Novos Tempos Em Hogwarts 3 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 9
(Sem) Peso na Consciência


Notas iniciais do capítulo

Como vão minhas leitoras? Espero que tenham ficado ansiosas pelo capitulo.

Sobre o titulo do capitulo, eu explico no final para vocês. Ou melhor, acho que vocês vão conseguir entender o porquê de eu ter escolhido isto.

Então vamos nesta logo. Nos falamos lá embaixo, pois pelo que sei a maioria não lê as notas iniciais mesmo.



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James pode escutar o som de pessoas chamando seu nome e correndo em direção a sua maca enquanto ele entrava na tenda da enfermaria, eram sua mãe e seu irmão mais novo que vinham ao seu encontro, pode ver o olhar de espanto da ruiva em encarar seu rosto deformado certamente não esperava encontrar o filho em um estado tão destruído.

_ oh, merlin o que fizeram com você meu filho? - disse Ginny passando uma das mãos sobre seus cabelos - vai ficar tudo bem, não se preocupe.

Albus pegou em sua mão num gesto de transmitir força ao irmão o que fez com que o ruivo sorrisse com o gesto. James pode ver Draco e Astoria recebendo a filha com um abraço apertado e reconfortante. Por segundos pode ver o olhar do loiro sobre si.

 O rapaz não soube ao certo o que significava o pai de sua namorada lhe encarando daquela forma impassível até que ele lhe fizera um cumprimento de cabeça respeitoso como se agradecesse ao ruivo por ter cuidado de sua garotinha ou algo assim.

Ele continuava calado, não importava o quanto às pessoas o perguntassem como estava, era nítido de se ver a quilômetros que ele não estava bem, seus olhos correram pelo lugar pode ver faces de varias pessoas desconhecidas e outras bastante familiares, mas isto não o impediu de sentir vergonha de si mesmo.

Aquelas pessoas haviam sido bravas e vencedoras dava para ver isso em seus rostos cansados como elas não tinham se entregado fácil enquanto ele simplesmente se deixou ferir pelos comensais da morte sem qualquer chance de se defender e o pior de tudo nem sequer haviam usado magia contra ele para isso.

Ele então foi colocado ao lado de Lily, sua irmã estava deitada em um dos leitos improvisados. A ruiva o encarou com um sorriso fraco algo parecia ter a deixado abatida e cansada como era de se notar por suas feições. Logo que deitou alguns medibruxos se aproximaram para tratar suas feridas e contusões, os bruxos não conseguiram esconder a surpresa pelo estado em que se encontrava o apanhador da seleção britânica. Frank estava entre eles e sorriu para o amigo o cumprimentando.

_ não se preocupe Jay, nós vamos te deixar novo em folha - disse Frank e o ruivo sorrira fracamente - apenas tente relaxar enquanto cuidamos de você.

_ o que houve com ele? - disse Lily para Teddy.

_ comensais da morte fizeram isto com ele até onde eu sei - disse Teddy sentando-se em uma cadeira de frente para o leito dos dois irmãos enquanto Victoire vinha abraçar o marido e ficava assim com o metamorfomago - parece que os animais preferiram partir para a violência física no lugar de usarem a magia.

Frank trouxe para o ruivo um liquido de coloração roxa e o fizera beber, aquilo era uma poção que neutralizava a dor enquanto os medibruxos começavam a se preparar para curar suas fraturas de ossos. Algumas bruxas tiveram que cortar suas roupas para que pudessem lavar o sangue que havia em seu corpo antes de começarem a tratá-lo, Ginny se ofereceu e ela mesma limpou o rosto e o peito do filho.

Então o procedimento começou, os medibruxos se envolveram ao seu redor cerca de dois curandeiros com Frank que começaram a executarem feitiços apontando para as áreas diferentes eram sussurros e pequenos jatos partindo da ponta das varinhas que não conseguia se saber quais encantos estavam sendo usados.

Suas costelas foram remendadas por um feitiço de reparação avançado assim como seu nariz, um dos seus antebraços receberam o mesmo tratamento, mas mesmo assim teve uma tala colocada sendo enfaixado também.

Alguns de seus dedos foram restaurados a um estado melhor, mas mesmo assim ainda estavam vermelhos e inchados, no entanto ele realmente conseguia agora fazer algum movimento mínimo com eles.

Teve o corte de seus lábios curados e o sangue que ainda escorria limpo por um dos curandeiros, seus dentes perdidos substituídos por outros que começaram a crescer conforme uma bruxa tocava a varinha nos pontos em que faltava.

_ você terá que beber algumas poções para repor sangue garoto – disse a curandeira – todo esse sangramento, é um milagre que ainda esteja consciente – ela disse enquanto sua varinha limpava o sangue que aquela altura já havia manchado os lençóis do leito bem como as mãos dos curandeiros.

Seus cortes foram fechados na maioria os que não havia se fechado por completo haviam sido cobertos com bandagens que fizeram com que o rapaz pensasse que daqui a pouco ficaria irreconhecível conforme parecia que nunca iriam parar de enfaixar-lo como seu pescoço e parte de seu peito e rosto se encontrava daquela forma.

Os outros cortes menores haviam desaparecido bem como ferimentos mais superficiais, alguns certamente deixariam cicatrizes mesmo que mínimas, sendo que algumas delas segundo um dos curandeiros poderiam desaparecer se ele usasse alguma pomada cicatrizante.

Fora então que com um craque que Frank tinha conseguido colocar o ombro deslocado do ruivo de volta ao lugar, aquilo teria sido doloroso se ele não estivesse anestesiado pela poção. Assim como com um estalo seu joelho retornara para o jeito normal, ele não olhou para baixo para encarar a perna até ter escutado o som dos ossos retornando para o lugar, também percebeu o olhar que a bruxa que o havia feito trocara com os companheiros.

_ o que esta havendo? – disse James parecendo irritado.

_ o que houve com sua perna... – disse Frank, mas parara, não havia como prosseguir dali então ele viu o olhar do amigo que o encarava seriamente.

_ alguns comensais da morte, eles chutaram minha perna varias vezes até que aconteceu isto – disse James seriamente não se importando com o choque na cara de seus irmãos e de sua mãe, aquilo era verdade não poderia esconder deles.

_ você sabe que foi mais serio que isto – disse Frank – o que quero dizer é que...

_ seja sincero comigo – disse James então o moreno suspirou e lhe lançou um olhar de compaixão – e direto ao ponto, não importa o quanto ruim tenha sido.

_ Por Merlin, James não fale desta forma – disse Ginny duramente para o filho, mas as palavras grosseiras do ruivo não pareciam ter afetado seu amigo que ainda se mantinha a encará-lo seriamente.  

_ parece que um dos nervosos de ligamento se rompeu, nós vamos ter que trabalhar para tentar reconstruí-lo do contrario... – disse Frank, mas ele não precisava continuar.

_ eu sabia – disse James azedamente.

Estava nítido o que iria acontecer e James sabia disto, ele seria operado era isto que queriam dizer. O modo como à questão ficara no ar, como Frank não pudera continuar fizera seu mundo cair. Do contrario o que? Ele não poderia mais andar ou seria um aleijado pelo resto da vida era isto que queriam dizer?

_ James, nós vamos ter que... – disse Frank tentando retornar, mas o ruivo fizera um aceno para que parasse de falar.

_ façam o possível – disse James fechando os olhos.

_ teremos que encaminha-lo para um hospital – disse o curandeiro – não podemos fazer a cirurgia aqui, não neste lugar...

Aquele meio tempo, todos encaravam o lugar onde o rapaz ruivo estava. Ele sentia-se horrível com aqueles olhares sobre si só queria poder sair daquele lugar o quanto antes. Fora então que uma voz soara atrás de si, um tom arrastado e serio de voz bastante familiar.

_ usem então uma chave de portal para levá-lo ao St. Mungus – disse Draco Malfoy então lançando um olhar para Teddy que apenas maneou a cabeça positivamente.  

Teddy então pegara um dos cobertores que estava ao lado da cama de Lily, ele o lançara sobre o ruivo deitado e acenando a varinha sobre ele e dizendo portus ele brilhara e vibrou por alguns instantes antes de retornar ao normal.

_ está programado para daqui a dois minutos, então sejam rápidos – disse Teddy para Frank e os curandeiros que assentiram e pegaram no cobertor assim como o próprio ruivo sentira suas mãos se fechando cerradamente sobre a borda.

_ eu... – disse Narcisa, mas Draco a impediu de continuar o trajeto que fazia novamente até próximo da cama do ruivo – mas pai, eu tenho que estar com ele é do meu namorado que estamos falando não posso simplesmente deixar-lo.

_ ele precisa ir, você não poderá fazer nada para ajudá-lo – disse Draco – James estará com você quando tudo acabar, deixe-o nas mãos capacitadas de pessoas que podem ajudá-lo... Não precisa estar ao lado dele o tempo todo.

James não soube dizer se ficara com raiva ou agradecido pela atitude do sogro. Ele não sabe se gostaria de ter a namorada ao seu lado naquele momento, era horrível pensar que ele estava para passar por algo tão serio daquele jeito, no entanto não estava assustado afinal era algo que deveria ser feito. A parte que havia ficado com raiva de Draco era aquela que estava querendo ter a garota por perto, poder ampará-la nos braços e dizer que não havia nada demais, que ele ficaria bem.  Ele queria poder ter tido a chance de ter uma despedida decente com a garota em vez de um meio sorriso que lançou a ela quero transmitir que iria vê-la logo.

É claro que Ginny não fora impedida por ninguém e logo ela havia acotovelado um dos curandeiros para o lado para pegar um pedaço da chave de portal e segura-la, podia se ver em seus olhos a sua determinação para estar ao lado do filho como se desafiasse qualquer um dizer ao contrario.

_ avise ao seu pai quando ele chegar, e cuide de sua irmã – disse Ginny para Albus que parecia um pouco abalado com tudo aquilo antes de assentir.

Então a chave de portal se ativou. Seu corpo parecendo entrar em uma espécie de looping como se estivesse aparatando ou algo assim. Era como se estivesse entrado em um tornado.

Ele não saberia dizer o que aconteceu a seguir, se encontrava no chão caído dentro de um hall do hospital pode ver os murmúrios de algumas pessoas da recepção quando ele foi erguido do chão pelo curandeiro e Frank, sua perna estava horrível nem mesmo conseguia apóia-la direito no chão e agora que o efeito da poção anestésica estava começando a terminar podia sentir a dor voltando.

_ o que está acontecendo aqui? – disse uma voz masculina enquanto passos apressados vinham na direção deles, houve alguns segundos de silencio certamente o tempo que levou para o medibruxo entender o que estava acontecendo – tragam uma maca, vamos o que estão esperando...

_ mandem preparar a sala de cirurgia também Sr. Macmillan – disse Frank ao homem enquanto repousavam e deitavam James na maca que fora trazida por alguns curandeiros.

James fechara os olhos e desmaiara por um tempo que não pode dizer quanto. A dor era horrível, não conseguia mais agüentar e estava exausto. Pode apenas que escutar a voz dos curandeiros dizendo para se afastarem, e a voz de Macmillan dizendo para uma das curandeiras preparar e reunir uma equipe para realizar a operação.  Ele se sentira sendo colocado em uma maca metálica e pode escutar o som das rodinhas soando pelo corredor.

_ qual é o problema que teremos que resolver? – disse Macmillan, dava para perceber que ele estava perto certamente era uma das pessoas que empurrava a maca.

_ vamos precisar de uma transfiguração de ligamentos avançados – disse a curandeira que viera com o ruivo – a lesão no joelho é grave, precisaremos reconstruir. 

_ está não é minha área, mas creio que possa auxiliar na operação – disse Macmillan – mandem chamar Córner está é a área dele – passos de alguém se distanciando, certamente indo alertar o medibruxo que o loiro havia pedido - Ginny, você não pode passar daqui.

_ como assim não posso? – disse Ginny um pouco exaltada.

Abrira os olhos fracamente por poucos segundos para se encarar num corredor claro, estava em uma maca metálica com uma serie de médicos ao seu redor o levando para uma sala de cirurgia. Ele os fechara novamente.

_ entenda, essas são as normas do hospital – disse Macmillan – apenas pessoal autorizado na sala de cirurgia – houve o som de passos parando certamente Ginny havia parado abruptamente e o ruivo mesmo não podendo vê-la podia imaginar a face de raiva da mãe – Frank, você também fica.

_ mas Ernie, eu sou da equipe acredito que possa fazer isto – disse Frank tentando propor seu ponto, mas dava para ver em sua voz que ele também parecia estar um pouco abalado.

_ você está envolvido emocionalmente, então não – disse Macmillan – você não vai participar, além do mais ainda não está apto para algo desta proporção.

_ se me derem uma chance, eu posso mostrar – disse Frank insistente.

_ eu sei, mas ainda não é a hora – disse Macmillan – faça companhia para a Sra. Potter... Fique nos corredores ou na sala de espera aguardando noticias.

Outro som de passos parou, e fora neste momento que o rapaz abrira os olhos fracamente para encarar o amigo que dava uma ultima olhada para ele enquanto abraçava a mãe do ruivo com força a amparando. Depois disto eles haviam passado por uma outra porta quando se sentiu sendo colocado em uma mesa gélida de metal, e ao olhar ao redor pode ver objetos e aparelhos estranhos.

_ então Ernie, vim assim que fui avisado – disse uma outra voz – pelo que a curandeira me explicou, é algo realmente delicado.

_ certamente que é Michael – disse Macmillan.

A luz se ligou de repente sobre seu rosto possibilitando que o ruivo pudesse ver o rosto dos dois medibruxos e a silhueta dos curandeiros ainda na escuridão que iria auxiliar na cirurgia.  O tal Michael Córner estava próximo de Ernie Macmillan, ambos já com mascaras e luvas colocadas, bem como tocas protetoras e óculos.  

_ muito bem James – disse Macmillan chamando a atenção do garoto para ele naquele instante – vamos ver o que podemos fazer com você, mas antes quero que beba está poção está bem?

_ é isso que vai me drogar? – disse James fracamente, não queria dizer aquilo de modo negativo, mas era a verdade afinal, aquilo iria apagá-lo por horas não era como a poção anestésica que tomara anteriormente.

_ pode preferir ficar acordado se quiser, mas devo lhe avisar que a dor de ter ligações nervosas transfiguradas uma a uma é realmente uma dor insuportável de se pensar, pior do que está que esta sentindo – disse Córner enquanto James abria boca e uma das curandeiras derramava a poção por entre seus lábios.

Não demorara muito, e ele se sentiu mais leve até que estava completamente adormecido somente acordando no dia seguinte em um dos quartos sobre observação ainda no hospital. Aquele era o St. Mungus que ficava em Londres, o que realmente deixou o rapaz impressionado com o modo como Teddy criara uma chave de portal tão eficiente como aquela.

Ele havia descoberto isto mais tarde ao ouvir a conversa de algumas curandeiras que transitavam pelo corredor fora de seu quarto, o ruivo pode notar que falavam em inglês e que estavam realmente chocadas pela morte do ministro da magia e se questionando sobre o que aconteceria agora com o ministério.

O rapaz encarara sua perna que se encontrava totalmente enfaixada e com talas, ele não entendia o porquê daquilo afinal era seus nervos que haviam sido transfigurados não seus ossos, no entanto aprendera a não questionar os medibruxos a algum tempo atrás.

James enfim pudera ver a mãe, ela o abraçara e ambos conversaram por algum tempo. Ela lhe dera as refeições, lhe dera a poção esquelesce e a que servia para repor o sangue, ajudou as curandeiras mesmo a contragosto destas ultimas a trocar as bandagens e lhe fizera companhia até a noite dormindo ali a seu lado quando a noite chegara.

Em momento algum ele questionou a mãe, entendia que ela estava assustada e preocupada com o estado dele e queria estar ao seu lado mesmo que já fosse um homem adulto e não mais uma criança. Na manhã seguinte percebeu que Ginny não estava mais ali, estranhou um pouco aquilo até ver alguém entrando pela porta de seu quarto recebendo a pessoa que entrara com um sorriso que fora retribuído.

_ não deveria estar em seu horário de trabalho? – disse James sorrindo.

_ você é meu trabalho hoje – disse Frank num tom brincalhão enquanto fechava a porta atrás de si.

Frank estava em suas vestes de medibruxo verdes acido, carregando algumas coisas dentro de uma caixa algo que quando ele se virara o ruivo pode ver que se tratava de medicamentos e ataduras para trocar nos ferimentos, como frascos de poções e uma série de rolo de gazes.

_ o que houve com minha enfermeira? – disse James – sabe prefiro muito mais aquela morena sexy com belas curvas a você me tocando – ambos fizeram uma careta com esse final de frase. 

_ deixe só a senhorita Malfoy escutar isto, ela falou que logo mais esta aqui para te visitar – disse Frank rindo sua voz parecia animada, ao que parecia toda a tensão dos dias anteriores havia desaparecido - e ai, rapaz como está? – ele se aproximava, dava para ver que agora estava falando seriamente e o ruivo notou que poderia fazer a mesma pergunta pelo aspecto do rapaz com seu rosto que ainda parecia um pouco mal cicatrizado. 

_ onde está minha mãe? – disse James se voltando para encará-lo melhor, meio que se sentando na cama.

_ ela foi beber um pouco de chá – disse Frank enquanto sentava na cama ocupando um lugar próximo dos pés do ruivo, enquanto puxava as cobertas para poder encarar a perna que havia sido operada – como se sente?

_ melhor eu acho – disse James – falaram que terei que ter sessões de fisioterapia para me acostumar com o novo joelho.

_ poderia ser pior – disse Frank quando com um toque da varinha desmanchara as ataduras deixando a perna do amigo pronta para ser tratada.

James vira sua perna, apesar de não sentir mais dor o seu joelho parecia um pouco rígido além de ainda continuar inchado. Eles conversaram um pouco sobre assuntos quaisquer e banais enquanto o moreno fazia seu trabalho. Isso foi até o assunto chegar a Molly.

_ então, quando vai ser o pedido? – disse James surpreendendo o moreno que lhe olhou com os olhos estalados em choque.

_ pedido de que? – disse Frank tentando se fazer de desentendido.

_ de casamento oras, não é isso que você sempre quis fazer com minha prima se casar com ela? – disse James rindo levemente – ao que me parece...

_ como descobriu, que eu vou fazer-lo em breve? – disse Frank enquanto mantinha sua atenção ao joelho e começara a envolver uma gaze encharcada com a poção de um dos frascos.

_ é meio obvio, até porque nós notamos que tem parecido um pouco tenso perto do meu tio Percy, mas se quer saber acho que deveria pedir a ela primeiro e depois só se dirigir ao pai dela – disse James - você tem ensaiado o pedido não? Eu e o Fred pelo menos vimos você circulando com um anel por ai, e ele ainda te surpreendeu guardando uma caixinha quando foi te visitar no Caldeirão Furado.

_ sim, vocês estão certos é o que planejo – disse Frank suspirando então encarando o amigo com um sorriso triste – pedir primeiro a ela, mas é que... – ele não terminara, pois fora interrompido.

_ e por que não o faz? – disse James.

_ é que casamento James é um grande passo e mesmo que seja o que eu quero ainda espero pelo momento certo – disse Frank enquanto atava uma nova camada de gaze sobre os que estavam molhados envolvendo a perna magicamente nos panos brancos – quero que seja especial para a Molly que ela não esqueça disto.

_ entendo o que quer dizer – disse James – vocês namoram tanto tempo que todos esperam por este pedido se quer saber, até acho que o fato de tio Percy ser às vezes tão sério com você é porque acha que você está enrolando a filha dele.

_ também tenho pensamentos como este – disse Frank então enquanto molhava uma gaze em uma poção e o aplicava em seu olho inchado - isto vai ajudar a diminuir o inchaço, apesar de estar bem melhor desde o dia em que te encontramos...

_ estamos quase terminando? – disse James sentindo a poção sobre seu olho escorrendo.

_ não, estamos longe disto – disse Frank – ainda temos muita coisa para fazer.

_ é que acredito que eu tenha visitas – disse James e o moreno olhara sobre o ombro.

Na porta se encontrava parada uma garota loira que abrira um sorriso simples ao ver que havia sido descoberta ao perceber o sinal que Frank lhe fizera para entrar ela acabou acatando e se aproximou dos dois devagar.

_ olá – disse Narcisa se sentando em uma cama ao lado - se você não se importa de eu ficar aqui assistindo a esta bela cela.

_ desde quando ver seu namorado quebrado é uma bela cena? – disse James brincalhão fazendo a loira sorrir.

_ já estou acostumada com isto – disse Narcisa – se você se esquece eu te vi pior do que isto a algumas noites – e o sorriso de James se desfez assim como a loira percebeu, ela ficou de pé.

_ agora vamos cuidar destes ferimentos – disse Frank indicando com a varinha a região do tórax e com um movimento as ataduras caíram desatadas.

_ quer que eu assuma daqui Frank? - disse Narcisa em pé próximo do moreno.

_ bem, não deveríamos deixar visitantes fazer nosso trabalho, mas no seu caso talvez possamos fazer alguma exceção – disse Frank assentindo e entregou a ela um frasco com uma poção verde acido - recomendo que não faça movimentos bruscos por enquanto, temos que esperar a poção fazer seu efeito – ele se voltou para James - permaneça deitado de preferência, pode sentir um desconforto caso o faça.

_ falou como um verdadeiro medibruxo - disse James sorrindo.

_ bem, eu estou vestido como um – disse Frank sorrindo pelo canto dos lábios.

_ nossa, alguem está fazendo piadas quem diria – disse James sarcasticamente.

_ Potter, o deixe terminar de falar – disse Narcisa com um tom sério, mas dava para se ver que não era tão grave assim a ponto de que ela ainda tinha um sorriso.

_ passe isto nas áreas inchadas, deixe-as nos locais que estiverem piores - disse Frank se voltando para a loira - quando estiverem secas as troque por outras, qualquer coisa estarei ali para ajudar.

_ sem problemas - disse Narcisa então o rapaz se voltou para o amigo que estava deitado, e sorrira para ele antes de se levantar do leito.

_ descanse está bem? - disse Frank se levantando – vou estar logo ali na porta esperando vocês terminar de conversar.

Narcisa se aproximara novamente e se sentara ao seu lado, ele tentou sorrir, mas viu que ela parecia um pouco triste ao tentar retornar o sorriso para o namorado. O ruivo então se inclinara minimamente para poder olhar melhor sua face, ela não estava ferida gravemente possuía apenas alguns arranhões e partes roxas em seu rosto mais especificamente em suas bochechas, maxilar e debaixo de um dos olhos. Não parecia ter sido tratada em momento algum naqueles últimos dias.

_ você ainda não foi tratada - disse James seriamente, e a garota sorriu fracamente.

_ não tive tempo, eu cheguei hoje da Bulgária – disse Narcisa e o ruivo a olhou com cara de ponto de interrogação – foi difícil sermos liberados entende? Aquelas politicagens todas sobre permanecer no país até as investigações terminassem, mas felizmente seu pai conseguiu convencer que não era necessário prolongar mais a estadia de turistas afinal éramos vitimas e só queríamos estar em casa novamente.

_ e em momento algum você pode cuidar destes ferimentos? – disse James questionador.

_ eu sei, mas é que os medibruxos estão tão ocupados com casos mais graves e isto se resolve facilmente com alguns feitiços - disse Narcisa enquanto começava a derrubar a poção no pano até que estivesse encharcado - agora, o senhor merece de uma atenção maior.

_ quem diria que um dia você seria minha enfermeira particular - disse James sorrindo fracamente enquanto o sorriso desaparecia quando ela colocava a gaze sobre um dos hematomas sobre seu tórax o fazendo gemer de dor – ai! Vai com calma.

_ fique quieto então, estou fazendo o melhor possível - disse Narcisa em um tom mandão, mas sem deixar de ter um pouco de diversão na voz - porque não tenta relaxar e deixar que eu faça o trabalho? - dito aquilo o ruivo recostou sua cabeça novamente ficando deitado completamente, mas ainda encarando o rosto da loira.

Aqueles machucados ele notara que já estavam antes dela encontrar com a irmã, o que significava que Luciana não a havia ferido o que era muito bom em vista que se tratava de uma comensal um tanto sádica nestes pontos. Ele fechara os olhos tentando descansar, ele pode sentir as mãos macias e atenciosas da loira lhe acariciando o rosto e trocando as gazes secas de seu olho por outras molhadas de poção.

Narcisa estava bem, era o que deveria importar para James naquele momento que ela estava viva e sem qualquer ferimento que fosse deixar alguma seqüela futura, no entanto algo dentro de si o atormentava e sabia exatamente o que era.

O que havia de errado com ele? Como fora se deixar quase ser espancado até a morte por aquele grupo de bruxos idiotas que nem ao menos mostrou o rosto enquanto o faziam. Ele era um covarde, um fraco que não sabia nem ao menos se defender do modo trouxa se sentindo totalmente dependente da magia, a posse de um pedaço de madeira que era uma varinha era sua melhor chance de defesa e ataque desde quando afinal?

James Potter deveria ser forte, ele sabia que era não entendia como fora acabar daquele jeito sendo um saco de pancadas de um bando de idiotas em um corredor escuro. Sempre fora um dos melhores em brigas trouxas durante a sua vida escolar em Hogwarts, se lembrava claramente do tanto de detenções que recebera por conta disto.

"Faz tempo que você saiu de Hogwarts, vê se acorda Potter de que aqui não vai aparecer McGonagall ou Longbottom para livrar sua pele quando estiver levando a pior assim como vai ter que entender que de nada vale tudo o que fez no passado quando começa a perceber que o futuro, ou melhor, o presente é mais cruel e sombrio do que um dia pensou que fosse". Era isso que ecoava em seu subconsciente, sua voz interior lhe jogava na cara que ele não era mais o mesmo de antes não importava quantas conquistas de quadribol tivesse ou se fosse quase tão famoso quanto o pai, isto não fazia diferença na hora de alguém viesse atingi-lo.

"Eles poderiam ter usado a cruciatus, te torturado com magia, mas estavam se divertindo tanto te surrando que nem se deram a este trabalho e sabe por quê? Porque você é um fraco, não é um herói de verdade como pensava que era nem sequer pode se defender sozinho quanto mais proteger Narcisa". Porque a voz interior continuava a torturá-lo com pensamentos como aquele, ele sabia que a sua namorada não precisava de tanta proteção que conseguia se defender sozinha afinal estava treinando para ser auror então sabia muito bem o que fazer com comensais da morte.

"Mas e se não pudesse? Por algum motivo ela fosse ou ficasse indefesa?" Não conseguia evitar, aqueles pensamentos vinham e continuariam a vir atormentá-lo e ele sabia que eram o peso de sua consciência por ter falhado consigo mesmo.

"E se afinal de contas a marca negra não tivesse esquentado e os tirado de lá? Acredita que ainda estaria vivo? Luciana o teria matado e você não seria nada mais nesta hora do que um dos muitos corpos a serem identificados pela família e quem sabe ao seu lado não estaria a sua namorada? O que te faz pensar que ela estaria viva, afinal mesmo que a irmã não a matasse ainda havia os outros comensais da morte." Inconscientemente sua face se contorceu em uma careta seria e irritada enquanto suas mãos se envolveram nos lençóis e suas unhas foram cravadas ali com força, essa atitude, no entanto não passara despercebido pela loira que parara de tratar do namorado no momento em que o percebera.

_ o que está acontecendo? - disse Narcisa quebrando a linha de pensamentos do ruivo e o fazendo abrir os olhos.

_ como assim? - disse James tentando ser natural, mas infelizmente sua voz saira tensa denunciando que havia algo errado.

_ você está estranho - disse Narcisa - parece que está preocupado com algo ou alguma coisa, consigo ver que está tenso e com o pensamento distante.

_ nossa não sabia que poderia parecer tão obvio desta forma - disse James seriamente tentando mudar de posição e ficar de lado, o que conseguiu fazer com certa dificuldade.

_ é o seu jeito, você consegue ser tão expressivo - disse Narcisa - eu consigo ver a distancia que você não está bem, então me conte o motivo, quem sabe eu não possa ajudá-lo.

_ não, você já está fazendo muito por mim - disse James fazendo a loira erguer a sobrancelha - o que houve?

_ você simplesmente se negar a compartilhar comigo algo que esta te preocupando apenas isto - disse Narcisa bufando - isto porque eu sou sua namorada, e deveríamos sempre confiar um no outro.

_ eu sei, é que eu apenas meio que... - disse James - estou um pouco abalado com as coisas que aconteceram, entende?

_ sim, entendo - disse Narcisa - você não é o único - ela suspirou - eu não acredito que a Luciana iria...

_ ela matou Eduard Zabini, se você se esqueceu por acaso do que aconteceu... Ela o matou a sangue-frio e você ainda não acredita no que ela iria fazer? E sim, eu acredito que ela iria sim fazer aquilo comigo – disse James irritado – se você não entende a sua irmã é...

_ eu sei está legal? Eu sei que ela é uma assassina – disse Narcisa num tom de voz alterado – eu sei as coisas que ela fez, se você se esqueceu por acaso de que eu estava lá e que Ed morreu em meus braços enquanto eu chorava por ele... – o ruivo pode ver os olhos dela se enchendo com lagrimas enquanto ele se sentia remorso por fazê-la se lembrar de algo tão terrível – eu ainda lembro sabe... Dele, tenho sonhos às vezes com sua morte, outras ele esta vivo e...

_ me desculpe, não queria que se lembrasse disso – disse James um pouco sem jeito.

James se sentia mal com aquilo.  Ouvir-la falando do ex-namorado morto era algo que o incomodava afinal por mais que tudo entre os dois tivesse sido falso, uma parte dele sabia que o sonserino a amava o suficiente para trair a todos para protegê-la e ter morrido por conta disto.

_ tudo bem – disse Narcisa suspirando fundo – eu entendo que esteja irritado com ela.

_ seria meio difícil de não estar – disse James rindo levemente.

_ Luciana, eu ainda não entendo como... Ela se tornou de repente isto – disse Narcisa – ainda não acredito que...   

_ pois ela ia fazer, era para eu estar morto agora se não fosse um maldito de um sortudo que sou - disse James soltando uma pequena risada como se achasse engraçado o que acabara de dizer, mas a loira ainda parecia seria - me desculpe.

_ tudo bem, eu entendo cada um lida com uma quase morte de uma forma - disse Narcisa se levantando - mas sabe o que realmente me deixou chateada aquela noite? Foi à atitude da Luciana, o modo como simplesmente me rendeu e ameaçou me matar, como ela me obrigou ver você sendo espancado e todas aquelas coisas que me falou...

_ você ainda tinha esperanças - disse James não conseguindo acreditar - aquela garota já tinha se provado uma vadia psicopata sem escrúpulos em outras ocasiões, se esquece do modo como ela alterou sua memória ou como te entregou para os comensais da morte e assumiu seu lugar por meses?

_ não, não há como esquecer isto - disse Narcisa - mas você não entende James que por mais coisas que faça aquela era a minha irmã e eu a amava, tente pensar se fosse você no meu lugar não iria ainda ter esperanças de que um dia seu irmão ou sua irmã voltaria para casa, pois havia em fim criado juízo e percebido o quão longe foi?

_ é difícil pensar, não consigo imaginar nenhum dos dois fazendo algo deste tipo - disse James pensativo - mas compreendo, ela é sua família então entendo o porquê de você ainda ter esperanças.

_ tinha esperanças, não há mais o que fazer - disse Narcisa duramente – eu falei com meu pai sobre o que a Luciana fez, e ele tomou uma decisão de deserdar-la – o ruivo a encarou, ele estava surpreso.

_ pensei que já tivesse feito isso há anos – disse James.

_ ele sempre adiou, por mais que Scorpius falasse que devêssemos fazer algo – disse Narcisa – bani-la da família, enfeitiçar a casa para que ela não entrasse mais lá... Mas meu pai assim como eu também acreditava que ela poderia mudar e como eu... – ela parou para enxugar algumas lagrimas que estavam escorrendo.

_ como você... – disse James a incentivando a continuar.

_ ao que parece ele também desistiu dela... – disse Narcisa – ela nunca mais pisara na mansão da nossa família depois desta noite - ela suspirou - nós fomos tolos em pensar que ainda havia alguma salvação.

_ não, não foram - disse James tentando dar conforto a sua namorada, ao que parecia ele não era o único que estava tendo a cabeça tomada por pensamentos desde aquela noite. 

_ sim, nós fomos, eu sei que fui - disse Narcisa - eu não a reconheço mais sabia? Aquela não pode ser a mesma irmã com quem cresci, com quem compartilhei conversas, com quem me diverti... E pensar que eu achei que ainda poderia haver algo dela lá dentro, mas agora vejo que não existe... É apenas uma pessoa diferente com o mesmo rosto.

_ deve ser difícil para você - disse James e a loira sorriu tristemente.

_ é sempre difícil quando você percebe que não consegue mudar o jeito de uma pessoa, lhe mostrar o caminho - disse Narcisa tristemente - mas não vou ficar me debulhando em lagrimas, pela Luciana não vale a pena.

A loira terminara de falar enquanto acabava o trabalho que Frank havia começado anteriormente. Então o som de alguém batendo na porta, o casal então voltou sua atenção para a direção em que o sorridente medibruxo dava pequenas batidinhas contra a madeira.

_ desculpe interromper, mas há mais alguém esperando para ver o Sr. Potter – disse Frank sorrindo no mesmo momento em que duas cabeças apareceram ali.

O sorriso no rosto do ruivo aparecera maior do que nunca, ao ser surpreendido pelos primos que haviam vindo cumprimentá-lo e ainda se encontravam do lado de fora do quarto.

_ dá para acreditar? Toda essa formalidade só porque está usando essa capa idiota – disse Fred indicando o uniforme de medibruxo que o amigo usava.

_ anda logo, deixe-nos passar – disse Dominique.

_ ainda não sei se o James quer vê-los – disse Frank brincalhão.

_ ah, como se ele não iria querer – disse Dominique abrindo passagem para ela e o namorado.

O apanhador sorrira ao ver seu melhor amigo ao seu lado lhe dando um forte aperto de mão. Fred parecia não expressar qualquer ferimento estando em ótimas condições assim como Dominique. Eles deveriam ter tido seus ferimentos curados diferente da namorada do ruivo.  

_ te levaram tão rápido que quando chegamos nem tínhamos encontrado você por lá – disse Dominique lhe cumprimentando com um beijo no rosto.

_ sabia que você ia estar bem, como é aquele ditado trouxa mesmo? Vaso ruim não quebra - disse Fred se sentando na cama ao lado do amigo que sorrira.

_ acho que isso não se aplica a mim neste caso, pois eu era só caco quando cheguei à tenda da enfermaria, e foi o único que precisou se transportado para cá - disse James se ajeitando na cama tentando se sentar para conversar, conseguindo fazer isto graças a uma ajuda de Dominique.

_ nós vimos, mas isso não importa quando você ainda está vivo - disse Fred com as mãos sobre os ombros dele.

_ acredite priminho, sua morte iria realmente deixar muita gente abalada sabe? – disse Dominique sinceramente.

_ eu não iria ficar abalado - disse Fred o que fez com que todos o encararem - ah, certo eu ia ficar muito abalado então nem pense em fazer uma loucura destas sem me contar.

_ pode deixar, da próxima vez te aviso - disse James rindo – só que é meio difícil planejar algo deste tipo sabia?

_ a Dommy ficou toda preocupada com você – disse Fred – tive até um pouquinho de ciúmes disto – seu tom era de brincadeira que fazia o ruivo ter duvida se aquilo era serio ou não.  

_ até parece que fui à única a ficar preocupada, você que discutiu querendo uma chave de portal para vir para cá saber como o James estava – disse Dominique fazendo com que o rapaz citado encarasse o melhor amigo com um sorriso leve.

_ não sabia que se preocupava tanto comigo – disse James – isto é tocante, sabia?

_ ah, Jay nunca mais me assuste deste jeito viu? – disse Fred com uma voz falsamente chorosa – se você for morrer, não esqueça de me levar.

_ lógico que não, iremos juntos – disse James sorrindo.

_ ah, então estamos combinados? - disse Fred esticando a mão para apertar à do amigo - perfeito então, nossos túmulos vão ficar um do lado do outro.

_ que papo macabro é esse? A morte não tem graça Fred - disse Narcisa seriamente - e também, não é algo com que se brinque.

_ eu sei tudo bem? É só para tentar quebrar a tensão - disse Fred.

_ deveria relaxar mais, e parar de se deixar afetar pelas besteiras que estes dois falam - disse Dominique - principalmente quando saem da boca do Fred...

_ hei - disse Fred se fazendo de ofendido - eu não falo besteiras, apenas estou em um nível de percepção intelectual que vocês não conseguem compreender.

_ basicamente falando, é o nível abaixo do nosso que ele se refere então esta ai o porquê de não entendermos - disse Dominique num sussurro para Narcisa que foi ouvido por todos.

_ assim fico ofendido Dodô, pensei que me amasse - disse Fred fazendo manha e cruzando os braços.

_ ah, e eu amo - disse Dominique rindo enquanto envolvia-o por trás em um abraço - adoro meu burrinho muito mesmo - todos riram até mesmo o moreno por mais que tecnicamente sua namorada o estivesse insultando todos ali sabiam que aquilo não era serio sendo apenas um modo de melhorar o ambiente ao redor com um pouco de risadas.

 _ assim está melhor - disse Fred.

 _ nada como um pouco de humor para melhorar as coisas - disse Dominique – então como foi para vocês durante a batalha? Ficamos preocupados quando vocês foram dados como desaparecidos.

_ você não contou a eles? – disse James se voltando para Narcisa.

_ se quer saber, não havia nada na cabeça de nós três nestas ultimas quarenta oito horas que pudesse fazer a gente ficar calmo a ponto de bater um papinho sobre as desgraças que ocorreram naquela noite – disse Fred.

_ então, poderia contar Narcisa, eu estou um pouco cansado – disse James e a loira assentindo levemente com a cabeça, era difícil para ambos lembrar do que havia acontecido.

_ eu tinha sido cercada por comensais da morte próximo dos vestiários da seleção britânica – disse Narcisa - quando James apareceu para me ajudar então ele conseguiu me dar tempo para fugir, mas acabei sendo pega por minha irmã quando tive acesso às escadas que levavam a saída sabem?

James sabia ao que ela se referia, a escadaria no caso era aquela que se localizava ao final do túnel dos vestiários e fora usada por eles para entrar no lugar sem serem notados e que teria sido usado para que chegassem ao camarote do ministro para receberem a taça. Após o ruivo ter explicado isto para os primos que haviam ficado meio confusos, a loira retornara com a narração.

Os dois haviam ficado furiosos quando souberam a covardia que havia acontecido com James, o moreno inclusive insultara a comensal da morte que quase matara seu melhor amigo de nomes que certamente teriam feito com que fosse repreendido pela avó se ela estivesse ali.

_ e o que houve com vocês? Nem parece que estiveram em meio aquela confusão - disse James fazendo o outro casal sorrir levemente.

 Dominique então contara o que aconteceu a eles, o modo como havia saído do camarote após ele ter sido invadido e como eles conseguiram chegar à ala oeste com muito esforço e protegendo os mais novos até chegarem ao outro lado do estádio e encontrado um corredor inteiro destruído com algumas pessoas feridas entre elas estava tia Angelina que estava sendo atacada por dementadores enquanto estava inconsciente e eles tiveram que usar patronos para afastar-los dos sobreviventes.

Fred acrescentara que eles viram à torre de transmissão sendo incendiada e que tudo em que pensara fora encontrar a mãe, e por conta disto havia seguido na direção oeste do estádio ao lado dos outros adolescentes e de como ele preferira ficar para trás e cuidar dos feridos e os proteger caso os dementadores retornassem. James sabia que o primo havia ficado tão preocupado com a mãe que não iria abandoná-la sozinha.

_ quando a Dommy iria lançar feitiços de proteção acabou que notamos que havia alguém ali, Greyback nos observava e havia comensais da morte com ele - disse Fred - ainda bem que tínhamos mandado as crianças continuarem, do contrario teria sido muita gente num pouco espaço para duelar e poderíamos ter acertado um ao outro por engano.

_ e como vocês saíram desta? - disse James.

_ por sorte apareceram algumas pessoas para nos ajudar - disse Dominique - bem que poderíamos duelar, é claro, mas estávamos exaustos então não íamos ter muita chance acabou que ficamos vendo o duelo enquanto tentávamos proteger as pessoas feridas e nós mesmos de feitiços perdidos.

_ o Greyback que fez aquilo com seu pai - disse Fred falando para a loira - acho que foi meio que uma tentativa de revidar o fato de seu pai ter o tornado ainda mais feio do que ele já era.

_ é, meu pai me contou – disse Narcisa – ele quase teve o braço arrancado por aquele monstro, se não fosse pelo pai da Dommy ter se metido no meio.

_ um Malfoy salvo por um Weasley – disse Fred – queria que o tio Ron estivesse lá para assistir, ia ser um choque e tanto para ele quem sabe...

_ os Malfoys não são tão ruins como costumavam ser, tio Ron tem que parar de viver com essas memórias idiotas na cabeça de que a qualquer momento o meu sogro irá insultá-lo ou tentar mata-lo de alguma forma – disse James.

_ a primeira opção ainda vai, porque às vezes o tio Ron faz uns comentários bem ácidos sobre os Malfoys – disse Dominique – o engraçado é que parece que ele gosta da Narcisa.

_ o que posso dizer? Minha namorada conquista até mesmo os mais cabeças-duras – disse James sorrindo levemente.


_ é natural sabe, afinal eu namoro um – disse Narcisa fazendo os outros rirem.

A conversa prosseguiu com termos mais leves e extrovertidos sobre qualquer coisa que não fosse relacionado ao que havia acontecido e era nesses momentos que James adorava ter como melhores amigos aqueles dois.

Os olhos azuis gelo encaravam as fileiras formadas pelos comensais da morte que havia respondido seu chamado. Alaric não podia negar que estava surpreso, uma boa parte de suas fileiras havia sobrevivido ao ataque sem terem sido mortos ou presos pelos aurores.

O salão em que estavam possuía as paredes feitas de pedra rústica e cinzas com colunas em estilo gótico bastante refinado e grandes janelas altas e finas com vitrais coloridos que se assemelhavam a uma catedral. Poderia ser exatamente isto se não fosse pela ausência de bancos e pelas grandes fileiras de bruxos encapuzados que encaravam o jovem a frente deles esperando por suas palavras em silencio.

_ duas noites se passaram desde nossa valorosa batalha,  digo a vocês meus aliados que aquela será lembrada como uma das primeiras batalhas que travamos rumo a nossa vitória eminente, as pessoas leram em livros sobre está gloriosa noite em que todos aqui provaram seu valor e do que são feitos... – disse Alaric e os comensais da morte comemoraram, ele fez uma pausa esperando que o silêncio retornasse – nossa missão foi cumprida, o ministro da magia foi morto e demonstramos a nossa força frente ao mundo bruxo que aprendera a temer novamente e respeitar aqueles que se mostram superiores não apenas pelo sangue que corre em nossas veias, mas também pelos ideais pelos quais lutamos – os seguidores vibraram com as palavras de seu mestre – é claro que... Devemos lembrar de nossas baixas, daqueles que deram suas vidas para que estivéssemos aqui onde estamos... Para que a missão fosse executada com sucesso... – silencio havia sido feito - honrem o sacrifício deles, faça com que não tenha sido em vão suas mortes assim como que o destino de nossos companheiros que foram capturados não tenha sido inútil, continuem lutando.

Uma nossa gritaria eufórica e uma salva de palmas de alguns comensais da morte foram escutadas. Rodolphus Lestrange que se encontrava no meio deles simplesmente se mantinha serio enquanto fitava o herdeiro das trevas com desdém, palavras eram apenas aquilo, era inegável rapaz tinha jeito para orador. Seu tom de voz, sua polidez ao falar eram de alguém que deveria ser respeitado e temido pelo menos era isto que o Lestrange pensava que os seus companheiros pensavam e o que Alaric queria transmitir.

_ foi com pesar, no entanto, o fato de tanto sangue mágico ter sido derramado – continuara Alaric – não falo apenas do nosso, mas em especial dos bruxos ignorantes que ousaram se oporem ao nosso caminho mesmo aquelas pobres vítimas não intencionais porque a maioria de nós sabe o quão terrível é o fato do mundo mágico se encontrar dividido e pior ainda, o fato de que cada vez mais nossa cultura vai absolvendo elementos do mundo trouxa e pior ainda integrando-os em nosso mundo e nos misturando a eles... Enfraquecido nossa magia conforme a miscigenação entre nós e eles tem se tornado freqüente cada vez mais bruxos vão diminuir por conta desse fato que muitos acreditam ser o contrario.     

Vibrações e gritos que manifestavam a concordância com o que fora dito pelo moreno assim como comentários sobre como os trouxas eram degradantes, imundos e inferiores assim como alguns berravam que eles assim como sangues-ruins deveriam morrer. Um sinal de Alaric com uma das mãos e todo o salão retornara a seu silencio.

_ devemos unificar-nos no final, nosso principal dever é mostrar aos nossos irmãos de magia aquilo que não querem enxergar – disse Alaric – que nós podemos construir um mundo que nos pertença em que não precisaremos nos esconder com medo de sermos perseguidos por sermos especiais, pois o inimigo real não está dentre nós, não há um lado certo existe apenas o lado iludido e conformista que preferem manter tudo da mesma maneira em que tem estado desde a idade media e o lado revolucionário que será o responsável por agregar uma nova era de paz e harmonia entre nós mesmo que isto venha a ser conquistado através da luta.

Alaric começara a andar enquanto falava, descera os degraus do pequeno elevado que o permitia ver todos os seus seguidores, mas agora estava entre eles andando por entre eles os encarando impassíveis e sérios certamente tensos com o fato de agora seu mestre está os analisando mais de perto.

_ não guardem remorso pelo sangue que vocês derramaram esta noite, nem se sintam culpados por suas ações porque isto lhe tornara uma pessoa fraca e não pode haver isto entre nós, devemos permanecer fortes  – disse Alaric - pois um verdadeiro bruxo possui uma grande força dentro de si que o motiva e sabe que não importa o que seja feito no progresso tudo aquilo que fazemos tem um propósito para o bem maior – ele fez uma ultima pausa para respirar sendo recebido por uma salva de aplausos firmes e potentes que ecoaram pelas paredes do salão – estão dispensados por hoje.

O salão foi ficando vazio aos poucos, conforme os bruxos saiam dali a mesma medida que Alaric fazia um sinal para as primeiras fileiras o seguirem para outra sala. O herdeiro das trevas os guiara até uma porta que se localizava em um dos lados do salão e ao entrarem encontraram ali uma mesa comprida feita de madeira negra com várias cadeiras, iluminando a sala havia uma lareira acesa mesmo assim um aspecto sombrio tomava conta do local.

Alaric se sentara na cabeceira, do seu lado direito ficava Lucius Malfoy enquanto do esquerdo ficava Rodolphus Lestrange. Luciana estava sentada ao lado do avô enquanto o restante dos bruxos tomava seus devidos lugares fazendo o mínimo barulho possível. Havia lugares vagos, um especial se mostrava a pertencia a ex-secretaria sênior Umbridge que havia sido capturada e mandada para Azkaban.

Fenrir Greyback ficara em pé atrás do herdeiro das trevas como um cão de segurança enquanto sobre o encosto da cadeira da cabeceira um falcão peregrino repousava encarando a todos assim como seu dono fazia naquele momento.

Aqueles bruxos pertenciam à elite de seu exercito muitos eram generais ou tenentes, tinham boas colocações dentro do ministério e sociedade bruxa e por vezes se tratavam de figuras bem vistas perante a sociedade mesmo com o passado de seus familiares que haviam agido no passado ao lado das trevas alguns mesmo eram comensais da morte que haviam desertado anos atrás, mas retornado após serem convocados novamente.

_ sirvam-se – disse Alaric fazendo um pequeno gesto e as taças que se encontravam em frente a mesa se encheram de vinho celta, imediatamente os bruxos ali presentes começaram a degustar a bebida imensamente rara - devem se perguntar o que fazem aqui, pois bem meus senhores e senhoras a verdade é que muitos de vocês devem se questionar os motivos que me fizeram alterar os planos para a copa mundial – ele se erguera de seu lugar e encarara todos de pé – a verdade é que, eu fiz uma descoberta que muitos de vocês realmente vão ficar surpresos ou talvez não.

_ do que se trata milorde? – disse Blaise Zabini à pergunta que muitos ali estavam com vontade de fazer, o rapaz sorriu com o questionamento.

_ muitos de vocês certamente sabem que possuo espiões, até porque alguns nessa sala por vezes fizeram esta função para mim em algum momento de necessidade – disse Alaric – pois saibam meus caros, recebi uma informação interessante de um deles que queria compartilhar com vocês.

_ algo importante que vá nos ajudar a avançarmos em nosso objetivo suponho – disse um comensal da morte de aparência idosa, um dos veteranos da ultima grande guerra bruxa.

_ certamente que sim Avery, dependendo do modo como vão ver – disse Alaric – meu espião entregou a mim algumas anotações bastante peculiares que gostaria de compartilhar com vocês – ele pegara alguns pedaços de pergaminhos do bolso - “Você corre perigo: sua vida esta ameaçada” – ele trocara o pergaminho - “Risco de vida: tenha cuidado” – em um outro - “não vá à copa de quadribol” – um outro novamente - “aumente sua proteção, eles te querem morto” – e mais um -” avise os aurores para aumentarem a proteção, você precisa está em segurança” - e novamente outro – “fique atento ao jogo final... será quando acontecera”.

_ estas mensagens milorde, não teriam sido mandadas para o ministro, teriam? – disse um homem loiro e grandalhão de nome Rowle.

_ exatamente, estas mensagens foram recuperadas do escritório particular de Kingsley Shacklebolt – disse Alaric jogando os pedaços de pergaminhos sobre a mesa, alguns dos bruxos mais curiosos pegaram as mensagens para lerem sem acreditar do que se tratava.

_ não consigo entender o que está escrito – disse um bruxo magro e esguio de olhos saltados, o comensal ao seu lado então comentou.

_ porque, isto aqui Mcnair, são Runas Antigas – disse o comensal de barba grisalha e cabelos compridos então se virando para seu mestre como se pedisse para que ele comprovasse o que acabara de dizer.

_ exatamente Rookwood – disse Alaric assentindo para o comensal da morte – quem quer que tenha mandado essa mensagem para o ministro parecia conhecer o fato de que Shacklebolt poderia decifrar a mensagem escrita facilmente por ter cursado esta matéria em Hogwarts.

_ estamos sendo traídos? – disse uma bruxa rechonchuda de rosto bruto e coque firme parecendo não acreditar – inaceitável... – ela parecia um cão feroz como sua voz parecia uma espécie de rosnado.

_ milorde o senhor sabe de quem se trata essa pessoa? – disse um bruxo ao lado da mulher que terminara de se pronunciar assim como esta ele se encontrava em sobrepeso com os cabelos quase raspados, barba cerrada e quase sem pescoço, ambos eram indiscutivelmente um casal.

_ sim, eu sei de quem se trata Goyle e acho compreensiva a preocupação de sua esposa afinal é inaceitável que entre nós exista um traidor – disse Alaric se levantando e caminhando pela sala parecendo raciocinar.

_ e o que faremos a respeito desta pessoa? – disse um bruxo alto e jovem de cabelos negros na altura dos ombros e um cavanhaque.

_ tem que haver uma punição distinta para que aprenda – disse uma mulher oriental de rosto magro e olhos com contorno preto que destacava a coloração amarela deles.

_ punição é o que pedem vocês Carrows? – disse Alaric – interessante, mas antes vamos nos focar em quem se trata o traidor e adivinhem meus caros esta pessoa se encontra nesta sala entre vocês.

Um silêncio se espalhou pela sala, apenas o som era do crepitar das chamas da lareira ao lado do som dos espaços do herdeiro que continuava a andar pela sala. Podiam se perceber os ombros tensos de alguns e como as pessoas evitavam encarar o rapaz nos olhos.

_ nos diga então milorde – disse Luciana Malfoy – quem é o traidor, fale que daremos a ele a lição de que precisa para aprender a não trair nosso mestre.

A garota foi seguida pelos comentários de confirmação de seus companheiros que compartilhavam o mesmo sentimento com a loira. Ao ouvir aquelas palavras Alaric sorrira antes de se sentar novamente no mesmo local à cabeceira.

_ não é necessário, o próprio traidor se denunciara – disse Alaric tornando a ficar novamente em silencio aguardando por algo que muitos pareceram não compreender.

Então o som foi escutado, e todos os olhos foram para o canto esquerdo ao lado de seu mestre, onde Rodolphus Lestrange havia acabado de estourar a taça em uma das mãos os sangues escorria por entre seus dedos assim como a mão.

Rodolphus sentira seu corpo enrijecer, a respiração estava mais pesada e profunda. Ele tentara se erguer mais suas pernas estavam anestesiadas e ele despencara em direção ao chão. O som de vozes, sussurros e murmúrios de seus companheiros era escutado enquanto ele tentava novamente se levantar e tentar se recuperar sendo que era em vão, pois todo seu corpo parecia esta virando pedra de tão difíceis que era para ele movimentar-se.

 _ gostaria que nos deixasse a sós, precisamos ter uma conversa – disse Alaric aos demais da sala e o som de cadeiras se arrastando pode ser ouvido assim como passos que se dirigiam para as saídas.

Vultos deformes passaram pelo comensal caído, sombras de seus companheiros que o encaravam ou simplesmente ignoravam-no ali. Quando a porta se fechou atrás dele quando o ultimo havia saído, ele pode ver uma sombra de alguém a sua frente se ajoelhando e ao encarar pode constatar quem já era esperado.

_ antes que pergunte a substancia estava na taça, ela se dissolveu quando o liquido entrou em contato – disse Alaric – é uma substancia sem gosto algum e com efeito lento porem doloroso.

_ como pode saber... – disse Rodolphus pesadamente.

_ que você era o traidor? – disse Alaric – não foi difícil imaginar, apenas liguei as pontas soltas que você deixou pelo caminho.

_ de que... – disse Rodolphus não conseguindo completar a pergunta.

_ De que tipo? – disse Alaric sorrindo - você era um dos poucos que havia feito Runas Antigas em Hogwarts, assim como foi contemporâneo de Shacklebolt durante a vida escolar dele para saber que ele conhecia tradução delas, a caligrafia também foi um ponto crucial, acredito que tenha tentado disfarçar talvez escrito com a mão direita no lugar da esquerda para que ela saísse mais deformada e não pudesse ser reconhecida. 

_ parece que... Não funcionou com você... – disse Rodolphus e o rapaz sorriu.

_ oh, não... Mesmo esta tática se mostra falha em alguns pontos como, por exemplo, alguns floretes que ainda permaneceram na sua caligrafia – disse Alaric – como o seu “S” serpentino e o seu “F” como se fosse uma adaga, traços imperceptíveis para você e que mesmo com a mão errada guiando a pena pareceu se manter e eu reconheci das cartas que você me mandou algumas vezes como relatório das missões – ele fez uma pequena pausa antes de continuar - não podemos esquecer também do fato de você ter utilizado de elfos domésticos para irem até o empório de corujas e eu ter sentido a falta de alguns sicles que certamente você utilizou para pagar as entregas sendo que inicialmente eu não tinha ligado para o desaparecimento, mas depois comecei a desconfiar.

Uma risada fora isso que o bruxo das trevas recebera de volta do seu servo traidor. Uma risada rouca e formal, mas que mesmo assim ecoara pela sala enquanto o seu dono tentava se apoiar nos cotovelos para encarar o rapaz nos olhos.

_ sempre perfeito em tudo que faz não é? – disse Rodolphus com a respiração pesada – sempre se achando o melhor de todos, mas saiba de uma coisa garoto... Você não é ninguém, não importa o quanto estas pessoas te temem... Eu sei... Consigo ver através de você... Não há nada de especial... Nada que o torne tão poderoso quanto parece... Tudo é algo que foi montado perfeitamente... Em mínimos detalhes para impressionar essas pessoas, dar a elas o que querem... Dar a elas um líder... Acha que eu não sei? Você é falso moleque, um garotinho assustado que não conheceu nada na vida que valha a pena então resolveu se prender a essas... Essas... Crenças e valores antigos, que deveriam ter morrido antes de você nascer... Ao lado de um louco... De um louco que era segundo você seu pai... Mas que provas temos disso afinal?

_ eles não precisam de provas – disse Alaric calmamente como se não tivesse sido afrontado – eles sabem, assim como você sabe quem é a minha mãe, mas não quer admitir a si mesmo – ele se aproximara do homem e sussurrara como se aquilo fosse um segredo entre os dois – você sempre soube não é? É por isso que me odeia tanto, porque eu sou aquilo que não pode ser dado a ela... Sempre soube que era um homem incompleto, sem a capacidade de deixar descendentes, mas ela podia, e o fez...

_ você mente – disse Rodolphus mesmo que sua voz fosse vacilante e estivesse irritado, pois sabia que aquilo era verdade – você não é filho dela...

_ porque ainda nega o que sabe, vamos quero ouvir você dizer – disse Alaric rindo levemente – antes que pergunte ele não a amou como você, na verdade não havia sentimento algum no que eles fizeram foi mais um acordo para que houvesse um descendente - ele fez uma pausa para desfrutar da visão que eram as lagrimas no rosto do homem – para ela não foi bem assim, foi algo maior, uma realização pessoal poder ter fisicamente o mestre que tanto amava.

_ eu sempre soube... Sempre... – disse Rodolphus – mas minhas esperanças eram de que ele nunca olharia para a Bella, nunca a amaria de verdade... Nunca a amaria como eu... Como eu a amarei por minha vida toda – lagrimas rolavam – eu fiz coisas, me uni aos comensais da morte por causa dela e depois permaneci por conta dela e do meu irmão.

_ você me da pena Rodolphus – disse Alaric – como alguém pode se mostrar tão miserável, desta forma? Se deixar motivar por algo tão banal, é ridículo se deixar levar por emoções sejam quais for – ele se levantara – foi isso que te trouxe a mim neste momento, seu ódio por mim levou a traição... Se fosse mais racional isto não teria acontecido.

_ eu não me arrependo – disse Rodolphus – não me arrependo de nada que fiz.

_ é, disso eu desconfiava – disse Alaric – não carregar arrependimentos é algo que te faz um homem ainda digno de se possuir um pouco de respeito, é uma pena que me odeie... Eu teria te dado uma parte do meu poder, você seria um dos primeiros em meu reinado quando eu assumisse.

Ele começara a caminhar para longe do bruxo então dera uma ultima olhada para o traidor caído e lançara um sorriso enquanto retornava para perto dele novamente se ajoelhando próximo.

_ antes que pense que vai morrer, o que bebeu não foi um veneno – disse Alaric surpreendendo o comensal da morte – apenas uma toxina que paralisa seus movimentos impedindo que se mova por tempo suficiente para que eu execute meu plano.

_ por que isso afinal, o que pretende me mantendo vivo? – disse Rodolphus pesadamente e com a voz fraca - que... Espécie de plano pode ter para mim?

_ você logo saberá – disse Alaric então se levantando e encaminhando para fora da sala, dera uma ultima olhada antes de fechar a porta atrás de si deixando o bruxo no chãdeixando o bruxo no chminhando para fora da sala, dera uma ultima olhada antes de fechar a porta atrrmc cotovelos para encarar o da sala quase escura.

Rodolphus então desabou rígido com a queda de sua cabeça contra o chão duro e frio não mais tentando lutar contra os efeitos da poção que bebera. O som de vozes ainda vinha, do lado de fora da sala, e ele não conseguiu reconhecer de quem se tratavam os donos delas, com exceção é claro da que pertencia a Alaric. Ele pode olhar a porta com dificuldade, a iluminação debaixo da porta indicava que havia muitas pessoas paradas do lado de fora.

_ vocês sabem o que fazer - disse a voz de Alaric - se certifiquem que ele seja encontrado pelas pessoas certas - som de passos indicou que ele estava indo embora para longe da sala. 

A porta se abrira novamente e desta vez dois comensais da morte encapuzados e mascarados entraram caminhando até ele com as varinhas erguidas sendo que aquilo era desnecessário já que ele não conseguia nem se quer se arrastar por conta da paralisia. Ele sentira sua visão indo se apagando aos poucos conforme seus olhos já não conseguiam ficar mais abertos e então finalmente desmaiara.


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Notas finais do capítulo

SPOILERS ON - O que vai acontecer com Rodolphus? Tem ideia de que pessoas certas são estas? - SPOILERS OFF.

Sem muitas coisas a dizer. Primeiramente: minhas aulas retornaram, então pode ser que os próximos capítulos demorem um pouco para saírem. Espero que entendam isto. Até porque acredito que todos entendam como é esse ultimo semestre para todos nós que estamos estudando. As aulas de vocês retornaram não?

Então, é isto. mesmo que demore, vem mais capítulos não se preocupem. Só gostaria que viesse mais reviews também, tenho sete leitores que favoritaram a fic até aqui e apenas alguns comentam. Então, leitores fantasmas, apareçam sim? Será bom falar com vocês.

Reviews não são como crucio, ele não vão te machucar se você os deixarem para mim. Do contrario, aposto que até vão gostar.



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