Darkness Feed escrita por S A Malschitzky
Abro os olhos e encaro a nuca de Carter. Seus cabelos loiros quase raspados brilham com o feixe de luz vindo da janela.
A única coisa que eu gostaria que acontecesse neste momento, era que ere se virasse e abrisse os olhos.
Ouço seus suspiro e vejo seus braços musculosos se esticarem na na direção do teto, fazendo seus ossos estalarem e seu olhar se voltar para mim.
– Oi. - diz ele piscando várias vezes e fungando o nariz. - Dormiu bem?
Seus dedos correm pelo lado direito de meu rosto, fazendo meus pelos da nuca arrepiarem.
Concordo com a cabeça e ele se levanta, indo na direção do banheiro.
A porta se fecha e eu me sento na cama, esfregando os olhos e sentindo algo pesado em meu pescoço.
Sinto a corrente gelada percorrer meu pescoço e cair por dentro da blusa.
Puxo a corrente e vejo um medalhão dourado, com um desenho de uma rosa pintada de vermelho.
Brinco com 0 medalhão em meus dedos e sorrio, porque Carter me deu isso e não disse nada?
Talvez soubesse que eu não havia visto.
Bem, não vou dizer nada. Esperarei que ele diga.
Levanto-me da cama e ando na direção da porta.
– Te encontro lá embaixo. - digo girando a maçaneta e indo na direção do corredor.
Esfrego os olhos, sorrindo e olhando para o chão.
Dou um passo em falso e por pouco me vejo rolando pela escada.
Sinto alguém segurar meu braço e o colar ficar pendurado para fora da camiseta branca.
– Eu sonhei que você havia rolado escada abaixo.
Olho para trás e os olhos azuis esverdeados de Nathan me encaram.
Ele me puxa para perto e sinto sua respiração em meus lábios.
– É. Acho que você estava certo. - digo dando um passo para trás e sorrindo.
Ele coloca um vidro de geleia de morango em minhas mãos.
– Fui buscar para você. As outras que trouxemos estão vencidas.
– Mas tem um armários cheio delas aqui. Carter gosta de geleia também, lembra?
Ele dá de ombros e me encara.
– Não são as mesmas. - Ele aperta os lábios e coloca as mãos nos bolsos da frente da calça. Seus olhos se voltam para o colar e ele continua encarando-o por algum tempo. - Não está com fome?
Balanço a cabeça, não me importando muito.
Carter abre a porta do quarto e sorri.
– Achei que estaria lá embaixo. - diz ele me abraçando por trás.
–É. Por pouco ela estaria. - Nathan ri.
– Nate. - Georgia cantarola.
– Já vou! - diz Nathan. - Até depois.
– Tchau. - diz Carter segurando minha mão e encarando a outra com o vidro de geleia. - Porque trouxe isso?
– Nathan trouxe. As minhas venceram.
– Mas tem mais no armário.
– Não são as mesmas. - digo sorrindo e descemos as escadas.
**
Eu e Carter não tiramos os olhos um dos outros em todo o tempo do café da manhã.
Nathan larga os talheres em cima do prato e o encara.
– Sério, perdeu alguma coisa? - pergunta ele irritado. - Isso está ficando muito estranho.
– Porque se importa? - pergunta Carter aparentando um pouco alterado, coisa que eu nunca havia visto. - Você está dormindo com a minha irmã e eu não achei nada estranho.
– É, porque você sabe muito bem a irmã que tem. - diz Nathan.
– Não faz diferença. - diz Carter e suspira.
– Vocês podem parar? - pergunto mordendo uma maçã. - Carter tem razão.
Nathan solta um grunhido e revira os olhos, arrastando a cadeira para trás e indo na direção do jardim da frente.
– O que deu nele? - pergunto.
Carter sorri e dá de ombros.
– Quem sabe? - Ele dá uma garfada na salada de frutas e engole uma uva cortada no meio, ainda sorrindo. - Ele e a Georgia devem ter brigado, ou algo assim.
– Mas porque?
Ele ri.
– Por isso Georgia é assim. Ela é louca. - Ele dá de ombros. - Nada pode sair dos planos dela, se não todos na volta estão ferrados.
Ele bebe um gole de suco, enquanto eu fico tentada a não perguntar sobre o colar.
Mordo o lábio inferior, praticamente sentindo o gosto metálico do sangue, quando abro a boca para perguntar...
– Eu vou falar com o Howard e... Cortar a grama. - Ele arrasta a cadeira para trás e se levanta, se debruçando em cima da mesa, segurando meu pescoço e me beijando. - Não vá embora ok? Eu convenço o Nathan a ficar.
– Ele quer ficar. - digo. - Por causa da sua irmã.
– Vamos torcer que sim. - Ele sorri e anda na direção da porta.
A porta se fecha e coloco minhas pernas para cima da cadeira, abraçando-as.
Porque ele me tortura deste jeito? Porque não diz logo o motivo deste colar?
Algo vem em minha direção e bate na mesa, encarando meus olhos.
– Eu só quero saber uma coisa. - grita Georgia.
– Bom dia. - digo pasma com sua reação de chegar tão perto.
– Você e Nathan. - diz ela, como se tivesse certeza de que eu soubesse do que ela estava falando.
– O que tem?
– Houve alguma coisa entre vocês dois?
– Não.
– E você ainda gosta dele?
– Eu estou com seu irmão. Lembre-se disso. Por mim, você e Nathan podem se casar.
– Você tem certeza disso? - Ela estreita os olhos.
– Sim, eu tenho. - digo sorrindo. - Não se preocupe. Se eu quisesse ver vocês dois separados, já teria feito alguma coisa.
– Bom saber. - Ela volta para seu quarto e eu fico rindo sozinha com a ideia de que eu goste de Nathan da mesma maneira que ela gosta.
**
O jantar está delicioso.
Á algum tempo eu não como um único bife de carne e já é meu segundo, assim que acho isso um verdadeiro exagero.
– Onde comprou esse colar? - pergunta Georgia apontando com o garfo para a corrente em meu pescoço e encarando Carter.
– Que colar? - pergunta Carter, encarando meu pescoço.
– Este. - Puxo o pingente para minha mão e encaro seus olhos. - Acordei com ele no pescoço hoje de manhã.
Ele ri.
– É um belo colar. - diz ele. - Mas não fui eu quem coloquei no seu pescoço.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
Tá, esse capt ainda tem continuação, mas eu queria postar hoje e ter alguma coisa para escrever amanhã. ( ok, já são 00h 21 min ou seja q o amanhã a que me refiro é o hoje. Ahhh. Dane-se, vocês entenderam.)
Valeu.