Complicada E Perfeitinha. escrita por Melanie


Capítulo 11
Pi da Mel


Notas iniciais do capítulo

Escrevi esse capitulo depois de algumas meninas falarem que queriam o Pi kkkk' A Mel pode ser legal, mas ela é bem agressiva, lembram?
Bom, só posso desejar que cada uma das leitoras lindas dessa historia possam encontrar um "Pietro" que combine mais com cada uma, ou que seja o oposto. Com tanto que seja bom ta valendo ;)



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               Melanie: 




–Esquerda Pietro, esquerda. –Gritei, ficando de pé no sofá com o pacotinho de M&Ms numa mão e a outra apontando para a TV, onde Pietro fugia de policiais com um taxi caindo aos pedaços. –Tapado. Eu disse pra esquerda, e não pra direita. –Ele perdeu.

–Você fica gritando, me distrai. –Ele tentou se explicar, sem sucesso, eu só tinha ajudado.

–Não chore como uma garotinha, Pietro. Você perdeu porque é ruim.

–Desce daí, Mel. –Sam mandou, mostrei a língua pra ela e me sentei.

–É sua vez, senhorita “eu-sou-boa-em-tudo”

–Obrigado, inútil. –Peguei o controle.

–Eu não sou inútil. –Retrucou.

–Não? –desafiei. –Então lava a louça.

Bufou e afundou no sofá, vencido com a inutilidade.

Jogamos GTA até Sam reclamar que não tinha comida dentro da minha casa, daí fomos até o mercado comprar algo pra comer.

Sam entrou no carrinho e eu sai empurrando pelo mercado gigante, quando o carrinho pegou velocidade subi e deixei o carrinho continuar seu caminho por si só. Mas Sam berrava loucamente enquanto Pietro corria atrás da gente.

–Melanie! –Pietro gritou quando o carrinho parou. –Tenha modos.

–Sim mamãe. –Fiz bico.

Sam riu.

–Qual é, Pietro. Nós só estávamos nos divertindo. Só um pouquinho.

–Mas podiam ter quebrado algo, ou se machucado. –Disse o senhor certinho.

Revirei os olhos.

–Estamos inteiras, e nem quebramos nada. –Dei um passo para trás e senti minhas costas bater com força em algo.

Olhei para trás a tempo de ver uma pilha de latinhas ainda cheias de coca-cola caindo no chão. Observei elas se espalharem a minha frente, algumas estourando e formando uma poça de coca enorme que logo grudaria no chão.

Olhei para trás. Sam tinha a boca em um perfeito O e Pietro cobria o rosto com a mão—provavelmente não queria ver o tamanho do estrago e prejuízo que eu causara.

–Melanie eu...

–Se você disser “Eu avisei” eu juro que arrebento essa tua cara linda. –Gruni.

Tive de pagar pelas 500 latinhas idiotas que eu acidentalmente assassinei.

–Como podemos chamar esse dia? –Perguntou Sam para mim, enquanto comia sua gelatina.

–O assassinato das latinhas. –Sentei na bancada e observei eles comendo gelatina na mesa.

–Eu avisei. –Pietro falou, rindo debochado.

Estendi o braço e peguei uma frigideira no escorredor de louças. Desci da bancada e tentei acertar Pietro.

–E eu avisei que arrebentaria sua cara.

Pietro deu uns berrinhos meio afeminados, mas conseguiu tirar a frigideira das minhas mãos antes que eu acertasse ele pra valer.

–Quer me matar? Use uma faca. –Zombou.

–Ótima idéia. –Eu já estava indo para a cozinha de novo, mas ele me abraçou por trás.

–Marrenta.

Sam levantou da cadeira em que estava sentada e limpou a garganta, para chamar a nossa atenção.

–Essa é minha deixa. –Disse, pegou sua bolsa e colocou sobre o ombro.

Roubei a frigideira da mão de Pietro, me soltei de seu abraço e ataquei a frigideira em sua testa.

–Você expulsou minha amiga com o seu jeito pegajoso de ser.

–Ai. –Gritou.

Sam riu, mas acabou por ir realmente embora.

Fomos assistir a um filme, me deitei com a cabeça no colo de Pietro. Eu não prestava atenção no filme, por algum motivo Pietro tinha um gosto totalmente diferente do de qualquer garoto. Podíamos estar assistindo um filme de ação, mortes, sangue, zumbis, máfia... ele escolheu uma comedia romântica, pra variar. O lado bom da vida.

–Ela se parece com você.

–Ela é louca. –Informei, como se não fosse obvio.

–Como você sabe, não esta prestando atenção. –É, ele percebeu.

–Claro que estou!- Menti.

–Então qual o nome deles? –Arqueou a sobrancelha.

–Deles quem?

–Deles. –Aprontou pra TV. –Dos personagens principais.

–Ham... Pietro...

–BÉÉH –Deu um pulo, me sentando. O barulho emitido por Pietro me lembrava uma ovelha com problema nas cordas vocais. –Não tem nenhum Pietro na historia.

–Idiota.

–É só o que você sabe fazer. –Ele esperou um pouco pra completar a frase. –Me chamar de idiota e revirar os olhos.

–Também sei te bater. –Dei um murro em seu braço. Ele nem pareceu sentir.

Deu de ombros e voltou a prestar atenção no filme.

Me levantei e fui até a cozinha. Peguei a garrafa de suco que eu avia acabado de comprar e comecei a tomar, na boca da garrafa mesmo.

–Me da um pouco? –Pediu, quando eu me sentei ao seu lado.

–Não, você vai deixar sua saliva no meu suco.

–Você não reclamou quando eu deixei minha saliva na sua boca. –Riu.

–Babaca. –Mostrei o suco a ele e ele bebeu. Mas quando fui pegar de volta ele passou a língua por toda a volta da boca, varias vezes. –Que nojo Pietro.

–Sou romântico.

–E nojento.

Bebi do suco.

–Mas você bebeu...

–Estava me referindo ao seu romantismo. –Olhei para a tela da TV, onde passavam os créditos finais do filme. –Quanto a sua saliva, fico feliz que queira compartilhar ela comigo.

–Fico feliz que eu tenha te...- Ouvi meu celular tocar e corri para a cozinha pega-lo antes que Pietro terminasse de falar.

–Alo? –Atendi.

–Mel, é o Math. Vamos no cinema? –Ele disse como se eu não tivesse lido o “pé no saco” na tela da frente do celular anunciando quem estava me ligando.

–Quem vai?

–Eu e você. –Pude imaginar ele dando de ombros.

–Pietro esta aqui em casa.

–Você tem saído bastante com esse garoto, né? Minha vez.

–Ta bom. –Suspirei. –Liga de novo quando você parar de ser chato pra caramba, tchau Math.

Desliguei o telefone sem esperar ele argumentar.

–Math? –Pietro estava na cozinha.

–É. –Coloquei o celular em cima da mesa e me sentei na bancada.

–Acho que ele não gostou muito de mim. –Lembrou-se de quando se conheceram, noite de festa.

–Math não gosta de ninguém, não é pessoal com você. Não se preocupe.

–Me lembra alguém...

–Quem?

–Ninguém, esquece.

–Pietro, você acredita em coisas sobrenaturais? –Perguntei, só por perguntar mesmo.

–Tipo mágica?

Ele estava de brincadeira certo? Olhei indignada para ele, que pareceu nem notar minha frustração.

–Tapado.

–Chata.

–Idiota.

–Grossa.

–Meloso.

–Ignorante.

–Gordo.

–Gostosa.

–Irritan... me chamou de que? –Rimos.

Me abraçou e começou a fazer cócegas.

–GOSTOSAAAA!

–Me solta, seu maluco. –Pulei da bancada e ele correu atrás de mim até a sala. –Da ultima vez te dei um chute no estomago.

–Se quer que eu pare então me de um sorriso.

Fiquei seria e mostrei a língua pra ele.

–E se eu não quiser...

–Ai eu sou obrigado a te fazer cócegas... –Correu atrás de mim até o sofá e se jogou, fazendo cócegas.

–Sorri, sorri... pronto. Por favor.

–Agora diz que eu sou lindo.

–PIETROOOO...

–Acho que tinha que ter um lindo em algum lugar ai. –Ele ria, idiota.

–Você é lindo.

–E sou o amor da sua vida. –empurrei ele do sofá.

–Passou dos limites, campeão. –Rimos.

–Não custava nada tentar. –Ele se esticou no chão. –Você também podia ser menos complicada, porque a parte do “perfeitinha” você consegue reduzir bastante, né?

–É. –Me ajoelhei ao seu lado e dei um selinho nele. –Pietro?

–Oi Mel.

–Nós vamos ao cinema, e eu não quero essas garotinhas dando em cima de você, vai lá por sua camisa. –Me levantei e fui desligar a TV.

Ele se levantou e sentou no sofá, pegou a camisa pendurada ao seu lado.

–Ciúmes? –Perguntou enquanto eu ia em direção a escada. Parei no primeiro degrau.

–Cuidando do que é meu. –Dei de ombros.

–Seu? –arregalou os olhos e olhou para mim.

Corri escada acima o mais rápido que pude, antes que ele viesse atrás de mim.

O Pietro é MEU!


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Notas finais do capítulo

Vou demorar um pouquinho pra escrever porque um amigo meu ta vindo de outra cidade pra cá, então nada a ver eu abandonar ele, né?
Um beijão e um abraço enorme pra todas as leitoras.
^^'



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