Hold On escrita por Meredith Kik


Capítulo 32
Intrometida


Notas iniciais do capítulo

Volteiiiiiiiiii, e acho que nem demorou muito! O capítulo veio grandinho dessa vez *O* Espero muitooooooo que vocês gostem, e que comentem! Acho que estamos na reta final, viu?



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Mais alguns dias se passaram, e o calendário dizia que era uma quarta feira. O sol tinha acabado de se por, e Sophie agradeceu mentalmente a liberação que o professor havia dado, mais cedo que o normal. Isso significava um dia sem trânsito, uma volta para casa tranquila.

Por outro lado, chegar em casa cedo não mudava muita coisa em seus planejamentos, porque não tinha muito o que fazer.

Depois de tomar um banho demorado e relaxante, Sophie decidiu ir até a cozinha comer alguma coisa, afinal, tinha voltado a se alimentar direito.

− Boa noite, Meredith. – A garota cumprimentou a velha empregada, que lavava a louça.

− Boa noite, querida. Como foi a aula?

− Normal. – Ela respondeu dando de ombros e sentando em um dos bancos da bancada. – Você trabalha aqui desde que eu nasci, não é? – Sophie perguntou curiosa.

− Trabalho pra sua mãe desde os 15 anos dela. – Meredith contou. – Antigamente trabalhava na casa da mãe dela, onde ela morava. E quando ela decidiu se mudar com seu pai eu vim pra cá. Aí primeiro vi Katy nascer, e depois você.

− Você se lembra dela? – Sophie perguntou, sem evitar o grande sorriso nos lábios.

− Ora, mas é claro que sim. Era ela quem dava a maior alegria pra essa casa. Quando era pequena ela anunciava que tinha chegado da escola, gritava para o país inteiro ouvir. – Ela disse, dando uma risada junto à Sophie. – Quando você nasceu ela não deixava que ninguém te pegasse no colo, só sua mãe e seu pai podiam. E ela, é claro. Desde pequenininha te defendia com unhas e dentes. Lembro que uma babá gritou com você uma vez e ela quase enlouqueceu. Ai, Katy era uma figura!

− Ela sempre se deu bem com a minha mãe, não foi?

− Sempre. Foi ela quem juntou seus pais, afinal. – Meredith falou, finalmente virando para Sophie depois de ter acabado a louça. Sophie franziu a testa, fazendo um gesto claro de que não havia entendido. – Desde os 17 anos a Dona Sarah tinha um pretende. Era um rapaz rico, de boa família. Mas não era o que ela queria, foram os pais que os juntaram, sabe? Aquela velha história de casamento arranjando. Bom, eles casariam com 25 anos, estava tudo planejado. No mês anterior ao casamento a sua avó levou sua mãe ao médico, ela não estava se sentindo muito bem. E aí descobriram Katy, já com dois meses. E aí cancelaram tudo e seu pai e sua mãe se casaram.

− Você acha que era por isso que ela era tão apegada a Kay? – Sophie perguntou, fixando os olhos verdes no rosto de Meredith.

− Ah não, eu não acho que tenha existido um motivo fixo, sabe? Elas simplesmente se identificavam. Desde pequena ela sempre foi muito vaidosa, cuidadosa, perfeccionista... E, já crescida, Katy dava um enorme valor ao sobrenome, assim como ela dizia que tinha que ser feito.

− Você acha que se eu fosse mais parecida com ela a minha mãe poderia gostar um pouco mais de mim? – Sophie perguntou para mulher, com aquele olhar novamente esperançoso.

− Ora Sophie, sua mãe te ama. – Meredith falou, sentando em frente à morena. – De onde você tirou que precisa ser parecida com alguém? – Ela perguntou, fazendo um gesto negativo com a cabeça. – Sua mãe tem aquele jeito dela, mas ama você da mesma forma que ama Katy. Eu sou mãe, sei bem o que estou falando. – Ela disse. – Ela só tinha maneiras diferentes de demonstrar para as duas. E vocês batem de frente porque vocês discordam de mais coisas, é só isso.

− Depois da morte da Kay ela ficou cada vez menos presente. – Sophie falou, com os olhos involuntariamente cobertos por lágrimas. – Eu sempre tentei agradá-la de todas as formas, mas ela nunca ficava satisfeita com nada que eu fazia. E por mais que eu quebre a cara mil vezes, eu sempre tento de novo e de novo um recomeço com ela. – Ela desabafou, passando os dedos debaixo dos olhos para que as lágrimas não escorressem. – Pode parecer besteira, mas às vezes sinto minha irmã mais presente na minha vida do que ela.

Meredith abraçou a menina, consolando−a.

Eu vou te dizer, amigo leitor, parece que nossa personagem principal às vezes faz uma tempestade no copo d’água, e faz mesmo. Mas veja bem, a vida de Sophie Montini ficava cada vez mais complicada.

A empregada sugeriu que Sophie procurasse a mãe durante a noite para que conversassem, não necessariamente sobre a falta que ela fazia. Apenas que conversassem. E foi exatamente o que a morena decidiu fazer.

Já era quase madrugada quando Sophie se aproximou da mãe, na sala de estar.

− Boa noite. – Sophie murmurou, sentando no sofá em frente à mulher.

− Péssima. – Sarah respondeu, com a voz um tanto amargurada. – Vem cá, você já terminou com aquele seu namoradinho de família ruim?

− Ele não era meu namorado. E não troco mais uma palavra com ele.

− Ora veja, enfim está honrando seu sobrenome. – A mulher debochou. Sophie respondeu com um sorriso torto. – Não faça essa cara de imbecil. Eu vou arranjar alguém descente pra você casar.

− E se eu não quiser eu posso engravidar de um cara de quem eu realmente goste? – Sophie provocou, fazendo com que a mãe a encarasse com uma das sobrancelhas levantadas. – Meredith me contou que você não ia se casar com meu pai.

− Meredith é apenas uma empregada que acha que é da família. Ela não sabe de nada.

− Ela trabalha pra você desde sua adolescência.

− Quem te disse isso? – Sarah perguntou.

− Ela.

− E o que mais ela te contou? – Perguntou, pegando um café que estava na mesa e centro e em seguida dando um pequeno gole.

− Que você e meu pai não eram casados quando você ficou grávida de Katy. Você estava noiva de outro cara, e o traiu. – Sophie continuou, olhando fixamente para mulher a sua frente. – Isso que devo fazer pra honrar meu sobrenome, certo? – A morena fez a pergunta num tom provocativo.

A mulher deu uma pequena risada e fez um gesto negativo com a cabeça.

− Você disse Meredith, não é? – Sarah perguntou, ignorando o comentário da filha, que assentiu com a cabeça. – E você sempre com essa vocação ridícula de conversar com pobres, não é? – Ela debochou. – É absurda a diferença entre você e sua irmã. Katy era mais inteligente, não sujava o nome da minha família da forma como você faz.

− Você acha que se eu fosse mais parecida com ela você e eu nos daríamos melhor? – Sophie perguntou sorrindo torto.

− É possível que sim, por que não tenta? – Ela respondeu. – Meredith, venha cá agora! – Sarah berrou, sem se mover de onde estava.

A empregada chegou na sala de estar em um minuto.

− Está precisando de alguma coisa, dona Sarah? – Meredith perguntou.

− Sim, preciso que faça suas malas e saia da minha casa o mais rápido possível. Está demitida! – Ela respondeu, olhando para mulher com um sorriso debochado.

Sophie e Meredith arregalaram os olhos.

− Mas o que eu fiz? – A empregada perguntou com a voz chorosa.

− Não é como se eu te devesse explicações, mas você falou demais. Tem que aprender a não ser intrometida.

− Mãe, você não pode demitir Meredith, ela não fez nada! – Sophie berrou em defesa da mulher.

− É claro que posso, e é o que estou fazendo. Agora vá. Amanhã volte aqui, Baker estará com seu último pagamento. E não quero saber de você dando nenhum tipo de ajuda para essa mulher, Sophie. Lembre-se de que eu ainda pago sua faculdade.

Sarah Montini saiu da sala, deixando apenas Sophie e uma Meredith destroçada, chorando como uma criança que acabara de nascer.

É, amigo leitor, manda quem pode e obedece quem tem juízo.


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Notas finais do capítulo

Próximos capítulos tem a volta do Thomas hein KKKKKKKKKKK Saudades de escrever ele com a Sophie =( Beijosssssssss, comentem e me deixem feliz!



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