Sempre Estarei Aqui Por Você escrita por CarolineForbesM, Mereço Um Castelo, Lady Salvatore


Capítulo 6
Capítulo 6 - Telefonema


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoas! :)

Alguém curioso sobre quais atitudes o Jasper vai tomar???


PS: sem grandes inspirações para notas iniciais. Desculpem por isso, ok?



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O rapaz chegou ao elevador antes mesmo de Caroline conseguir esboçar uma reação, mas pode ouvi-la pedindo para que ficasse antes da porta se fechar.

No apartamento, a garota andava de um lado para o outro, nervosa, culpando-se por ter trazido ainda mais problemas para a vida de Jasper.

– Eu vou atrás dele! – diz ela, dirigindo-se à porta.

– Querida, não acho que seja uma boa ideia. – diz a Sra. Flowers, que a observava preocupada.

– Eu sei que não, mas não posso deixá-lo sozinho com Damon. – Caroline responde – Não quero que... ele se machuque... por minha causa... – completa ela, vendo o chão fugir sob seus pés.

– Você está bem? – a velhinha pergunta, ajudando-a a manter-se de pé – Está pálida! Venha, vamos sentar um pouquinho. – continua, levando Caroline até o sofá – Agora fique aí enquanto vou buscar uma água com açúcar para você. E nem pense em fugir, está bem? – completa, encaminhando-se para a cozinha.

Já no térreo, Jasper nem ao menos se deu ao trabalho de cumprimentar as pessoas que passavam por ali, indo direto até a mesa da portaria.

– Stanley, você viu para onde foi o rapaz que esteve conversando com a Sra. Flowers há alguns minutos? – ele pergunta, tentando manter uma fachada de tranquilidade.

– Desculpe Sr. Whitlock, mas não vi ninguém. Fui atender um chamado no 207. – o porteiro responde, temendo ser repreendido.

– Droga! – Jasper resmunga, socando a mesa – Escute, quero cópias das imagens das câmeras de segurança interna e externa, e pra ontem!

– Mas senhor, o Sr. Singer não me dá autorização para fazer isso.

– Me entendo com o síndico depois, está bem? Posso estar afastado, mas ainda tenho um distintivo! Só trate de arrumar essas fitas. – o rapaz responde, dando as costas ao porteiro e saindo prédio.

Ao chegar à calçada, Jasper correu os olhos em busca de algo suspeito, maldizendo-se mentalmente por não ter perguntado a Caroline se o tal Damon tinha ou não um carro. Passou a caminhar lentamente, observando os veículos estacionados próximo ao prédio, procurando por figuras suspeitas atrás das árvores e qualquer outra movimentação estranha.

Quando estava a uns dez metros da entrada do prédio, Jasper pode ouvir pneus cantando não muito longe de onde ele estava, e ao virar-se, pode ver um carro conversível azul vindo em sua direção, em alta velocidade. Foi tudo tão rápido que só se deu conta de que deveria tentar se afastar quando o carro freou à sua frente, parando poucos centímetros antes de atingi-lo.

– Jasper! – grita Bella, que acabara de sair de seu carro.

– Você... – diz Jasper, entredentes, ao ver quem estava ao volante do carro

– Isso é só um aviso, playboyzinho! – diz Damon, com um sorriso irônico – Mantenha as mãos bem longe da minha namorada, ouviu? Ou não terei a decência de frear na próxima vez. – completa, dando a ré e saindo dali.

Jasper ficou observando o carro se distanciar rapidamente durante alguns instantes, até que desaparecesse de suas vistas ao dobrar numa esquina. Ao voltar-se para entrar no prédio, foi surpreendido por Bella, que pulou em seu pescoço num abraço apertado, realmente assustada.

– Você está bem? – ela pergunta, com a voz trêmula – Eu pensei que ele fosse atropelar você!

– Estou bem... – ele responde – Damon só quis deixar um aviso.

– Aquele é o Damon? E o que ele estava fazendo aqui? Aliás... como foi que ele chegou aqui?

– Pesquisando com a ajuda da internet, de acordo com o recado que ele mandou para a Caroline. – diz Jasper, com um suspiro – Aliás, acho melhor voltar logo para vê-la. E a deixei desesperada lá em cima! – completa, puxando a irmã consigo e encaminhando-se de volta ao prédio.

*********

Após passar mais uma vez pela portaria e exigir urgência nas cópias dos vídeos de segurança, Jasper seguiu com a irmã até o apartamento. Ao passar pela porta, pode ver Caroline encolhida no sofá, os olhos inchados e vermelhos por conta das lágrimas que banhavam seu rosto.

– Jasper... – a garota sussurra, ao vê-lo se aproximar.

No instante seguinte, já estava de pé, correndo em direção aos braços dele. Agarrou-se ao rapaz com força, respirando aliviada por tê-lo ali, seguro em seu abraço.

– Nunca mais faça isso, entendeu? Se ousar sair assim outra vez, vou bater em você! – diz Caroline, dando um tapa no ombro dele.

– Ei... – diz Jasper, erguendo o rosto dela delicadamente até que seus olhares se encontrassem – Estou aqui agora, não estou? Não aconteceu nada comigo, querida. Tente se acalmar, ok?

– Está mesmo bem? – ela pergunta, acariciando o rosto dele, colocando-se na ponta dos pés em seguida para depositar um beijo em seus lábios, sem se importar se havia plateia ou não.

– Sim, estou bem. – o rapaz responde, com um sorriso, aninhando-a novamente em seus braços.

– Jazz... – Bella começa, mas o irmão a interrompe com um aceno. Jasper não queria deixar Caroline ainda mais preocupada, e seu breve encontro com Damon podia ser deixado de lado por hora.

– Odeio ter de pedir isso mas... Será que pode ir preparar um chá pra ela, irmã? – ao vê-la acenar afirmativamente, voltou sua atenção para a vizinha, que observava a cena em silêncio – Se não se importa, Sra Flowers, mas poderia nos deixar a sós? Agradeço que tenha ficado aqui com a Care, mas agora ela precisa de um pouco de sossego.

– Tudo bem, querido. E desculpe por ter te trazido tais problemas... – diz a velhinha, realmente arrependida.

– Não é sua culpa... Os problemas bateriam à nossa porta, mais cedo ou mais tarde. Agora, se me der licença, vou levá-la pro quarto. Até mais Sra. Flowers! – diz ele, dando-lhe as costas e encaminhando-se com Caroline até o outro cômodo.

Após acomodar a garota, Jasper sentou-se ao seu lado, trazendo-a para mais perto de si.

– Não deveria se exaltar dessa maneira, sabia? – diz ele, olhando-a com ternura – Acabou de sair do hospital, passou por uma situação delicada... Precisa se preservar, meu bem.

– Eu sei, mas... sei também do que Damon é capaz, Jasper. Ele não mede consequências, é impulsivo e instável. – ela responde, unindo sua mão à dele sem sequer perceber – Eu não poderia ficar tranquila sabendo que ele podia tentar algo contra você. Não me perdoaria se...

– Shhhh... – o rapaz sussurra, unindo seus lábios ao dela delicadamente – Ele não fará nada, nem contra mim, e muito menos contra você. Cuidaremos um do outro, está bem? – completa, com o rosto ainda muito próximo ao dela.

– Certo... cuidaremos um do outro. – diz Caroline, com certa dificuldade. Era difícil raciocinar direito quando Jasper estava assim, tão próximo.

– Atrapalho? – diz Bella, à porta do quarto, uma xícara fumegante de chá nas mãos.

– Não, claro que não! – Jasper responde, com um sorriso – Aliás, irmãzinha, pode fazer companhia para Caroline por alguns minutos? Tenho algumas ligações a fazer.

– Claro Jazz! – a morena responde, aproximando-se da cama – E fique tranquilo, não direi nada a ela, está bem? – ela cochicha, afagando o braço dele.

– Obrigado Bella! Volto logo, está bem? – diz ele, beijando a testa da loira antes de deixar o quarto.

*************

Na sala, Jasper apanhou o celular sobre a mesinha de centro e após alguns toques na tela, encontrou o contato que estava procurando. Discou imediatamente, aguardando por alguns instantes até ser atendido.

– Alô! – diz a voz do outro lado da linha, séria e polida.

– Elijah! Sou eu, Jasper Whitlock.

– Menino Whitlock? A que devo a honra de sua ligação? – diz Elijah, surpreso - E a propósito, como estão seus pais?

– Estão bem, senhor! E bem, estou ligando pois preciso de sua ajuda.

– E com o que seria, garoto?

– Preciso contratar os serviços de sua firma. – Jasper responde, sério – E quero os melhores da sua lista de empregados. Que nomes sugere?

– No que você se meteu? – o homem pergunta, desconfiado – E nem tente me enrolar Jasper, te conheço muito bem pra saber quando está tentando despistar alguém.

– Digamos que... me apaixonei por uma garota que tem um ex-namorado possessivo e sem limites. E...

– Espere! – diz Elijah, interrompendo o rapaz – Você está apaixonado? Está finalmente retomando as rédeas de sua vida? Até que enfim, garoto! – completa, realmente surpreso.

– Por que o espanto? Não sou uma criatura desprovida de sentimentos, sabia? Eles estavam apenas... um tanto obscuros, digamos assim.

– Sua mãe já sabe? Porque Cora ficará felicíssima em poder levar seu melhor investigador de volta à delegacia.

– Menos Elijah, bem menos. Me entendo com a Delegada Whitlock depois, ok? – diz Jasper, girando os olhos. Havia esquecido que, por trás daquela máscara dura e controlada, havia um homem bem humorado e de bem com a vida – Será que podemos voltar ao assunto que me levou a ligar pra você?

– Claro garoto, desculpe por isso. – Elijah responde, um tanto envergonhado por sua atitude. Mas o que podia fazer se via Jasper quase como um filho, mesmo que não tivesse idade bastante para isso? Conhecia o rapaz desde que começara a trabalhar com a mãe dele, vinte anos atrás, quando o menino tinha apenas dez anos. Fora também seu instrutor quando Jasper iniciou seu treinamento para investigador da polícia. Acompanhou de perto seu amor por Alice e sua devoção por Claire, e sofreu com ele e por ele quando o rapaz perdeu as duas. E saber que ele enfim estava se permitindo viver novamente o deixava feliz – Você falava sobre um cara possessivo e sem limites, certo? Que problemas ele traz pra você? Quer que eu mande alguém apagar o infeliz?

– O que? – Jasper pergunta, espantado – Não, claro que não! Apesar de ele merecer, não é nada disso.

– Ei! Era só uma piada, relaxe! – o homem responde, aos risos – Ok, é sério agora: de que precisa?

– Bem... como eu ia dizendo até ser rudemente interrompido, - o rapaz começa, fingindo-se de ofendido – Damon é perigoso, e temos fortes motivos para suspeitar que, além de ser um grande covarde que tem coragem de erguer a mão para uma mulher, ele seja culpado pelo acidente.

– Acidente? O seu acidente?

– Sim, esse mesmo. – diz ele, com pesar.

– Mas... como? Que motivos te levam a suspeitar dele? – Elijah pergunta, confuso.

– Além de a descrição bater perfeitamente, Caroline me contou que o atendeu no pronto socorro do “County General” naquela mesma noite, com dois cortes no rosto: um sobre o supercílio e outro na testa. – Jasper responde – Sei que não é muito e que o caso precisa ser averiguado, mas...

– Você está certo de que ele é o culpado, não é?

– Sim, estou. Até mesmo porque ele, de alguma maneira, conseguiu chegar até mim. O que prova que ele sabia exatamente onde procurar para me encontrar.

– Bom, isso é um forte motivo para levantar suspeitas. Já levou isso à polícia para que eles reabram seu caso?

– Bella está cuidando disso.

– Então está em boas mãos. Sabe garoto... você e sua irmã são o maior orgulho de seus pais.

– Obrigado, eu acho! – Jasper responde, sem jeito.

– Mas voltando ao assunto... Você disse que queria contratar nossos serviços, certo? O que tem em mente?

– Proteção para Caroline. Não posso arriscar e deixar que ele se aproxime dela, entende? Mesmo que eu vá estar sempre por perto, não convém dar chance aos erros, certo? - o rapaz explica, passando uma das mãos pelos cabelos - E sei que ela tem algum parente na cidade, e acho que ele também mereça vigília constante, ao menos, até colocarmos esse filho da mãe na cadeia.

– Seriam quatro seguranças então. E quanto a você? – Elijah pergunta.

– Eu o que? – o loiro tenta desconversar.

– Jasper... sei que não pediria ajuda se não fosse mesmo sério. Se esse tal Damon for mesmo esperto e perigoso como aparenta ser, você tem toda razão em se preocupar e em querer mantê-lo longe de sua garota. Mas não ajuda em nada se você estiver à mercê dele, entende? O que garante que ele não vá tentar te atingir pra chegar a essa menina?

– Nada. Ele até já deixou bem claro que não mede as consequências para conseguir o que quer. Mas, como disse antes, estarei o máximo de tempo possível junto da Care. Logo, se ela estiver segura, não terei problemas, certo? Além do mais, eu sei cuidar de mim!

– Como estamos humildes hoje, não? – diz Elijah, aos risos.

– Ei... não sou convencido, se é o que está insinuando! E aposto que também se “armaria” com coragem e confiança se sua amada Sophie estivesse em perigo, não é?

– Nisso você tem razão. Daria minha vida pela dela se fosse preciso!

– Então você pode entender como me sinto. Já perdi a mulher que amava uma vez Elijah, não vou deixar acontecer de novo.

– Está certo, garoto! - diz Elijah – Bom, verei quais dos rapazes estão disponíveis para o trabalho, ok? Só precisarei saber os endereços para onde eles devem ir, e a partir de quando eles devem começar, certo?

– Ok! Assim que eu estiver com todos os dados, volto a entrar em contato. Obrigado Elijah!

– Disponha garoto! Até mais. – diz ele, encerrando a ligação.

*************

Damon chegou ao apartamento de Caroline uns vinte minutos depois de seu breve encontro com Jasper. Por todo o percurso, difamou a si mesmo por ter sido tão descuidado e cabeça quente. Deveria ter se mantido oculto, e não deixá-lo saber que estava à espreita. Agora, além de ter deixado o rapaz de sobreaviso, havia também uma testemunha que vira o que ele havia feito, e por sinal, ela conhecia Jasper. Mau negócio...

Precisava achar um modo de contornar toda a situação, mas pensaria nisso depois, pois agora, ele precisava de um lugar seguro para ficar. Seu apartamento não era uma opção, pois seria facilmente localizado assim que Caroline abrisse o bico. E era por isso que viera ao dela. Tinham coisas suas ali, e elas seriam mais do que suficientes para passar uns dias sem precisar dar as caras por aí.

Após pegar algumas roupas e o dinheiro que mantinha escondido ali, Damon voltou para a pequena sala do apartamento, parando ao lado de uma mesinha, onde um porta-retrato mostrava uma foto sua ao lado de sua doce Caroline, nas semanas iniciais do namoro. Ela estava realmente encantadora naquela foto, radiante até, enquanto ele mantinha-se numa postura orgulhosa, o sorriso tão característico brincando em seus lábios, satisfeito com sua recente conquista.

Sem a menor cerimônia, bateu o porta-retrato contra a mesinha, fazendo-o partir em milhares de pedacinhos. Em seguida, pegou a foto e, após analisá-la por mais alguns segundos, guardou-a no bolso da jaqueta, retirando-se do apartamento da garota em seguida.

Sua próxima parada seria na antiga casa de seu pai, abandonada há tantos anos. Depois dali, só o destino poderia lhe dizer...



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Notas finais do capítulo

Espero as boas e caridosas almas ali nos comentários, ok?


Até mais,

xoxo