O Passado Esqueça, E O Presente Viva. escrita por Joycce Andrade


Capítulo 1
Passado Inesquecível !


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem.
Desculpem os erros ortográficos.
Boa leitura.



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Risadas ecoavam por todo o salão.

Era tanta felicidade que Atena se sentia deslocada ali. Não que ela demonstrasse esta infeliz, longe disso, sorria para todos, tudo na maior alegria. Pena que em seu coração havia um buraco imensurável. Buraco esse que foi provocado por palavras mau colocadas, atitudes desnecessárias.

Suspira o loiro ao seu lado, infeliz.

– Algo o incomoda ? – Atena pergunta, verdadeiramente preocupada.

– Não, esta tudo ótimo. – Tenta disfarçar, sorrindo.

Ele detém a atenção plena da loira, deusa da sabedoria.

– Você não me engana, Apolo. Mas se não quer conversa, respeitarei sua decisão. Apenas não deixe que o passado te impeça de viver o presente – Fala sabiamente. Beberica desgostosa o vinho contido em sua taça.

Apolo percebe que a loira também não estava em seus melhores dias. Ele segue o olhar da mesma. Um moreno muito conhecido por todos estava sorrindo e se divertindo com alguma piada feita por Hermes. Ares, Dionísio, Hera e Deméter também partilhavam da mesma felicidade.

Um suspiro escapa entre os lábios dá tão imponente, Palas Atena.

– Porque não partilha da mesma felicidade, irmão ? – Pergunta, curiosa.

Apolo sorri fracamente.

– Acho que hoje não tenho motivos para sorri – Fala, enigmaticamente.

Ela não esta aqui, pensa o loiro.

– Não e preciso motivos para sorrir – Diz, imponentemente.

– Pra mim, sim. Não sorriu sem motivos, não partilho de tamanha falsidade – Fala, obscuro.

– O sorriso e uma de nossas armas mais poderosas, mesmo que não pareça – Revela.

Um sorriso cínico se instala no rosto do Deus-Sol.

– Pois então meu sorriso não tá valendo muito coisa, pois com ele não consigo nada – Diz sorrindo, amargamente.

A loira ri de sua amargura.

– E o que pensas – Fala, sombriamente.

O loiro faz pouco caso de suas palavras finais.

Um silêncio confortável reina, cada um submerso em sua própria linha de raciocínio.

– Ela não veio – Afirma o loiro, tristonho.

– Ela esta em caçada. Não se preocupe, você logo a vera – Afirma a bela mulher loira, ao seu lado.

– A caçada e mais importante para ela do que a família – Diz, raivoso.

– Cuidado ! Palavras tem poder – Repreende a loira.

– E a verdade – Apolo volta a afirma.

– Você sabe que ela e... Solitária. E dá natureza dela. Ártemis e como um bichinho ferido, tem que se ter paciência com ela.

– Eu sei, mas as vezes e difícil – Diz, pondo um final na conversa.

A loira volta a bebericar de seu vinho, já no final.

– Que dançar ? – Apolo pergunta, tentando mudar de assunto, ao até mesmo ficarem quietos.

Para a surpresa dele e dos deuses em geral, ela aceitou de bom grado.

Caminharam vagarosamente para o meio do salão. Uma valsa lenta e suave começa a tocar. Se posicionam um frente ao outro... Logo estão dançando, sincronizadamente.

Passos lentos e precisos. Só eles dois deslizavam sobre o salão, dançando em silêncio, apenas curtindo a música. Ou como Atena estava a fazer... Pensando.

Com mais duas rodopiadas, o silêncio foi quebrado.

– Poseidon parece não ter gostado muito de estamos dançando – Comenta o loiro, no ouvida da dama em seus braços.

Ela enruga o nariz, em desgosto.

Só com essa simples aproximação, fez com que o deus dos mares sentisse seu sangue pulsar mais forte em suas veias. Ele tentava a todo custo esconder seu desagrado.

– Não me importo com que Poseidon ache ou deixe de achar – Afirma, convicta.

O loiro Deus-Médico ri de sua convicção, não muito convincente.

– Se assim diz... – Apolo se cala, ao ver o olhar mortífero da loira estrategista.

[...] ATENA & POSEIDON [...]

O frio daquela madrugada era reconfortante, para a bela dama loira sentada em um banco de praça qualquer do Olimpo, enfrente a um chafariz.

O silêncio daquele lugar era tão inebriante, que fazia com que a loira entrasse em um mundo paralelo, tão perdida nesse mundo paralelo ela estava, que nem percebeu o moreno deus dos mares e terremotos se aproximando, cauteloso.

Ela estava linda na concepção dele. Aquele vestido longo branco, esvoaçante, se assentou magnificamente bem em seu corpo. Discreta e chique.

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– Posso me sentar – Pergunta o moreno, indiferente por fora. Mas por dentro em um mar de sensações.

Ela encolhe os ombros, em duvida.

Suspira resignada.

Não adiantaria expulsá-lo, ele não iria embora, ela sabia disso.

– Sinta-se a vontade – Fala, sem muita paciência.

Ele senta-se ao lado da mesma. Um cheiro de maresia invade as narinas da deusa indiferente, ao lado do mesmo.

E assim ficaram... Em silêncio.

Bastaria uma só palavra para os mesmos discutirem. Era sempre assim... Discussões atrás de discussões.

– Por que abandonou a festa ? – Pergunta o moreno, roucamente.

Ela olha para o mesmo, desconfiada. O moreno mantinha uma expressão inabalável. Ele a observava atentamente, cada detalhe, cada movimento. Tudo. Mas sem demonstra tamanho interesse.

– Não gosto de festas – Fala, simplesmente.

Ele ri pelo nariz.

– Isso e óbvio.

– Se é tão óbvio assim, pra que pergunta ?

– Gosto de ouvi sua voz – Fala, rápido e verdadeiro.

Ela por um instante perde a compostura, só por um instante.

– Conte outra – Perde, debochada. Mas mesmo assim, afetada por suas palavras.

Ele volta a ri pelo nariz.

– Apolo também foi embora mais cedo da festa, pensei que estariam juntos agora – Fala, casualmente. Atena não percebe o ciúme contido nesta frase.

– Por que pensas-te isso ?

– O jeito como dançaram na festa... Por um instante cheguei a pensar que estarias te envolvendo com Apolo.

– Não a nada entre eu e Apolo. Você mais que ninguém deveria saber disso... – Ela se deteve. Não queria remoe o passado distante, principalmente aquele passado.

Ele a olha, agora mais que antes determinado a arranca-lhe uma verdade que a muito tempo deseja obter.

– Como posso saber ? Você mudou muito depois de fazer seu voto – Fala, amargurado.

– Mudei tanto, que você para se vingar transou com medusa em meu templo – Se exalta.

Logo percebe a burrada que fez, se cala, decidida a não lhe dirigir mais a palavra.

Poseidon estava perplexo com a mesma.

– Não transei com medusa por isso... Ela... Ela...

– Não quero ouvi suas explicações. Já passou, o passado não volta, eu não quero que volte – Cospe as palavras para fora, com uma amargura contida.

Pena que em suas palavras só haviam mentiras, já que, o que mais a mesma almejava era voltar no passado e nunca entrar em seu templo, e encontra aquela cena grotesca.

Ela se levanta decidida a ir embora. Poseidon se ponha a frente da mesma, impedindo seu trajeto.

– Não terminamos...

– Nunca deveríamos ter começado, na verdade – Suas palavras são acidas, demonstram mais do que a mesma que permitir.

– Porque toda essa magoa ? Não e você quem diz que devemos aproveitar o futuro e esquecer o passado, então faça isso... Esqueça o passado e viva o presente – Suplica baixinho.

Ela olha no fundo dos olhos dele. Olhos esses que por muito lhe dera paz, mas que agora só sentia magoa ao ver-lhes.

– E mais fácil falar do que fazer – Diz baixinho, baixando completamente a guarda.

Ele ver no fundo dos olhos dela, magoa, solidão, tudo causado unicamente pela traição dele. Aquilo o sufoca.

– Não deixe que o passado te impeça de vivar o presente, por favor – Suplica mais uma vez.

Ele reencosta a testa dele na dela.

– Me diz como vai ser esse presente ? – Perde a deusa, baixinho.

– Eu não sei – Confessa – A única coisa que eu sei e que, eu quero esta nesse presente, com você. Te amando loucamente – Fala por fim, se declarando.

Ela não sabe o que dizer. Muitos sentimentos passam por seu rosto. Raiva, magoa, tristeza. Mas o que prevalece e a tristeza.

– Por que agora ? – Pergunta fechando os olhos, se permitindo apreciar o cheiro masculino do mesmo.

Lavanda e maresia. Deliciosa combinação.

– Não aguento mais ficar sem você – Confessa, depositando um beijo casto na testa da loira.

Ela suspira com apreciação.

– E tarde demais – Fala, ainda de olhos fechados.

Ela sabia que se olhasse para o mesmo, não conseguiria mais o afastar.

Poseidon deposita um beijo estalado na bochecha dela, que prende a respiração. Um arrepio delicioso passa pelo corpo da deusa, quase entregue.

– Nunca se e tarde para lutar por amor – Fala, beijando a outra bochecha da mesma.

– Pare – Perde Atena, ofegante.

– Por favor, não resista – Implora o moreno, se deixando levar pelo desejo.

Por impulso, ele selo os lábios dela com os dele mesmo, em um selinho sem jeito. Atena fica estática sem saber o que fazer. Logo a língua de Poseidon pede passagem, Atena não sede de primeira. Mas ao sentir os braços de Poseidon a envolvendo em um abraço forte, ela perde o pouco de lucidez que ainda tinha. A língua de Poseidon entra faminta na boca de Atena, assim que a língua dele se encontra com a dela a magia é feita, tudo em volta dos dois perde o sentido, fica distorcido. Só residia os dois ali, não importava mais nada. O beijo era sincronizado. A dança que as línguas dos mesmos fazia era viciante. Atena nunca sentiu algo tão maravilhoso quanto o friozinho na barriga que estava sentindo. Sem contar que Poseidon beijava extremamente bem.

Atena e jogada para o lado, por um esbarram forte, só não foi ao chão pois Poseidon a segurou. Se separaram ofegantes e assustados.

Hermes era quem havia esbarrado em Atena. O mesmo corre para detrás do chafariz que jazia a frente, logo os dois pombinhos escutam o som de Hermes vomitando.

Atena olha para Poseidon, que continha os lábios sujos de batom e um sorriso idiota estampado no rosto.

– Isso não podia ter acontecido – Sussurra, inebriada de desejo.

O sorriso de Poseidon morre na hora.

– Por que, não ?

– Eu sou uma deusa casta, e você e casado – Fala, tentando se afastar dos braços dele.

Escutam mais barulhos vindos de detrás do chafariz. Hermes estava vomitando todo a bebida que havia ingerido na festa.

Poseidon não permite que ela saia de seus braços.

– Entre mim e Anfitrite não á mais nada. Nos separamos faz tempo – Diz.

Ela pondera por um instante, seu coração se enche de alegria ao saber de tal noticia. Mas logo volta a tenta se desvencilhar dos braços do mesmo, ao lembra da traição do mesmo.

– Mesmo assim, eu sou uma deusa casta, não posso me envolver com homens. Esse beijo não deveria ter acontecido – Ela o empurra, mais não consegui se desvencilhar dos braços dele.

Ela se foca em se desvencilhar dos braços dele, não permitindo contado visual.

– Atena, olhe para mim – Perde o moreno, calmamente.

Ela o ignora, o esmurra para sair de seus braços. Mas nada acontece.

– Olhe para mim – Ordena, sem paciência.

Ela não tem outra saída a não ser olhar-lhe.

Era o verde imponente contra o tempestuoso cinza.

– Não tem nada haver com castidade ou juramento, não é ?

Ela nada diz. Nenhuma frase se formula na mente da mesma.

– Por favor, me responda – Perde, angustiado.

Ela engole em seco.

– E-eu... Eu t-tenho medo – Confessa.

– De que ? – Pergunta, paciente.

Ela abre o boca, uma, duas, três vezes. Mas nada e dito.

Suspira, tentando acalmar o alvoroço de sentimentos de seu peito. Seu olhar se encontra com o dele. Ele estava calmo e quieto, esperando uma resposta.

– Nossa, que calor, não ? – Hermes suje de detrás do chafariz.

Ele para ao ver o que estava acontecendo. Poseidon com a boca melada de batom, Atena em seus braços toda ofegante. Não precisaria ser um gênio para perceber que os dois estavam aos amassos.

– Interrompo algo ? – Pergunta, maliciosamente.

A bebida ainda fazia efeito no mesmo.

Poseidon se distrai com Hermes, que nem percebe que deu brecha para Atena sair de seus braços.

Ela corre rapidamente, só se vê seus cabelos e vestido esvoaçando. Poseidon fica estático sem saber direito o que fazer. Hermes assistiu tudo boquiaberto.

Quando ela some das vistas dos dois, um silêncio fúnebre se instala no local.

Poseidon fica olhando para o local onde a mesma estava, agora a pouco. No local a única coisa que restava da mesma era o cheiro de rosas, fragrância exclusiva dela.

Poseidon nunca quis tanto matar alguém, como queria matar Hermes naquele momento.

– Desculpa cara, eu... Desculpa – Perde Hermes, para logo voltar a vomitar.

Poseidon deixa aquele local, triste e ao mesmo tempo satisfeito. Triste pois ela o tinha deixado. Mas satisfeito pois agora sim ele tinha a certeza que ela o amava. Aquele beijo foi uma jogada de mestre. Ele consegui desvendar-lhe quase por completo. Ela o amava, isso era fato. Agora ele só precisava descobrir o porque da rejeição dela. Algo que não seria muito difícil, pois o mesmo estava irredutível, ele ia penetrar o coração dela. Poderia custa o tempo que fosse. Mas ele ia.

O que Poseidon não sabia era que não seria tão fácil assim conquistar a loira, o passado ainda era um fantasma entre os dois. Fantasma esse, que não pretendia abandonar-lhes tão cedo, pelo menos no cabeça de Atena era assim.

“O passado esqueça, e o futuro viva”

E mais fácil falar do que fazer, certo ?


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Notas finais do capítulo

Comentem !!
Me digam o que acharam ??
Foi bom, ruim, mais o mesmo, ou péssimo ?
BjsS.



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