Encantada escrita por Ana Wayne


Capítulo 29
Capítulo 28


Notas iniciais do capítulo

Então Galera!
Depois de quase um ano eu finalmente volto a postar! Ehhh... Eu devo um grande pedido de desculpa a todos vocês, mas em minha defesa eu tive motivos para não conseguir postar mais cedo. E mesmo assim eu ainda sinto muito.



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A sala precisa parecia agora uma sala de reuniões antiga. As paredes estavam encobertas por espelhos, assim como o chão e o teto, o lustre de vidro iluminava toda a sala. E no centro da sala uma mesa redonda de madeira escura e polida com nove poltronas brancas em volta. Logo nos sentamos em nossos lugares, para que Luna começasse a falar.

— Acho que todos já ficaram sabendo da reativação do Departamento de Defesa!

— Sim, só não entendi como isso nos afeta?

— Bom, Dante, pode ser de uma forma boa ou uma forma ruim! Os rumores sobre Winterheart dizem que ele é um homem que faria um pacto com o demônio para alcançar seus objetivos! Ao mesmo tempo, dizem que ele daria um braço pelo fim da guerra e do preconceito.

— Por que ele faria isso?

— Bem... – Interrompeu Gina. – Já que a Mione não tá aqui, eu resolvi fazer a pesquisa que ela teria feito. E nessa pesquisa eu descobri que Demetrius Winterheart tinha uma noiva, ela era espanhola, nascida e criada em Valência, seu nome era Amália, os pais dela eram trouxas. Antes da primeira guerra de Voldemort estourar ela se mudou para a Inglaterra, e Winterheart a pediu em casamento. No dia anterior ao casamento deles estourou a guerra, e dois comensais: Kister e Nott a torturaram e a mataram, ao que tudo indica havia mais dois comensais, mas sinceramente nunca foi revelado quem.

— Por isso que ele pode ser de ajuda?

— Mais do que isso Harry, a minha pesquisa também indicou que Winterheart, foi torturado por Voldemort que queria que ele se juntasse aos comensais da morte, mas Winterheart foi salvo por três pessoas. Winterheart tentou matar Voldemort com suas próprias mãos.

— Eu ouvi algo sobre isso antes! – Disse Lilá. – Ouvi que Winterheart só não conseguiu matar Voldemort, porque ele entrou em sua mente e usou as memórias de Amália.

— Parece que até hoje Winterheart não esqueceu a amada e ainda quer matá-lo. – Comentou Gina. – Em um depoimento, ouvi que ele odiou você Harry, porque um bebê matou o cara que ele não conseguiu matar!

— Mas foi um dos primeiros a acreditar na ressurreição de Voldemort. – Comentou Neville. – Lembra que Skeeter o chamou de louco que acredita em qualquer piada de criança?

Os fatos expostos sobre Winterheart vieram a minha cabeça. Ele odiava Voldemort, isso era algo bom. Ele odiava os comensais, algo ainda melhor. Então porque Luna poderia acreditar que o ódio de Winterheart poderia ser algo ruim para nós? Quase como que se respondesse a minha pergunta, Luna finalmente disse.

— Se ele ainda quiser matar Voldemort ele pode fazer duas coisas para você Harry. A primeira, e menos má, seria se o impedisse de se meter na Guerra, o deixando na segurança de alguns defensores. A segunda é que realmente não pode acontecer, ele usar você como isca para Voldemort, e assim colocar a sua vida em risco! – Explicou.

— Ele não faria isso, faria?

— Você prestou atenção no que eu disso antes. Ele venderia a alma para conquistar seus objetivos!

— E como isso pode afetar Hermione?

— Você é a isca para Voldemort, e ela é a isca para você!

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Quando as primeiras corujas do dia atravessaram as janelas de Hogwarts, eu me sentava junto a Blaise e Draco. Eu sabia que meus dois melhores amigos estavam apaixonados pela Hermione, mas aquilo já era demais. Draco estava pensativo, desde o dia em que Hermione desaparecera. Enquanto Blaise parecia misterioso, reservado e por algum motivo irritado. Os dois não se falavam e eu servia de garoto de recados para eles.

No fim, eu estava irritado e cansado. Sentia falta de Hermione e ao mesmo tempo sabia que estar ligado a ela poderia ser perigoso. Principalmente para ela. Só que ainda havia a lembrança dos avisos de Erick em minha mente. E em minha mente rodava só de pensar que talvez o que ele tivesse me dito antes estava ligado com o atual desaparecimento dela. Estava tão perdido em pensamentos que apenas me dei conta do que estava acontecendo quando uma coruja pousou na minha frente.

Claro que reconheci a coruja imediatamente. Afinal, ela pertencia a meu pai. George Nott. A primeira coisa que me passou na cabeça ao ver o envelope preto foi o que aconteceu em Hogsmead. Provavelmente Avery teria me delatado, e eu estava ferrado. Eu quis adiar a leitura dessa carta, mas sabia que não seria possível. Afastando me de Blaise e Draco fui até o meu dormitório, onde comecei a ler a tal carta.

Theodore,

Espero que como sempre esteja se envolvendo apenas com Sonserinos e puro sangues. Não deve jamais sujar o nosso sangue se envolvendo com esses traidores e sangues ruins. De qualquer forma, através dessa carta, venho lhe informar que nos encontraremos no Cabeça de Javali amanha (sábado), durante a manhã. Apenas lhe digo que deve estar vestido normalmente para conhecer seu futuro sogro.

Como bem sabe é comum em famílias puro sangues o casamento arranjado, para que haja a continuação da nossa pureza. Como você recusou o casamento com Dafne Greengrass. Eu encontrei um casamento muito melhor para você, mas principalmente, muito mais lucrativo. A noiva é uma sangue puro, de uma das famílias mais leais ao lord (Avery), desde a iniciação dos comensais da morte.

Ao que tudo indica a noiva nada sabe ainda sobre o casamento. Assim como também só soube a pouco que era uma sangue-puro, e talvez por isso demore um pouco para domá-la. Porém seu pai deseja casá-la logo, para garantir que ela aceite os ideais do nosso Lorde. Não se preocupe, lhe garanto que a noiva é bonita o suficiente, para que você possa deitar-se com ela.

De seu pai,

G.Nott

Me irritei novamente com a carta. Como ele se atrevia a tentar decidir o meu futuro desse jeito. Rasguei a carta, irritado e a queimei, jogando suas cinzas pela janela. Eu não ia seguir o que quer que ele quisesse que eu fizesse. Não me casaria com uma mulher só porque meu pai queria.

E naquele momento eu já não sabia o que fazer.

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Até o momento eu fingia acreditar na historia que Avery fantasiara. Eu simplesmente me mantinha calada e não falava nada que pudesse fazê-lo desconfiar. Ele colocara a garota que antes viera aqui, Frances, para me companhia. Ela me trouxe o café da manhã e ficou me esperando comer, de pé, há alguns metros de distância. Quando acabei ela devolveu tudo a uma bandeja e limpou a mesa com o pano, enquanto eu a observava, em silencio.

Depois de um tempo eu consegui reconhecer o rosto dela. E me xinguei por não ter reconhecido antes. Ela era uma das garotas trouxas que haviam desaparecido e deixado traços de magia negra no local. Como dizia a reportagem de Dangers, elas desapareciam e provavelmente eram escravizadas pelos comensais. Os pelos da minha nuca se eriçaram só de pensar estar sobre controle mental, não saber o que você é, o que está fazendo, não ter consciência de seus atos.

Tento afastar esses pensamentos de minha mente. Não posso vacilar. Se Avery ao menos desconfiar que eu não acredito que ele seja meu pai, acredito que ficarei como ela. Sob um imperius. Isso se eu não acabar morta. Suspiro alto, não há ninguém aqui. E eu estava começando a enlouquecer. Eu realmente não tenho vocação para donzela indefesa.

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Havia um circulo desenhado no chão, junto a uma estrela de sete pontas entre outro circulo e alguns símbolos em cada ponta. Cada símbolo possuía um significado diferente, em posição horária estavam os símbolos: Sol, Vênus, Mercúrio, Lua, Saturno, Júpiter e Marte. De acordo com o livro que Clair me emprestara, esses símbolos iriam localizar Hermione, caso ela ainda estivesse viva. No entanto a pronuncia das palavras era muito difícil, e ainda tinha o resto do ritual com o cálice e o fogo, isso seria muito difícil.

Quando eu treinava a pronuncia, o prof. Termopolis entrou na sala.

— Ainda nessa parte?

— Não consigo pronunciar as ultimas três palavras. – Expliquei-lhe.

— Você entende as ultimas três palavras? – Me perguntou, enquanto puxava uma cadeira para se sentar. – Ou alguma outra parte do ritual?

Neguei com a cabeça. E ele resmungou algo. Ele pegou o livro, um pergaminho e uma pena. E se concentrou no livro, ao mesmo tempo em que fazia anotações no pergaminho.

— O que está fazendo, professor?

— Traduzindo o texto! Muitas pesquisas, principalmente trouxas, apontam que quando você sabe o que está falando a pronuncia se torna mais fácil! Tanto que quando se vai aprender uma nova língua primeiro você escuta, então entende e só no fim fala.

— E realmente funciona?

— Sou fluente em 15 línguas, então sim! Essa técnica funciona!

— E você entende a língua druida?

— Os druidas são em sua maioria de origem celta, e todos os feitiços também o são.  Aprendi o celta primitivo com Clair, e a partir dele eu tento entender suas variações. – Explicou ele. – Felizmente estamos lhe dando com um a língua nórica, um descendente próximo do celta primitivo!

A medida que ele me revelava os fatos eu me sentia mais inútil. O cara fala 15 línguas, entre elas uma língua morta que dera origem a varias outras línguas. Isso me dá um pouco de inveja. Continuei treinando minha pronuncia enquanto ainda tinha tempo. Logo me cansei e esperei até que o professor terminasse a tradução.

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O céu estava nublado, mas vejo alguns raios de sol conseguirem se esgueirar pelas nuvens e bater em alguns pontos da água. A minha frente via a linha do horizonte dividir o céu azul claro infestado de nuvens cinzentas do mar azul esverdeado que um dia fora meu túmulo. Eu estava no topo da falecia, a mesma da qual me joguei, para não morrer nas mãos de Nott. Fechei os olhos, por alguns segundos. O suficiente para que as lembranças invadissem a minha mente, nublando quaisquer outros pensamentos.

Em dois meses ele acabara com o que queria inicialmente. Descobrira quais foram os caçadores que haviam matado Julie – Pois ele só havia dado fim a seu sofrimento –. E então os caçara. Ele havia visto os cinco caçadores morrerem em suas mãos. Tinha tirado a vida dos cinco. Tinha tirado deles o que eles mais amavam. E mesmo assim não se sentira vingado. Talvez por que ainda faltava uma ultima pessoa. George Nott, o mandante daquele crime.

Mas ele sabia o que deveria fazer. Ele não amava sua esposa, Madeleine. Não! Só se casara com ela por interesses financeiros e ela por orgulho da família. Georges possuía amantes. E entre essas amantes, Ester, uma linda morena de olhos prateados e pele clara. Ester era mestiça, e o único amor de George. Faria com que Ester conhecesse a verdadeira face de Georges e a odiasse. Deu a ela as provas de que ela precisava para acreditar em si. E ela odiou George e quando percebeu que o ódio dela não fora o suficiente para atingi-lo, ele a matou. Então George (Jeff Daniels) o desafiou para um duelo. Um deles morreria naquela noite.

O campo escolhido fora a beira de uma falésia.

— Eu o criei como um filho!

— Matou a única mulher que eu amava! Resolvi fazer o mesmo! – Respondeu petulante.

O que não sabiam era que de longe Theo os observava. Theo assistira calado ao seu pai retirar a vida de Erick. Mas vira que Erick, em um ultimo esforço, se jogara do precipício. A queda era alta e mesmo que tivesse sorte e caísse na água e não nas pedras pontudas que ficavam na beira do mar, a água gelada não seria capaz de amortecer a queda. Era o fim. A morte.

Porem, não acabaria assim. Ele se vingaria, mesmo morto perseguiria os Nott, e isso era uma promessa.

Eu ainda não entendia porque estava vivo, mas não podia reclamar. Morto só poderia assombrar os pensamentos de Nott, mas vivo poderia matá-lo. Tive o cuidado de fazer com que Voldemort não contasse nada a Nott, e que mais ninguém o fizesse. Entrei para os Comensais da Morte para destruí-los por dentro, mas também para cumprir a missão designada por meu novo mestre, que logo destruiria também.

Senti o vento me soprar. E sussurrar coisas em meu ouvido. Talvez eu realmente estivesse louco, mas me lembrei da voz de Julie e de suas palavras.

Não deixe de acreditar!


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Notas finais do capítulo

Então galera, pra evitar que o problema que aconteceu dessa vez, eu vou programar os próximos dois capítulos pros dias 25 desse mês e pro dia dia 9 do próximo mês.