Colégio Interno escrita por Híbrida


Capítulo 45
Álgebra, tic tacs e irmãos.


Notas iniciais do capítulo

MINHA NOSSA, ME PERDOEM PELA DEMORA T-T
Me sinto tão mal, vocês nem sabem! Me perdoem, do fundo do meu coração. Eu tava muito lascada no médio e no técnico, daí o meu computadorzinho queimou e eu só usava o celular. Não tinha como escrever pelo celular, me entendem? Isso é tão triste...
Eu espero do fundo do meu coração que ainda tenha leitoras e que vocês n~eo m odeiem pre sempre. Vou postar esta história e outra, chamada "O fantástico mundo de Olive", logo mais. Obrigada pela atenção, os amo!



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— Okay – disse, rindo baixinho e terminando minha mistura mágica.

— Eca. Num tem nem aquele bolo horroroso?

— Acabei de jogar fora. Procure algo na geladeira, meu anjo.

Gus levantou-se preguiçosamente e foi procurar por qualquer coisa na geladeira. Suspirei, fechando os olhos e me ajeitando no sofá quando o elevador se escancarou de novo, revelando o pequeno Gabes me encarando com os grandes olhos.

— Meu Deus! – gritei – O dormitório de vocês é pro outro lado! Por mais que pareçam um bando de menininhas, não é aqui que vocês dormem.

— Eu sei. Mas eu vim lhe ensinar tudo o que você perdeu na aula, princesa. E espera, o que o Gustavo tá fazendo aqui?!

— Comendo, não vê? – respondeu como se fosse óbvio.

Gus o encarou com desprezo e Gabes mordeu os olhos. Senti aquela tensão maravilhosa que se instalava no ar toda santa vez em que eles dividiam o mesmo espaço. Era palpável. Levantei-me e lavei a louça enquanto minhas crianças brigonas discutiam e quando voltei, ainda trocavam farpinhas. Dei risada, me sentando no sofá.

— Ok, meus amores, vão continuar com isso até quando?

— Até ele sair daqui pra eu te ensinar álgebra – resmungou meu amorzinho, cruzando os braços.

— Ela não precisa disso – disse Gus, bufando – Ela é um gênio!

— Okay, e se eu quiser pegá-la, apenas?

— Se me dão licença, eu vou dar uma volta.

Não tenho muita certeza que eles tenham me ouvido. Apenas saí da cobertura e desci. Caminhei para o dormitório masculino, entrando no quarto dos meus meninos sem me importar com Lucas de cueca, correndo pra dentro do banheiro.

— Avisa antes!

Fuck off, Luke. Eu já lhe vi nu.

Deitei no colo de Thi, que afagou meus cabelos carinhosamente. Fechei os olhos e deixei que aquilo me acalmasse. Nada na vida era melhor que aquilo. Thiago tinha mãos mágicas (sem malícias a respeito de meu melhor amigo, quase irmão. Obrigada)

— Você me trocou – resmungou – Pelo Henrique!

— Vamos parar de mimimi? – disse Henrique, sentando-se ao meu lado – Ele adora me xingar desde que nos tornamos.. Bests.

— Você não é!

— Olha, vocês dois também não. Acabei de sair de uma DR lá no meu quarto, vim pra cá pra fugir disso.

— Minha filha, tá insuportável isso aqui – disse Lucas, saindo do banheiro já vestido – Essa galera tá brigando por tudo, e é meio sem motivo, tipo... FILHO DA PUTA! Você roubou meu pudim! – gritou ele, me assustando um pouco – Daí o outro fala: Mas foi o Henrique! E eles brigam com o Henrique, e...

— E eu só comi um pedacinho! – protestou o culpado.

— Acredito em você, meu anjo – disse afagando seus cabelos.

— Daí eles começam a se bater como mulherzinhas. Todos eles – continuou Luke. Encarei-o, incrédula – Sim, meu anjo. Se bater.

Ri baixinho imaginando todos eles se batendo. Rodrigo provavelmente destruiria o Gabriel. Pensar nisso era doloroso, porem engraçadíssimo. Henrique riu da minha cara de perdida e bagunçou meus cabelos.

— Cabelo não – resmunguei, batendo em sua mão.

— Perdão, anjo!

— Anjo – murmurou Thi, com desdém

Apenas o encarei. Não precisei dizer nada para que Thiago abaixasse a cabeça e murmurasse um pedido de desculpas tímido. Assenti, sorrindo e me aconchegando novamente em seus braços. Estava um frio congelante ao lado de fora, e Thiago vestia um moletom maravilhosamente quente. Suas mãos estavam na mesma temperatura e ele as colocou em minhas pernas.

— Ah sem vergonha! – gritou Gustavo, quando a porta do elevador se abriu – Você foge da gente pra ficar aí com esse irmão traidor do seu namoradinho com essas mãos sujas em suas coxas?!

— Ei, eu tenho uma história pra contar – disse Rodrigo, dando pulinhos – O vizinho da minha avó foi corneado pelo próprio irmão. Daí a mulher dele o mandou embora e ele simplesmente FOI! Gabri, não deixe que o Thiago pegue sua mulher e te expulse de casa!

— Eu o castro antes disso – disse Gabes, estralando os dedos – E Gabri, Rodrigo? Que diabos é Gabri?!

Rodrigo deu os ombros e entrou na cozinha da cobertura. Gabriel continuou me encarando como se quisesse que eu saísse dali e eu nem me dei o trabalho de responder. Odiava quando Gabriel começava a agir como se eu fosse propriedade dele. Não sou. E a única pessoa com direito de ser ciumenta nessa história sou eu. Deixei isso tudo bem claro quando começamos um relacionamento.

— Não tenha ciúme, Gabriel, eu sou fiel. Acredite ou não.

— Mas você não disse que a gente não namora?

— Não namoramos – disse, dando os ombros – Mas como eu quero sua fidelidade, eu garanto a minha.

Ele deu um sorriso bobo. Não era aquela a reação que eu queria, puta merda. Ele parou em minha frente, ajoelhou e beijou minha testa demoradamente. Sorriu e beijou a ponte, depois a ponta do meu nariz, meus lábios e meu queixo.

— Me desculpa, princesa? – sussurrou

— Eu te odeio – resmunguei, emburrada. Ele mordeu levemente a ponta do meu nariz, me fazendo rir – Droga. Vou fazer como na história que mamãe contava pra mim e Rod.

— Como é?

— Nós somos irmãos, ué – disse meu pequeno, como se fosse a coisa mais óbvia do mundo. Minha nossa, como eu amo esse garoto.

Gabriel riu e me abraçou, empurrando Thiago pro lado. Ri baixinho e mordi os lábios, fazendo-o rir.

— Não é ciúme ok? Só carência.

Assenti desconfiada e ele me abraçou. Deitei a cabeça em seu ombro e ele, aos poucos, se aproximou de mim, selando nossos lábios. Era incrível como Gabriel tinha os lábios mais macios do que qualquer outro lábio que eu já havia beijado. Tinham gosto do amado tic-tac de menta, o favorito do meu menino, o que lhe garantia um hálito doce e refrescante e com aquele “quê” a mais, que eram as pequenas balinhas que eu sempre tentava tirar dele, usando a língua. Era nosso hobby. Podíamos brincar daquilo por horas. Gabes sorriu quando eu consegui tirar a bala dele e separar nossos lábios.

— Eu deixei – sussurrou, mordendo o lóbulo de minha orelha e respirando pesadamente – Sua língua é pequena demais pra pegar de verdade.

— Vai se foder – resmunguei, fazendo beicinho. Ele riu.

— Ok, não vou discutir com você.

Bufei, virando-me pra conversar com os garotos. Rodrigo bufou enquanto resmungava como odiava ver a irmãzinha beijar alguém. Abracei-o e beijei sua testa.

— Me desculpe, meu garotão.

— Porque o ciúme dele é bonitinho?! – gritou Gabriel.

— Abaixe esse tom de voz porque não lhe dei essa liberdade – disse. Gabes foi me beijar e Rodrigo colocou o dedo no meio.

— Que é isso, cara?!

— Não!

Ri alto e Gabes bufou, cruzando os bracinhos.

— Não ria, estou nervoso.

— Fica lindo assim.

— Eu te amo.

— Eu também – disse, rindo – Eu também, pequeno. Agora venha, Thi, preciso de um momento de melhores amigos.


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