Colégio Interno escrita por Híbrida


Capítulo 27
Cobertas quentinhas e Supernatural


Notas iniciais do capítulo

To há um tempo sem postar porque tá osso, meus amores. Fim de semestre é puxado.



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Sorri timidamente e fomos para a sala. Quando chegamos, me sentei e coloquei a mão sobre o colo. Gabriel tirou-a delicadamente dali, pondo sobre a dele, que jazia sobre sua perna. Anotamos o que devíamos fazer e o professor nos liberou.

— Vossa professora de Geografia está doente e não pôde comparecer hoje. Voltem aos seus aposentos  e vos desejo um bom descanso – disse uma senhora baixinha, provavelmente inspetora de alunos ou algo do gênero.

Saímos. Já estava quase na hora do almoço e eu caminhava em direção à cafeteria para pedir o meu delicioso cappuccino e os croissants – a única coisa que eu havia comido desde que havia chegado lá – quando Gabriel me puxou pelo braço.

— Nada disso.

— Ué – disse, fitando-o – Que foi?

— Não vou te deixar comer isso de novo.

Isso? Você está chamando o meu cappuccino extra grande com creminho bônus e meus croissants com tipos variados de queijo de isso? Garoto, não é por que você enfiou uma corrente no meu pescoço que pode mandar em mim, não!  Tá pensando o quê? Que isso é uma coleira?!

— Você vai comer comida, Amanda.

— Ou eu bebo café ou eu bebo vodka. E você não tá aqui pra escolher o que eu vou tomar. Eu. Vou. Tomar. Café.

— Você vai beber um suco e comer comida de verdade.

— Um suco. Ah, um suco. Você tá pensando que...

Ele nem me deixou terminar a frase. Agarrou-me pela cintura e caminhamos até a lanchonete em que serviam almoços e lanches. Gabriel mesmo fez meu prato. Sentamo-nos para comer num banco qualquer e ele, milagrosamente, conseguiu me arrancar umas boas risadas.

— Agora vamos pro quarto.

— Que tipo de menina você acha que eu sou?

— Relaxa, daqui a pouco os meninos chegam. E a gente não vai fazer nada que você não queira – disse ele, rindo.

Quando chegamos no quarto, caí na primeira cama que vi e me encolhi, jogando o edredom por cima de mim.

— Vou ficar aqui mesmo – disse, encarando-o – Essa cama tem cheiro de Thiago.

— Trouxa – resmungou ele.

E então, por algum motivo, ele tirou a camisa. E Gabriel não era tão magrelo quanto parecia. Quando me viu me encolhendo sobre a cama do irmão, deitou do meu lado e beijou minha cabeça.

— Sono? – perguntou e eu assenti. Ele sorriu e me puxou até sua cama, enrolando-me em seu edredom e me abraçando – Quer assistir DVD, pequena?

— O que você tem?

— Olha, eu devo ter Supernatural perdido em algum lugar, e...

— Encontre – disse, pulando – Primeira temporada, por favor.

Ele riu e pegou o DVD player, e o primeiro disco da primeira temporada de Supernatural. Etávamos ali, sentados e abraçadinhos – eu estava praticamente presa a ele – quando Thiago entrou no quarto.

— Hey, casal felizinho – disse, rindo – Qual a razão de estarem agarrados?

— Ele não deixa que eu durma quietinha na sua cama.

— Deixa minha irmã dormir quieta na minha cama!

— Não – disse Gabes, simplesmente.

Thago deu os ombros, trocando de camisa e se deitando na cama. Assim que acabou o episódio, levantei-me da cama e ele me encarou.

— Agora to indo – disse, descendo as escadas do beliche.

Corri até Thiago e o abracei. Sou uma melhor amiga cheia de abraços. É algo que eu adoro fazer. Isso e morder. Foi justamente o que eu fiz, mordi a bochecha de Thiago. Daí, eu desci.

Caminhei até nosso dormitório praticamente do outro lado do campus, correndo. Correndo, sim, porque estava um frio desgraçado. Ao entrar no apartamento ainda vazio, fui tirando as blusas de frio e me terminei de me despir no banheiro, onde tomei um banho quente. Lavei os cabelos e vesti um moletom de Bernardo. O melhor moletom do mundo, já que era o de estimação do meu garoto e ainda tinha seu doce perfume nele.

Deitei-me sobre a sala com os cadernos sobre o colo e comecei a revisar matérias. Pode não parecer, mas eu era uma aluna dedicada. Quando terminei de revisar tudo o que havia sido passado, joguei os cadernos na mochila e peguei meu amado Percy Jackson. De novo. A maldição do titã. Mais uma vez. Eu era imensamente apaixonada pelos livros e sempre os leria com a mesma paixão da primeira vez. Provavelmente, havia perdido completamente a noção do tempo enquanto lia, pois só me lembro de, algum tempo depois, Bruna me cutucar.

— Tá ocupada? – perguntou, enquanto ela e Lucas me fitavam. Eu ri baixinho e ela me encarou – Que foi?

— Vão se comer, né? Ok, já to saindo...


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