Natural Disaster escrita por Thaís C


Capítulo 39
Capítulo 39 - Sorte ou Azar?


Notas iniciais do capítulo

IMPORTANTE 1: Criei um grupo no Whatsapp para conversar (sobre a fic, sobre a vida, sobre oq quiserem s2) e conhecer vcs melhor! Quem se interessar mande o número por mensagem privada que eu adiciono lá!
IMPORTANTE 2: Mil perdões pela demora!!! Eu to de verdade tentando postar uma vez por semana, mas vcs já sabem que tá complicado (estudar/trabalhar) e acabei tendo que viajar, oq atrasou mais ainda as coisas :c Mas sério, voltei povo! Não costumo postar de madrugada, mas pra vcs verem como tá foda, foi o único horário que deu :( Mas espero que o capítulo tenha ficado bom.
IMPORTANTE 3: Estamos no final da fic!!!! :'( NÃO ME ABANDONEM AGR POXAA, D': não to demorando a postar por mal!
IMPORTANTE 4: No capítulo 41 sai a surpresa!!!
IMPORTANTE 5: Vou postar mais um capítulo essa semana (sábado ou domingo, já está escrito) pra compensar por não ter postado semana passada.
IMPORTANTE 6: Comentemmmmmmmmmmmm!!! Vácuo dói ç.ç



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Um dia se passou e Derick e Giulio haviam tido alta. Ainda estavam um pouco machucados, mas nada que necessitasse que permanecessem no hospital por mais tempo, eram lesões as quais agora era apenas recomendado repouso e os medicamentos corretos.
Lilian e Ralf decidiram então realizar uma pequena reunião para relaxarem um pouco de toda a tensão dos últimos dias. Estava toda a família Becker, Helena, alguns amigos pessoais da família, dentre eles, Murillo, Iris, os dois assistentes sociais Robert e Jack e os dois menores infratores que costumavam realizar os serviços comunitários com Derick. Além destes, por incrível que pareça, os pais de Giulio também estavam presentes.

Os dois garotos pareciam hipnotizados pela beleza da mansão, tentando não tocar em nada e mantendo-se comportados. Era um momento de confraternização entre todos, sendo o assunto principal da noite o casamento de Derick e Catherine. Era importante um momento como aquele, para que todos pudessem se acalmar e a vida voltar a seguir o curso normal.

Deveria ser um momento alegre, ao menos em tese, no entanto, Cath não conseguia disfarçar o nervosismo e para evitar perguntas inconvenientes, passou a noite toda tentando se isolar. Derick sabia que havia algo de estranho quando a viu indo em direção ao jardim dos fundos e resolveu segui-la. Ele sabia exatamente qual era o motivo do comportamento de Catherine, e tentaria ajudá-la de alguma forma.

– Por que está tão nervosa, Cath? – Perguntou ajudando-a a se sentar no muro. – Eu achei que fosse uma boa notícia... Você vai me dizer que não ficou nem um pouco feliz por não ser filha dele? – Sentou-se ao lado dela no muro para que observassem o céu daquela noite, mais estrelado e mais bonito do que normalmente era.

– Mas se eu não sou filha dele, eu sou filha de quem? – Catherine o olhava com os olhos tristes. – Minha mãe tem seus mistérios e disso eu sempre soube, mas daí a ter mentido para mim a vida toda, será que não é exagero? Ernesto pode estar surtando, sei lá, ele já falou tantas besteiras...

– Eu pensei nisso, pensei que era piração da mente doentia dele, no entanto, ele falou com tanta fúria que eu tendo a acreditar que ele falava a verdade. – Disse Derick segurando uma das mãos dela. – Por que ainda não perguntou para a sua mãe?

– Mal consigo olhá-la nos olhos, estou tentando tomar coragem... – Afirmou a garota, resignadamente. - Mas ela sabe que algo aconteceu, só que suspeita que sei lá, seja algo do tipo eu não querer contar que estou grávida! – Os dois sorriram e o garoto a acolheu em um abraço, deixando que ela recostasse a cabeça em seu ombro.

– Bem que você podia estar... – Disse Derick sorrindo maliciosamente. – Mesmo que não esteja, a gente poderia providenciar! Imagina um bacurizinho pra eu andar de skate, ou uma metidinha pra eu ensinar a andar de skate também! O que achou da ideia, hein?

– Acho que você está louco e que se nossos filhotinhos quebrassem algum osso por causa dessa sua obsessão por skate, eu vou quebrar seu lindo narizinho!

– Quando amor! – Ele gargalhou. – Se você estivesse grávida, eu queria imaginar a cara do seu amiguinho Giovanni! Ele ia se amarrar em receber a notícia de que ele seria dindo! De repente assim ele se tocava e parava de te mandar mensagem de 5 em 5 segundos implorando para você ir vê-lo.

– Você ia propor isso só de sadismo, né? Quanta maldade! – Brincou Cath. – Coitado Derick, eu não quis ir porque não tenho gostado nada da forma como ele tem falado de você, e eu não aceito que ninguém fique te esculachando, ele não tem esse direito. – Disse ela beijando-o suavemente os lábios.

Os dois estavam se divertindo, mas ao ouvirem passos lentos e firmes, Derick e Catherine olharam para trás a fim de descobrirem quem mais estava no ambiente. Era uma das empregadas da mansão Becker, com um aparelho de interfone em fio nas mãos:

– Com licença Derick, mas há uma pessoa pedindo permissão para entrar aqui. – A mulher estendeu a mão entregando o aparelho ao garoto. Nesse meio tempo, Iris Maddox apareceu no jardim também, acenando para que Cath fosse conversar com ela. Catherine e a empregada foram para o interior da mansão, e o garoto atendeu à chamada pelo interfone:

“ - Oi Derick, eu estava passando perto, e queria saber se posso entrar para conversarmos. – Era Emma Wiggers, com uma voz sofrida e chorosa, muito diferente da que ele estava acostumado. – O que tenho para dizer é importante, e eu prometo ser rápida. Me deixe falar com você...

– Tudo bem, só que estou no meio de uma confraternização em família, então tente ser breve mesmo...Pode entrar. – Disse ele em resposta, dando permissão a entrada dela na mansão.

– Obrigada...”

Derick então contornou a mansão pelo lado externo para chegar logo ao portão principal e encontrá-la mais rapidamente. Ele foi ligeiro e chegou antes que ela abrisse a porta que dava para o salão principal, interceptando-a no jardim frontal.

– Derick! – Disse ela pulando nos braços do garoto, que instantaneamente ficou sem graça.

– Como está? Se acalmou, Emma?

– Pra falar a verdade não, pelo contrário... – Afirmou a garota, enquanto secava as lágrimas do rosto com as mãos.

– O que houve? – O garoto foi gentil, e prontamente a ofereceu seu lenço para se secar.

– Promete que tentará me perdoar? Eu fiz sem pensar, foi uma estupidez...E eu não sabia que o Ernesto... – Ela chorava tanto que não conseguia prosseguir.

– Ernesto? – Perguntou Derick desconfiado. – Você não colocou a vida da Catherine nem da mãe dela em risco, colocou? Porque se for isso, não há como pensar em te perdoar!

– Foi algo pior... – Disse ela envergonhada. – Mas tenta me perdoar, por favor... Estou contando porque quero mudar, me redimir, porque eu te amo...

– Diga. – Ele respondeu rispidamente. – Quero saber agora.
– Eu fiquei com o seu celular enquanto esteve seqüestrado, fiz todos, inclusive a Catherine, acreditarem que você estava apenas se divertindo comigo. – Emma confessou desesperada. – Eu queria te separar dela, mas não fazia ideia de que o Ernesto era um maníaco...Eu não sabia que ele estava te torturando, e quando percebi a gravidade das coisas ele me ameaçou...Me perdoa... – A garota caiu de joelhos no chão aos prantos, implorando para que ele em busca do perdão.

O garoto não conseguiu esboçar reação nenhuma. Poderia ter imaginado que ela lhe diria mil e uma coisas, mas essa definitivamente era uma surpresa apavorante.

Iris e Catherine bisbilhotavam Giulio aos prantos na biblioteca da mansão, havia acabado de se desentender com seus pais, que o haviam humilhado de uma forma terrível. Argumentavam que ele era apenas motivo de decepção, e que por mais que Derick aprontasse, era um rapaz extremamente inteligente, e cursava medicina, já Giulio para eles era apenas um drogado sem chances de um futuro decente.

– Você está vendo Cath? – Disse Iris lamentando-se. – Os pais do Giulio são dois babacas... Estão acabando com o garoto... Não dão nenhum incentivo e depois reclamam da falta de perspectiva dele. Como ter perspectiva de futuro sendo sempre desestimulado e desacreditado?

– É triste demais, Derick está tentando ajudá-lo, mas é difícil porque ele passou a vida toda se sentindo um bosta... – Cath falou tentando confortá-la. – Eu sei que você está sentindo algo por ele, por que não deixa ele saber disso? – Confrontou a amiga.

– E o que você sugere, que eu chegue tipo “oi, eu mal te conheço, mas to ficando cada vez mais caidinha por você, fica comigooo!”? - Ela disse ironizando a ideia da amiga. – Eu não sei como me aproximar dele.. – Antes que pudesse dizer qualquer outra coisa, Catherine empurrou Iris para dentro do cômodo, que quase se desequilibrou ao esbarrar na porta.

Com o susto por aquela aparição inesperada, Giulio parou de chorar e olhou encantado para a garota. Cath ficou do outro lado da porta espiando e torcendo para que tudo desse certo.

– Eu vim ver como estava... Ouvi seus pais dizendo aquela baboseira para você... Não acredite neles... – Disse ela sentando-se ao lado dele no sofá.

– Estou morrendo de vergonha. Odeio que me vejam chorando. – Falou com o olhar entristecido. – Tô me sentindo um fraco...

– Por pior que possa parecer, às vezes temos que nos divorciar dos nossos pais... Você precisa cuidar de si mesmo, ter diversões saudáveis, arrumar um jeito honesto de ganhar seu próprio dinheiro, estudar... essas coisas...

– Você tem razão...Meu sonho sempre foi ser amado, mesmo que eu não admitisse para mim mesmo...Mas quem seria capaz de amar um cara como eu? Preciso mudar, melhorar como pessoa, para que assim alguém possa gostar de mim... pra que eu possa amar alguém... – Afirmou ele, parecendo compreender. – Nunca aconteceu amor em relação a mim e os meus pais, e nem com garota alguma com quem eu fiquei... Eu fico me perguntando sempre antes de dormir, como deve ser amar e a sensação de ser amado por alguém... Eu gostaria de saber... – Ele aproximou seu rosto do rosto de Iris, fazendo-a ficar tímida.

– Também nunca senti... – Ela sussurrou enquanto Giulio esfregava delicadamente o nariz dele no dela. – Mas eu gostaria de saber como é... – Assim que concluiu a frase, Iris teve seus lábios tocados imediatamente pelo garoto através de um beijo carinhoso e demorado.

Estavam conhecendo um ao outro e também se conhecendo, descobrindo quem de fato eram e o que deveriam fazer para serem quem queriam se tornar. Catherine do outro lado da porta não pôde deixar de vibrar com aquilo, pois ela sabia que por mais difícil que fosse amar alguém, a cumplicidade que o amor traz é totalmente recompensadora e nos faz ter forças para enfrentar qualquer adversidade.

Ela ainda estava abalada com o que havia descoberto sobre sua paternidade, mas ver os dois juntos a deixou mais animada para voltar para o salão principal, onde estava a maioria dos convidados. Resolveu primeiro procurar por Derick, mas ele não estava mais no jardim dos fundos da casa, e ela então foi procurá-lo por toda a área aberta.

O ânimo que havia acabado de reconstituir foi por água abaixo quando chegou na parte frontal do jardim, próximo ao chafariz, onde Emma Wiggers se encontrava abraçada a Derick, que a acariciava o rosto e a consolava para que parasse de chorar. Até poderia ser uma cena linda e comovente de um casal apaixonado, no entanto, Derick era seu namorado e Emma simplesmente a garota mais detestável do mundo, então aquela cena, para Cath, era um verdadeiro show de horrores, um verdadeiro pesadelo.

Queria explodir pelos ares, sublimar, derreter e escorrer pelo ralo, ou quem sabe se teletransportar para uma outra dimensão na qual Emma não existisse, ou pelo menos não estivesse agarrada feito um carrapato faminto ou uma sanguessuga em seu noivo. Queria qualquer coisa, menos ver aquilo, menos ver Derick dando toda atenção do mundo àquela garota, abraçando-a, consolando-a... Mas o cúmulo mesmo foi quando ela, entre os abraços, ela teve a ousadia de roubar um selinho do garoto, que mesmo não tendo correspondido e tendo pedido para que parasse, permaneceu abraçado com ela. Catherine não conseguiu suportar:

– Derick, que foi que você cheirou dessa vez pra estar fazendo uma ceninha ridícula com essa daí!? – Cath estava com o rosto vermelho de tanto ciúme.

– Cath... vamos conversar... – Disse ele se soltando de Emma, que franzia o cenho debochadamente.

– Me deixa. – Ela pegou o celular e imediatamente enviou uma mensagem para Giovanni, avisando que iria ao aniversário dele.

– O que está fazendo Cath? – Perguntou Derick.

– Não estou indo botar um chifre em você não, fica tranquilo! – Respondeu ela irritadíssima enquanto saia pelo portão da mansão dos Becker ignorando os pedidos do garoto para que ficassem e conversassem. – E sim, eu estou morrendo de raiva dessa cena patética que eu acabei de ver. Você sabe como eu estou me sentindo esses dias, sabe também tudo que essa garota diz por ai sobre mim... E está consolando ela... Não dá pra entender. Eu quero ficar na minha. Respeite. – Concluiu já do outro lado do portão.

Já era tarde, mas como estava sob proteção policial um dos policiais de plantão na porta da mansão Becker a acompanhou. Os dois pegaram um taxi sem perceber que havia um outro carro os seguindo. Não era um Porshe ou nenhum dos carros luxuosos dos Becker, não era Derick tentando interceptá-los. Era aquela antiga conhecida sombra na vida de Catherine Bellini.

Maldita hora que ela decidiu sair da mansão onde estava em segurança? Talvez não. Talvez aquela briga tenha sido a briga mais conveniente armada pelo destino. Lembrem-se de que há males que vem para o bem.


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Notas finais do capítulo

- Sem timidez galere, se tiver afim, participe do grupo no whats, sou tranquilona, quase zen KKKKKKKKKKKK s2
— Maldição de hoje: Se não comentar, sorte ou azar? Prox capítulo de azar KKKKKKKKKKK Brincadeira s2s2s2s2
Enfim, espero q tenham gostado e comentem mesmo, sejam legais ç.ç