

Uma porta bate e ouço alguém vir em minha direção.

Shan. - Ele toca meu rosto. - Shan. Pisque se estiver me ouvindo.

Ah, como se eu conseguisse abrir os olhos.

Forço ao máximo e consigo abrir os olhos por alguns segundos. 

Ele sorri aliviado.

- Eu achei uma saída. - Consigo fixar o olhar em seu rosto, mas ainda parece que John e Nathan estão aqui. - Shan.

- Eu ouvi. - digo. - Legal.

Ele franze o cenho, me encarando confuso.

- Temos cinco minutos. Consegue se levantar?

- Não sei. - digo temendo que não. 

Ele segura meus braços e me levanto. Minha coxa dói, mas consigo andar.

Me apoio na parede, ainda tonta.

Vejo-o movimentar alguma coisa grande perto da parede e uma grande quantidade de luz é jogada contra meu rosto.

- Isso não é bom. - digo começando a ficar mais enjoada. 

- Por favor, não vomite. 

- Estou tentando. - digo.

- Vem. - diz ele colocando a perna para fora da adega.

Começo a ficar cada vez mais tonta, e percebo que com certeza, não conseguirei andar e que agora, estou de cara com o chão.

Abro os olhos, ainda um pouco tonta, mas me forço a me sentar.

Sinto o acolchoado do banco do carro em minhas costas nuas e encaro a estrada em movimento.

- Bom dia. 

Olho para o lado e Nathan sorri, com as mãos no volante.

Vários arranhões em suas mãos e braços, uma mancha de sangue perto de seu coração, um corte em sua sobrancelha e um corte em seu lábio.

- Oi. - digo esfregando meus olhos, um pouco menos tonta do que antes. - Onde estamos e o que aconteceu com você?

- Saímos da mansão. - diz ele com os olhos fixos na estrada. - É só do que precisa saber.

- Não. Eu preciso saber o que aconteceu com você.

- Saímos da mansão, é só que precisa saber. - repete ele um tanto bravo. 

Engulo em seco, encostando a cabeça no vidro gelado, encarando a estrada em movimento.

- Então... Como se sente?

O encaro com o cenho franzido.

- Aconteceu alguma coisa de especial?

- Sua primeira ressaca. - diz ele dando de ombros. - Na verdade quero saber se vai vomitar, porque se for, abra a janela.

- Não vou vomitar no seu carro. - digo com a bochecha apoiada no punho fechado. - Se acontecer, eu aviso.

- Ótimo. - diz ele beliscando a ponta do nariz.

- Ele esfaqueou você? - digo encarando a mancha de sangue em seu peito. Ele suspira e continua encarando a estrada, sem ao menos olhar para mim. - Nathan.  - Ele continua encarando a estrada. - Ele esfaqueou você?

- Desde quando se importa? - Ele feira o carro e me encaro. - Você sempre quis que eu não voltasse para casa.   

- Eu alguma vez deixei você no chão? - Arqueio as sobrancelhas, me lembrando das várias vezes que o coloquei no sofá depois de desabar no chão bêbado. Me forçando a ouviu suas palavras indecentes. - Deixei Nathan? - Ele continua em silêncio. - Responda! - grito.

- Não! - berra ele. - Nunca. Mas isso não significa que se importasse especialmente comigo.

- É. Eu me importaria com o chão que ficaria sujo se vômito e lama. Não com você. Se eu aguentei dois anos viver com você, aguentei uma garrafada. Acredite, não é por falta de opção.

- Então admite que se importa?

- É exatamente o que estou dizendo. - digo encarando seus olhos. - Eu me importo com você. Você que nunca se importou comigo.  

- Espera ai...

- Ah, poupe-me. - digo. - É obvio que só está me salvando por causa do Abe. 

Ele se solta do cinto e se inclina em minha direção, ficando com o rosto muito perto do meu. 

- Já faz tempo que não é por causa do Abe.

- Então é porque? - Encaro seus olhos, tentando me fixar neles, mesmo estão com a visão duplicada.

**

Essa pergunta me fez calar a boca.

- Porque... - Pense. - Porque...

Pense! Mas que droga!

- Ok. Não precisa dizer. - Ela empurra meu peito, me fazendo sentar de volta no banco do carro. - Está na cara que vai inventar alguma coisa. Se fosse me dizer a verdade, já teria dito. Onde estamos?

- O mais longe possível da casa do meu pai. - murmuro. 

Ela suspira e revira os olhos.

- É tão prazeroso falar com você. - murmura ela encarando o vidro do carro e segurando o cinto.

- Eu não sei. - digo.

- Pare o carro. 

- Hã?

- Pare o carro. - repete ela, mais séria. Paro o carro e ela se solta do cinto, sentando de lado no banco me encarando seriamente. Ela se arrasta pelo banco, chegando mais perto de mim e me encarando. O que eu pensei que seriam beijos, se tornaram os tapas mais dolorosos da minha vida. - Como assim você não sabe? - grita ela ainda batendo em mim, me atingindo justamente nos cortes. Ela não é burra. Sabe machucar alguém. - Responda!

- Eu não sei. - digo segurando seus punhos. - Eu não sei. 

Nos encaramos e vejo que seus olhos estão tentando se focar nos meus, mas ela ainda está um pouco bêbada.

- Ok. - Ela suspira, concordando com a cabeça. - Pode me dizer onde quer chegar?

Olho para o teto, sem mexer a cabeça e suspiro.

- Se eu disser que não sei, você vai me bater de novo?

- Melhor você mudar de assunto. - diz ela com os braços cruzados e os olhos apertados.

- Só confie em mim ok? Eu só fui á este lugar uma vez. 

- Então sabe para onde quer ir. 

- Sei. Só não sei como chegar lá direito.

- Então me diga aonde vamos.

- Para quê? - Dou de ombros. - Você também não sabe.

- Eu posso saber.

- Não, você não sabe. 

- Como sabe que eu não sei?

Suspiro e fecho os olhos, sabendo que estou com uma criança de oito anos ao meu lado, e não uma garota de dezenove anos.

- Vamos parar, ok? 

- Não até me dizer aonde vamos. - Ele cruza os braços e levanta uma das sobrancelhas.

Reviro os olhos e tiro a garrafa de água do lado do carro e entrego para ela.

- Beba.

- O que é isso? - pergunta ela encarando a garrafa.

- Água. - digo. - Só beba.

Ela revira os olhos e toma vários goles.

- Está com um gosto estranho. - diz ela e arregala os olhos. - Você me drogou! - Ela bate com a garrafa em meu pescoço. - O que é isso?

- Você vai ficar mais calma! Antes que me mate com tapas. - Ela pisca os olhos. - É remédio para sono. - Suspiro. - Não vai acontecer nada. O máximo que vai acontecer é você começar a cantar de novo.

**

Encaro os olhos de Nathan, com os braços cruzados.

Ele colocou um remédio para sono em uma garrafa de água e me deu?

Claro, porque eu deveria estar calma em uma hora como essa. 

- Está fazendo efeito? – pergunta ele.

O encaro com uma cara séria e tenho vontade de enfiar meu dedo em seu olho.

- Estou perguntando. Não me bata.

- Não sei. – digo.

- Nossa. – Ele ri. – Tão prazeroso conversar com você Shan.

- Porque você me chama de Shan? – pergunto. – É nome de homem.

- É. Eu sei. Tenho a impressão que já tivemos essa conversa...

- Responda.

Ele suspira.

- Sei lá. Porque deixava você brava.

- Nossa. Que legal. – digo revirando os olhos.

- Eu gosto de ver você brava.

- Nossa. – digo cruzando os braços.

- Só me deixa mais feliz. – Ele ri, me fazendo lembrar do bêbado de sempre. Mesmo com os cabelos devidamente cortados, sem a barba e á alguns dias sem ficar bêbado.


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Notas finais do capítulo

~Voz sequiçi, porém rápida demais de um homem que trabalha para a grobo~
Ministério da saúde adverte:
O uso deste tipo de medicamento, misturado ao líquido incolor e sem gosto chamado em português desse país chamado Brasil, (informações desnecessárias) pode fazer Shan morrer e se esquecer de "coisas importantes" (entendedores e maliciosos entenderão e maliciarão; e leitores lerão e entenderão tmb).
Queria agradecer á Millaknet pela recomendação. Obg!
(Bem, n lembro se agradecia antes á Renata Melo pela recomendação á algum tempinho atrás e mesmo sabendo que já agradeci só se estou ficando louca kkkkkkk brincadeira gente, to tomando os remédio certos, minha mãe até me deu uma blusa nova, é meio estranha pq prende meus braços neh, mas tá tudo bem. O lugar onde eu to é bem legal tem as paredes acolchoadas e todo mundo é muito gentil. kkkkk. Enfim. Valeu á DiLua Black pela recomendação á bastaaante tempo atrás mas enfm.
Valeu pra todo mundo e até depois.
Shatan ♥



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