O Céu Negro escrita por ValentinaV


Capítulo 24
Campos Elíseos


Notas iniciais do capítulo

Atendi alguns pedidos nesse capítulo, eu acho...
:D



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/368155/chapter/24

POV Piper

Depois de um tempo debruçada em Jason, percebi uma névoa rosa em volta de sua ferida. Aos poucos, o sangue estancou e a ferida começou a se fechar. Ele voltou a respirar normalmente e abriu os olhos.

- Graças aos deuses, Jason! – eu solucei.

- Aos deuses não, Piper. – ele sorriu – A você.

Fiquei alguns instantes sem entender exatamente o que ele tinha falado.

- Você está me curando. – ele levantou a mão direita e acariciou meu rosto.

Abracei Jason, e beijei-o até perder o fôlego. Eu nunca mais queria deixar para amanhã o que eu poderia fazer hoje. Nunca mais.

Quando Jason conseguiu se sentar, observei o que acontecia ao redor. Os deuses estavam lutando contra monstros, Percy  estava lutando contra Atlas. Jason quis ir ajudá-lo, mas eu não deixei, ele ainda não estava bem para isso.

Tentei apressar o processo de cura, mas quando Jason finalmente ficou de pé, ouvimos da voz de Atlas:

- PERCY JACKSON ESTÁ MORTO!

Em seguida, as coisas aconteceram muito rapidamente. Annabeth golpeou Atlas na cabeça. Ele caiu. Urano e seus monstros desapareceram. Tudo voltou ao normal, menos Percy. Ele estava imóvel.

POV Grover

Todos nós corremos, e formamos um círculo em volta de Percy e Annabeth.

O silêncio instalou-se no ar. A única coisa audível era os soluços e murmuros de Annie. Depois de algum tempo todos estavam chorando, inclusive os deuses.

Poseidon avançou círculo adentro e sentou-se ao lado do filho morto. Ele se debruçou sobre Percy e lamentou, chorando.

Annabeth, de repente, ergueu a cabeça e focou os olhos em Ártemis.

- Eu sou uma caçadora. Sou imortal – ela disse, tentando se recompor – Posso trocar minha imortalidade pela vida dele?

Todos viraram-se para ela. Ártemis negou com a cabeça.

- A sua energia vital está completamente misturada a sua energia imortal. Se você der sua imortalidade, você dá a sua própria vida.

- Então eu posso?! – seus olhos brilharam.

- Sim, você pode. – Hades disse.

- Annabeth, não! – Atena disse, desesperada – Não faça isso, minha filha.

- Mãe, eu preciso. – Annabeth enxugou as bochechas – Percy está morto por minha causa. Ele me salvou. E se há um meio de salvá-lo, eu farei.

Ninguém teve coragem de se opor a Annabeth. Ela se levantou e disse:

- Eu dou a minha imortalidade pela vida de Percy Jackson. – ela fechou os olhos, esperando que Ártemis concretizasse o ritual.

POV Percy

Eu me joguei entre Atlas e Annabeth.

E aí tudo ficou escuro. Quanto mais eu me esforçava para enxergar, mais a escuridão inundava a minha visão. Gritei alguma coisa, mas o som não saiu. Percebi que eu estava caindo... Caindo... Caindo... E não chegava em lugar algum. Depois de um bom tempo em queda livre, a sensação parou, como se meu corpo houvesse pousado em um gramado macio. Eu estava muito leve.

- Abra os olhos. – uma voz masculina ecoou nos meus ouvidos.

Era um cara. Ele era alto, tinha cabelos encaracolados castanho-escuros e olhos da mesma cor. Usava uma armadura familiar, e... Ele era muito familiar.

- Olá chará. – ele estendeu uma mão, e eu levantei com sua ajuda – Bem-vindo.

Olhei ao redor, eu estava em uma planície coberta com uma grama verde e recém aparada. Ao norte havia um lago de águas cristalinas, onde algumas pessoas se banhavam. Ao leste parecia ser uma vila, ou quem sabe uma cidade. Ao sul e a oeste havia uma cadeia de pequenhas montanhas que escondiam o sol poente.

- Você está nos Campos Elíseos, meu rapaz! – o cara sorriu.

Hm. Ahm... Hm. Huuum... Han.

- Alou? Tem alguém aí dentro? – ele me chacoalhou.

- Desculpe, pode repetir onde eu estou?

- Campos Elíseos, vulgo: Paraíso. – ele bateu em sua armadura – Eu sou Perseu, sou o encarregado de te receber por aqui.

- Per... SEU? – eu engasguei – O Perseu?

- Acho que sim... A Perseu ia ficar feio.

- Eu estou morto?

- Ainda não... – ele coçou a cabeça – Você está por um fio, rapaz. Está na fila das Moiras.

- Fila de quem?

- Das Moiras. As três irmãs que decidem o destino da vida e da morte e blablabla. – ele fez um gesto com as mãos.

- Não entendi. Eu estou vivo?

- É como se você estivesse visitando a sua futura casa, a qual você vai morar daqui a pouco.

- Annabeth está em perigo... Eu preciso voltar – eu sussurrei.

- Ei, calma aí parceiro. – Perseu me olhou como se eu fosse louco – Você está morrendo. Batendo as botas. Na fila das Moiras. Não pode voltar por conta própria. E olha, a gente estava acompanhando a sua luta, não foi nada legal, todos estão apostando que dessa vez você vai ficar por aqui.

- Dessa vez?

- Bem, você já ficou várias vezes “de cara com a morte”. – ele sorriu – Mas eu sempre apostei na sua vida, e já ganhei bastante com os meus palpites. A propósito, eu sou o único que está apostando que você vai voltar.

- Eu preciso voltar. – eu procurei Contracorrente, mas não achei.

- A sua espada ainda está no reino dos vivos. – ele leu minha mente – Ela só mudará para cá quando o fio for cortado, ou seja, quando você estiver oficialmente morto.

Suspirei. Aparentemente não havia nada que eu pudesse fazer, a não ser esperar.

- Os Campos Elíseos são a minha futura casa para sempre?

- Não. – ele me olhou sério – Você está morrendo como um heroi, por isso está vendo os Campos Elíseos. Mas, caso você volte e morra amanhã de um modo estúpido, sendo uma pessoa ruim, você não virá para cá.

Assenti com a cabeça.

- E olha... Se a sua namorada continuar assim, também virá para cá em breve.

- Annabeth?!


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

Quem tá pronto para ler o próximo??? o/