Wanted You More escrita por Rocker


Capítulo 3
Capítulo 3 - Fly


Notas iniciais do capítulo

Olá povoooo! Mais um cap pra vcs! Muitas coisas vão surgir a partir daí, uma nova paixão, uma insegurança e um ombro amigo que lhe dá bastantes conselhos sobre que caminho seguir. Devo dizer que ideias para esse cap vieram da leitora Fantasminha, como um pedido e eu resolvi colocar, pois me ajudaria bastante para que a história nao seria tão pequena.Boa leitura e nao esqueçam de deixar reviews, pois já tenho 25 leitores e menos de dez comentaram no último cap!



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Me against enemies, me against friends

Somehow they both seem to become one
A sea full of sharks and they all see blood
They start coming and I start rising
Must be surprising, I'm just summising
Win, thrive, soar, higher, higher, higher
More fire
I came to win, to fight, to conquer, to thrive
I came to win, to survive, to prosper, to rise
To fly
To fly

Capítulo 3 - Fly

Lena acordou aos poucos, sentindo-se revigorada. Mexeu-se levemente na cama e sentiu o braço de Edmundo apertar-lhe a cintura. Virou-se e o encontrou ainda dormindo, com um rosto tão sereno que se sentiu tentada a ficar observando-o por toda a eternidade. Mas sabia que precisava sair e respirar um ar puro. Não queria se separar dele, mas simplesmente precisava ficar um tempo sozinha. Levantou-se sem fazer muito barulho e colocou sua roupa de batalha e as armas em prontidão. Não sabia o porquê, só sentiu que deveria. Podiam estar em uma Nárnia mais calma e sem qualquer indício de problemas, mas depois do que presenciara na noite anterior, não queria correr qualquer risco que fosse.

Olhou para a cama ao ouvir um resmungo e viu Edmundo se remexendo. Sorriu de canto quando viu que ele não acordou, mas teve que segurar o riso ao o ver pegando que usava, colocando sobre a barriga e se deitar de conchinha. Nunca pensou que veria uma cena assim e se lamentou por Nárnia não ter as câmeras que ela via em seu tempo na Terra. Era nessas horas que a tecnologia fazia sua falta.

Olhou ao redor no quarto, procurando por um pedaço de pergaminho. Não podia simplesmente sair sem avisar nada. Lembrou-se que Lúcia avisara que guardou pergaminhos e penas em alguma gaveta em uma das cômodas. Agora o problema seria descobrir em qual sem fazer barulho; não queria que Edmundo acordasse. Ela tinha reparado que ele estava com uma aparência cansada – e mal sabia ela que esperar cinquenta anos por aquela que ama pode ser desgastante – e queria garantir que ele continuasse dormindo por mais algumas horas.

Andou na ponta dos pés até a cômoda de cabeceira e agradeceu a Aslam e a todos os santos terrestres que conhecia por ter acertado em cheio. Pegou um pedaço já pequeno de pergaminho para não ter que partir, causando um barulho estrondoso que já sabia que faria, e molhou a pena num pote de tinta que tinha sob a cômoda. Escreveu um bilhete rápido e o colocou sob o travesseiro ao lado do moreno.

Eddie, eu fui cavalgar. Não precisa se preocupar, volto em algumas horas. Preciso pensar. – Lena

Ao se levantar, sentiu o moreno se remexer mais uma fez. Analisou seu rosto e o viu abrindo levemente os olhos, sonolento. – Aonde vai? – perguntou ele, com a voz embargada e preguiçosa.

– Cavalgar. – disse ela, se agachando novamente e alisando os fios negros do menino. – Durma, eu não demoro. – deu um beijo singelo na testa dele e quando se levantou, viu que ele voltara ao sono relaxado e sereno.

Saiu do quarto em silêncio e com o coração em mãos, sem qualquer motivo para tal. Andou lentamente pelos corredores, temendo estarem todos dormindo ainda. Desceu as escadas e se encaminhou para a cozinha, ainda sem topar com ninguém. Nem reis, nem criados. Mas ao chegar à cozinha, encontrou Lúcia encostada no balcão grande que havia ali, comendo uma maça madura.

– Bom dia, Lúcia. – cumprimentou ela, indo até uma cesta e pegando uma maça também.

– Oi, Lena! – Lúcia correu até ela, como se não estivesse agora mais velha e a abraçou. – Como passou a noite com o Ed?

Ao ouvir a pergunta, engasgou com uma fatia que mordia e foi preciso a ajuda da menina mais nova para se recuperar.

– De onde tirou isso?! – perguntou Lena, ainda tentando se manter estável depois do susto que tomara.

– Ora, vocês estavam tão... Felizes ontem! – respondeu Lúcia, voltando a morder sua maça, como se dizer algo assim fosse a coisa mais normal do mundo.

– Não aconteceu nada, Lú! – garantiu Lena e observou a outra dando de ombros com um ar de inocência. – Mudando de assunto, e você?

– Eu o quê? – perguntou ela, fingindo não saber sobre o que a mais velha se referia.

– Ninguém ainda?

Ela balançou a cabeça negativamente, sabendo que fingir de nada adiantaria.

– Nem um pretendente? – insistiu Lena.

– Bom... – começou a Pevensie, mas se interrompeu rapidamente, sem saber como dizer aquilo. Afinal, ele era amigo de Lena; senão o melhor amigo.

– Pode começar! – ordenou Lena, animando-se imediatamente.

– Eu acho que estou começando a ter sentimentos, digamos... – começou a pequena, mas de alguma forma, não conseguiu continuar.

– Não precisa admitir a mim que está apaixonada, isso deve ser feito a você mesma. – disse Lena. – Estou curiosa apenas para saber quem.

Lúcia respirou fundo, pronta para contar-lhe seu maior segredo.

– AchoqueestouapaixonadapeloCaspian! – disse ela rapidamente e de olhos fechados, evitando ver a reação dela, mas então ouviu uma risada.

Abriu um olho, depois o outro e viu a amiga olhando-a maliciosamente.

– Viveu aqui com ela cerca de cinquenta anos com ele e só descobriu isso agora? Jura?

– Engraçadinha. – ironizou a menor, fazendo-lhe uma careta.

– Diga isso a ele. – aconselhou Lena, fazendo uma mesura em direção à porta.

Lúcia empalideceu rapidamente.

– O quê?!

– Mais cedo ou mais tarde ele terá de saber. Posso tentar ajudar, mas quem vai dizer isso a ele deve ser você.

Lúcia virou-se apoiou as duas mãos na bancada, abaixando a cabeça e Lena se perguntou por que ela tinha cara de que poderia vomitar a qualquer instante.

– Não posso fazer isso. – anunciou a pequena, com a voz rouca e esganiçada.

– E por que não?

– Ele ainda deve amar minha irmã. – ao ouvir isso, Lena pode notar uma nota falha na voz da cunhada.

– E se não?

– Mas e se sim?

– Como pode ter tanta certeza? – insistiu Lena. Ela queria ao máximo ajudar a amiga, mas parecia ver certa relutância pela parte da pequena.

– Como você pode ter tanta certeza? – relutou a menor, tentando ao máximo se manter estável. – Edmundo passou cinquenta anos falando de você, amando você, sempre te vigiando por uma droga de desenho mágico que Aslam ajudou ele a enfeitiçar. Acompanhava você desde o seu nascimento até mesmo ao momento de sua morte, revivendo tudo o que vocês passaram ao se conhecer e a cada dia parecia estar se apaixonando mais e mais por você. Depois de décadas. Como você garante que Caspian ainda não sente o mesmo por Susana?

Lena prestava bem atenção no que a outra dizia e não sabia o que sentir ao ouvir essa declaração sobre Edmundo. Podia-se sentir envergonhada por ele ter acompanhado ate mesmo seus momentos mais cruéis e humilhantes, mas sentiu certo carinho ao saber que ele estava sempre com ela. Balançou a cabeça, sabendo que isso não era o importante agora. Ao ouvir isso, a pequena quase a deixara sem palavras. Quase.

– E como você garante que não? Ele não tinha um desenho mágico ou o que quer que fosse para ficar olhando ela. Diferente de mim, Susana continuou sua vida! Eu desisti de tudo quando voltei para o Brasil somente para seguir os rastros deixados pelo Eddie. Mas ela esqueceu o que é o amor e aposto que se apaixonou outra vez e criou uma família...

– Eddie também criou uma família. – interrompeu-a Lúcia.

– Se esse é seu argumento, você está invertendo os papéis, tanto meu e dela, quando do Eddie e do Caspian. – disse Lena e Lúcia selou os lábios em uma linha fina de tensão, para continuar a ouvir o que a mais tinha a dizer. – Lú, acredite em mim. Susana não o ama mais e não acredita mais em Nárnia apenas pelo simples fato de ter se esquecido das aventuras, como você mesma me disse ontem. Se ela não mais acredita, não poderá partir para essa nova Nárnia, e consequentemente não verá mais Caspian. – Lena se aproximou da pequena e tocou seu ombro em um gesto amigo. – Já pensou nessa possibilidade? Na pensou que talvez a negativa de reciprocidade que Caspian está enfrentando pode ser o que ele precisa para deixar de amá-la e para você finalmente agir? O que melhor seria nesse momento para ele além de um ombro amigo e, mais tarde, a promessa de um novo amor?

Lena se calou, sabendo que agora bastava apenas que a menina digerisse tudo que ouviu com a bastante seriedade que ele esperava.

– Você tem razão. – admitiu Lúcia, virando-se e abraçando Lena de um modo inesperado que, inicialmente, foi recebido com choque, mas depois retribuído. Quando se separam, Lúcia segurou as mãos de Lena junto às suas e lhe implorou. – Você poderia, do seu jeito, conversar sobre isso com ele? Só amenizar o terreno. Posso ser extrovertida, mas sei ser tímida perto dele. – admitiu, corando violentamente.

– Pode deixar que eu vou dar meu jeito. – prometeu Lena, não aguentando segurar as risadas.

– Aí está você! – ouviram uma voz chamar pelo portal da cozinha e ao se virarem, viram Pedro entrando apressado. – Está explicado porque o café ainda não está pronto, os criados disseram que as Rainhas estavam tendo uma conversa séria na cozinha e não queriam atrapalhar!

As meninas riram e Lúcia se despediu, dizendo que ia avisá-los que já podiam voltar aos seus afazeres. Lena já estava para segui-la quando Pedro a segurou pelo pulso.

– Isso chegou agora mesmo para você. – entregou-lhe um pedaço de pergaminho e saiu dali rapidamente.

Lena, sem conter a sua imensa curiosidade, abriu o pergaminho e o leu.

Lena, encontre-me na floresta que circunda os terrenos de Cair Paravel para terminarmos os assuntos pendentes. É melhor comparecer, pois percebeu do que sou capaz e sei que não iria querer ver seu queridinho sofrendo por suas decisões equivocadas. – Brenda.

Lena respirou fundo, ciente do que deveria fazer. Deixou o pergaminho na bancada, como um bilhete de aviso sobre para onde se dirigira caso acontecesse algo de errado e caminhou até os estábulos do Castelo, decidida a acabar com isso de uma vez por todas.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam da revelação de Lúcia? Será que ela conseguirá seguir o conselho de Lena? ---conselhos dados na vida real, mas fiz algumas ediçoes--- E Lena, o que será que vai acontecer com ela quando encontrar a mãe??



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