Quebrando As Regras - Scorose escrita por Anne Almeida


Capítulo 9
Ciúmes


Notas iniciais do capítulo

Espero que gostem e comentem! ^^



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Regra 9: Uma Wealey não sente falta de um Malfoy.

Fazia exatamente três semanas que Rose morava no apartamento de Scorpio e trabalhar no bar se tornara algo totalmente natural, já conhecia os frequentadores pelos nomes e havia descoberto que apesar da aparência meio assustadora de alguns, eles eram pessoas boas, na maioria trabalhadores da enorme fabrica de materiais de construção que existia na saída da cidade.

Ana se tornara uma amiga, conversavam sobre diversos assuntos e Rose conseguia deixar de lado nas conversas o fato de ser uma bruxa. Tom e Bob apareciam quase todos os dias, principalmente Bob que estava tentando reconquistar Sheyla e a enchia de perguntas sobre como fazê-la voltar para ele.

Rose só não conseguia se sentir realmente bem ali devido Scorpio que persistia mantendo distância. Após a conversa no estoque ele não a tratara mais de forma grosseira ou ofensiva, mas continuava a evitando.

Na verdade até piorara, agora ele acordava e tomava café antes que Rose acordasse, quando ela levantava, seu café estava pronto e Scorpio já estava no bar.

Não importava onde ela estivesse ele parecia sempre estar em outro lugar. Se estivesse em casa ele ia para o bar, se estivesse no bar ele ia para o escritório, se ele pretendia lhe falar algo usava Ana como mensageira. Houvera um dia em que eles não se falaram uma vez sequer.

A atitude dele deixava Rose exasperada, não conseguia entender porque ele agia assim, a justificativa de preocupações com o bar não era mais suficiente.

A presença de Ana era agradável e a aliviava um pouco mas não conseguia apagar a falta que ela sentia da presença dele, mesmo que ele estivesse a apenas metros de distância. Os olhares avaliativos e comentários ácidos e inteligentes que ela inicialmente odiava não lhe eram mais lançados, e ela por mais que soubesse ser algo positivo não conseguia se alegrar.

Era nisso que Rose pensava enquanto estava sentada atrás do balcão ao lado de Ana. Devido a pequena quantidade de fregueses elas quase não precisavam se levantar.

Scorpio estava a frente de ambas, a poucos metros tentando consertar a junque box que quebrara pela quarta vez desde ela passara a trabalhar ali, estava de costas abaixado mexendo na velha maquina.

Rose voltou aos seus pensamentos onde se lembrava de todas as tentativas de se aproximar, conversar e até – por mais que ela negasse a si mesma – paquerar. Lançara olhares, sorrisos e palavras, mas ele ignorava tudo. E a cada dia se tornava mais indiferente.

Enquanto esses pensamentos rodavam em sua cabeça ela inconsciente mordia o lábio inferior com tanta força que forçou o sague a fugir, deixando apenas uma fina linha pálida.

– Rose.

Ela observava o homem a sua frente , concentrado no concerto.

– Rose!

Enquanto ela se concentrava nele.

– Rooose!!!

Rose se sobresaltou ao perceber que era chamada e tão inconsciente quanto ela mordia, soltou o lábio permitindo que o sangue retornasse.

– Ah... oque foi Ana?

– Era só pra avisar que se você mordesse seu lábio um pouquinho mais forte ele ia sangrar – e apesar de noticiar algo serio ela sorria.

– Ah... ta...

– Ele é bonito, não é?

– Quem?

– O cara que você ta secando! – Ana ainda sorria.

– Eu oque? Não! Não to secando ninguém.

– Anham – o sorriso persistia no rosto da sua nova amiga – Então esse olhar fixo nas costas de Scorp é só porque você descobriu que ele tem uma tatuagem de escorpião sob a camisa?

– Oque? Sério? Um escorpião?

Ana gargalhou após revirar os olhos.

– Sei lá! Mas você parece querer descobrir!

– Eu não! Claro que não!

– Admita Rose, você tá caidinha por ele.

– Não estou não! – Rose se sentia uma garotinha pega pela mãe fazendo algo errado e tentou se justificar – Só quero saber por que ele tem me evitado.

– E você não sabe o por quê? – Ana perguntava como se a resposta fosse óbvia.

– Não! Você por acaso sabe?

Ana fechou o sorriso e pensou um pouco.

– Você sabe que ele é bem fechado quando quer. Não me falou nada – aquele era um assunto que Ana achou melhor não se meter e esperava que se resolvesse logo, mas partindo das partes as quais ele se referia, ou seja, Rose e Scorpio.

– Sei – Rose suspirou infeliz.

Depois de consertar a junque box, coisa que Rose percebeu ele usara a varinha para fazer, Scorpio se juntou as garotas atrás do balcão, sentando ao lado de Ana e fixando o olhar no bar quase deserto.

Minutos de um silencio arrastado se passaram e a porta do bar se abriu revelando dois homenzarrões. Rose saltou do banquinho onde estava e abriu um sorriso.

– Pode deixar que eu atendo!

Ela se encaminhou para Tom e Bob um pouco menos triste, sempre que eles apareciam ela dava graças a Merlin. Entre todos os frequentadores eles eram os que mais a agradavam, eram bons e amigáveis por mais que suas aparências dissessem o contrario.

– Tom! Bob! Que bom ver vocês!

– Olá ruiva.

– Oi morena.

Eles persistiam na discussão toda vez que a viam. Rose aumentou o sorriso.

– A meio ruiva meio morena gostaria de saber se vocês querem uma mesa.

– Claro e duas cervejas – falou Tom.

– Três se você quiser nos acompanhar – Bob lhe sorria.

– Ah! Não posso – ela preferiu não comentar havia se decidido a não ingerir mais um pingo de álcool – To trabalhando.

– Não sabia que vocês atendiam fantasmas aqui, ruivinha – Tom falava olhando ao redor enquanto Bob lhe lançava um olhar que dizia: Morena! Já disse que ela é morena!

Tom ignorou o irmão.

– Senta. Vamos conversar.

Rose olhou ao redor assim como Tom fizera antes.

– Ok.

Tom e Bob ficaram quase três horas no bar e Rose só saia de perto da mesa para buscar mais bebidas. Eles conversavam e riam. Ana às vezes aparecia, ficava por alguns minutos e depois voltava a se sentar atrás do balcão com Scorpio que parecia uma estatua de tão imóvel que estava.

Ele observava Rose com os homens atentamente, o bichinho em seu estomago aparecera e não dava sinais de que iria embora logo.

Quando ele começara a sentir o alivio de perceber que os irmãos já iam embora o bichinho se agitou pior que nunca.

Bob abraçava Rose carinhosamente e ela retribuía. Antes que se desse conta Scorpio já estava ao lado dos dois os afastando e dando um soco na cara de Tom.

– Não toque nela! – ele urrou enquanto Bob tocava a mancha rocha que ficara sobre seu olho esquerdo.

Rose estava perplexa.

– Quem você pensa que é pra dizer oque eu devo fazer moleque? – respondeu Bob avançando para Scorpio.

– Não! – gritou Rose se metendo entre os dois.

Ana apareceu e segurou Bob com a ajuda de Tom. Scorpio que finalmente percebera oque havia feito estava parado com um olhar que Rose não soube interpretar, então ela sentiu suas bochechas queimarem.

– Ana, fecha o bar! Já deu por hoje! – ela mandava – E você Scorpio? Você vem comigo!

Ela o pegou pelo braço e saiu o arrastando em direção ao escritório, ele não ofereceu resistência. Quando chegaram ela fechou a porta, os deixando sós na pequena sala.

– Que você pensa que ta fazendo? – sua raiva era perceptível em sua voz.

Scorpio baixou a cabeça envergonhado.

– Me diz Scorpio! Oque foi isso?

– Eu...eu... – ele levantou a cabeça e a olhou nos olhos – Ele tava te agarrando!

– Não Scorpio! Ele estava me ABRAÇANDO! Se despedindo!

Pequenas manchas vermelhas surgiram na pele pálida das bochechas de Scorpio.

– Além do mais – continuou Rose - Você não tem nada a ver com isso! Você não tem nada a ver com oque eu faço ou deixo de fazer!

Rose não pode deixar de perceber que ele parecia magoado com oque ela dissera e então soltou oque a atormentava a quase uma semana.

– Você não fala mais comigo, não se aproxima a menos de dois metros, me evita, me ignora completamente e depois age como se oque me acontecesse te afetasse! Poupe-me Malfoy! Eu não preciso disso!

Rose saiu e fechou a porta batendo-a.


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