Encantada escrita por Ana Wayne


Capítulo 22
Capítulo 21




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O festival estava muito animado e eu estava com muita vontade de saltar para fora daquela carruagem e ir para a avenida principal me divertir. Acontece que junto comigo estava Luke Amorin comentando sobre algo que eu não estava nem ai. Sério, o ministro poderia ser mais sutil. Fui tirada dos meus pensamentos pela voz do homem a minha frente.

– Você ao menos ouviu uma palavra do que eu lhe disse?

– Sinceramente? – Perguntei de volta, ele afirmou, mas tenho certeza que já sabia a resposta. – Não! Estou um pouco ansiosa.

– Te entendo! Da ultima vez que meus pais quiseram ter uma coversa urgente comigo eles estavam exigindo que eu me casasse.

– Isso não é meio que medieval?

– Ainda é uma pratica comum entre bruxos de famílias mais antigas! – Confessou. Sua voz soava um pouco irritada agora.

– Bom, meus pais não vão me pedir para me casar!

– Como pode ter certeza disso?

– Porque eles já sabem que apressar as coisas dificilmente da certo! – Vi quando ele franziu as sobrancelhas, buscando entender o que disse, fiquei em duvida sobre falar ou não, mas no fim optei pela primeira opção. – Minha mãe é italiana e ela, assim como minha avó, possui muitos conceitos antigos daquela região profundamente enraizados, entre eles o casamento. Minha mãe era a segunda mais velha entre os cinco filhos: Hermione, Haydée, Hercules, Harpina e Helena. Vovó logo começou a enfiar na cabeça de Hermione que ela tinha que se casar, logo quando esta completou seus 16 anos, na época minha mãe tinha 15. Meu pai estava na Itália nessa época e ele conheceu Hermione inicialmente eles foram noivos, mas começou a haver brigas em casa, minha mãe e minha tia se apaixonaram pelo mesmo homem.

– E aconteceu algo mais grave?

– Meu pai amava minha mãe, mas era apaixonado pela minha tia, por isso não se decidia. E então em um dia de chuva forte Hermione sofreu um acidente e morreu, minha mãe e meu pai se casaram no mês seguinte, mas minha mãe só tinha 16 anos nessa época e meu pai já era um homem formado, de 22 anos que se casara com uma criança. – Suspirei, ele pareceu intrigado com a historia. – Eles tiveram muitas brigas e o casamento quase acabou.

– E o que salvou essa historia? Seu nascimento... – Sorri internamente, realmente minha chegada fora o que fizera a briga acabar.

– A briga tem motivos que até eu desconheço, e as vezes acredito que ainda tenha algo por trás disso que eles nunca me contaram. – Sorri com o fim do relato. – Casamentos não pensados ou muito cedo pode acabar com qualquer chance de um bom casamento, se ambas as partes puderem esperar mais um tempo antes de enfiarem a aliança no dedo! – E ele riu.

– Então o que acha que eles pretendem falar para você?

– Se eles não inventarem um divorcio... Por mim tudo bem! – Disse.

Luke Amorin se mostrou um bom contador de historias e um bom ouvinte. Ele estava calmo e ele me acalmava o que era bom, não seria algo muito interessante conversar com meus pais nervosa ou ansiosa. Logo a conversa acabou e eu fui conduzida para dentro de uma casa antiga e um pouco mal cuidada, e meu sangue gelou por um minuto, mas eu senti a mão de Amorin em meu ombro e olhei para cima e ele me deu um olhar confiante.

Abriram a porta de uma sala e nela haviam três pessoas. Minha mãe, Haydée Granger (Jennifer Aiston); meu pai, William Granger (Tom Hanks); e minha tia, Helena La Vecchia. Todos sustentavam um olhar preocupado e incerto, e eu soube que nada de bom vinha dali. Ouvi Amorin me desejar boa sorte antes de fechar a porta novamente e então vi minha mãe se levantar com um sorriso preocupado.

– Olá meu bem!

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Fazia um tempo desde a última vez em que vira Hermione, que fora na noite anterior, no jantar e mesmo assim nem falara com ela direito. Claro que eu passei várias horas na sala secreta treinando a minha magia druida, mas ainda sim Hermione só desaparecia para ficar em dois lugares: biblioteca e sala comunal da Grifinória!

Nesse meio tempo fui capaz de perceber que Draco parecia um pouco mais irritado que o normal, e muita de sua raiva se dirigia a Theo. Theo parecia saber o motivo, mas mesmo assim não se importava muito, na verdade parecia estar ignorando o outro. Portanto se antes a conversa já estava mal, agora estava pior ainda.

– Você por aqui Blaise? – Perguntou-me uma voz feminina. Olhei para trás e logo vi a dona da voz, olhos esverdeados, cabelos loiríssimos e pele excessivamente branca: Pansy Parkinson.

– É um festival Pansy... Vim me divertir!

– Pensei que não gostasse de ciganos!

– O que te faz pensar assim? – Perguntei-a. Ela revirou os olhos com uma atitude excessivamente irritante.

– Por causa do que aconteceu com sua mãe no passado! – Meu sangue gelou. De onde infernos, Pansy Parkinson conseguira aquela história? – Surpreso? Eu não estaria! – Me entregou o Profeta que há dias já não lia. Peguei-o de suas mãos com excessiva grosseria e me espantei com a manchete.

Aimée D’Lafour, através do tempo!

Perigo! Essa é a palavra certa para descrever Aimée D’Lafour. Longos cabelos castanhos, olhos verdes, pele bronzeada e curvas perigosíssimas, a mulher tem um estranho poder de deixar muitos homens loucos, inclusive os mais bem casados. Considerada uma das mulheres mais belas da Inglaterra mágica, D’Lafour também possui muitos segredos, o principal deles a morte de seus sete maridos, entre eles o italiano Marco Zabini, pai do jovem bruxo Blaise Zabini.

Antes de tudo começaremos pela origem mágica dessa magnífica bruxa. Filha do bruxo francês, Nathaniel D’Lafour, um bruxo que teria sido perseguido junto a família por Grindelwald, com uma mulher desconhecida. Foi criada na capital francesa por seu pai, até os seus adoráveis 10 anos, onde se mudou para o norte da Itália, sonho sempre almejado por seu pai.

Mas as suas tragédias começaram ai. Um mês após sua mudança para a Itália junto ao pai, fora sequestrada por bruxos ciganos que almejavam extorquir algum dinheiro de Nathaniel D’Lafour. Ficara um mês em cativeiro, um mês de muita tortura e humilhação: fora acorrentada as carroças e era obrigada a andar nua, era tratada como uma escrava pelos ciganos e muitas vezes fora violentada e até mesma submetida a algumas “punições” –em sua maioria chicoteada até sangrar.

Fora salva pelo jovem italiano, Marco Zabini – que na época possuía 17 anos enquanto ela possuía míseros 10 –, que mais tarde viera a se tornar seu noivo. Quando completara 16 anos se casara com o jovem Zabini, que mudara-se com ela para a Inglaterra, onde ela passou a frequentar Hogwarts e ele a trabalhar no ministério. Marco Zabini, tal como Nathaniel D’Lafour e a própria Aimée D’Lafour Zabini, eram total e completamente neutros em relação a Guerra que começava naquela época. D’Lafour se descobriu grávida quase que no mesmo momento em que Você-sabe-quem matou seu marido por este recusar se tornar um de seus comensais.

D’Lafour teve seu filho de Zabini, hoje um jovem saudável de 16 anos que estuda em Hogwarts, e no mesmo ano se casou com Evandro Lastrian, um jovem comensal da morte, em sinal de rendição aos desejos do Lord das Trevas. E em menos de um ano Lastrian morreu de parada cardiorrespiratória. Então teve Ducan Chaot, morto por uma doença degenerativa. Ellian Hadeth, em um acidente na escada. John Contrim que caiu da janela. Nicholas Penning, que envenenado por um vinho na casa de Goyle. Petro Uthergon por morte cerebral por motivo desconhecido.

Lastrian. Chaot. Hadeth. Contrim. Penning. Uthergon. Todos os nomes citados, sem qualquer exceção ou adição são nomes de ou comensais da morte, ou de bruxos acusados de terem sido comensais da morte. O único que não o era fora Marco Zabini, que morrera nas mãos do Líder dos comensais da morte.

Seria essa Viúva Negra uma mulher vingadora e rancorosa que não admite que mexam com quem ama? Se sim, como que nunca, nenhuma das provas aponta para ela, sendo que muitas vezes ela se quer estava no local? Se não, qual seria o mistério por trás dessa mulher cujo nenhum homem sobrevive para contar a historia? E no fim a pergunta que não se cala: Seria ela a maldição ou a amaldiçoada?

Por Rita Skeeter

Ao ler aquela matéria senti meus músculos travar e meu sangue gelar. Se minha mãe já tinha lido aquela matéria, então eu sabia que teria muitos problemas. Suspirei, fazendo com que meu corpo voltasse a relaxar. O máximo que minha mãe faria seria um enorme processo que faliria Skeeter. Minha mãe era vingativa, mas com certeza não era louca a ponto de se expor dessa forma.

– Ora Pansy, ainda não entendeu que as matérias de Skeeter são tão confiáveis quanto a maioria das visões de Trelawney. – Disse-lhe com um sorriso de canto arrogante. Pansy fez uma expressão contrariada e resmungou algo antes de sair andando.

Skeeter não tinha ideia de onde estava se enfiando. E não fazia ideia que minha mãe já estava preparada para uma dessas há muito tempo. Fosse Skeeter ou outro jornalista intrometido. Ela estava tão encrencada que eu quase desejava que minha mãe a perdoasse. Quase!

Logo avistei Potter e Weasley sozinhos e franzi o cenho. Hermione deveria estar com eles. Tsc! Andei em direção ao Potter e chamei sua atenção, demorou um pouco para ele me reparar, e logo lhe perguntei onde estava Hermione. E ele também franziu o cenho, tal como Weasley.

– Ela disse que estaria dando uma volta, pensei que estivesse com você, Malfoy ou Nott! – Me assustei, eu acabara de chegar, não tinha chances dela estar comigo.

– Não! Draco e Theo estão perto nas barracas de jogos, quando passei por lá ela não estava, pelo menos não naquele momento!

– Talvez esteja com Gina a procura de roupas! – Suspirou Potter. Revirei os olhos.

Perguntei a ele os possíveis locais onde ela poderia se encontrar e logo que ele respondeu, eu já estava longe. Muito longe. E só pedia por uma coisa, que ela não estivesse em perigo! Não de novo.

Esteja bem...

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Me sentei em frente a minha mãe, que sentava-se ao lado do meu pai. Tia Helena sentava-se em uma poltrona à esquerda de mim e minha mãe. O silencio durou por um curto tempo enquanto eu continuava tão ansiosa quanto antes, e o assunto parecia ser realmente serio. Minha mãe pareceu tentar falar algumas vezes, mas sempre se calava antes mesmo de emitir a primeira palavra. Cansada e incomodada com o silencio eu mesma me pronunciei.

– Então? – Perguntei desviando minha mãe de seus devaneios. – Qual era o assunto tão urgente que os fizeram vir a Hogsmead?

– Hermione, querida... – Ela parecia um pouco nervosa e por isso a servi com um pouco do chá que os elfos deixaram na sala para nós. – Obrigada, meu bem! – Disse antes de tomar o primeiro gole.

– Sabe Hermione... – Começou meu pai com sua voz grave. Eu olhei para ele, tal como todos. – Os primeiros anos do meu casamento com sua mãe foram anos bem conturbados... Primeiro teve a morte de sua tia e logo então sua mãe perdeu o primeiro bebe, e mais tarde nasceu seu irmão Idan, que nascera morto. – Senti minhas pernas fraquejarem. Se eles começaram com essa história é por que a coisa é seria.

– O que seu pai está tentando dizer Hermione, é que uma das causas das nossas constantes brigas no passado fora quando eu descobri que era infértil. Meus óvulos eram defeituosos e isso ocasionou a morte de mais duas crianças. – Levei a mão ate a boca, dessa eu não sabia. – E queria tentar mais vezes, ou tentar uma fertilização in vitro, mas seu pai sempre sugeria a adoção.

– Sou adotada! – Disse. Meus pais me olharam como quem esperasse um grande grito ou choro ou alguma coisa que remetesse ao desespero, mas eu sorri. – Eu sabia disso desde o meu terceiro ano!

– Como? – Perguntou meu pai e pude ver a surpresa estampada nos olhos de todos.

– Seu sangue é AB pai, e o da minha mãe é o B+, um filho de vocês teria sangue B+, A- ou AB. – Disse-lhes com um sorriso de canto. – Meu sangue é O-, não tinha como eu ser filha de vocês, não mesmo.

– Como descobriu isso?

– Biologia, pai! Tem um livro gigante sobre isso na biblioteca de Hogwarts. E eu sou conhecida como rata de biblioteca! – Sorri, meus pais pareceram mais relaxados. – Inicialmente eu pirei quando descobri sobre isso, na verdade eu fiquei muito chocada e desesperada, mas então eu parei para pensar e vi que vocês não esconderiam nada deliberadamente de mim. Não dessa forma. Sabia que um dia me contariam.

– Você não fica curiosa para saber quem são seus pais? Ou por que eles a abandonaram? – Neguei ante a pergunta de minha mãe.

– Vocês são meus pais! Foram vocês quem viram meus primeiros passos, que me ensinaram as minhas primeiras palavras, foram vocês a quem passaram horas da madrugada acordados cuidando de mim, vocês me criaram e me alimentaram! – Disse apressadamente, olhando para minha mãe podia vê-la a beira de um ataque de lagrimas, me levantei e me sentei ao seu lado. – Você, dona Haydée La Vecchia Granger, é a única mãe que eu quero! – Minha mãe me abraçou chorando emocionada.

– Eu tinha tanto medo que me odiasse por isso!

– Odiá-la? – Perguntei. – Como poderia odiar a mulher que cuidou de mim por tanto tempo?

– Acho que agora chega a hora das minhas verdades! – Disse Helena, manifestando-se pela primeira vez ao mesmo tempo em que se levantava. Eu me ajeitei ao lado de meus pais enquanto a perguntava o que queria dizer.

– Bom, Hermione, sua tia Helena foi quem a encontrou! – Respondeu meu pai por ela. Olhei para minha tia com curiosidade.

– Talvez seja melhor eu dizer que eu não encontrei Hermione, William. – Falou. – Lembra-se, estávamos no sítio, na região de Florença, perto do sítio tinha uma vasta floresta naquela época.

– Ainda tem!

– Eu tinha 14 anos e naquela época eu amava minhas caminhadas matinais...

15 anos atrás...

Eu caminhava pela trilha da floresta. Era ótimo, divertido e relaxante. E eu sempre fazia isso, todas as manhãs, sempre pelo mesmo caminho. Mas naquele dia eu resolvi mudar o meu caminho, pela primeira vez em toda a minha vida eu fora por outra trilha. A trilha, chamada de Stregata Strada, era conhecida por ser mal assombrada, pois passava perto de uma velha casa abandonada.

Naquele dia, quando eu passava por essa trilha eu ouvi um choro de uma criança. Inicialmente achei que fosse minha mente me pregando peças, mas esse choro vinha da casa. Podiam me chamar de tola ou mesmo de louca, mas a curiosidade me guiava até aquela casa, não só a curiosidade, havia algo mais ali.

Quando entrei ouvi uma voz que cantava para ninar essa criança e o choro parava lentamente. Quando abri a porta do quarto onde vinha as vozes vi uma mulher. Ela era linda! Tinha belíssimos olhos azuis, pele claríssima e cabelos loiros bem penteados, ela se vestia com um vestido azul longo, elegante e sedutor. O que não a ajudava em nada com sua função de segurar o bebe enquanto o colocava para dormir.

Primeiro pensei que eram fantasmas, nenhuma pessoa em sã consciência moraria ali. E de primeira descartei a ideia de estarem perdidos, visto que o vestido dela estava impecável. Ela olhou para mim com um ar sombrio, me perguntando quem era e o que fazia ali.

Oh! Certo! Me desculpe, eu estava passando pela trilha quando ouvi o choro de uma criança! Respondi e ela me olhou de cima e a criança em seu colo chorava.

Você simplesmente entrou em uma casada conhecida por ser mal assombrada, sem mais nem menos?

Eu ouvi o choro de uma criança! Já lhe disse isso!

Poderíamos ser fantasmas! Disse sombria enquanto ninava a criança. Não tem medo disso?

Não são fantasmas! Eu já estudei sobre eles e vocês definitivamente não são fantasmas! Só quando aquilo saíra da minha boca que eu percebera o que estava fazendo a mulher olhou para mim um pouco surpresa, mas logo se recuperou.

Então é uma bruxa?

Sim! Algum problema?

Na verdade seria mais uma solução! Sussurrou tão baixo que eu duvidava que realmente tivesse ouvido o que ela disse. Você é tão nova, tem o que? 15 anos?

14!

Ótimo! Resmungara com um ar irritado, eu me aproximei dela enquanto ela me observava sem muita animação. Ela deu um longo suspiro resignado, mas por fim me disse: Você conhece alguém que queira uma criança, senhorita?

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Atualmente...

Andava distraído entre os ciganos quando vi Sirius Black em pessoa. Pelos conhecimentos que tenho de minha arvore geneologica eu sabia que ele era o meu primo e sabia que ele fora um dos traidores do sangue que... – Estaquei. Traidor do sangue. Eu poderia ser considerado um, não poderia? No fim das contas eu me tornara um amigo de Granger, e eu a defenderia de qualquer um que se impusesse no seu caminho, como fiz com Avery e Kister. Eu era tão traidor quanto ele.

Esses pensamentos me abordaram de forma que eu nunca pensei que abordariam antes. O objetivo de Voldemort era exterminar a todos os sangues-ruins, Hermione era como eles, nascida trouxa. Eu conseguiria deixá-la partir dessa forma? Conseguiria ver alguém a matando? Uma dor me atingiu de uma forma inesperada com o pensamento de seu corpo gélido e sem vida. Eu não poderia mais me considerar um ser que apoiava as ideias de Voldemort, pois havia uma sangue ruim que me faria morrer se eu a visse morta.

– Draco! – Chamou-me uma voz bem conhecida, me virei para trás e avistei Blaise correndo em minha direção e deixei meu cenho franzir, ele não falava comigo a muito tempo.

– Blaise, aconteceu algo? – Perguntei-lhe.

– Sim, eu não vejo Hermione em lugar nenhum! – Disse ele, ofegante. Parecia um pouco desesperado e aquilo me irritou, por que me irritava quando outra pessoa se preocupava com ela?

– Ela pode estar com o Testa Rachada! – Respondi irritado.

– Não está! – Aquilo me irritou. Onde essa menina tinha se metido? – Procurei com a Weasley, mas também não está ela disse que Hermione nem veio com ela! Achei que pudesse estar com você!

Um estranho sentimento de preocupação se apossou de mim e eu me vi pensando se ela estava bem. Hermione sempre tinha problemas e esse ano ela já teve um grande problema com Avery. Mas então um ciúme repentino passou por mim enquanto um sentimento de possessão me tomava por inteiro, minha face escureceu e perguntei rouco.

– Já olhou se ela está com Theo? – E no fundo eu não sabia o que era pior: ela estar com Theo, ou ela estar sozinha?

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15 anos atrás... (Helena POV’s)

Me perguntei que tipo de pergunta era aquela. Naquela época, já havia uma grande briga entre sua mãe e William por causa da infertilidade de Haydée. Mas eu não sabia como responder aquilo e ela sorriu.

– Então a resposta é sim!

– Por que faz essa pergunta?

– Vê a criança em meus braços, senhorita? – Perguntou-me, eu olhei para eles e vi a linda criança em seus braços, ela não parecia ter mais de um ano.

– É linda!

– Eu sei! – Respondeu. – Qual o seu nome?

– Helena! Mas por que me fez a pergunta. – Seu sorriso se abriu e pela primeira vez vi que neve se escondia uma tristeza inapagável.

– Eu tenho que passar essa criança para alguém! Mas tem que ser alguém que a amará, não que a mimará! Deve ser alguém que cuidará dela como se fosse um tesouro, pois é isso o que ela é! – Disse olhando para a criança com um sorriso triste e ao mesmo tempo feliz.

– Ela é sua filha?

– Ela? Não! Ela é filha de uma amiga minha que desapareceu! – Respondeu, via agora a tristeza com mais clareza e vi quando ela respondeu. – Eu queria poder ficar com ela, mas não posso!

– Por que não?

– Porque sou um súcubo, jamais seria um bom exemplo para ela! E jamais poderia dá-la todo o amor e carinho que ela necessita. Ela precisa de uma família! – Disse-me com um sorriso.

Eu olhei para a criança por alguns minutos e estendi meus braços para pegá-la, vi quando aquela mulher deu um beijo na testa da menina e sussurrou um “boa sorte” para ela. Quando a toquei pela primeira vez senti uma força enorme passar pelo meu corpo. Uma magia poderosa que se propagou como ondas por todo o país. Mas quando abri meus olhos a mulher já havia saído e eu peguei aquela criança para mim.

Eu sabia que William queria muito uma criança, assim como sabia que Haydée o queria. Essa criança seria amada. Seria cuidada. E nada faltaria a ela. Nem amor, nem carinho, nem comida ou água. Segurei-a firmemente e sussurrei para ela.

– Bem vinda a família!


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Notas finais do capítulo

Haydée Granger (Jennifer Aiston) => http://www.jenniferanistonmovies.net/images/652_jennifer-aniston17697.jpg

William Granger (Tom Hanks) => http://cdn03.cdn.justjared.com/wp-content/uploads/2011/07/hanks-bafta/tom-hanks-rita-wilson-bafta-brits-to-watch-gala-02.jpg

Pansy Parkinson (Taylor Momsen) => http://travicap.net/wp-content/uploads/taylor_momsen_straight_hair.jpg