Hold On escrita por Meredith Kik


Capítulo 13
Charme, meu bem.


Notas iniciais do capítulo

Genteeeeeeeeeeee, mais um capítulo



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Os dois ficaram um tempo ali apenas conversando sobre nada com coisa alguma, foi bom, pelo menos o restante da aula passou mais rápido. Para os dois, pelo menos. Quando o relógio finalmente marcou seis horas e o professor deu fim a aula Thomas se despediu de Daniel e de Olivia e saiu quase que correndo da faculdade. Com seu skate numa velocidade altíssima, chegou na mansão em fração de segundos. Ok, é um exagero. Enfim, agora seu caminho para onde que fosse sempre teria uma passadinha na grande casa. Agora seria casa, mansão, faculdade e faculdade, mansão e casa. Sempre. Pelo menos por enquanto.

Olhou para a janela, como sempre fazia. Como previa, ela não estava ali. Era raro ela estar ali numa terça feira a noite. O segurança, ao invés de o olhar com uma cara feia, fez um gesto com as mãos para que Thomas fosse até sua cabine. Ele iria mesmo, mas não esperava que o cara o chamasse. Era o mesmo que estava lá de manhã, Baker. Ou Bakerzinho. 

Thom foi até a cabine e se debruçou ali, já que a janela estava toda aberta e era um ótimo apoio. Baker olhou para ele, agora com uma cara feia. Thomas riu sem graça e tirou os braços dali, levou as mãos até os cabelos, bagunçando-os. 

- Srtª Montini respondeu a aquela sua cantadinha. - Ele disse, entregando pro menino o mesmo papel no qual ele tinha escrito o bilhete pela manhã. Thomas sorriu abertamente e olhou para o papel. Em cima, estava escrito o que ele havia mandado de manhã, com sua letra. Logo embaixo vinha a letra dela, um pouco diferente da que estava na carta dela para irmã, devido aos anos que passaram, claro. Era redondinha, bastante bonita. 

"Esqueci de te dizer ontem, mas seu sorriso consegue ser ainda mais bonito que seus olhos. Obrigado por ter confiado em mim pra contar a sua história. - Thomas Löhnhoff"

"Esse tipo de cantada geralmente me faz querer vomitar, mesmo assim obrigada. Não tem que me agradecer, foi bom pra mim. - Sophie Montini."

- Ei Bakerzinho, onde está a caneta que eu te dei? Vou precisar dela agora. - Baker revirou os olhos para o garoto e lhe deu a caneta. Thom apoiou o papel na parede e começou a escrever. 

"Não é nenhuma cantada, é só um fato. Já que psicologia é seu forte me diz como analisaria essas suas atitudes bipolares de vez em quando/sempre? É uma coisa bastante curiosa. - T.L."

Thomas ficou satisfeito com o que escreveu, seria legal provocá-la um pouco. Dobrou o papel e deu para o segurança, junto com  a caneta. O homem colocou o papel em sua mesa, dentro da cabine. 

- Ela está aí? - Thom perguntou. Baker nem se deu ao trabalho de falar, balançou a cabeça de um lado pro outro, o que significava um não. - Bom, então vou indo. Bom trabalho. 

Thomas saiu da mansão sorrindo, por mais que Sophie não tenha sido muito simpática no bilhete, já estava um pouco acostumado com o jeito enlouquecido dela. E de alguma forma aquilo o encantava. Aliás, o que não o encantava nela? Não esperava que depois do dia de ontem ela começasse a tratá-lo maravilhosamente bem, não mesmo. A conhecia pelo menos um pouco pra saber que aquilo não combinava com ela. Somente o fato dela ter respondido o bilhete já havia o deixado bastante feliz.

Ele não tinha demorado muito na mansão, chegou em casa uns 15 minutos depois do que costumava chegar da faculdade todos os dias. Assim que entrou, enxergou sua mãe esparramada no sofá dormindo. Sorriu, trancou a porta e andou até a TV que estava ligada, olhou para mãe outra vez e desligou. Deu um beijo no rosto dela, foi pra cozinha beber uma água, deixou a mochila no quarto e pegou seu skate. Tinha acabado de chegar, era uma ótima hora para uma boa volta. Precisava relaxar, era estudar estudar estudar o tempo todo. 

Deixou um bilhetinho pendurado com um imã na geladeira dizendo que ia dar uma volta pelo quarteirão, apenas para não deixar dona Anna preocupada quando acordasse. Deu outro beijo no rosto da mãe e saiu com seu skate. 

É claro, o que seria Thomas Löhnhoff sem suas passadinhas na mansão? Lá estava ele, parado na mansão olhando para cima, tentando ver Sophie por trás da janela que estava com a cortina bem aberta. Estava tudo escuro, ele não conseguia identificar nenhum dos borrões que via. Droga, devia ter trazido seus óculos. Sentiu uma cutucada em um de seus ombros e olhou pra trás, instantaneamente um sorriso brotou de seus lábios. 

- Eu deveria ter medo da sua perseguição? - Era Sophie, parecia estar chegando da faculdade agora. Ela estava de braços cruzados, mantinha um olhar sério, sem esboçar qualquer tipo de sorriso. 

- Não, relaxa. Não faço o tipo maníaco, sequestrador ou assaltante. - Ele disse, a garota não mudou a expressão, e franziu uma das sobrancelhas. - Terrorista também não. - Ele continuou, piorando a situação. Ela estava séria, balançou a cabeça negativamente. - Foi uma piada. Quer dizer... Não que eu seja isso tudo, mas... - Sophie colocou as mãos na frente dele, para que o garoto parasse de falar o que estava pensando em falar. 

- Pare de falar, por favor. - Ela falou. Thomas soltou uma risadinha boba. 

- Ah, já sei! Prefere que eu faça outra coisa. - Ele piscou pra ela, que finalmente riu também, de um jeito espontâneo. 

- Você é incrivelmente idiota, sério. - Ela disse, rindo. 

- Um idiota muito gostoso, não? - Ele piscou mais uma vez. A menina passou a mão na testa e riu abafado, como quem desaprovava o que ele dizia. Da testa passou uma das mãos para cintura e o olhou.

- Qual é seu problema que você pisca toda hora? Já li sobre isso, acho que é um...

- Charme, meu bem. É um charme. Um dos muitos que fui abençoado. - Thomas brincou, e ainda na brincadeira ficou mexendo no cabelo e deu outra piscada pra ela, que revirou os olhos e sorriu. 


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Notas finais do capítulo

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