Terror Ao Anoitecer escrita por Srta Winchester


Capítulo 52
Capítulo 52




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– Minha... mãe.

Meu comportamento foi tão... horrível, mimado e injusto com quem só quer me ajudar. Mais uma vez fiz merda.

– Cass eu...

– Não me chame de Cass, você perdeu esse direito quando não me escutou, por favor, vá treinar com Jev.

Olhei para Sammy e de volta para Castiel, o desapontamento visível nos olhos do anjo e voltei a treinar com Jev, as palavras de Castiel martelando em minha cabeça.

– Eu sei o que aconteceu. – disse Jev. – Quando estiver prestes a perder o controle respire, tente pensar no que está te motivando a lutar.

Simplesmente assenti.

– Você se saiu bem, anjo. – falou Dean com ternura beijando minha testa.

Nossa ele nunca tinha feito isso, é algo tão protetor e... romântico. Quem é você? O que fez com meu namorado, caçador e durão? Dei um sorriso torto e assenti. Simplesmente não conseguia falar, estava em choque com tudo o que acabou de acontecer meu comportamento infantil, sim a bomba relógio explodiu e mais uma vez está se lamentando. Tenho que começar a me controlar ajudar a mim mesma, por mim pelos anjos, pelos meus amigos, por Sammy e Dean e por minha mãe.

Eu estava triste, envergonhada, mas mesmo assim Dean tentou amenizar a situação e foi aqui que percebi, estou lutando para salvar quem amo, eu o amo e é por ele que a partir de agora devo me controlar. Não vou mais deixar meu sangue ruim tomar conta de mim. Passei a manha fazendo exercícios físicos, chutando em sacos de pancada e dando socos mas estava tão aérea que aquilo tudo passou muito rápido, eu só queria ir para casa tomar um longo banho e fazer compras com minha amiga! Quem diria, eu querendo fazer compras talvez seja porque é a única coisa que me torna normal, poder conversar com alguém sobre qualquer coisa banal. Jev me dispensou do treinamento, mas disse que guardava uma surpresa para quando eu voltasse. Castiel e Sammy desapareceram, creio que estejam casando demônios.

Tomei um longo banho. O dia estava quente enquanto escolhia a roupa me olhei no espelho, eu estava ficando mais forte minha barriga começava há ficar um pouco definida estranho em apenas dois dias de treinamento. Voltei tão diferente assim da morte que agora tenho facilidade em perder peso? Ótimo! Optei por um short jeans rasgado com um cinto preto grosso, uma blusa soltinha preta de alcinha e... saltos! Olhei-me no espelho.

– Nossa esse é o estilo de Nora. Mais até que ficou legal.

Coloquei a parte da frente da blusa dentro do short, para mostrar o detalhe do cinto. Nora chegou e eu estava terminando de fazer a maquiagem. Seus olhos azuis me observavam espantados, estava deslumbrante em um vestido solto com florzinhas rosa e sapatilha, os lindos cabelos louros ondulados caiam sobre os ombros.

– Nina por acaso a gente resolveu trocar os estilos hoje? – rimos. – Sério se tivéssemos combinado não daria tão certo.

– Bem pensei que você fosse se vestir com aquelas coisas apertadas e desconfortáveis.

– Passo a semana inteira no escritório usando aqueles saltos e roupinhas sociais apertadas, nunca pensei que fosse dizer isso, mas senti saudade de usar algo mais solto.

– Senti tanto sua falta. – falei de surpresa abraçando-a com força, ela ficou sem jeito mais retribuiu.

– Nossa você nunca foi tão sentimental.

– Ultimamente não estou sendo uma boa amiga. Certo, chega de tanto sentimentalismo, vamos embora.

O belo Cruze branco estava a nossa espera, lindo por fora e mais ainda por dentro. O sistema de som era magnifico.

– Que musica é essa? – pergunto.

– I love It, I love It! – cantou. – Legal não é?

– Muito.

E aumentou o som, logo estamos cantando a musica juntas. Como senti falta dessa patricinha mimada, dessa alegria exagerada e contagiante. Em poucos minutos lá estávamos nós nos corredores do shopping todos os olhos estavam em nós. Entrando em diversas lojas e para minha surpresa Nora estava se controlando com relação aos gastos, a família dela sempre teve dinheiro no entanto sempre foram pessoas ótimas. Fizeram questão de educar Nora para não ser uma patricinha esnobe e fizeram isso muito bem. Ou quase, como ela mesma dizia “patricinha até a morte!”. Acredito que não estejam passando por dificuldades, pela beleza do carro.

– Qual o milagre de você estar se controlando tanto? – zombo.

– Já faz um tempo que meu pai estava me treinando para ajudar a administrar a empresa, mesmo sendo loura sempre me dei bem com contas. – rimos. – E toda aquela historia de “quando eu morrer você é quem vai tomar conta”, me interessei tanto que hoje calculo qualquer coisa e penso será útil ou não.

– Que legal Nora.

– Mais e você? Quero saber de tudo, principalmente sobre essa pulseira com o nome de Dean.

– O que? Como você consegue? – pergunto incrédula.

– Você sabe, eu sempre tive olho clinico para essas coisas.

Ela piscou e rimos.

– Certo vou te contar.

Vamos entrar nessa loja, estou precisando de lingeries novas.

– Hmm, Nina, Nina sempre safadinha.

– Cala a boca.

Com certeza vamos nos divertir muito. Enquanto provávamos lingeries contei como conheci Dean, omitindo as partes sobrenaturais, de como ele me conquistou facilmente.

– Ai que lindo Nina – falou os olhos brilhando. – parece até amor dos livros do Nicholas Sparks, quer dizer quando não terminam em tragédia, mas enfim que bom que encontrou alguém sempre te achei tão sozinha, triste.

– Eu sei disso, já passei por muita coisa.

– Imagino crescer sem os pais deve ser horrível. – isso era só a ponta do ice Berg, imagina contar a alguém “fui estuprada na infância, possuída por um demônio, meu sangue é metade demoníaco metade angelical e em algum momento vai haver um apocalipse e eu tenho que matar meu pai que é Lúcifer.”. Não, não mesmo.

– E o trabalho como está?

– Fui demitida.

– Nossa por quê?

– Bem eu andei um pouco doente e faltei por causa disso, ninguém quer alguém que só falta, mesmo sendo questões de saúde.

– Que filho da mãe, mas é seu dia de sorte baby. Estou precisando de uma secretaria, que tal?

– Nossa eu... eu não sei você me pegou de surpresa.

– Por favor baby.

– Prometo que vou pensar.

– Ótimo.

– Qual a forma de pagamento? – perguntou a moça do caixa.

– A vista. – respondemos juntas. – Aproveita e passa essa aqui também. – disse Nora. Era um conjuntinho azul bebe com alguns lacinhos pretos, que fui obrigada a experimentar.

– Nora olha o valor que deu, eu pego essa na próxima.

– Relaxa, é um presente de amiga. – piscou, revirei os olhos. Nunca ouse contrariar Nora Fitzpatrick. – Estamos levando algumas das peças mais caras da loja, poderíamos ganhar um desconto não é?

A recepcionista olhou para ela com atenção e piscou uma vez.

– Claro só um momento.

– Você pedindo desconto? Realmente você mudou.

– Papai diz que eu tenho um dom ou algo assim, sempre consigo comprar coisas para a empresa por um bom preço.

– Aqui está. Voltem sempre. – disse a moça e saímos.

Depois fomos almoçar ela me contou seus últimos relacionamentos e voltamos a bater perna mais uma vez aproveitei para comprar uma camisa xadrez para meu cunhado percebi que ele gosta bastante desse modelo.

– Essa daí é para o gato? – indagou minha amiga curiosa.

– Sim, mas para o gato do meu cunhado. – respondo rindo.

– Sua danada.

– O que você quer que eu faça? Ele mora comigo e é lindo mesmo, mas meu amor é Dean cara, sempre vai ser.

– Muito fofa e não me chama de cara porque eu não sou um homem!

– A patricinha começa a atacar.


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