O Pesadelo Só Começou. escrita por Levine Crowns


Capítulo 1
Capítulo único




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Sabe quando você sonha que esta caindo, e sente o vento no rosto, o gosto da queda, o desespero?

Ou quando você sonha que esta se afogando, e faz de tudo para a água não entrar, acaba ate prendendo a respiração.

Também tem aquele sonho desesperador que você esta correndo de algo, e corre como se sua vida dependesse disso , seu coração bate acelerado, consegue ate perder o folego.

Eu estava passando mais ou menos por isso.

Encontrava-me em uma floresta. Havia poucas e baixas árvores. Vendo-se mais a folhagem seca e morta no chão do que uma verdadeira e completa floresta.

Eu escutava o barulho de pássaros. E sentia algo me rodeando acima da minha cabeça.

E quando olhei, eram corvos. Três corvos para ser exato. Acabei me arrepiando, e decidi olhar para outro lugar.

Olhei para cima, e lá estava a lua. Ela estava tão linda...iluminava  todo o local.

Então eu fui andando, ate chegar a um precipício, e a ventania toda que estava acontecendo, parou.

Os corvos se aproximaram de mim. E no alto, em uma quase câmera lenta, uma das penas de um corvo caiu, se transformando em uma fumaça totalmente negra, que veio em minha direção e entrou no meu olho esquerdo. O mesmo aconteceu com o outro olho e a terceira pena, ou a terceira fumaça negra, entrou na minha boca.

A fumaça negra em pleno ar parecia ser tão leve, frágil e inofensiva. Mas na verdade era o contrario, quando me tocou eu senti a ardência e a dor em meus olhos,  e também a dor descendo pela minha garganta. A fumaça logo se espalhou para o resto do meu corpo. Eu há sentia queimando em minhas veias.

Ela tampou minha visão, e tomou controle da minha mente.

Fazendo-me andar, sem saber para onde.

Quando minha visão clareou novamente, eu me encontrava em um bairro desconhecido.

As casas tinham a mesma forma. Simples e de madeira, com uma pequena varando no primeiro andar.

A rua estava totalmente escura e silenciosa.

Quando eu dei o primeiro passo para andar pela rua. Todas as janelas do segundo andar das casas se acenderam juntas.

Eu parei de andar, e observei. Depois voltei a andar, e observei que nos lugares escuros, parecia que havia  o contorno de alguém. Balancei a cabeça, tentando afastar a ideia que alguém estava ali.

Então começou.

De cada casa, estava saindo uma sombra. Elas eram mais escuras que o próprio escuro. Eram mais negras que as penas dos corvos.

As sombras eram grandes, quase da altura das casas, todas se reuniram atrás de mim.

Eu parei de andar, e as encarei.

Agora elas não eram totalmente negras. Os olhos, se é que eles tinham olhos, estavam vermelhos como sangue.

Uma sombra tomou o passo à frente, e tentou me tocar. Eu me afastei, olhando duvidosa para a mão negra a minha frente.

E a sombra fez algo, que eu nunca pensei que faria.

Ela sorriu.

Mostrando enormes dentes, pingando sangue.

Não pensei duas vezes e comecei a correr.

De vez em quando eu olhava para trás, e via que eles estavam perto, eu aumentava a velocidade, meu coração batia tão forte, que estava começando a doer.

Meu folego estava acabando, e a respiração estava falhando. Mas eu nem precisei correr mais.

Quem diria que sombras tinham tentáculos misturados com garras.

Fui agarrada por trás, e jogada com força contra uma casa.

Eu senti a dor chegando ao meu corpo.

Meus olhos se encheram de lagrimas. Enquanto eu estava caída no chão, uma sombra saiu do meio das outras sombras, ela era maior e mais macabra.

E eu só fechei meus olhos, esperando ser morta.

Meus olhos começaram a arder de novo. Meu sangue começou a queimar.

Abri os olhos, e me assustei quando percebi que estava encarando aquela enorme sombra. 

Mas meus pés não estavam no chão.

A sombra olhou para mim, e sorriu com sangue pingando de sua boca.

Eu deixei a fumaça negra me controlar. E gritei.

Gritei de medo. De dor. De raiva.

Enormes asas negras surgiram em mim. E a fumaça negra me envolveu.

Em um momento eu gritava de dor, e na outra, eu gritava de desespero por estar caindo em direção ao chão.

As sombras tinham ido embora, deixando um rastro de sangue.

Isso não foi um sonho.

Eu estava vivendo um pesadelo.

E finalmente adormeci.


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