Hold On escrita por Meredith Kik


Capítulo 30
Importância


Notas iniciais do capítulo

Capítulo pequeno Mas vejam pelo lado bom, tenho aparecido mais vezes KKKK Espero que gostem, beijosss!



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Três quilos a cada duas semanas. Era essa a meta de Sophie. Dois dias tinham passado, e ela estava sem comer nada a esse tempo. Uma hora ou outra teria que comer, e sabia o que deveria fazer quando isso acontecesse.

Cópias não escolhem apenas as qualidades, elas saem com as qualidades e defeitos do original. E Katy, apesar de quase perfeita, tinha anorexia e bulimia, e não era possível Sophie ignorar isso.

Ela sabia que não estava gorda, sabia que não precisava emagrecer, sabia bem o que aquilo poderia causar em sua vida. E se morresse... Tanto faz, talvez pudesse encontrar no céu a única pessoa que realmente se importava com ela.

Sophie não se importava em morrer.

Era noite, e a morena corria na pracinha. Se exercitar era inevitável para emagrecer, lembrou que Katy fazia muito isso. E lá estava, dois dias sem comer e correndo pela praça.

Eu devo dizer que a menina não se aguentava em pé?

Ela começou a se sentir mal, a cabeça doía, e quando ia se sentar no banco viu Thomas passar.

Correu até o garoto e segurou seu ombro.

— Thomas, me ajuda. Eu estou passando mal. Por favor!

— O que você tem? - Ele perguntou preocupado, olhando pra garota.

— Eu preciso comer, não aguento mais.

Thomas passou os braços na cintura de Sophie, ajudando a menina a ficar em pé. Sim, ela estava fraca a esse ponto.

Sem trocarem uma palavra, os dois chegaram em um restaurante. O garoto colocou a menina sentada numa cadeira e saiu entrando na cozinha sem falar com ninguém. As pessoas o conheciam ali, era o restaurante em que seu pai trabalhava.

— Thomas! - Louis chamou o filho ao vê-lo entrar.

— Pai, eu preciso levar esse prato. É uma amiga que tá lá fora passando mal e... Depois eu explico, é urgente!

Sem mais explicações o garoto saiu da cozinha levando um prato de comida que estava ali, provavelmente de algum cliente. Colocou na frente de Sophie e sentou na cadeira da frente, apenas a olhando comer. Observou até que ela deixasse o prato vazio, e foi quando começou a sessão de perguntas.

— O que você fez, Sophie? - Ele perguntou. — Me diz que você se esqueceu de comer porque seu dia foi muito cheio ou qualquer coisa assim.

— Não, foi de propósito.

Thomas bufou.

— Não tem cabimento você fazer uma coisa dessas. Logo você.

— Por que logo eu?

— Porque você viu sua irmã passar por isso, você a viu morrer disso. Não é possível que esteja fazendo a mesma coisa! – Ele respondeu, parecendo indignado.

— Você não sabe o que está falando, Löhnhoff. Katy era forte, conseguia ficar dias sem comer, e se comia ela tinha a coragem de vomitar depois. Eu não estou fazendo a mesma coisa que ela. Eu só tentei, e fracassei. Ela conseguiu, ela ia até o fim com o que ela queria!

— Ela morreu, Sophie! É o que você quer?

— E daí? Eu não ligo! Morrer só me traria benefícios. Eu não tenho motivos pra viver, a única pessoa que se importava comigo morreu!

— Por que alguém se importaria se nem você se importa? - Ele perguntou de maneira grosseira. — Você quer ouvir que eu me importo, não é isso? - Thomas fez a pergunta retórica, revirando os olhos. — Eu me importo, Sophie. E me importo muito, se quer saber. Só que cada vez mais você me faz ter a certeza de que não merece nem um terço disso. Não merece que ninguém se importe com você.

— Por que você está dizendo essas besteiras?

— Eu quem estou falando besteira ou é você? - Thomas perguntou, franzindo a testa. — É uma questão de lógica! Você mesma quer morrer, acha justo que queiram seu bem quando você mesma quer seu mal?

— Eu não quero morrer. - Ela murmurou.

— Então não volte a fazer isso. - Ele falou, olhando sério pra ela.

Sophie fez um movimento positivo com a cabeça e o olhou.

— Eu adoro conversar com você. - Ela disse, finalmente sorrindo. — Me sinto mais leve, sei lá. Parece que tudo fica mais fácil, que você encontra a solução pra tudo.

Thomas ergueu as sobrancelhas e deu um sorriso torto, nitidamente forçado.

— Que bom pra você. - Ele disse, já voltando a ficar sério. — Boa noite, Montini.

O rapaz levantou da cadeira e saiu do restaurante, deixando a morena ali sem falar mais uma palavra.

Ele havia levado a sério. Löhnhoff's e Montini's não se misturavam.


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Notas finais do capítulo

Comentemmmmmmmmmmmmm!