Colégio Interno escrita por Híbrida


Capítulo 75
Crias de chinchila, Humuhumunukunukuapua'a e hackers do sistema


Notas iniciais do capítulo

Demorei, demorei mesmo, mas a fanfic está acabando e pretendo encerrá-la ainda esta semana. Enjoy it!



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Então percebi que havia outro roedor caminhando por minhas pernas. Santo Deus, ela estava se multiplicando!

— Acabei de descobrir que ela teve cria – disse Rodrigo, apoiado em minha cama – Não é o máximo?! Agora nós temos três bichinhos, Amanda, três!

Aquilo foi o suficiente para começar o dia sorrindo. O brilho nos olhos de Rodrigo e aquelas duas criaturinhas em cima da cama me renovaram. Levantei-me preguiçosamente e desci da cama. Após me trocar, escondi-os entre as cobertas.

— Fiquem aqui – ordenei – Daqui a algumas horas voltaremos, mas agora temos provas finais a serem feitas e vocês não podem sair daqui, ouviram?

— Acho que uma gaiola seria mais útil.

Gabes apareceu com uma gaiola e piscou charmosamente pra mim. Sorri, entrelaçando as mãos em seus cabelos e lhe mordi o lábio inferior delicadamente.

— Tá mais calmo? – ironizei

— Até que sim – caçoou, bagunçando meus cabelos recém penteados – Não tem como ficar brabo com você, coisinha.

Assenti, colocando os três roedores na gaiola e trancando-os no banheiro com um pouco de comida. Corremos para o local das provas e por lá ficamos pelas próximas três horas.

Quando acabei, saí da sala desnorteada. Sentei-me à pracinha enquanto esperava o resto dos garotos saírem da sala, incrivelmente preocupada com o que estava acontecendo dentro de cada uma de suas cabecinhas confusas. Rodrigo provavelmente levaria bomba, assim como Chris e Gustavo. São os três burros do grupo.

Thiago, Gabes e Bernardo não eram meu problema, já que eram o mais próximo que tínhamos de caras intelectuais. E ainda havia Nicholas e sua falta de interesse. Aqueles garotos me preocupavam à beça.

— Acabou rápido. Não sabia nada ou tava muito fácil?

Ivan sentou-se ao meu lado e o abracei apertado. Ele sorriu e beijou minha cabeça, sentando-se novamente e me entregando um croissant. Sorri e beijei-lhe a face.

— Estava tranquilo – disse, dando os ombros e mordendo o croissant – E você?

— Chutei todas as questões – disse, dando os ombros – Fiquei sabendo dessas crises que você teve quanto ao namoro e etecetera, e sinto muito por sumir.

Dei os ombros. Conversamos sobre a viagem de férias que eu e os garotos estávamos planejando e ele pareceu animado. Não sei quanto tempo se passou até que os garotos saíssem, em fila, da sala. Todos eles: Gabriel, Thiago, Chris, Henrique, Gabriel, Gustavo, Nicholas. Todos cabisbaixos, com os gabaritos em mãos.

— Me fudi – resmungou Gabes.

— Todos nós, meu amigo.

— Adeus, Humuhumunukukunuapuá’á – lamentou-se Rodrigo. Todos o encararam, então ele fez uma careta indignada – O lugar que a gente vai nas férias, ué, não é esse o nome?

— Lefkada, meu anjo! – corrigi, afagando seus cabelos.

— Mas nem o nome do nosso resort de férias eu sei! Amanda, eu vou tomar bomba!

— Não se eu puder evitar – sussurrei, fitando o horizonte.

— E como você pretende evitar que a gente tome em nossas tarraquetas, Amanda? Você é um mágico que pode mudar nossas notas?

— Talvez.

Sorri encarando o horizonte. Bernardo entendeu meu sorriso, como sempre o fazia. Sentou-se ao meu ado e apertou levemente minha coxa, sorrindo e mordendo o lábio. Todos nos encararam com um pouco de medo, então segurei a mão de Eduardo e me levantei.

— Eu preciso ir. Ei, Nick, o Rafael entende alguma coisa de computadores?

— Sim – disse Nicholas, naquela voz rouca e sombria – Um pouco.

Rodrigo deu um grito ao perceber que Nicholas estava lá. Deu três pulinhos para distanciar-se do garoto e me encarou, assustado.

— Quando foi que esse defunto veio parar aqui?! Socorro, o Gasparzinho está entre nós! – berrou, assustado de verdade.

— Cara, eu só sou um pouco pálido – resmungou Nich – Não é como se eu fosse um fantasma ou algo...

— Maluco! – gritou Thiago – Você parece um personagem saído dos filmes do Tim Burton.

Nick começou a resmungar sobre como aquilo era ofensivo e eu simplesmente segurei o braço de Bernardo e o arrastei até o quarto de Nick e Rafael. Sentei-me ao computador de Rafa enquanto os esperava. Tinha milhões de jogos naquele HD externo.

— Que caralhos você tá fazendo?! – gritou Rafa, ao entrar no quarto – Há coisas pessoais que não devem ser...

— Seus pornôs asiáticos estão sãos e salvos, meu amor, fique tranquilo.

Ele se sentou em meu colo na cadeira giratório para ver o que eu estava fazendo. Após ver que não havia abas de filmes abertas, apenas um jogo, me encarou.

— Que ‘cê quer?

— Seus serviços – disse, no melhor tom dramático que pude fazer – Preciso alterar umas notas e creio que você também. Trouxe o meu nerd pra vocês se entenderem.

— Preciso de nomes e preciso saber o que eu ganho com isso.

— A lista de nomes, RAs e números de chamada já estão num documento de texto salvo. O que você ganha? Você vai viajar com a gente pra uma ilha grega paradisíaca, meu anjo. Tudo pago. Pais ricos são uma beleza, não?

— Amanda, é sempre um prazer vê-la.

Sorri e lhe beijei a face, deixando que ele e Bernardo trabalhassem. Sai do quarto e levei Nicholas e os outros meninos para o dormitório das meninas, para que terminássemos de planejar a viagem e eu pudesse arrumar minhas malas. A discussão seguia a muitos berros entusiasmados.

— Vão ser as melhores férias das nossas vidas! – gritou Gustavo.

— Cala a boca, não estamos num livro do Nicholas Sparks, não, meu amigo – resmungou Gabes

— Nicholas... – perguntou Nick.

— Sparks. Quando se é namorado da Amanda, a gente aprende tudo sobre romances.

— Shiu. Voce ama isso.

— Se seu namorado? Amo mesmo – retrucou.

Sorri, beijando-lhe o topo da cabeça. Continuamos a discussão enquanto eu fazia café e ouvi o celular tocando.

— Amanda – gritou Nick – É o Rafael. Eu vou atender.

— Nada de atender celulares alheios sem nem ser da família – bronqueou bruna.

— Isso aí. Ninguém encosta no celular – disse, jogando o sapato na cabeça de Bu – Dê-me. Alô?

O meu trabalho está feito, moça. Invadi o sistema. Eles demoram cerca de dois dias para enviar as notas ao sistema, então... É. Mudaremos as notas logo.

Se havia algo que eu agradecia na vida era aos amigos nerds que eu arranjei no decorrer da vida. Agora, Rafael era um deles.


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