Wanted You More escrita por Rocker


Capítulo 12
Capítulo 12 - Close As Strangers


Notas iniciais do capítulo

Demorei, mas aqui está mais um capítulo pra vocês! Não sei se consigo escrever o próximo rápido, mas vou tentar. Essa fanfic já está me desgastando, mas não quero deixar vocês na mão, então estou fazendo o possível. Tá tudo ficando meio bosta pra mim, mas se vocês ainda quiserem ler, me avisem que eu tento continuar.



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"Won't give up, even though it hurts so much
Every night I'm losing you in a thousand faces
Now it feels like we're as close as strangers"

Capítulo 12 - Close As Strangers

Lena acordou com algo se mexendo ao seu lado. Não soube definir exatamente o que era, até que se virou cuidadosamente e viu que Edmundo dormia calmamente logo ao seu lado. Arregalou levemente os olhos, mas não tentou sair de onde estava. Observou o rosto sereno do moreno até vê-lo completamente desperto.

– Olá, dorminhoco. - brincou, rindo, e sentiu-o soltando sua cintura imediatamente.

– Le-lena? - ele perguntou, assustado, e se preparou para se levantar. - Desculpe, eu ia sair assim que você dormiu, mas...

Lena o interrompeu com seu riso e o puxou de volta para se deitar ao seu lado.

– Deixa de ser bobo, Eddie, teremos que nos acostumar com isso mais cedo ou mais tarde. - ela disse, aconchegando-se em seus braços.

Edmundo relaxou, envolvendo-a contra si e acariciando seus cabelos.

– É que eu nunca sei até que ponto eu posso ir. - ele admitiu após alguns instantes mergulhados no silêncio.

Lena, porém, apenas suspirou. - É difícil pra mim também, mas vamos conseguir reconstruir minha memória.

Edmundo deu um beijo em sua testa e manteve-se naquela posição. Queria permanecer assim para sempre, se pudesse. Era difícil e doloroso para ele se sentir impotente numa situação como aquela, mas depois do dia anterior, ele tinha mais esperanças quanto à recuperação de memórias. Seria possivelmente um processo lento com o qual ele teria de ter extrema paciência. Mas talvez ele poderia ter a chance de acelerar o processo.

– Lena. – ele chamou sua atenção e continuou quando ela levantou seu olhar. – O que acha de tentarmos recuperar logo suas memórias?

Lena franziu o cenho. – Mas já não estamos fazendo exatamente isso?

– Sim, estamos. – respondeu Edmundo, sentando-se na cama e estalando os dedos de nervosismo. – Mas o que acha de adiantarmos o processo?

Lena ficou vários segundos em silêncio, apenas observando o rosto do moreno, o que o deixou de certa forma nervoso e ansioso. E também angustiado. Será que ela negaria? Será que ela queria ir com calma justamente por não se sentir ainda completamente à vontade ao lado dele? Será que ele estava indo rápido demais? Até porque, para ela, eles basicamente tiveram todo um relacionamento em um único dia. Não era fácil para ele, mas também não deveria estar sendo para ela.

Quando ele estava prestes a ir atrás com sua proposta, ela finalmente se pronunciou.

– Por onde começamos?

~*~

– Aonde vocês vão? – perguntou Lúcia no momento em que eles estavam desciam as grandes escadas para irem até os estábulos.

E todo o plano se vai por água abaixo, pensa Lena, suspirando e respirando fundo para não ser rude com sua amiga.

– Bem, decidimos dar uma volta. – ela respondeu, dizendo a primeira coisa que vinha em sua mente. Não queria mentir a uma amiga, mas não poderia dizer-lhe toda a verdade.

Lúcia franziu o cenho, parecendo confusa, até que Edmundo tomou alguma atitude, segurando a mão de Lena e entrelaçando seus dedos aos dela. Lúcia, percebendo o breve movimento, desviou seus olhos para as mãos entrelaçadas do casal e suas bochechas coraram violentamente no mesmo instante.

– Ah, bem, eu... – a mais nova gaguejou, sem saber como agir. – Acho que vou procurar o Caspian, tenham um bom passeio!

E sumiu rapidamente de volta à Sala dos Tronos. Lena, achando graça da situação de sua cunhada, soltou uma risada leve, enquanto Edmundo franzia o cenho ao perceber um detalhe diferente e importante em sua irmã.

– Por quê eu estou achando que Lúcia está ficando amiguinha demais do Caspian? – ele deixou escapar, com um leve tom ciumento e protetor em sua voz, que Lena não deixou passar despercebido.

Ela abriu um sorriso de desdém. – Deixa de ser um irmão ciumento, reizinho. Eu roubei o irmão dela, deixe que ele roube o meu.

Edmundo ficou confuso ao primeiro instante, mas escancarou a boca ao se dar conta das palavras da namorada. Não teve, porém, oportunidade de nada dizer pois Lena logo o estava puxando pelo pulso em direção à cozinha.

– Não fique matutando isso, Eddie, não faz bem para sua cabeça. – ela brincou, rindo, enquanto pegava uma mochila escondida em um dos armários na cozinha e enchendo-a de comida não perecível. Boa parte dela vinha do vilarejo não muito longe dali, e disso ela sabia. – Além disso, você me prometeu ajudar com as memórias.

– Tem razão. – ele concordou, ajudando-a a encontrar mantimentos. Armados ao menos eles já estavam.

– Geminik! – Lena gritou pelo anão que não tardou em aparecer em sua frente com uma breve reverência que Lena não deixaria passar.

– Eu e o Rei Edmundo sairemos numa missão, mas quero que avise os outros somente quando eles tomarem falta de nós. – ela pediu, pendurando a mochila em seu ombro e se distanciando, mas lembrou-se de um detalhe. – E não precisa me reverenciar, já disse muitas e muitas vezes!

O anão assentiu em concordância e saiu, enquanto a garota puxava o moreno pela porta que dava para os fundos da propriedade do palácio de Cair Paravel, não muito longe dos estábulos. Lena, porém, ouviu Edmundo dando uma risadinha contida. Lena parou em meio caminho e se virou para o garoto.

– O que foi? – ela perguntou, curiosa.

Edmundo mordeu o lábio inferior, procurando encontrar as palavras exatas que não magoassem a menina.

– Eu me lembrei do primeiro jantar que tivemos em Nárnia. – ele disse cuidadosamente, e encontrou as feições da namorada demarcada pela ausência de expressão. Decidiu que essa seria a próxima lembrança que a ajudaria a recuperar. Aproximou-se dela, segurando sua cintura fina com cuidado. – Imagine-se na sala de jantar, bem no centro da mesa, com Lúcia ao seu lado e eu à sua frente.

Lena assentiu ao fechar os olhos, confiando em sua imaginação como nunca antes.

– Imagine agora alguns anões vindo nos servir e você nem os olhando ao dizer que reverência não era necessária. Consegue imaginar? – perguntou, receoso ao ver as pálpebras da garota tremendo.

Lena assentiu e sua imaginação fora além, trazendo lembranças do primeiro jantar em Cair Paravel com os irmãos Pevensie como sua companhia.

.

Edmundo pretendia ser um cavalheiro e puxar a cadeira da cabeceira da mesa para que Lena se sentasse, mas a garota rapidamente soltou seu braço e foi sentar-se ao lado de Lúcia, que se encontrava mais ao centro da grande mesa de madeira trabalhada.

Edmundo, tão atordoado quanto a irmã pelo feito da rainha mais velha, aproximou-se e sentou-se em frente às garotas, enquanto dois criados (anões, neste caso) traziam a refeição para os reis.

Antes de se retirarem para cozinha novamente, os anões fizeram uma reverência a Edmundo e Lúcia. Quando estavam prestes a reverenciar Lena, a garota, sem ao menos virar-se para olhar, já sabia o que estavam fazendo.

– Falo todos os dias que isso não é necessário. – falou com a expressão séria e sem virar o rosto. Quando os anões responderam “sim, Lena” com um sorriso no rosto, a menina se virou para os dois, sorrindo também. – Muito obrigada por prepararem a refeição.

Os dois se retiraram para a cozinha e quando Lena voltou-se novamente para a mesa, os irmãos a olhavam estupefatos.

– O que foi?! – perguntou Lena.

– O que fez para que eles não estivessem de mau-humor? - respondeu Edmundo com outra pergunta.

– Ah... Não foi nada... Quando se os ajuda com trabalho e tratamento igualitário, eles não ficam tão irritantes.

– Uau! – exclamou Lúcia. – Poderíamos ter pensado nisto antes. – acrescentou, um pouco tristonha.

– Que isso, Lúcia! – falou Lena. – Admiro muito o reinado de vocês na Idade do Ouro de Nárnia, acredite, me inspiro muito em vocês. – falou, um pouco envergonhada por admitir isso na frente de Edmundo.

.

– Eu não acredito que admiti isso em voz alta para você! – fora a primeira frase que Lena exclamou ao retomar a consciência nos braços de Edmundo.

Edmundo soltou uma risadinha, depositando um selinho nos lábios da menina. – É, também não acreditei no ocorrido. Mas, temos mais memórias para recuperar. O que acha de continuarmos?

Lena abriu um sorriso de orelha a orelha, puxando-o pelo pulso. – Vamos!


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Notas finais do capítulo

Estou deixando aqui o link das minhas novas fanfics de 5 Seconds Of Summer, pra quem ainda não leu ;)
http://fanfiction.com.br/historia/625718/She_Looks_So_Perfect/
http://fanfiction.com.br/historia/628344/Dont_Ever_Let_It_End/