I Would Bring You The Stars To See You Smile escrita por Lithium


Capítulo 37
36. Fred's Secret


Notas iniciais do capítulo

LEIAM! LEIAM! LEIAM! LEIAM!

Pedi desesperadamente para que todas vocês lessem isso aqui porque eu preciso dizer algo urgentemente:

NÃO DEIXEM, de forma ALGUMA, que o segredo da Lucy mude, de alguma forma, a imagem que vocês têm dela. Todos cometemos erros - alguns mais horríveis que outros - e geralmente acabamos nos arrependendo em algum momento. Bem, apesar de não se arrepender atualmente, Lucy se arrependerá no futuro e, eu, como autora, apesar de achar o segredo dela horrível, dou-lhe toda a razão por ter praticado tal ato. Vocês entenderão depois. Mas NÃO DEIXEM QUE ISSO MUDE A IMAGEM DELA NA CABEÇA DE VOCÊS!

Bem, o que eu queria dizer de importante MESMO MESMO MESMO MESMO era isso, mas isso não quer dizer que você deve parar de ler as notas iniciais. É um ato que você deve seguir sempre, mas ok.

Esse e os próximos dois capítulos vão fugir um pouco do assunto Ames e focar em Fred e Lucy e em como os dois se sentem em relação a tudo isso.

E temos notícias quanto a segunda temporada: modifiquei totalmente o trailer, PORÉM as leitoras que receberam o antigo ficarão com ele e já vão ficar sabendo dos spoilers que ele carrega. Lembra que eu disse que I Would me ensinou muitas coisas e que mudou muitas coisas em mim? Bem, atualmente, quando sou eu quem estou prefiro o preview em forma de prosa, ao invés daquele cheio de spoilers, mas quando leio fics, prefiro ler o cheio de spoilers a ler o preview em forma de prosa. Dá para entender? Não, eu sei.

Capítulo dedicado a quem? A Lilly Clark, que deu uma recomendação maravilhosa a fic! Gente, SEIS, seis recomendações, 216 comentários e 12 favoritos! Vocês estão realizando meu sonho. Sério. Reparam a velocidade que eu postei? Pois foi graças a vocês! Lembro que nos primeiros caps, só duas leitoras comentavam regularmente: as divas Phoebe e Grazielly, que acompanham a fic desde o início. Quero agradecer a todas que comentaram: Victória Weasley, Ashley Black, Luna, Phoebe, Grazielly, Lais Weasley, Sky, Lily Clark, Lilly Clark (duas Lilys) e a Potterhead TheMarauders.

Cap mínimo, mas é isso aí.

Enjoy!



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No capítulo anterior...

–Sempre soube que James escondia alguma coisa. Todos escondemos. Mas algo assim não passava pela minha cabeça. Se bem que o segredo dele... É horrível, mas... Talvez não.”

“ – O que você esconde, Lucy?”

“ – Depois. Agora não. Mas e você, o que você esconde?”

“ – Para quê adiar isso, afinal.”

POV – LUCY WEASLEY

Eu não tinha mais nenhuma dúvida de que ninguém ali é santo e de que todos ali fizeram coisas horríveis no passado. Tinha certeza absoluta de que o que eu fiz foi a pior, porém eu estava “louca” para saber o que Fred tinha feito, apesar das aspas em “louca” não indicarem sarcasmo.

– Lembra quando estudávamos na escola trouxa e James e eu praticávamos futebol? Que aquele cara, o Anthony Beauregard, era o técnico?

Como esquecer? Fred e James não paravam de chutar tudo o que viam pela frente. Saiam quebrando as coisas sem dó nem piedade. E Beauregard, bem, digamos que não dava para esquecê-lo porque... Tony Beauregard era um gato. Tipo, daqueles gatos idiotas, que se acham “top das baladas” por ter garotas chovendo em seus pés. O problema era que Fred, James e Beuregard davam um ótimo trio quando o assunto era quebrar os corações das garotas.

‘Tá certo, eu confesso. Tony e eu tivemos um rápido affair. E muito estranho, considerando que eu tinha dez e ele quinze. Era quase que pedofilia.

Mas isso não muda o fato de que Anthony era um gato.

Porque ele era um gato.

– É... Lembro sim. – respondi da forma mais simples que pude.

– Lembra quando os treinos foram suspensos porque... Bem, você sabe...?

Hum, eu sabia sim. Reparam que descrevi Anthony no passado? Bem... Ele está morto. Encontraram o corpo dele no verão de 2016, cercado de abutres no meio do campo. Foi pouco antes de irmos para Hogwarts, e até hoje me pergunto se a razão dos meninos terem parado de jogar foi a ida a Hogwarts ou a morte do técnico/treinador/gatinho.

– Sim.

– Eu matei Anthony Beauregard, Lucy.

Pisquei e me distanciei alguns centímetros. Fred matou alguém. Cometeu um homicídio. Culposo ou doloso, era um homicídio. E isso não era assim tão impactante para mim, pelo simples fato de meu segredo não ser tão bom assim.

– Como? – perguntei.

– Lembra quando Beauregard anunciou aquele campeonato estadual?

Outra coisa que os móveis da casa de Fred jamais vão esquecer. Aquele campeonato. Era horrível, nem gosto de lembrar.

– Presumo que não haja como esquecer.

– Bem, pedi uma reunião na diretoria da escola para treinar depois da aula com Beauregard.

– Disso eu já sei. E foi só um affair. – acrescentei.

Foi aí que eu conheci Beauregard. Sem mais detalhes sobre o nosso affair, porque, tipo, foi só um affair.

– Sei.

– Calado.

– Continuando, bem, em um desses dias de treino, Anthony me mostrou o porão da escola e todas as tralhas que tinham lá dentro. Encontramos coisas bem estranhas. Tinha até duas serras de gigli, que são...

– Serra de gigli ou fio de gigli é um fio flexível usados por cirurgiões com a função de cortar ossos. Geralmente é usada em cirurgias de amputação, onde os ossos devem ser suavemente cortados com o intuito de...

– É, isso aí mesmo.

Só não matei Fred porque não estava com vontade de matar alguém. Odeio ser interrompida. Não me interrompa.

– Encontramos essas duas serras de gigli no porão e as tiramos de lá. Quer dizer, ninguém jamais daria por falta...

– Você roubou uma serra de gigli de um porão de uma escola. Claro que ninguém daria por falta.

– Continuando. Tiramos as serras dali e fomos para o campo. Tony começou a me explicar as táticas de jogo, brincando com a serra de gigli...

– Como?! Ele era louco?!

– Não sei... Bem, ele estava brincando com a serra de gigli. Usava-a para coçar a parte detrás do pescoço...

Balancei a cabeça, retirando aquela imagem dela.

– Já sei o resto!

– Não sabe não. Deixe-me continuar! Bem, Anthony era um cara popular. Sortudo com as garotas. E se ele podia brincar com a serra de gigli, por que eu não poderia? Segurei-a nas duas pontas e fiquei esticando. Como um chicote. Estava divertido. Beauregard e eu brincávamos e discutíamos estratégias. Até que ele enfim se levantou, ainda com a serra no pescoço. Disse que estava na hora de jogar. Mas eu estava tão relaxado ali, sentado na grama... Neguei o convite. Tony começou a protestar enquanto eu esticava as minhas pernas, relaxadamente...

– Eu já sei o resto! – repeti, quase que implorando. A imagem me transmitia uma horrível sensação de nostalgia.

– Deixe-me contar! Tony correu em direção a bola, no outro extremo do campo enquanto eu esticava novamente a serra de gigli. Ele tropeçou em meus pés e...

As palavras de Fred foram ficando no ar. Eu podia ver a serra no pescoço de Tony cortando. Podia ver Tony caindo e a serra de Fred cortando. Eu podia ver as duas serras se encontrando. Eu podia ver a cabeça e Tony rolando solta, separada do corpo e, acima de tudo, eu podia ver os abutres se aglomerando ao redor do corpo, comendo tudo. Era uma visão horrível. Mas eu não queria parecer abalada com aquilo.

Não agora.

– Nossa. – falei.

– E é isso.

– Não estou chocada.

E era verdade. “Choque” não descrevia a minha situação. Hum... Extrema nostalgia? Não dava para saber.

– Não?! – exclamou.

– Não. – franzi uns lábios, lembrando de um pensamento que, secretamente, me atormentava. – Você se arrepende?

– Claro.

– Eu não. O seu segredo é horrível, mas não tanto quanto o meu. – admiti.

– O que você... – ele iria perguntar de novo, mas eu o interrompi.

– Hoje é aniversário de James.

– Eu sei. – disse ele, sem expressão, mas com um brilho no olhar que dizia que a conversa sobre meu segredo não estava, nem de longe, encerrada.

– E, daqui a uma semana... Vem o seu.

Ele franziu os lábios.

– Você vai dar uma festa, não vai? – a resposta era óbvia.

No próximo capítulo...

“ – Isso... Está contra os meus planos.”

“ – Você esperava mesmo que nós...”

“ – É. Estou com medo, Fred.”

“ – De?”

“ – De que esse lance entre James e Angie acabe mudando a nossa vida também.”

“ – Mas já mudou.”

“ – Eu sei. Tenho medo que mude para sempre e que nos transforme. E eu não estou falando de virarmos super-heróis.”


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Notas finais do capítulo

Matar alguém usando uma serra de gigli é extremamente complicado. Mas nunca matei ninguém, vi no CSI.

Bem, é isso. Espero que tenham gostado.

Kisses,

Mel.