Dramione - Redemption escrita por Lady Luna


Capítulo 2
— chapter two


Notas iniciais do capítulo

Então, para quem insistiu comigo, fiquem felizes: o segundo capítulo de Redemption! Bom, eu recebi dois comentários em dois dias, e isso com toda certeza influenciou minha decisão de postar hoje.
Hunf, temos 6 leitores que comentaram e 11 que se mantiveram me silêncio, o que é uma estimativa boa. Mas vamos lá, eu sei que vocês podem ao menos dizer um 'Alô' ou um 'Amei'. Se eu pude escrever enquanto devia estar estudando, vocês conseguem comentar.



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— chapter two

Slytherins don’t needs forgiven

As ferias dos Malfoy foram passadas, não intencionalmente, fora de casa. O ministério começara as buscas pelos comensais, e Lucius Malfoy definitivamente poderia se enquadrar em tal definição, assim como seu filho, Draco. Então, exilados por opção própria, os Malfoy só tinham a companhia dos Greengrass, que também decidiram se isolar, ao menos até que a poeira baixasse, como o próprio Sr. Greengrass disse um dia.

Na realidade, a condição de ambas as famílias nem mesmo poderiam ser consideradas como um exílio. Os Malfoy e os Greengrass encontravam-se escondido em uma propriedade que fora de Brutus, e que, como herança, passara para Lucius após diversas gerações de Malfoys. A propriedade era simples por fora, mas com um feitiço de expansão indetectável, feito pelo próprio Brutus, citado no próprio Contos de Beedle, o Bardo. A casa era cheia de proteções em todo o perímetro, com feitiços que indicavam tentativas de aparatação dentro do imóvel, invisibilidade mágica comparada a de Hogwarts e também não era notável em qualquer mapa. O imóvel, por dentro, tinha diversas alas e um luxo comparável à própria finada antiga sede dos Malfoy.

Dentro da casa, Draco só tinha uma companhia considerável: Astoria Greengrass. Já que sua mãe estava emersa na dor da vergonha, o seu pai não podia crer que o seu lorde havia falhado, a Sra. Carmem Greengrass era a mais clássica senhora de alta sociedade e Ignius Greengrass era totalmente fixado por negócios, só sobrava ela.

Astoria era uma sonserina dois anos mais nova que ele, mas que ele realmente nunca prestara atenção até quando teve que dividir o mesmo espaço com ela. Astoria era tudo que não podia se esperar de uma sonserina.

A garota não mostrava aprovação nem desaprovação pelas suas escolhas. Simplesmente dizia que achava bastante nobre ele ter feito isso para proteger os seus pais, mesmo não concordando com a dizimação dos nascidos-trouxas e mestiços. Ela mesmo confessou que tinha uma tia por parte de mãe, uma excluída, que se casara com um trouxa e se sentia absolutamente feliz. Astoria seria simplesmente a síntese de tudo que Draco Malfoy poderia esperar de uma garota, se ele não estivesse apaixonado como estava por outra.

Ele simplesmente pensara em Hermione em cada segundo que estivera em sua nova casa. Sabendo que ela refazer ia o 7º ano, por meio de uma reportagem do Profeta Diário que anunciava que somente Hermione Granger, do Trio de Ouro, iria voltar a Hogwarts, decidiu que também refazer ia. De qualquer modo, não achava que tinha aprendido muitas coisas no seu estudo em meio à guerra. A sua maldição Cruciatus estava definitivamente muito bem treinada, mas não podia-se dizer isso sobre feitiços de transfiguração ou até mesmo um Patrono (algo que ele tornou-se definitivamente incapaz de fazer, desde que tornara-se um comensal.)

Mas o seu pai, Lucius, não aprovou tanto assim a ideia. Ele, bem mais que Draco, era um procurado, e a volta de um Malfoy para o círculo social poderia tornar tudo isso mais lembrado. Após ele garantir que diria não saber onde o pai estava, Lucius finalmente concordou, mesmo continuando a dizer que não aprovava aquela irresponsabilidade, que ele também deveria sumir por um tempo.

Bem, se ele fosse preso, a culpa seria totalmente sua.

Pensava constantemente em enviar-lhe uma carta, mas uma parte de sua mente (aquela que indica todas as alternativas para que algo dê errado) lhe dizia que poderia ocorrer uma tragédia interna com aquele envio. E se Hermione negasse ajudá-lo como prometera? E se ela estivesse arrependida? E se Potter ou Weasley a envenenassem contra ele? É claro que eles provavelmente deviam, ele era um ex-comensal perigoso e que sempre a odiou, sem se preocupar em esconder isso, mas caso eles o fizessem, a sua sanidade estaria acabada.

Astoria, que estava começando a passar de ‘companhia considerável’ para ‘amiga’, e voltaria a Hogwarts, agora em seu sexto ano, notou as suas mudanças de humor a partir de alguns dias.

“Não é nada, Astoria.” Ele simplesmente lhe respondeu quando ela perguntou o que acontecia.

“Não minta para mim. Ou melhor, não me trate como idiota.” Astoria sorriu deliberadamente, sentando-se no braço da poltrona que ele usava, inclinando levemente a cabeça e sussurrando em tom brincalhão: “Quem é a sortuda?”

“Sortuda?” ele protestou, desesperado, franzindo a sobrancelha enquanto tentava pensar em uma resposta que não o denunciasse.

“Qual é, Malfoy. Está na cara que o querido Draco aqui está afim de alguma garota. Vamos lá, me conte quem é.” Astoria continuou, como se não tivesse ouvido o seu protesto, bagunçando os seus cabelos. “Eu manterei segredo.”

“Não estou gostando de ninguém, Astoria.” Draco explicou de forma semelhante a que usaria para uma criança de cinco anos, enquanto empurrava-a do braço sofá. “Eu não gosto de ninguém.”

“Não é nada gentil empurrar alguém, Malfoy. Nunca lhe disseram isso?” Astoria replicou, massageando o lugar onde ele encostara para empurrá-la. “E, é óbvio que você está gostando de alguém. Senhor, você anda aos suspiros por aí, segurando uma pena molhada de tinta junto a um pergaminho e passa boa parte do tempo acariciando a coruja de Narcisa. Você quer enviar uma carta para alguém.”

“Posso querer enviar uma carta. Mas porque isso significa que eu estou apaixonado?” inquiriu, as sobrancelhas levantadas e os olhos esforçando-se para manterem-se frios.

“Você não suspiraria por Theo, Blaise e muito menos pelos seus amigos gorilas, querido.” Astoria notou, inteligentemente, as mãos na cintura e o olhar divertido.

“A carta é para Pansy.” Ele tentou improvisar.

“Não me diga que você um dia suspiraria por Pansy Parkinson?” Astoria perguntou incrédula. “Ela parece um buldogue, sinceramente. Já vi até mesmo um pouquinho de baba nos cantos da boca dela quando ela te observava.”

Draco riu. Astoria era impossível. “Você não pode provar que eu estou.” Replicou, levantando-se da poltrona e preparando-se para sair do recinto.

“Não.” Astoria assumiu, dando de ombros. “Mas sua negativa já me basta.”

“Esqueça isso, Astoria.” Ele deu o seu veredicto final enquanto saia do escritório e partia para o seu quarto, em busca de paz.

Astoria poderia estar começando a ser sua amiga, e era uma Sonserina bem tolerante, mas não se podia dizer que essa tolerância se estenderia à sua paixonite por Hermione Granger, que, além de Grifinória, era sangue-ruim.

Ao chegar no quarto, se jogou na cama preguiçosamente. O quarto era o terceiro maior da casa, com paredes bege, alternadas com marrom, e luzes internas no teto. A decoração era simples: um quadro do time de Quadribol da Bulgária, um enorme brasão da Sonserina na parede norte e sua cama e um guarda-roupa embutido, além de uma estante com alguns livros, seu criado-mudo e uma escrivaninha com uma gaiola de coruja vazia, aonde, normalmente, estaria Prudence, sua coruja albina. Havia também uma outra porta, que levava ao seu lavabo particular.

Levantou-se da cama e dirigiu-se até a porta do lavabo. Abriu as torneiras de sua banheira, depositou alguns sais e um pouco de espuma, e, quando notou que a água estava morna, entrou. Mergulhou diversas vezes a cabeça na água, refletindo sobre a carta que pensara em escrever para Hermione Granger. Será que ele devia escrevê-la, era essa a pergunta que ele possuía. Seria justo pedir ajuda a alguém que sempre foi diminuída por si?

Apesar dos entraves para a sua decisão, saiu da banheira decidido e, após se vestir com roupas de algodão negras — como todas as suas roupas eram —, encaminhou-se a escrivaninha de mogno, sentou-se na cadeira, e, tirando um pergaminho, um pote de tinta e uma pena da gaveta superior, pôs-se a escrever a carta, caprichando em sua letra.

Hermione, como vêm passando as suas férias? Li no Profeta Diário sobre a sua volta para Hogwarts para cursar o sétimo ano, e me surpreendi, já que eu também tomei a mesma decisão quanto à Hogwarts.

Gostaria de te pedir, novamente, minhas mais sinceras e profundas desculpas. Sei bem que desculpas não podem ser consideradas reparadoras de algo, mas acalentam o meu coração arrependido e pode vir a acalentar o seu triste pelas perdas. Minhas desculpas também se estendem à Potter e à Weasley, mesmo que eu saiba que será mais difícil conseguir o perdão de ambos.

Não tiro da cabeça de maneira nenhuma a nossa conversa naquele belo jardim que me mostrou, Hermione. Principalmente uma oferta generosa que teve a bondade de me fazer: a de Redenção. Não posso saber se falou isso somente em um sentido de me acalmar, mas eu decidi que irei buscar a tal redenção da qual você me falou.

Não sei se será possível ter a sua ajuda nisso, Hermione, já que creio poder ser demais pedir algo assim para alguém que sempre tentei magoar tanto como você. Mas, caso a proposta ainda for válida e sua fé em mim ainda não tiver se abalado, eu adoraria me encontrar com você no dia 1º de Setembro, na King’s Cross, Sua ajuda chega a ser indispensável, já que você é a primeira pessoa que me vem a cabeça quando penso em redenção.

Se os alcances de sua bondade não estiverem tão longes a ponto de ajudar um monstro como eu, não irei lhe culpar. Duvido que eu seja digno da sua ajuda.

Aguardo a sua resposta, por essa mesma coruja, já que uma normal não conseguiria chegar aqui.

Com as mais respeitosas saudações,

Draco Malfoy.

Terminada a carta, fechou-a com o selo dos Malfoy e escreveu na parte de fora o nome da destinatária. Assobiou chamando Prude, que veio rapidamente e estendeu-lhe docilmente a cabeça, para que ele pudesse colocar a carta em seu bico.

“Para Hermione Granger, Prude.” Draco disse para a coruja, que pareceu assentir com seus grandes olhos vermelho-sangue.

Após despachar a carta, sentou-se novamente em sua cama e abriu um livro que falava sobre Merlim. O bruxo sempre foi um herói para o garoto, desde pequeno, além do fato que foi da Sonserina.

“Por que Prude acabou de sair?” Astoria objetou, entrando no quarto sem abrir a porta.

“Já ouviu falar de educação, Astoria?” Draco perguntou-lhe, despreocupadamente. Agora que enviara a carta, sentia-se mais leve, até.

“Já.” Ela assumiu, o tom ainda divertido. “Não negue. Draco Malfoy está amando!”

“Posso até estar, mas isso não quer dizer te contar.” Draco assumiu, os braços erguidos em sinal de ausência de culpa.

“Ela é verrugosa? Feia? Por que você não quer me contar?” Astoria inquiriu, curiosamente.

“Não é feia, nem verrugosa. E eu não vou te contar porque é um pouco chocante. Agora vaze do meu quarto, pelo seu próprio bem.” Draco avisou. “Me deixe ler em paz.”

“Leia em paz enquanto pode, Draco Malfoy.” Astoria disse teatralmente e em um tom profético. “Eu vou descobrir. Aqui ou em Hogwarts, não importa. Astoria Greengrass sempre consegue.”

“Você realmente conseguiu soar como uma sonserina agora, boneca de porcelana.” Draco zombou. “Mas agora saia, você realmente me incomoda quando faz tantas perguntas.”

“Magoou-me, Malfoy.” Astoria replicou, enxugando uma lágrima falsa no canto dos olhos. “Mas, bem, se eu te irrito, irei ficar aqui até você me contar.” Disse, sorrindo arrastadamente do mesmo modo que ele sorria quando era mais novo, e se jogou ao seu lado na cama dele.

Seriam longos dias, se ele decidisse manter o segredo.


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Notas finais do capítulo

Reviews são legais, sabiam?
E, bem, o outro capítulo chega lá para a semana que vem ou na próxima, mas vêm. Respirem aliviados. O link do modo como eu imaginei a Prudence:
(http://www.ibama.gov.br/images/noticias_ambientais/outrubro/coruja-albina-29-10-2010.png)
O próximo já vai chegar em 1º de Setembro. :)



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