Terror Ao Anoitecer escrita por Srta Winchester


Capítulo 26
Capítulo 26




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- Será que ele está morto?

 - Claro que não idiota... Olha lá ele está se mexendo.

  O sol brilhava intensamente, havia um murmúrio alto pelo lugar. Abri os olhos com dificuldade e pude ver duas silhuetas ao meu lado, me encarando.

 - Moço você está bem? – perguntou um garoto.

 - Acho que sim, onde estou?

 - Vish deve ter bebido todas. – falou a garota e os dois riram. – Vem Pet me ajuda a levanta-lo.

 Quando finalmente consegui enxergar com clareza vi Petter, moreno com cabelo desgrenhado, mais ou menos um e sessenta e cinco de altura e lá estava ela a garota que caçoou de mim, linda como um anjo, sua pele em um tom moreno bem claro quase branco, os cachos totalmente definidos caídos nos ombros, o porte magro mais nem tanto, como sempre tinha em que pegar não era só pele e osso. Nina.

 - Ei cara você não parece muito bem, a gente vai levar você na enfermaria da escola. Na sua escola tem enfermaria não tem?

 - É claro que tem Pet. – respondeu ela.

 Minutos antes eu estava deitado na calçada próxima à escola onde Nina estudava, minha vontade era joga-la em meus braços e protege-la com um abraço protetor o que ela mais adorava, tão pequena e meiga. Eu tinha que achar uma forma de interagir com ela, ficar de olho para que aquele canalha não ousasse se quer encostar um dedo nela. Expliquei a enfermeira que me atendeu, que eu havia sido assaltado e que haviam me golpeado com força na cabeça por isso não lembrava de muita coisa.

 - Você veio para o cargo de inspetor? – perguntou a enfermeira.

 O destino estava cooperando comigo, não pude acreditar em tanta sorte.

 - Isso mesmo, mas eles roubaram tudo de mim.

 - Bem você não teve nada grave já está dispensado, vou leva-lo até a sala do diretor para que possam conversar.

 Seguimos por um enorme corredor até chegarmos à sala do diretor. Ela bateu três vezes na porta.

 - Entre. – disse uma voz.

 - Com licença senhor, este rapaz...

 - Jeremy. – falei.

 - Este rapaz Jeremy, veio para o cargo de inspetor, mas foi assaltado e agredido.

 - Minha nossa, a que ponto chegamos? – disse ele. – Entre, por favor.

 - Obrigado.

 - Com licença. – falou a enfermeira saindo.

 - Sente-se rapaz. Mas então como aconteceu isso?

 - Eu estava vindo em direção à escola e uns caras me pegaram por trás e me golpearam com força na cabeça, não me lembro de mais nada, além disso. Acordei e vim até aqui com a ajuda de dois alunos daqui.

 - E quem são esses alunos?

 - Nina e Petter.

 - Hm, Nina é uma boa garota se destaca em todas as competições de luta que temos e é ótima aluna, mas tem pavio curto por qualquer coisa ela explode, mas eu a entendo não é fácil crescer sem uma estabilidade familiar. E Petter – ele pensou por um momento. – não temos nenhum aluno matriculado com esse nome aqui. – ele pegou o telefone e apertou um botão. – Rose, traga Nina até aqui, por favor. – e desligou. – Acredito que queira agradecer pessoalmente a ela.

 - Sim quero muito. – falei ansioso para vê-la novamente.

 Meio minuto depois alguém bateu na porta.

 - Entre. – disse o diretor.

 - Mandou me chamar? – disse Nina, entrando na sala. Eu e o diretor ficamos de pé.

 - Sim mandei, lembra-se dele não é?

 - Claro, ele estava jogado na calçada há meia hora. – ela deu um sorriso torto e seus olhos encontram os meus.

 - Prazer De... Jeremy Salvatore. – porque usei o sobre nome do personagem preferido dela? E o nome também? Pensei.

 - Nina Graham.

 - Obrigado por ter me ajudado.

 - Não a de que.

 Não pude controlar minha vontade de abraça-la de senti-la novamente, e assim fiz ela ficou meio sem jeito, mas também retribuiu.

 - Bem era só isso pode voltar para a sala de aula.

 Ela assentiu e saiu, mas antes de cruzar a porta nossos olhares se cruzaram novamente.

 - Então senhor Salvatore – continuou ele. – Porque quer trabalhar nessa escola?

 - Ouvi coisas ótimas sobre essa escola, comparada às outras essa é a melhor para se trabalhar todos se respeitam, as pessoas são educadas, não há guerras de comida.

 - Certo e o que te levou a escolher ser um inspetor, você é jovem e bonito poderia ser qualquer outra coisa.

 - Ficar perto desses adolescentes me deixa feliz, eu aprendo com eles e eles aprendem comigo. Eu tive um irmão adolescente e ele morreu há um tempo – menti, tinha que apelar para alguma coisa se quisesse conseguir esse cargo. – ficar perto desses adolescentes me faz lembrar ele.

 - Sinto muito. – falou sinceramente.

 A entrevista durou aproximadamente mais meia hora, eu enrolava e tentava convence-lo de algum modo de que eu estava apto para trabalhar ali, como estava sem um currículo porque haviam sido “roubados”, ficava cada vez mais difícil de convencê-lo.

 - Olha diretor Fisher, sei que vários candidatos muito melhores que eu já vieram aqui, mas por favor me de vinte minutos que eu trago um currículo para o senhor analisar. Por favor, eu preciso muito desse emprego. – supliquei.

 Ele respirou fundo.

 - Muito bem, digamos que eu fui com a sua cara. Vamos fazer uma experiência essa semana, se você se sair bem está contratado. Depois me traga seu currículo.

 - Muito obrigado diretor, obrigado mesmo o senhor não vai ser se arrepender.

 - Assim espero, agora vá descanse do susto que passou, e venha amanha bem cedo para começar.

 Andei pelos corredores da escola sem conseguir acreditar na sorte que eu havia tido, será que Kate tinha alguma coisa haver com isso? Bem não importa agora eu tinha que focar em me aproximar o suficiente de Nina para impedir que o pior acontecesse. Ao passar por uma sala escutei a voz dela não resisti e olhei pelo vidro, ela estava lendo uma historia, eu acho, e percebeu que eu a observava olhou para mim e sorriu depois voltou a ler.

 Ao sair da escola andei pelas redondezas e por sorte achei uma pousada. Só tinha dinheiro para pagar duas noites, o que não era bom, mas contando com meu pé quente e minha sorte na sinuca seria fácil conseguir dinheiro. Fui até um bar na esquina e comecei a jogar sinuca depois pôquer, eu estava com o bolso forrado de dinheiro, voltei à pousada subi até meu quarto e deitei na cama exausto.

 - Olá Dean.

 - Ahhh! – gritei quando abri os olhos e vi Kate com a cara em cima de mim. – O que está fazendo aqui?

 - Você esta dormindo, isso é um sonho. Te assustei? – falou com um risinho.

 - Não é que as vezes gosto de treinar meu grito.

 - Quem mandou você vim parar aqui? – perguntou furiosa. – O plano era você voltar apenas horas antes e não deixar que ela morresse, mas não.

 - Eu sei que está brava comigo, mas é simples olha...

 - Não Dean, não é nada simples. Você fez isso sem pensar nem sabe quando ela foi estuprada, sei que fez isso com a melhor das intenções, mas é perigoso estamos quebrando as regras, mexendo com coisas poderosas se formos pegos não sei o que pode acontecer.

 - Me conte mais sobre quando Nina foi... Enfim. – eu não conseguia pronunciar aquelas palavras era duro de mais pensar naquilo.

 - Nina mora com a avó uma velha rabugenta e com ela mora um homem o nome dele é Michel, a velha estava endividada e alugou um quarto para esse cara ele sempre olhou diferente para Nina desde quando a coitada tinha treze anos, é um louco, psicopata e ela odeia ele. Sábado que vem ela completa quinze anos, e como ela não vai ter uma festa é neste dia que ele vai estupra-la. Então já que esta aqui se aproxime dela e evite isso ela já sofreu de mais.

 - Não vou permitir que isso acontecesse. Só uma pergunta, você disse “se formos pegos”, quem pode nos pegar?

 - Arcanjos.

 - Arcanjos? – repeti

 - Sim eles cuidam para que magias como essa nunca sejam usadas e nem se quer aprendidas, só as feiticeiras mais poderosas sabem dessa magia e sabem usa-la sem que os arcanjos descubram, mas você nos colocou em riso fazendo essa viagem tão longa se algum deles aparecerem, antes ou depois que sua missão esteja concluída eu não vou me surpreender.

 Ficamos em silencio por um momento, eu não sabia o que dizer, desculpa? Foi mau? Não me pareciam bastar.

 - Relaxa – continuou ela. – você ama muito ela caso os arcanjos apareçam à gente usa essa desculpa.

 Ela sorriu tocando meu ombro.

 - E eles vão acreditar?

 - Acreditar sim, mas ainda sim vão nos punir.

 - Bom. – falei ironicamente.

 - Depois nos preocupamos com isso, primeira coisa vá tomar um banho e comprar algumas roupas já que amanha será seu primeiro dia como inspetor, segunda coisa dei meu jeito de prolongar seu tempo aqui nem um minuto a mais, e terceira coisa... tome cuidado.

 - Obrigado por tudo. – falei sinceramente.

 - Agora acorde! – disse ela dando um tapa em minha testa.

 Acordei ofegante, aquilo tinha sido muito real como se ela estivesse tido ali até o tapa ardia em minha testa. Fiz tudo como ela disse, tomei um banho e fui comprar umas roupas novas, algumas camisas e calças, como não havia pensado nisso antes? Não podia ser visto sempre com a mesma roupa. Ao voltar para casa, coloquei o relógio para despertar cinco horas da manha e tentei dormir ansioso para que aquela noite terminasse logo para que eu pudesse ver Nina novamente.


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