Mal Feito, Feito! escrita por Anne Lestrange


Capítulo 16
O futuro é uma caixinha de surpresas


Notas iniciais do capítulo

QUE DEMORA HEIM ANNE? KKKK Eu não esqueci de vocês não, só o tempo que está passando muito rápido, rápido demais, não tem sobrado muito tempo para escrever. Então minhas picthulas me desculpem, vou fazer o possível para não abandonar vocês por tanto tempo. Deixando as desculpas de lado, um capítulo bem romântico para compensar a confusão do último. A Anne também merece amor.



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JANEIRO

O ano novo é como uma segunda chance, é quando você cria a sua lista de expectativas e esperanças e planeja como realizá-las, é quando você senta e revê tudo que você fez nos 365 dias do ano. Todos se vestem o melhor possível, tentam fazer exercícios e prometem a si mesmos que vão comer menos esse ano, alguns prometem que vão tirar notas melhores, ou se empenhar mais no trabalho, alguns simplesmente deixam a vida rolar e não se importam se é um novo ano ou não. Alyx é o tipo de pessoa que gosta de criar metas e objetivos, sem chances de desistir, ao contrário de Anne, que se distrai fácil e se deixar levar pelo mundo.

Enquanto a Professora McGonagall explicava os alunos qual era a primeira tarefa do ano, Anne se perdia em seus sonhos.

– Ei acorda! Você ta babando. – Alyx cutucou amiga que estava sentada ao seu lado em uma das primeiras mesas da sala.

– Não tô não, eu só tô pensando no meu futuro. – Anne respondeu revoltada.

– Tá pensando e babando. – Alyx riu baixinho.

– A questão é: Se vocês encontrassem com vocês no futuro, como gostariam de se ver? – A professora nos questionou dando uma boa olhada em toda a sala.

– Lindo de morrer! – Anne revirou os olhos ao ouvir o comentário de Sirius Black, que estava sentado em uma cadeira do outro lado da sala. Ele mantinha distância de Anne sempre que possível e ela fazia o mesmo. Eles meio que fizeram um acordo no primeiro dia de aula, Sirius não contava a Lupin sobre o noivado e Anne não contava a Alyx, mas Anne tinha certeza que a língua grande do Sirius não se aguentara e contara a Thiago, o qual sempre que tinha chance fazia piadinhas de mal gosto sobre casamentos.

A professora dispensou os alunos e Anne perguntou a Alyx:

– Já sabe o que vai escrever?

– Perfeitamente, já tenho meu futuro planejado desde.... tipo assim... sempre. – Ela sorriu feliz, como se aquilo fosse a melhor coisa do mundo. Anne deu de ombros, só queria sair daquela sala e encontrar com Lupin. Os dois se encontravam em lugares secretos quase todos os dias, sempre mudando o lugar de encontra para ter certeza de que ninguém os incomodaria. Porém ela ainda precisava enfrentar mais duas aulas entediantes naquela tarde.

– Temos mais duas aulas hoje. - Alyx disse olhando os horários anotados na sua agenda.

– Aff! Nem me fale! As duas aulas mais chatas em um final de tarde de segunda, isso é tortura. – Anne reclamou.

– As aulas de adivinhação até são legais. – Alyx protestou.

– Só pra quem é doido de pedra. – Anne ficou vesga e fez cara de biruta, as duas riram.

– Mas olhe pelo lado bom, da pra tirar um cochilo, ler o livro sobre animagia ou fazer uma tarefa atrasada, ou até mesmo escrever meu livro.

– Seu livro? Desde de quando você ta escrevendo um livro?

– Desde que todos me abandonaram nesse castelo com Severus Snape. – Alyx fez cara de magoada.

– Ele não é tão ruim assim.

– Argh! Desde de quando você defende aquele garoto? Ele é estranho! – O desgosto de Alyx era perceptível.

– Você só precisa dar um chance para ele. Vai ver que não é tão ruim.

– Não preciso não. Você está ficando com um coração mole igual ao seu namorado grifinório.

– Olha quem fala Senhorita Black. – Alyx corou ao lembrar dos corações desenhados nas suas anotações da aula de história da magia.

TORRE DE ASTRONOMIA – FINAL DE TARDE

– Já posso abrir os olhos? – Anne perguntou balançando as mãos em busca de algo para se apoiar, enquanto o jovem atrás dela segurava suas mãos diante dos olhos da garota.

– Ainda não!

– E agora?

– Só mais um pouquinho. – Ele sorriu achando graça da impaciência de Anne e a conduziu mais alguns passos a frente.

– Mas isso ta demorando demais.

– Pronto. Senhorita impaciente! – Ele riu e tirou as mãos dos olhos de Anne, dando a ela a chance de prestigiar o céu diante dela. Faixas de luz cortavam o céu em ondas, várias cores, era mágico, como se as arvores ao redor de Hogwarts se juntassem ao céu brilhante com tons de vermelho e verde.

– Você fez isso? – Anne olhava o céu boquiaberto.

– Não, não... Eu só soube que ia acontecer e quis trazer você aqui. – Lupin entrelaçou sua mão com a dela.

– Isso é a coisa mais... mágica que já vi. – Ela olhava o céu com um espanto e uma fascinação encantadora, os olhos marejados de lágrimas.

– É a mágica da natureza Anne, isso se chama aurora boreal.

– Obrigada por me trazer aqui. – Anne encostou a cabeça no ombro dele e os dois ficaram ali parados de mãos dadas, olhando o céu. Dois apaixonados, pensou Anne imaginando o que a amiga diria da cena, mas ela não se importava com o que Alyx diria, ela queria que eles pudessem ficar assim para sempre.

SALÃO PRINCIPAL

– Que cara é essa? Tomou suco de abóbora azedo? – Alyx perguntou quando Anne se sentou ao seu lado na mesa da Sonserina para jantar.

Ele! – Ela só disse isso e ficou olhando para o prato a sua frente com um bico de gigante.

– Sua bicuda. O que tem ele?

– Tava tudo perfeito, perfeito. – Anne fez aquela expressão dramática como se o apocalipse estivesse acontecendo. – Então ele disse que tinha que ir, que precisava tomar uma poção para aquela doença que ele disse que tinha. Aff! Ele tava tão branquinho, parecia que ia desmaiar. AAAAAH! Mas tava tudo tão PERFEITO! Tem alguma coisa errada... AH! POR MERLIM! Será que o meu bebê ta me traindo? – Ela olhou desesperada para amiga em busca de consolo. Anne deu um grito histérico antes de bater a cabeça na mesa repetidas vezes chamando a atenção de mais da metade da mesa da sonserina.

– Relaxa! Ele só não estava se sentindo bem. Não é nada grave. – Alyx dava palmadinhas nas costas de Anne tentando acalmá-la.

ALA HOSPITALAR

– Cara, você ainda não contou pra ela?

– Não seja idiota Rabicho. – Sirius deu um peteleco no amigo. – Ele não pode chegar para a garota e dizer: “Olha só, sabe quando eu desapareço todo mês? É porque eu me torno um lobo gigante, com dentes afiados e perco a total razão do que é certo e errado.” – O jovem revirou os olhos, indicando o ridículo daquilo que acabara de dizer.

– Eu só achei que ela sendo a namorada dele, ela devia saber. – Rabicho se encolheu mais perto da cama de onde Remo estava sentado, a noite chegara, era questão de apenas um dia para a lua cheia aparecer e ele se transformar em lobisomem novamente, a noite anterior a transformação era sempre a pior, ele tinha pesadelos com o que estava por vir e seu corpo ficava fraco, era como se suas forças desaparecem.

– Você não entende nada de garotas, Rabicho. – Riu Potter. – Elas querem se sentir seguras e acho que um lobisomem não é sinônimo de segurança.

– Parem com isso caras! Eu simplesmente não posso contar para a Anne que eu sou um.. um lobisomem. Ela iria me... – A voz de Remo foi sumindo com medo de completar a frase ou talvez com medo da reação da própria Anne que acabaram de entrar saltitando na Ala Hospitalar.

– Que brincadeira é essa? Chamarem o meu garoto de lobisomem? – Anne olhou feio para os quatro garotos em choque.

– É só um apelido bobo. – James sorriu disfarçadamente. – Sabe como é, aquelas coisas, Almofadinhas, Pontas e tal.

– Isso mesmo. – Disse Sirius tentando dar integridade a história de James.

– Lobisomem?! Sempre soube que vocês tinham mal gosto. – Ela disse olhando atravessado para Sirius e Thiago e logo se sentando na cama de Remo. – Você está se sentindo melhor? Quer que eu traga algum livro pra você ler?

– Na verdade eu vou ter que ser transferido para o Sta. Mungus amanhã. – Ele mentiu e logo viu a preocupação na expressão de Anne e completou rapidamente. – Mas é só por alguns dias, eu vou voltar logo.

– Mas...

– Garotos já é hora de irem para cama. – Mademe Pomfrey ordenou e os garotos começaram a puxar Anne para fora da sala.

– Aff Sirius, não precisa empurrar, eu sei o caminho. – Anne limpou o lugar onde Sirius a tocou e virou para Lupin e abriu a boca fazer som algum apenas sibilando as palavras “boa noite” e saiu.

SALA COMUNAL DA SONSERINA

– Ei você precisa ler isso! – Alyx disse a Anne assim que ela entrou no dormitório. – Mais um desaparecimento no Ministério.

– Alguém que faz falta? – Ela respondeu tentando parecer indiferente mas temendo pelo pai que também trabalhava no Ministério.

– Relaxa, é só mais um nascido-trouxa. Será que é algum serial killer sonserino? – Alyx disse empolgada com a ideia.

– Você devia parar de assistir aquelas coisas trouxas de investigação na caixa mágica.

– Não é caixa mágica, é televisão e é minha mãe que me obriga a assistir, mas enfim, escuta só:

MINISTÉRIO DA MAGIA EM ALERTA, MAIS UM FUNCIONÁRIO DESAPARECIDO

Em dezembro foi constatado o primeiro caso de desaparecimento de um funcionário do ministério, após o ocorrido, outro funcionários também desaparecidos, de acordo com informações fornecidas pelo Ministério apenas cinco casos de desaparecimento foram constatados até a manhã de hoje.

Ao que tudo indica, Scott Killophim, chefe do departamento de controle do mau uso de artefatos trouxas, também entrou para lista de desaparecidos, sua mulher Tânia informou ao Profeta que seu marido não aparece em casa a mais de uma semana, ela confirma que o marido não tinha motivos para desaparecer e que algo grave deve ter acontecido, ao contrário do Ministro que nos disse que o caso já está em investigação e que não há motivos para alarde.

A esposa de Scott pede a todos os leitores que se tiverem alguma informação sobre seu marido entrem em contato imediatamente. Em um depoimento ao Profeta ela diz: “A dor e a agonia aumentam a cada dia, por favor, Scott se você estiver lendo isso, volte para casa!”

Aparentemente a única relação entre os desaparecidos é o fato de trabalharem no ministério e serem bruxos nascidos-trouxas.


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Notas finais do capítulo

Me digam o que querem ver nos próximos capítulos? Ou quem querem ver? *-*



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