Harold mais uma vez estava na frente de um entrevistador; mas dessa vez não haviam câmeras que levariam aquilo para a rede nacional.

– Por você e os garotos serem tão atarefados, com shows, entrevistas, sessão de autografo e turnês, você está com tempo para namoro, Harold? - a negra estava sentada a frente de Harold, com as pernas cruzadas e um bloco de notas no colo. Ela anotava cada palavra que o rapaz dizia, sem deixar nem ao menos uma virgula para trás. Aquela matéria seria a principal da revista teen do mês.

Ele riu baixo e mexeu nervosamente no cabelo tentando não olhar diretamente para a entrevistadora. Ele e Samanta combinaram que iriam mostrar aos poucos seu reatar, mas Harold acha errado esconder seu namoro das fãs.

– Sempre achamos um tempo pra isso - ele riu e finalmente olhou para a mulher que ergueu as sobrancelhas, nitidamente interessada naquele assunto.

– Então, você está namorando? - ela alisou freneticamente o lápis que estava nos dedos.

– Nós aviamos combinado de falar aos poucos, mas não consigo guardar apenas para mim que estou amando - ele disse sério, o que fez a espinha da entrevistadora se arrepiar. Os olhos esmeralda do garoto estavam mais escuros que o normal e seu semblante não era de brincadeira.

– Que ótimo - ela disse animada anotando aquilo no seu bloquinho e logo em seguida levantando os olhos para Harold.

Samanta estava com a revista britânica teen nas mãos em forma de cone. Ela havia acabado de ler a matéria e sentia seu estomago borbulhar, de animação e fúria, pois Harold não havia cumprido com o acordo.

– Eu vou matar ele! - ela gritou andando de um lado para o outro do próprio quarto.

Ela já estava arrumada para sair com Harold, pois ele havia convidado-a para um jantar, mas não seria um jantar romântico, pois os outros garotos também iriam.

– Como ele pode? Sem me dizer nada! - ela dizia jogando os braços para o ar, quase jogando várias vezes a revista na luz do quarto.

– Filha? - a voz de sua mãe fez-se presente atrás da porta do quarto, e antes que Samanta respondesse a porta se abriu revelando a imagem da mulher, de roupão de banho rosa.

– Que ? - respondeu irritada, não com a mãe, mas com Harold.

– Harold está lá embaixo - disse apenas sorrindo levemente ao ver a menina irritada.

Samanta já havia se maquiado, se trocado e já estava com a bolsa no ombro. Ela nunca foi uma garota de se atrasar para encontros, quando se tinha algum, por causa de roupa.

O short jeans deixava metade de sua coxa nua e o restante dela era cobrida pela meia três oitavos preta. A blusa cinza deixava apenas um dos seus ombros a mostra e ela cobria todo seu braço, ficando até mesmo comprida, escondendo seus dedos finos. Calçava uma bota cinza de cano baixo, que combinava com sua blusa. A bolsa preta estava jogada no ombro onde a blusa o cobria e dentro dela estavam todos seus documentos, dinheiro, celular e, agora, a revista, pois pretendia bater em Harold com ela.

Desceu as escadas lentamente sem presa alguma para matar dolorosamente seu namorado por ter dado a entrevista.

Se despediu dos pais com um beijo em suas bochechas e saiu da casa sentindo o frio noturno bater contra seu pequeno corpo.

Teve que andar por todo o condomínio, até chegar na portaria, onde Harold esperada do lado de fora do carro.

Ele estava simplesmente fantástico. Uma camisa azul escura de mangas compridas protegia seu peitoral, usava uma calça jeans skinny e nos pés uma bota marrom. Seus cabelos estavam dentro de uma toca preta e alguns cachos saiam da mesma dando-o um ar angelical.

Suas mãos estavam dentro do bolso da calça e ao ver a namorada seu rosto foi tomado por um sorriso enorme, mas ao ver a expressão de Samanta seu sorriso foi diminuindo até a mesma se aproximar de vez e dizer:

– O que foi, amor? - Harold disse preocupado.

– O que foi? - Ela segura a bolsa a frente do corpo e retira a revista de dentro da mesma. Ao ver o nome da revista Harold quis rir, se jogar no chão e rolar de rir - Você leu essa matéria, Harold? - ela disse apontando para a revista, onde, ao lado do Leonardo de Caprio, havia uma pequena foto de Harold e Samanta abraçados, tirada por um paparazzo dias atrás.

– Não disse para irmos com calma? - ela bateu o pé ao ver que o namorado não iria falar nada sobre.

– Sam, nós estamos indo com calma, mas isso significa que não posso falar que você é minha namorada? - ele disse, não resistindo ao leve bico que a garota fazia enquanto brigava com ele, segurou a cintura de Samanta puxando-a para perto dele.

Ela não reagiu ou gritou com ele, apenas deixou seu corpo colidir com o dele e sentir o seu calor sendo transmitido para ela.

O verde engoliu azul e naquele momento um choque gelado percorreu a espinha de Samanta, se fazendo lembrar do seu primeiro beijo.

Ela realmente o amava.

Harold deu um longo selinho nos lábios de Samanta, mas logo a soltou de seus braços, dizendo estarem atrasados para o encontro com os outros.

No caminho até o restaurante os dois falavam sobre coisas banais, como gatos e pet shop.

Ao chegarem no restaurante, por azar, ou não, de Samanta, alguns sete ou oito paparazzos estavam grudados na entrada do estabelecimento tentando tirar alguma foto dos garotos, que já estavam lá dentro.

Os ombros de Samanta caíram e ela olhou para Harold, que sorriu terno para ela.

– Vem, meu amor, eles não mordem - ele disse rindo da cara dela e saindo do carro, deixando-o com o manobrista do local.

Um, dos malditos paparazzos, avistou o casal e correu até eles. Rapidamente Harold entrelaçou seus dedos nos dela e a puxando com presa para dentro do restaurante.

Os outros seguiram os passos do primeiro indo encima do casal , os metralhando de perguntas, que entraram por um ouvido e saiu pelo outro.

Rapidamente conseguiram entrar no restaurante e logo avistaram a mesa dos amigos.

Zach e Pamela estavam sentados um ao lado do outro; Alison e Noah estavam um na frente do outro - Noah do lado de Pamela -; Lourenço entre Alison e Elizabeth; Liam e Denni estavam sentados ao lado de Noah e Alison deixando duas cadeiras vagas ao lado de Zach e Alison, pois a mesa era circular.

Samanta sorriu ao ver os amigos e segurou forte a mão de Harold, que a levou para perto da mesa sem mais delongas.