Novos Tempos Em Hogwarts 3 escrita por Thiago, Thiago II


Capítulo 24
Sobre devoluções e ensaios


Notas iniciais do capítulo

Olá leitores. Bem eu poderia justificar aqui meu desaparecimento e demora para postar, mas acho melhor fazer isto ali embaixo que é mais certo de vocês lerem.
Enfim boa leitura.



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Era fim de tarde quando a garota caminhava rapidamente pelos corredores do castelo com seus livros e cadernos a frente do corpo como uma proteção além de parecer deveras menor do que propriamente era.

A loira mantinha o olhar baixo tentando não focalizar alguém ou ser notada por pessoas indesejadas, não que precisasse disto afinal quando estava sozinha sem seus amigos por perto era realmente difícil algum outro estudante qualquer que pudesse se interessar em falar com ela.

Chloe Skeeter era a invisível apenas um pouco conhecida por ser a amiga de Lily Potter e ter amizade com pessoas tidas como populares, mas diferente do que falavam aquilo não a tornava querida ou mesmo parte da elite dos alunos afinal não havia nada demais nela.

Eram pensamentos assim que vinha na mente dela algumas vezes, ela era esperta para não compartilhá-los com ninguém afinal quem poderia entendê-la sendo mesmo capaz de que seus amigos a repreendessem e dissessem palavras bonitas sobre como ela era importante e especial.

Por mais momentos importantes e especiais que pudesse haver não existia como fazê-la crer que ela era alguém que faria falta as pessoas tanto quanto ela sentiria falta de qualquer um do seu circulo de amigos.

Lily estava treinando com o time de quadribol da corvinal mesmo que o tempo parecesse não colaborar muito para pratica de esportes. A ruiva bem que tentara convencer à amiga de ir assisti-la nas arquibancadas sendo que para a grifinoria não lhe parecia muito agradável, afinal poderia ser acusada novamente de estar espionando os treinos para sua casa como a capitã fizera na ultima vez que a vira presente em um dos treinos.

Pelo menos era esta a desculpa que ela dera a Lily até porque não iria dizer que não gostava tanto de assistir a treinos e jogos por conta de que em sua mente começavam a surgir lembranças de sua mãe.

Chloe não tinha problemas com pensar em seus pais apenas que não gostava de ser pega de surpresa ainda mais com pensamentos de coisas que costumava fazer com eles. Como ver os treinos ou partidas de quadribol de sua mãe ou às vezes em que ela e o pai costumavam se unir para ver as estrelas no telhado da casa deles por um antigo telescópio para então lembrar que não poderia mais fazer isto com os dois era cruel demais para seu pobre coração que já sofrera mesmo tão jovem.

Seus passos soavam mais altos à medida que ela se distanciava dos corredores movimentados e ia se aprofundando cada vez mais no interior do castelo. Subindo suas escadas e dobrando suas curvas logo não existia mais nenhum aluno naquela área porque a maioria certamente ainda estava no salão principal ou já haviam ido para os comunais.

A loira ajeitava os livros em seus braços se perguntando mentalmente porque havia deixado sua mochila na torre da grifinoria no lugar de tê-la trazido consigo. Então ela finalmente chegou ao seu objetivo sendo que antes de cruzar a porta ajeitara levemente umas mexas de seu cabelo que lhe caiam na testa para em seguida com uma das mãos para poder empurrar a porta da biblioteca.

Ela olhou rapidamente na biblioteca podendo ver poucos alunos por ali podendo identificar uma cabeleira ruiva numa das mesas mais afastada sendo que nem ao menos Rose levantara os olhos do que lia. Chloe sorriu ao ver a amiga por ali em seu ambiente de refugio como uma vez ouvira a própria ruiva dizer, ela não iria atrapalha-la até porque tinha de entregar os livros que havia pegado dias atrás para então poder ir ao ensaio da banda dos rapazes que ocorreria dali a alguns minutos.

A loira fechara a porta mais delicadamente possível para não provocar qualquer ruído que pudesse atrapalhar os outros estudantes para então seguir em direção a um balcão em uma das extremidades da biblioteca. Sentada em uma cadeira no seu devido lugar se encontrava a nova bibliotecária que pareceu ignorar a presença da garota a sua frente já que a leitura que fazia parecia lhe agradar mais.

_ com licença – sussurrou Chloe num fio de voz enquanto suas mãos se fincavam firmemente nas capas dos livros – eu gostaria de fazer uma devolução.

Ignorada. Era o que acontecia às vezes mesmo que as pessoas não tivessem a intensão de fazê-lo sendo o acontecia era simplesmente que algumas pessoas não conseguiam escutar o que a terceiranista dizia por não estarem acostumados com seu tom de voz. Chloe tossiu falsamente para chamar a atenção da bibliotecária que ergueu os olhos de sua leitura para poder encara-la.

_ eu gostaria de fazer esta devolução – falou Chloe gentilmente estendendo os livros então notando que a bibliotecária não iria pega-los acabou por deposita-los na mesa e empurrar na direção da moça.

A bibliotecária pegou o do topo e abriu para que pudesse olhar o interior da capa onde se encontravam os nomes daqueles que haviam emprestado ao lado da data de empréstimo. Ao conferir que estava tudo como deveria sem nenhum atraso ergueu novamente o olhar para a loira a sua frente e lhe lançara um sorrisinho simples.

_ muito bem senhorita Skeeter parece-me que tudo esta conforme o combinado dentro do praso de devolução – falou a bibliotecária – queira assinar aqui para confirmar – apontara para um livro localizado sobre o balcão ao lado de um tinteiro.

E assim a garota fez olhando pelo canto dos olhos a mulher enquanto ela carimbava os livros que a aluna havia devolvido. Após a aposentadoria da antiga bibliotecária esta nova entrara em seu lugar, era uma mulher de pouco mais de seus quarenta anos com os cabelos loiros avermelhados presos em um rabo de cavalo por debaixo do chapéu de bruxa. Mas certamente o que mais chamava a atenção eram as cicatrizes em seu rosto que por mais maquiagem que usasse ainda eram percebíveis quando vistas de perto.

Segundo soubera por Lily aquelas cicatrizes foram causadas a senhorita Edgecombe quando ela estava em seu quinto ano escolar. Uma azaração que fora usada sobre um pergaminho como um modo de marcar a pessoa que ousasse trair a Armada de Dumbledore.

Hermione fora a responsável por aquilo e mesmo depois de anos as marcas ainda estavam ali como uma lembrança para a dedo-duro e permaneceriam para sempre. Aquilo explicava muitas coisas como o porquê de Rose e Hugo terem que pagar as taxas de atraso mais do que quaisquer outros alunos porque simplesmente haviam se enganado do dia de devolução (pelo menos era esta a desculpa que a bibliotecária dava).

Mas para os outros alunos, Marieta Edgecombe era até agradável se você não ficasse olhando por muito tempo para suas cicatrizes. A bibliotecária terminara de carimbar os livros e os empilhara novamente enquanto aguardava que a estudante terminasse de assinar o livro.

_ terminei – falou Chloe pousando a pena sobre o suporte do tinteiro.

_ senhorita Skeeter – disse senhorita Edgecombe – se importaria de levar estes livros para as prateleiras que pertencem? Meu assistente está organizando a seção reservada.

_ não me importo – falou Chloe sorrindo levemente enquanto pegava novamente a pilha e se dirigia as estantes localizadas a sua direita.

Andou por um tempo tomando o cuidado de olhar para colocar os livros nas estantes corretas apesar de que era fácil se tratando de que quando se aproximavam de seus lugares cada um deles começava a vibrar e era só estende-los que retornavam sozinhos para onde pertenciam.

Chloe não demorara a terminar então resolvendo dar um passeio pelo lugar em busca de algo que lhe chamasse o interesse. Viu-se na seção que tratava sobre criaturas magicas e imaginou que poderia pegar algum daqueles para ler afinal Lorcan e ela haviam se oferecido para ajudar Hagrid com os animais do celeiro.

Ela pegara um que tratava de hipogriffos e abrira em uma pagina qualquer para ler o que estava escrito parando alguns segundos para admirar o traço que os ilustradores do livro haviam feito das criaturas e como eles se mexiam mesmo que minimamente devido a magia que havia sido usada. Então puxou uma pena do bolso das vestes e começou a anotar seu nome no espaço dos que iam pedir emprestado, pois se decidira que iria leva-lo.

Então escutara ruídos como se alguém conversasse do outro lado da estante mesmo que falassem de um modo baixo era compreensível que estavam agitados até então não ligava muito.

No entanto, acabara por sentir um impacto que fez a estante vibrar então fazendo a loira ficar estática e desviar seu olhar para a estante podendo ver através dos espaços entre um livro e outro, os vestígios quem se encontrava do outro lado.

_ pare de coçar seu idiota isto esta me dando nos nervos – falou uma voz masculina bastante grave num tom que mostrava estar estresse ao observar melhor a grifinoria o reconheceu como um sextanista da sonserina só não se lembrando de seu nome.

_ por Merlin, que parte do não chamar a atenção por acaso vocês dois não entenderam? – outra voz foi dita desta vez se tratando de uma feminina de algum lugar fora do campo de visão da loira - Parkinson será que dava para ser mais paciente olha só o que você fez.

_ você poderia ter me matado com este feitiço – choramingou outro garoto com uma voz um tanto gutural estando este apoiado contra a estante bloqueando grande parte do campo de visão de Chloe já que ele era enorme – eu apenas ainda não me acostumei com isto até parece que você não conhece como é as primeiras semanas depois da...

_ eu sei seu imbecil – disse Parkinson - mas você se coçar não vai ajudar em nada.

_ mas esta queimando e muito – falou o garoto.

_ sejam mais gentis com o Goyle – falou uma garota sendo a voz muito parecida com a da primeira – ele apenas não suporta a dor como vocês afinal ele é um novato assim como você foi antes dele Peter.

_ que meigo você defendendo-o o que você é do Vicent agora? – um terceiro garoto debochou - Sua namorada? – foi escutado um conjunto de risadas de rapazes que logo se silencio.

_ vocês são uns idiotas mesmo agora por que não vão vigiar para evitar que sejamos surpreendidos? – falou Parkinson e foram escutados passos de pessoas se mexendo – agora Goyle faça algo útil e junte estes livros que derrubei quando estava tentando destruir a sua cabeça.

O garoto se moveu possibilitando que Chloe tivesse uma visão melhor do que acontecia. Parkinson estava acompanhado de duas garotas sendo que uma delas o lugar de onde estava não possibilitava que visse de quem se tratava.

A outra era a asiática que tinha como um dos passatempos favoritos azarar Chloe quando a encontrava pelos corredores estando sozinha simplesmente para fazer seu grupinho rir. Então o que veio a cabeça da loira de que todos deveriam estar ali do outro lado o que já devia ter sido um sinal para que saísse dali antes que Ruby ou Parkinson percebessem que havia alguém os espionando.

_ vocês não acham que deveriam fazer este tipo de coisa em um lugar mais discreto? – perguntou a garota chamando a atenção dos sonserinos para si – francamente a biblioteca é um lugar horrível para se fazer este tipo de coisa.

_ nem tanto se formos parar para pensar que são poucas as pessoas que vem a este lugar durante a semana ainda mais quando nós estamos no corredor de historia da magia – riu Peter Parkinson – que tipo de pessoa viria a este lugar? Acredite em mim quando digo que levantaríamos mais suspeitas se fizéssemos isto em outra parte do castelo já que os monitores enxeridos sempre estão por ai patrulhando os corredores.

_ não leve para o lado pessoal quando ele diz que os monitores são enxeridos – disse Ruby a garota – você entende que é verdade não é mesmo? Principalmente a idiota da Longbottom que desde aquele dia no salão principal sei que tem ficado na espreita esperando ter motivos para descontar pontos de nós.

_ de vocês e por boas razões – bufou a garota.

_ depende do ponto de vista para mim ela é apenas uma otária que teve a sorte de receber o distintivo de monitora – falou Ruby – deve ser fácil quando seu pai é professor.

_ vocês... Garotas sempre com suas rivalidades e difamando as outras – disse Peter Parkinson entediado.

_ vai me dizer que não concorda comigo? – questionou Ruby.

_ sobre a Longbottom? Em partes – deu de ombros Peter Parkinson.

_ o que quer dizer? – falou Ruby num tom enciumado.

_ ela não é de se jogar fora – disse Peter Parkinson num sorriso malicioso sendo alvejado por um tapa da asiática – você gosta de me bater não é?

_ só não me provoque – bufou Ruby Carrow então se voltando para o chão onde Goyle ainda estava arrumando os livros – deixe isto para lá depois você faz.

_ então vamos começar com isto ou só ficar falando de assuntos nada haver? – falou Peter Parkinson tirando do bolso algo que não deu para ver com clareza o que era – então quem terá a honra desta noite? – o sextanista dirigiu seu olhar para um ponto fora do olhar da loira então sendo acompanhado por Ruby.

_ nem olhem para mim – falou a garota em seu canto discreto - ainda acho uma ideia estupida e não entendo porque tenho que estar aqui.

_ só porque ainda não esta dentro não significa que não esteja envolvida com a causa – disse Ruby – tem que começar a se habituar ao que fazemos irmãzinha.

Chloe estacou ao ouvir aquilo. Não poderia ser Safira afinal a garota nunca foi de aparentar participar ou aprovar as coisas que a irmã fazia então porque estaria ali naquele momento um tanto suspeito.

_ eu não sei se posso me habituar com isto – sussurrou Safira Carrow – olha... Eu tenho que ir se não se importa... – ela se moveu finalmente aparecendo e comprovando a Chloe de que realmente era a monitora - há coisas mais importantes e pelas quais eu realmente me interesso diferente disto tudo que vocês fazem.

_ como se derreter pelo seu parceiro de monitoria – debochou o terceiro garoto – quando é que vai perceber que o Scamander esta totalmente na da Potter e perceber que não adianta bancar a garota certinha e a amiga dele que não irá ter chance?

_ dá para ficar na sua Rookwood – disse Safira acidamente – eu não faço de conta que sou amiga dele ou banco a certinha isto é o que sou mesmo que mentes pequenas como a de vocês não consigam entender.

_ ah, quem quer enganar irmãzinha? – disse Ruby - Você tem um penhasco pelo monitor mesmo que não consiga entender os seus motivos para se apaixonar por alguém como ele tem tantas melhores opções por ai.

_ como seu namorado? Foi mal, mas se alguém como o Parkinson for o melhor que posso conseguir é melhor continuar solteira – disse Safira pegando a mochila que estava no chão e a pendurando no ombro – agora tentem não serem pegos enquanto mexem com estas suas coisas idiotas.

_ também amo você – falou Peter ironicamente então voltando o olhar para Ruby e entregando o que havia em suas mãos.

Finalmente a loira pode ver como se tratando de uma espécie de recipiente como uma bacia só que feito de prata pura com runas entalhadas. Chloe ficou confusa afinal reconhecera aquilo como sendo um objeto que seus pais tiveram em casa por anos porque aos seus olhos não poderia ser outra coisa que não uma Penseira.

Ruby pegara a varinha e apontara para o interior do recipiente o enchendo de agua então o estendendo para o namorado que levou as mãos as vestes e para o assombro da grifinoria o que vira fora um canivete.

_ Goyle venha precisamos de você – falou Peter Parkinson e o garoto de costas para Chloe não respondera – não esta com medo por acaso não é?

_ não é que não entendo o que esta acontecendo aqui – balbuciou Goyle.

_ tudo bem – suspirou Peter Parkinson tentando se controlar – esta me dizendo que seus pais nunca lhe mostraram como isto funciona? Francamente... Eles deveriam pelo menos ter te mostrado o básico.

_ estão perdendo tempo – cantarolou Rookwood.

_ observe bem para que aprenda alguma coisa útil – falou Peter Parkinson diretamente para Goyle antes de virar-se para a bacia de prata e estender a mão sobre ela com a palma virada para cima inicialmente então com o canivete fez um corte.

O corte sangrou e o sonserino deixara algumas gotas caírem sobre a vasilha antes de se afastar. Ruby começara uma espécie de canto no que parecia ser uma língua antiga e inicialmente nada aconteceu para então serem escutados sons de borbulha e uma quantidade considerável de fumaça vermelha sangue começou a emanar da boca do recipiente de prata.

Goyle soltara um som de surpresa e apontara para o recipiente. Chloe trincara o maxilar ao ver que aquilo podia significar muitas coisas sendo que a que tinha mais certeza era de que não era ensinado em Hogwarts em especial já que cheirava a magia negra.

_ agora seus miseráveis – ordenou Ruby - silêncio para que possamos escutar

_ isto é... – começou a dizer Goyle sendo então silenciado por um olhar duro dos dois outros adolescentes.

_ que parte do fazer silêncio é difícil para você compreender Vince? – disse Peter Parkinson sarcasticamente.

_ os dois calem a droga das bocas do contrario eu vou silencia-los de um modo que vocês não vão gostar muito – ameaçou Ruby então se voltando para o recipiente – perdão pelos incômodos sabe como é difícil... – a asiática se interrompeu para então continuar falar – estamos preparados para saber o que deseja com nosso grupo já que não pode dizer muitas coisas em sua carta.

Ruidos começaram a ser ouvidos vindos do recipiente como uma espécie de sibilo que não fazia sentido porém para Ruby parecia ser bastante claro pois seu semblante era de concentração como alguém que escuta atentamente uma ordem e instruções para cumpri-la.

Goyle pareceu perder o interesse rápido e dando de ombros se agachou para pegar os livros então começando a devolvê-los para as prateleiras. Chloe sentiu toda a extremidade de sua espinha tremer quando os olhos grandes e negros acompanhados da monocelha e do nariz de porco apareceram num espaço na estante parecendo tê-la descoberto.

Já que Goyle encarava o ponto onde a garota se espremia para se manter longe de vista e ainda poder sondar a conversa. Ele então desviou os olhar para trás e a garota começou a imaginar que estava prestes a ser descoberta, porém o quintanista não dissera nada para os companheiros, em vez disto se voltara novamente para a estante e quanto menos a loira esperava foi que ele meteu a mãozorra gorda no espaço.

Chloe bem que tentara se mover, mas a mão do sonserino se prendera como uma garra a barra de suas vestes fazendo com que ela se assustasse e derrubasse o livro que carregava. Levando a mão ao bolso a loira puxara a varinha num ato desesperado apontara para os dedos do garoto que a prendia murmurou o primeiro feitiço que lhe veio em mente.

O feitiço que atingira a mão dele fora a azaração da ferroada que consistia em lançar um ferrão da ponta na direção do alvo que sentiria uma dor incomoda como uma picada de abelha. Fora o suficiente para que o sonserino lhe soltasse assustado e gritasse dando tempo para que garota saísse correndo daquele corredor onde estava.

_ o que diabos esta fazendo agora? – disse Peter Parkinson duramente.

_ havia alguém nos espionando – falou Goyle com uma voz dolorida certamente estava com uma careta na face – eu vi estava do outro lado.

_ Rookwood e Dolohov vão ver – ordenou Peter Parkinson e os dois garotos saíram apressadamente até o corredor ao lado momentos depois da loira ter escapado – tem certeza do que esta falando?

_ consegui segurar – disse Vincent Goyle - mas acabou escapando.

_ só pode ser praga da sua irmã – falou Peter Parkinson para Ruby que não respondeu ainda estando vidrada no recipiente com a fumaça vermelha – acharam alguma coisa? – perguntou aos rapazes após eles retornarem do corredor ao lado.

_ isto – disse Dolohov mostrando um livro antigo com um hipogriffo ilustrando a capa – estava caído no chão – o sextanista pegou das mãos dele para poder ver melhor.

_ o corredor estava vazio – falou Rookwood – sem ninguém que pudesse estar espionando – se voltando então para o amigo brutamontes – vai ver o Vince tem visto coisas onde não existem.

_ não exatamente – disse Peter Parkinson estendendo o livro aberto para os amigos – veem aqui no nome dos alunos? O ultimo nome foi escrito recentemente dá para notar que a tinta é nova porque esta até um pouco borrado.

_ parece então que teremos que silenciar alguém rapazes – falou Ruby Carrow se aproximando e pegando o livro das mãos do namorado encarando com seus olhos puxados o nome escrito – é certamente vai ser bem fácil de fazer e devo dizer até divertido.

Chloe caminhava apressadamente pela biblioteca. Estando o mais rápido que poderia sem chamar a atenção sendo que a todo o segundo seus olhos iam para sobre o ombro para encarar se não estava sendo seguida então quando menos esperava esbarrou em alguém quase caindo se não fosse amparada pela pessoa.

_ me desculpe – murmurou Chloe tentando se colocar de pé ao mesmo tempo buscando se soltar das mãos de quem a segurava, mas ao que parecia não era isto que o garoto queria.

_ Chloe? – questionou uma voz confusa e familiar ao olhar para o rosto do garoto foi que a grifinoria pode reconhecê-lo como sendo Sean Finnigan – você parece nervosa... Tem algo errado acontecendo com você?

_ só me ajude – falou Chloe tremula – eu preciso sair daqui agora – ela segurara os braços do amigo a sua frente – há pessoas atrás de mim querendo... Eu não sei o que elas querem, mas você precisa me ajudar.

O garoto ficara em silencio por poucos segundos antes que sus mãos se afrouxaram e encarou os lados como se esperasse que surgissem as tais pessoas que estavam seguindo a terceiranista. Então se voltou para a garota vendo o estado amedrontado ao qual ela se encontrava.

_ claro que vou – disse Sean a soltando então pegando seu pulso e a puxando por entre as estantes da biblioteca.

Logo a loira se viu aos fundos da biblioteca enfrente a uma espécie de gaiola metálica que separava a seção reservada do restante do lugar. Então viu o rapaz puxar um molho de chaves a colocando na fechadura e então abrir a porta metal.

O grifinorio encarou a garota que olhava confusa para tudo aquilo então lhe fazendo um sinal que entrasse e assim ela fez. Sean Finnigan fechou a porta atrás de si enquanto via por sobre o ombro a garota se sentando cansada no chão enquanto suas mãos se prendiam fortemente na varinha sobre suas pernas encolhidas.

O moreno se encaminhou até ela calmamente e se sentando a sua frente puxando a varinha de suas mãos que se encontravam tremulas. Sean colocou a varinha dela ao lado então erguendo a cabeça da garota para que pudesse ver melhor.

_ pode chorar se quiser – falou Sean lhe encarando os olhos marejados – sabe que não vou acha-la fraca se o fizer.

_ eu vi algo que não devia ter visto – disse Chloe – deveria simplesmente ter ido embora e ignorado – ela passara as mãos nos cabelos suspirando - por que simplesmente não pude deixar para lá?

_ não posso responder isto afinal não sei do que se trata – falou Sean enquanto se colocava ao lado dela de modo a passar o braço ao redor de seus ombros – só quero que saiba que no que quer que venha a acontecer pode contar comigo como quando éramos crianças.

_ senti tanto sua falta depois que você foi embora – murmurou Chloe apoiando sua cabeça no ombro dele – era meu melhor amigo depois que teve de ir eu só tinha a minha irmã já que as outras crianças me achavam uma esquisita.

_ lembra-se do que eu falava para você? – disse Sean – não ligue para aqueles idiotas porque tudo o que eles têm é inveja porque não conseguem ser como você.

_ não sei se é muito bem inveja o que tem de mim – riu levemente Chloe fazendo o garoto sorrir – sendo que ainda hoje sei que a maioria pensa isto.

_ os anos passam mais sua autoestima continua num nível lamentável – brincou Sean então recebendo uma cotovelada dela apesar de poder ver em sua cara que ela não estava ofendida com aquilo.

_ obrigada por não fazer tantas perguntas sobre o que aconteceu – respondeu Chloe.

_ eu não quero perturba-la com este assunto – disse Sean dando de ombros - você quer uma cadeira para se sentar? Tem umas ali do outro lado.

_ não, eu estou bem deste jeito – falou Chloe encolhendo ainda mais as pernas contra o corpo - então... – ela olhou ao redor antes de tornar a falar - você é o assistente da bibliotecária?

_ sim – confirmou Sean – comecei hoje sendo que a minha superior já me deu como tarefa inicial organizar estes livros da seção reservada.

_ quem diria – disse Chloe.

_ sinto que ficou surpresa com isto – disse Sean fazendo a garota sorrir fracamente.

_ de fato estou – confirmou Chloe - afinal pelo que me lembro de que não era um dos que mais gostava de ler.

_ quando se passa muito tempo sozinho em um quarto isolado de qualquer convivência se aprende a gostar de coisas simples como esta – disse Sean indicando os livros – hoje não me vejo um dia que não possa ter algo para ler.

_ Isto deve ter sido momentos difíceis – falou Chloe pensando alto e o rapaz suspirou e assentiu então a olhando com um olhar triste.

_ eu não te abandonei Chloe – disse Sean e a garota desviou o olhar se lembrando de suas ultimas palavras ao amigo quando soube que ele iria embora.

_ eu sei que não – suspirou Chloe – me desculpe por minhas palavras daquela vez – ela passou as mãos pelos cabelos - é que eu apenas estava chateada em perder você.

_ eu não queria ir – confessou Sean – mas era a única esperança que eu tinha de me curar e eu precisava fazer do contrario só traria sofrimento para minha família.

_ não me deve explicações – disse Chloe – porque seus motivos não importam só que finalmente você esta de volta.

_ pena ter chegado tão tarde – sussurrou Sean chamando a atenção da garota para ele que se desencostou de seu ombro para poder encara-lo.

_ o que quer dizer? – falou Chloe confusa.

_ que eu cheguei tarde demais para você – disse Sean desviando o olhar.

_ desculpe – começou Chloe cautelosa - mas não estou entendendo... – ela não pode concluir porque o rapaz simplesmente se aproximou dela e a calou com um beijo.

Sean pegara uma das mãos e colocara na nuca da loira enquanto a outra que devia ir para a cintura acabou por ficar apoiada em sua perna. Não fora um beijo violento porem fora bastante intenso apesar de um jeito doce e respeitoso. Os seus lábios unidos duraram pouco mais de alguns segundos antes que a garota conseguisse tomar força para empurra-lo.

Chloe ficara sem palavras e surpresa demais. Não havia correspondido o beijo porque estava em choque com a atitude de seu amigo de infância em fazer aquilo. Agora olhando o garoto a encara-la sem dizer nada só a estava fazendo ficar envergonhada a medida que sentia sua pele queimar.

_ eu preciso ir embora – disse Chloe se levantando sendo acompanhada pelo rapaz que ainda estava em silencio – eu realmente tenho que ir agora – e se voltara para a porta sendo parada pelo rapaz que prendera a mão em seu braço.

_ você precisa ouvir o que eu tenho que dizer – disse Sean – há algo que tenho que te contar – o rapaz a puxou para perto a fazendo se virar o que num ato de autodefesa a garota simplesmente lhe acertara um forte tapa na face.

_ desculpe-me Sean – falou Chloe enquanto o garoto lhe soltava e ela agora lhe passava a mão sobre a parte em que lhe havia acertado, porém algo dentro dela não conseguia se arrepender do que havia feito - mas eu não posso e não sei se quero ouvir nada de você agora.

_ Chloe... - começou Sean com uma voz fraca - Eu sinto muito por isto que fiz é que apenas... – sendo então interrompido pela loira.

_ só não quero que toque neste assunto – falou Chloe suspirando – pela amizade que temos não quero que insista nisto.

_ se é assim que quer – falou Sean colocando as mãos nos bolsos ao que parecia no seu tom de voz não estava muito feliz com tudo aquilo.

_ vou precisar que abra a fechadura – disse Chloe que naquele momento já havia se encaminhado até a porta novamente.

Sean abrira a porta de metal da seção reservada e a garota saiu apressadamente sem se despedir. Sua mente estava a mil com o que havia acontecido afinal porque ela não dissera a ele o que merecia ouvir? Afinal ela tinha um namorado e Sean sabia disto só que parecia não se importar porque havia a beijado mesmo assim.

Tinha que fazer algo a respeito. Conversar com alguém sobre aquilo para saber o que deveria fazer. Sua mente martelava de que deveria dizer ao Lorcan só que algo dentro de si retrucava que aquilo seria um erro.

Ela andava apressadamente então saindo dos corredores das estantes. A biblioteca estava como quando havia chegado quase vazia se não fosse por uma mesa aos fundos para qual olhou esperando encontrar uma ruiva solitária fazendo os deveres ou lendo algum livro.

No entanto, foi pega de surpresa ao ver que a amiga não se encontrava solitária como quando ela havia a visto pela ultima vez. Rose estava em seu mesmo lugar só que desta vez de frente para ela sentado do outro lado da mesa estava sentado alguém. Era um rapaz de cabelos negros e vestes da sonserina com quem a ruiva conversava e soltava umas risadas baixas para não chamar a atenção da bibliotecária.

O rapaz e ela estavam uma conversa tão concentrada que mal notaram que estavam sendo observados sendo que Chloe pensara em se aproximar já que inicialmente pensou se tratar de Albus. Então foi que viu o garoto se levantando para ir embora e ao voltar seu rosto foi que a loira pode ver de quem se tratava e sua boca se abriu levemente chocada quando o reconheceu.

Chloe disfarçou como pode escondendo a face atrás de um livro enquanto via os dois se levantando e indo embora juntos. Quando o casal já havia cruzado a porta e a grifinoria abaixara o livro foi como se ainda não acreditasse no que tinha visto.

Zack Zabini estava conversando com Rose Weasley sem qualquer espécie de provocação ou briga que pudesse vir a se tornar algo a causar raiva à ruiva. Pelo contrario ao que tudo indicava aqueles dois pareciam estar se dando bem quase como se fossem amigos.

A grifinoria deixara o livro sobre a mesa então seguindo seu caminho e cruzando aquela porta de madeira imaginando se a bibliotecária pelo menos suspeitava das coisas que eram capazes de acontecer naquele lugar.

...

Caía uma chuvinha fina e nevoenta, que fazia os contornos das pessoas paradas em grupos ao redor do pátio parecer esfumados. Os quatro sonserinos escolheram um canto isolado em uma das sacadas que pingava abundantemente tendo de virar para cima as golas das vestes para se protegerem do ar anormalmente gelado de outubro.

_ É hoje que serão os testes de quadribol? – disse Lorcan sentado na beirada da sacada.

_ amanhã – resmungou Albus com a ideia de que novamente teriam de fazer testes.

_ devia se animar até porque estamos falando de um dos melhores esportes do mundo – incentivou Lorcan – se não o melhor de todos.

_ Então veremos finalmente o nosso capitão Malfoy em ação - falou Lysander sarcasticamente por detrás das folhas do jornal que lia.

_ nós já o vemos em ação nos ensaios da banda creio que não será muito diferente tendo ele como capitão de quadribol – disse Albus esfregando um dos olhos aparentando cansaço.

_ noite ruim? – perguntou Scorpius para o melhor amigo que assentiu.

_ nem faz ideia – falou Albus se debruçando na sacada – tive sonhos horríveis novamente entende? Pesadelos que não tinha a tempos.

_ deveria falar com Madame Pomfrey para ver se ela te receita uma poção para acabar com eles talvez uma de dormir sem sonhos resolva – disse Lysander folheando o jornal – o ministro esta fazendo a maior propaganda da visita dele a escola creio que além dele vira uma quantidade de membros da imprensa prestigiar este feito.

_ grande merda de feito como se nunca um ministro tivesse pisado nesta escola antes – falou Scorpius - uma visita em Hogwarts... Francamente enquanto ele fica nesta politicagem toda tem coisas mais serias como comensais a solta e ele não cita nada disto nos jornais não é? – o capitão tentara puxar o jornal das mãos do amigo para que pudesse ver a matéria só que o monitor conseguira impedi-lo de faze-lo.

_ o pior é que temos de participar disto como a banda da festa de despedida – completou Albus – além do mais se engana se acha que o ministro não deve ligar até onde sei ele apenas não quer dar satisfações a imprensa.

_ como pode ter certeza? – questionou Scorpius.

_ não é obvio? - disse Lysander olhando o amigo - Se há tantos problemas assim como dizem que esta havendo acha mesmo que o ministro iria tornar tudo publico? É mais vantajoso ignorar e a melhor forma disto é evitar que coisas deste tipo saiam como manchete no Profeta.

_ o que não adianta muito pelo visto – disse Scorpius encarando a primeira capa trazia como noticia a continuação sobre as investigações sobre a marca negra que havia aparecido no litoral – ainda acho perda de tempo ele vir para cá afinal não existe nada de errado com a escola.

_ o ministro planeja avaliar o ensino da escola e só teve uma vez em que isto ocorreu de forma tão clara e veio a publico que foi em 95 quando foi mandada uma pessoa para cá para ser a alta inquisidora de Hogwarts – disse Lysander – então tem que entender que um ministro que lida com algo assim vindo pessoalmente é algo que realmente deve ser levado de maneira mais séria e preocupante até porque eu tenho que lidar com mais tarefas que vocês porque além da banda tenho que ajudar em outros preparativos por ser monitor.

_ desista do cargo simples dai você não precisa ficar tão atarefado e terá um tempo para sua namorada que é o que acho que esta precisando – disse Scorpius lançando lhe um sorriso malicioso que foi devolvido com um ato de ignorar do gêmeo apesar dele ter claramente corado por detrás das paginas de papel amarelado.

_ sobre os ensaios temos de mostrar as musicas para a diretora dar sua aprovação – falou Lorcan – quando iremos fazer isto? Talvez possamos ir antes dos treinos para falar com ela?

_ se quiser eu posso fazer isto – ofereceu-se Albus – o teste é mais a noite – bocejou ocultando a boca com a mão - dai poderia ir e se alguém quiser pode me acompanhar.

_ nada disto quero que vá até a enfermaria e tome uma poção revigorante ou então descanse um pouco caso tenha uma noite mal dormida hoje por conta dos pesadelos – disse Scorpius – Porque... Bem, tente melhorar esta cara do contrario teremos péssimas noticias mais tarde quando fomos testar os apanhadores.

_ eu não entendo como isto funciona – disse Lysander abaixando o Profeta Diário que lia para encarar os amigos – se eles já estão no time porque terão de fazer o teste novamente?

_ alguns capitães fazem isto para dar uma renovada no time veja só àquele cara lá da grifinoria acho que Ritchie Grimes – disse Scorpius – fez isto ano passado teve uma boa colocação e também não gosto de pessoas dizendo que irei proteger vocês por serem meus amigos.

_ como se fizesse alguma diferença sendo que estamos atrasados com os treinos tudo por conta daquelas malditas reformas que estão sendo feitas no campo para a chegada do ministro – disse Albus suspirando – e com este tempo teremos sorte de aparecer alguém hoje.

_ as garotas da corvinal compareceram em peso para os testes quando sua irmã fez – comentou Lorcan – não sei porque a preocupação com esta parte até porque acho que mesmo nós teremos uma grande diversão hoje.

_ espero que tenhamos bons candidatos desta vez porque sinceramente nós iremos levar uma surra se continuarmos tendo de fazer isto todo o ano – confessou Albus e fazendo os loiros ao seu redor rir – eu falei alguma piada por acaso?

_ oh, vejamos o que você falou de engraçado foi que: iremos levar uma surra o que na real é impossível em vista que temos o melhor apanhador que a sonserina já teve em muito tempo – disse Scorpius dando uns tapinhas no ombro do moreno – sei o que vai dizer que estamos te valorizando mais do que merece.

_ exatamente, posso capturar o pomo de ouro só que isto não garante a vitória se o resto do time não fizer a parte deles – falou Albus se esticando e encarando os amigos – não podemos contar com a sorte ou com a falta de talento dos nossos adversários.

_ eu não estava te supervalorizando tanto que fiz este teste para renovar a equipe do contrario manteria vocês dois no time sem pestanejar apenas acho que um pouco de desafio vai lembrar as pessoas o quanto somos bons e o quanto nossos jogadores têm a chance de vencer – disse Scorpius então se voltou para Lysander – então senhor monitor pretende fazer testes para o time?

_ para o que exatamente eu faria testes Scorp para alvo dos balaços? – brincou Lysander folheando o jornal ainda estando encostado na pilastra – não é porque agora consigo me manter sobre uma vassoura que irei me arriscar até porque creio que não possua o talento que procura já que nunca fiz o tipo que gosta de esportes.

­ _ oh, claro sinto muito se quadribol esta abaixo das coisas que não deseja se arriscar – falou Scorpius em um tom sarcástico – apenas diga que estará lá dando o apoio aos amigos e ficaremos bem.

_ sabe que estarei lá olhando por vocês como sempre faço para ser exato – disse Lysander abaixando sua leitura para encarar os amigos – agora penso que talvez seja bom irmos para a aula não acham?

_ concordo – falou Albus enquanto ajeitava a mochila sobre o ombro arremessando a de Scorpius em sua direção e eles começaram a andar na mesma direção.

_ por que não faz os testes ou pelo menos experimenta Andy? – disse Lorcan para o irmão enquanto o grupo seguia pelos corredores enquanto via-o enrolando o jornal e guardando no bolso das vestes.

­ _ nunca fui o tipo atleta e você sabe disto muito bem meu irmão – falou Lysander suspirando enquanto ajeitava a gola da capa que usava.

_ e quem liga para isto afinal? – riu Scorpius - também nunca fiz o tipo que lidera, mas olhe para mim neste momento? Fui eleito capitão com tantas honras quanto as que um monitor possui sem é claro as obrigações de noite de sono perdidas e a vantagem de poder descontar pontos.

_ que horas são? – perguntou Albus então notando que eles já se encontravam atrasados para o ensaio que se iniciaria em poucos minutos – temos que ir do contrario podem achar que não vamos ensaiar hoje e dar o salão principal para o pessoal do coral para fazerem o deles mais cedo.

Eles se encaminharam rapidamente pelos corredores rumo ao salão principal sendo que quando chegaram lá o encontraram vazio e no lugar onde deveria estar a mesa dos professores fora feito de palco com os instrumentos ali distribuídos bem como toda a parafernália de amplificadores e fios.

Era sempre assim quando chegassem segundo acabara sendo concluído por Lysander eram os elfos domésticos que organizavam e deixavam tudo preparado para eles. Os rapazes se encaminharam até cada um de seus instrumentos e começaram a se preparar para cantar fazendo os últimos preparativos como plugar a guitarra e o baixo em suas devidas caixas amplificador.

Os quatro então iniciaram o ensaio repassando as mesmas musicas fazendo algumas pausas para observações e criticas ou porque às vezes algum deles fazia alguma coisa que impedia de continuarem por estragar o contexto da musica. Como quando Albus esqueceu a letra da musica ou Lorcan acabava acertando a baqueta em um de seus olhos ao gira-la durante uma das musicas mais agitadas.

Não era muito serio o ensaio apesar de ter seus momentos em que Scorpius gostasse de apontar alguns erros que havia observado e segundo ele daria para serem melhorados, sendo isto comum em todos os ensaios que já haviam tido apesar de que os rapazes nem ligavam tanto.

Isto porque conseguiam entender que era apenas uma formar de aplacar sua ansiedade porque diferente dos rapazes para Scorpius não era uma simples apresentação e não pensava isto por conta do ministro estar presente e sim porque era a primeira vez que iriam tocar para toda a escola. No geral eram apresentações em festas privadas da sonserina ou então para o clube do Slughorn.

Eram pequenas criticas ou toques como dizendo que o moreno deveria se movimentar mais enquanto cantava e não ficar muito parado em um só lugar. Ou falando que o monitor da sonserina deveria buscar relaxar um pouco mais porque aquela tensão toda dele enquanto tocava estava indo para o guitarrista.

Eles variavam em musicas agitadas e lentas sem falar nos clássicos bruxos fazendo uma bela escala para o dia da apresentação. Sendo um pouco complicado para se decidirem em quais iriam fazer parte do baile realmente já que tinham de saber até que horas iria e se a diretora aprovaria todas suas escolhas.

Após o ensaio estavam todos reunidos em uma mesa cuidando da parte sobre o plano para o show que seria mostrado no dia seguinte para o corpo letivo. Estavam sentados na mesa vazia da sonserina concentrados a passar para o papel o nome das musicas, foi quando a porta se virou e eles foram surpreendidos por uma garota que ali. Dakota Greengrass entrara e olhava para eles os cumprimentando timidamente.

_ cheguei atrasada para ver o ensaio de vocês – disse Dakota fechando a porta e se aproximando de onde os rapazes estavam.

_ para falar a verdade sim – falou Scorpius com uma feição de desanimo para a prima – se soubéssemos que viria ver teríamos avisado o horário certo.

_ que pena – disse Dakota dando de ombros e se sentando ao lado de Albus – então o que estão fazendo agora?

_ vendo as musicas que iremos apresentar no baile – respondeu Albus – acho que vai ser uma noite bastante cheia para nós já que acredito que não haverá hora para acabar não é?

_ ah, isto sim – falou Dakota – todas as garotas só comentam sobre este tipo de coisa como se nunca tivessem ido num baile antes.

_ a maioria nunca foi realmente – disse Lorcan – a nossa escola não tem uma tradição para dar grandes festas deste jeito só em eventos especiais.

_ vai me dizer que não esta ansiosa também para o baile? Fala sério Dakota por mais que tente fazer parecer que não dá a mínima não é verdade – provocou Scorpius.

_ talvez um pouco ansiosa, mas apenas porque vai ser algo diferente que teremos por aqui – falou Dakota – eu já fui a outros bailes com minha mãe antes claro que na maioria deles eu era a única adolescente do lugar.

_ que droga – respondeu Scorpius – eu sei como são estes bailes de gente adulta também tive que passar por isto com meus pais alguns eventos para medibruxos no St. Mungus outros para membros do ministério e em nenhuma das ocasiões eles tocaram alguma musica decente.

_ Então estou ansiosa porque será uma festa de pessoas da minha idade – confessou Dakota – nunca tive a oportunidade de ir a uma de verdade.

_ pois acho que não irá se arrepender – falou Lorcan.

_ pelo menos boa musica vai ter – completou Scorpius fazendo os amigos rirem.

_ eu tenho que ir pessoal – falou Lysander se levantando – eu tenho que encontrar com a Safira para continuarmos com o planejamento do baile.

_ veja com ela se sabe até que horas vai à festa – pediu Scorpius – isto vai ajudar a fecharmos de vez com a nossa escala de musicas.

_ pode deixar – prometeu Lysander antes de cruzar a porta a fechando atrás de si.

_ vou ver se tem alguma coisa para comermos – falou Scorpius se levantando – e irei levar as musicas porque quero manter surpresa para certas pessoas.

_ quanta desconfiança em seu coração Scorp - disse Dakota - devia compartilhar seus segredos com a família.

_ sinto muito prima – respondeu Scorpius erguendo as mãos em rendição enquanto se afastava - mas deve entender que são questões que só interessam a banda.

_ eu falei para você que poderia entrar muito bem na banda se quisesse – disse Dakota entediada – mas age com maldade comigo me impedindo de participar.

_ oh que dó de você – respondeu Scorpius ironicamente – mas já que quer fazer parte da banda ajude o Al a juntar o equipamento porque hoje é dia dele fazer isto.

_ virei sua garota do equipamento agora? – disse Dakota - É devo considerar isto uma evolução – se voltou para os rapazes assim que o primo havia saído – então somos nós três para arrumar estas coisas?

_ na verdade acho que seremos apenas nós dois – falou Albus e os olhos da morena foram para o gêmeo ali presente.

_ eu até gostaria de ajudar pessoal só que o Hagrid me pediu para ajuda-lo com os animais que vão ser usados na próxima aula dele – respondeu Lorcan se levantando – até mais – se levantou da mesa e seguiu pelo mesmo caminho que os amigos tinham feito.

_ Então por onde podemos começar? – disse Dakota para o rapaz ao seu lado que riu se levantando e sendo acompanhado por ela até onde estavam os equipamentos.

Começaram então a guarda-los em silencio apenas trocando algumas palavras necessárias como perguntas dela a respeito de onde colocar tal parte do equipamento. Ele desmontou a bateria enquanto ela colocava a guitarra e o baixo nos suportes então depois enrolando os fios e guardando o que havia sobrado em um canto deixando o espaço quase que por completo livre.

_ que beleza é esta que temos aqui? – disse Dakota descendo os degraus e indo até novamente a mesa onde vira encostado um violão – não me parece com nenhum que tenha visto na casa do meu primo.

_ isto porque este é meu – falou Albus se sentando nos degraus de pedra enquanto ela se aproximava e tomava o espaço ao seu lado ainda com o instrumento em mãos – eu o ganhei a uns dois anos de natal.

_ é um belo instrumento – respondeu Dakota analisando a madeira até coloca-lo em seu colo como se estivesse prestes a toca-lo - dá para ver que consigo mantê-lo conservado sem qualquer arranhão.

_ e não usei magia para fazer isto se é o que esta pensando – falou Albus fazendo a garota rir – uma coisa estranha em se enfeitiçar instrumentos musicais é que...

_ eles nunca ficam do mesmo jeito que eram antes – disseram os dois ao mesmo tempo e depois riram.

_ eu acho que a magia interfere um pouco na essência musical presente no instrumento – confessou Dakota – se é que você acredita nisto porque já vi muitas pessoas achando que era bobagem.

_ que bobagem que nada – riu Albus - eu acredito nisto também – um silencio foi colocado entre os dois – então você também é musica só que eu nunca a vi tocando antes e você trouxe o seu violão se não me engano.

_ é eu trouxe só que me sinto um pouco intimidada de fazê-lo no salão comunal então só o faço no dormitório – disse Dakota dedilhando as cordas - mesmo assim é meio complicado por causa das minhas colegas de quarto como a Ruby Carrow que simplesmente não suportam meu gosto musical.

_ que seria? – perguntou Albus.

_ musica trouxa – disse Dakota – ela me chama de traidora do sangue simplesmente porque gosto de outra cultura diferente da nossa – ela bufou estressada como se lembrasse das palavras da colega de quarto - como se ter mente fechada feito a dela fosse a tornar uma melhor bruxa.

_ é realmente algumas pessoas acho que pararam no tempo – respondeu Albus.

_ sim é verdade – concordou Dakota suspirando – o que me entristece é saber que a irmã dela é uma garota legal só que tem de aguentar aquela víbora o tempo todo porque se com a Safira por perto imagina longe o que ela seria capaz de fazer.

O moreno concordou com um aceno de cabeça e novamente os dois tornaram a ficar em silencio então sendo cortado pelos sons das notas que a garota dedilhava no violão então quanto menos esperava se iniciou uma melodia. E Albus a reconheceu e a encarou tocando em silencio.

_ sairia melhor se você cantasse – propôs Albus e a morena sorrira e parara de tocar para encara-lo.

_ eu não canto – respondeu Dakota – detesto minha voz acho que não conseguiria – o moreno soltou o ar pelo nariz como em um sinal de que duvidava das palavras dela.

_ sua voz é bonita – disse Albus – não sei o porquê de você achar que não conseguiria cantar. Até porque não há mais ninguém aqui para escuta-la além de mim.

_ eu não vou cantar não insista – alertou Dakota então tornando a dedilhar as cordas – se quiser escutar a voz de alguém pode ser a sua afinal é o vocalista da banda.

_ bem façamos um trato – falou Albus – toque a musica que estava tocando e eu irei cantar só que você terá de me prometer que irá ser você a cantar da próxima vez.

_ não me parece um acordo muito justo – falou Dakota e o rapaz deu de ombros.

_ é pegar o largar – disse Albus – vamos lá seria uma pequena amostra do show até porque eu acho que você nunca me escutou cantar antes.

_ não mesmo – concordou Dakota então suspirando – esta bem, vamos lá então... Se prepare para começar quando eu lhe der a deixa.

Iniciou-se com notas simples e umas pequenas batidas na caixa do violão para fazer às vezes da bateria. Era uma coordenação perfeita de ritmo então os olhos da garota se encontraram com os dele e ele soube que era sua deixa para começar.

I used to think that I could not go on

And life was nothing but an awful song

But now I know the meaning of true love

I'm leaning on the everlasting arms

If I can see it, then I can do it

If I just believe it, there's nothing to it

(Eu pensava que eu não pudesse continuar,

E vida era nada mais que uma canção horrível.

Mas agora eu sei o significado do verdadeiro amor.

Eu estou usando as minhas ultimas armas.

Se eu posso ver isto,

Então eu posso fazer isto.

Se eu simplesmente acreditar nisto,

Nada poderá me impedir)

I believe I can fly

I believe I can touch the sky

I think about it every night and day

Spread my wings and fly away

I believe I can soar

I see me running through that opened door

(Eu acredito que eu posso voar.

Eu acredito que eu posso tocar o céu.

Eu penso nisto todas as noites e dias,

Abrir Minhas asas e voar.

Eu acredito que eu posso elevar-me.

Eu me vejo correndo, atravessando uma porta aberta.)

I Believe I can fly,

I believe I can fly,

I believe I can fly,.

(Eu acredito que eu posso voar.

Eu acredito que eu posso voar.

Eu acredito que eu posso voar.)

Albus aumentara o tom aqui se entregando de vez a musica. Dakota tinha de dividir sua atenção entre as cordas do violão e olhar para o rapaz enquanto ele fazia de conta que havia um microfone em suas mãos.

See I was on the verge of breaking down

Sometimes silence can seem so loud

There are miracles in life I must achieve

But first I know it starts inside of me

If I can see it, then I can be it

If I just believe it, there's nothing to it

(Eu vejo que estive no limite da autodestruição.

Alguma coisa no silencio, pode fazer muito barulho.

Há milagres na vida, e eu devo realiza-los,

Mas primeiro devo realiza-los dentro de mim.

Se eu posso ver, ver isto,

Então eu posso acreditar nisto.

Se eu simplesmente acredito nisto.

Nada poderá me impedir.)

I believe can fly,

I can touch the sky

I think about it every night and day

Spread my wings and fly away

I believe i can sour,

I see me running through that opened door

(Eu acredito que eu posso voar.

Eu acredito que eu posso tocar o céu.

Eu penso nisto todas as noites e dias.

Abro minhas asas e voo.

Eu acredito que eu posso planar.

Eu me vejo transpassando aquela porta aberta.)

I believe i can fly

I believe i can fly,

I believe i can fly

(Eu acredito que eu posso voar.

Eu acredito que eu posso voar.

Eu acredito que eu posso voar.)

Ela sorrira para o moreno o encarando pelo canto dos olhos enquanto ele parecia mais focado em encarar as mãos dela contra as cordas do violão. Naquele momento a porta do salão se abrira um pouco e pode ser visto uma silhueta de alguém vendo a dupla em ação.

Hey, cuz I believe in me, oh

(Ei, porque eu acredito em mim, oh).

If I can see it,

then I can do it

If I just believe it,

there's nothing to it

(Se eu posso ver isto,

Então eu posso acreditar nisto.

Se eu simplesmente acredito nisto.

Nada poderá me impedir.)

Dakota começara a cantarolar a musica e o rapaz percebera isto lhe lançando um sorriso e um olhar a incentivando a continuar. Então não foi muita surpresa quando ela enfim aceitara e ambos começaram uma espécie de duelo.

I believe can fly,

I can touch the sky

I think about it every night and day

Spread my wings and fly away

I believe I can sour,

I see me running through that opened door

(Eu acredito que eu posso voar.

Eu acredito que eu posso tocar o céu.

Eu penso nisto todas as noites e dias,

Abrir Minhas asas e voar.

Eu acredito que eu posso elevar-me.

Eu me vejo correndo, atravessando uma porta aberta.)

I believe I can fly

I believe I can fly,

I believe I can fly

(Eu acredito que eu posso voar.

Eu acredito que eu posso voar.

Eu acredito que eu posso voar.)

Eles encerraram a musica então com ambo se abraçando e o rapaz a elogiando por seu feito de ter conseguido cantar. Então para a surpresa deles as portas se abriram revelando o coral de Hogwarts que havia assistido maior parte da apresentação desde que haviam chegado ali para ensaiar.

Todos aqueles alunos avançaram para próximos deles sendo que os aplaudiam e vibravam alguns ainda soltando elogios para ambos. Albus sorriu e se levantou agradecendo ao carinho do publico puxando a garota para que ela pudesse fazer o mesmo.

Albus então cruzou seu olhar com o de Alice que se mantinha atrás de muitos estudantes ali presentes sendo que mesmo a distancia em que se encontravam. Apesar dela não estar assim tão próxima dele pode perceber em seu olhar algo que não via a muito tempo.

Parecia um olhar magoado e ferido sendo que de alguma forma o rapaz pensou que fosse ele o causador pela forma como ela o encarava. O sorriso dele então desapareceu ao pensamento de que sem querer poderia ter acabado de causar algo que fez a sua namorada ficar triste e chateada.


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Notas finais do capítulo

Não sei como o humor de vocês esta depois deste capitulo.
Espero que esteja, agora falando sobre minha ausência como devem ter imaginado foi por conta da faculdade que retornou dia 20 de janeiro por causa da copa tivemos de começar mais cedo. Então com toda aquela correria para se adaptar ao novo horário e as matérias além de também de outras coisas.

Fora que estava com um bloqueio criativo que finalmente consegui vencer.

Enfim, ai embaixo vai o link da musica deste capitulo.

I Believe I Can Fly - Ronan Keating
http://letras.mus.br/ronan-keating/1475850/traducao.html

Eu atualizei o blog com o cast dos personagens e agora alguns textos sobre eles pelo menos alguns apenas:
http://thefanficsthiago.blogspot.com.br/


É isto que tinha a dizer. Espero que vocês tenham um bom retorno as aulas aos que ainda vão voltar e para aqueles que já retornaram assim como eu.
Não esqueçam de comentar.