Sweet Revenge escrita por Yass


Capítulo 5
Capítulo IV


Notas iniciais do capítulo

Oii gente! Falei que não iria desistir. Enfim aqui está mais um capítulo e espero que alguém leia. Boa leitura, meus leitores fantasmas preferidos!!



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Capítulo 03 -

–AAAAAAAAAAAAAAAA .... - Acordei de supetão e completamente assustada.

Isso nunca havia acontecido comigo, nunca fui de ter muitos sonhos e ainda mais como esse, as sensações que percorriam meu corpo foram tão vivas que eu até cogitei a hipótese de ser tudo real. Mas desisti disso quando vi o horário, ainda eram 21:25 o que tornava impossível de meu sonho/pesadelo ser real.

Me espreguicei e subi meus olhos em direção a TV e ela estava no mesmo canal de fofocas de antes e parece que tive alguma sorte hoje pois no programa passava sobre os Alcock. Eles estavam mostrando o suposto irmão mais novo no aeroporto, pude perceber que ele era um tanto quanto intimidador, seu modo de andar era imponente, seus cabelos negros tinham um bom contraste com seu rosto perfeitamente desenhado. E quando dizem que os olhos são as janelas da alma, creio que esta metáfora não se enquadra nele, pude ver através da tela que seus olhos eram tão negros quanto um buraco negro ou mesmo um poço sem fundo, nada parecia passar despercebido por eles.

Ding Dong Ding Dong

–A comida! Nossa havia me esquecido completamente. - Disse para mim mesma numa tentativa lastimável de acabar com meu transe detalhista e admirador.

–Só um minuto. - Gritei para o entregador.

Peguei o dinheiro que estava e minha bolsa jogada no sofá e fui pegar meu jantar.

–Aqui está moça, nos desculpe pela demora! - Assim que abri a porta o entregador logo me pediu desculpas pela demora, que aliás eu nem notei.

–A certo, sem problemas. - Disse para ele, lhe entreguei o dinheiro e peguei o pacote.

Fechei a porta e fui colocar o pacote sobre a bancada. Eu estava com tanta fome que senti o cheiro da comida, mesmo dentro do pacote. Peguei os talheres e um prato comi com toda a vontade possível, me senti como uma pessoa que tinha acabado de voltar da guerra.

Depois que terminei de comer coloquei o prato e o resto na pia, joguei o pacote fora e fui para meu escritório. Sinceramente eu estava bem receosa de ir lá depois do meu sonho, mas logo apaguei esse pensamento, era só um sonho afinal de contas, por mais assustador que tivesse sido.

Quando entrei no quarto não consegui apagar as imagens do sonho que vinham em minha mente sem nenhuma permissão, a lua banhando o espaço com sua luz mórbida, a cama revirada e aquele par te olhos me observando, no fundo eu admito que aquilo foi o que mais me assustou, a presença dele e posso até dizer que era essa presença que travou o meu corpo na sala.

A luz estava apagada e logo liguei ela, ficar no escuro ali não era a melhor opção. Fui em direção ao mural e decidi colocar o irmão mais novo nele também, pois se o mais velho estivesse envolvido em alguma coisa, logo o outro também estaria. Peguei a foto dele e coloquei lá, abaixo seguiam as informações principais.

–Logan Alcock, 25 anos, cuida da parte administrativa da empresa e voltou agora de Londres. - Dialoguei sozinha enquanto observava as informações que eu tinha obtido sobre eles.

Decidi parar por ali, meu corpo pedia desesperadamente por um descanso. Quando me virei para sair do quarto me lembrei de um momento do meu sonho, sendo mais especifica lembrei da cama revirada e do pacote preto que estava em cima do estrado da cama. Uma hipótese veio em minha mente e eu decidi seguir ela.

Fui andando em direção da cama e comecei a tirar o colchão dela, para meu azar ou não, lá estava o pacote preto que vi em meu sonho. Fiquei bem temerosa de pegar ele e abrir, mas se eu sonhei com ele, deveria ser algo importante. Fui na cozinha para pegar uma faca, o pacote esta bem lacrado. Peguei a faca e comecei a rasgar o pacote, quando terminei de rasgar tudo descobri que tinha uma caixa bem leve que era envolta pelo plástico resistente. Abri a caixa e vi que nela continha uma carta. Fiquei observando ela, estava meio receosa para abrir ela. Resolvi acabar logo com esse suspense que minha mente acabara de criar e abri a carta.

" Ray querida, se você achou e está agora mesmo lendo está carta creio que meu dia final chegou mais cedo do que eu imaginava. Primeiramente eu queria me desculpar com você, me desculpe por não contar o que estava acontecendo e por esconder esconder tudo, eu realmente não queria fazer estas coisas mas a situação não me permitia revelar tudo. Você deve ter notado o quanto eu estava distante e estranha nos últimos tempos certo ? Você não sabe o quanto isto estava me deixando mal. Me desculpe também por deixar você sozinha em tempos tão difíceis.

Você deve estar atrás de quem me matou certo ? Se não estiver, vá atrás, devemos isso aqueles malditos sanguinários e egoístas. Eu vou ter que ficar por aqui, já estou muito atrasada para um encontro que pode ou não mudar nossos destinos, mas não vou deixa-la as cegas. Lembre do nosso passado, por onde passamos.

P.S : Se você chegou até aqui, significa que eu falhei e estou passando minha missão a você.

P.S²: Me desculpe por ser breve e não esclarecer totalmente as coisas, corro o risco de ser pega a qualquer momento.

Me perdoe por tudo. De sua amada irmã Ella."

Não contive as lágrimas que insistiam em banhar meu rosto, não consigo parar de pensar que se eu soubesse dessas coisas eu poderia ajuda-la, me sinto culpada no final de tudo. Relembrando nossos últimos tempos juntas, eu percebia que ela estava estranha, chegava muito tarde em casa, não atendia o telefone e nem me deixava atender, mantinha sempre as janelas fechadas e quando as abria deixava a cortina tampar tudo. Não me deixava sair sozinha e não gostava quando eu saia mais tarde, fora que ia me levar e buscar na faculdade. No começo eu não achei essas atitudes completamente estranhas, afinal ela sempre foi super protetora, mas aos poucos fui ficando preocupada, foi ai que Ella começou a me afastar, parecia que ela estava tentando me esconder algo e no fim descobri que estava.

Pensei no que Ella tinha sentido, era tudo muito confuso no momento, eu me sentia completamente cega, com uma venda em meus olhos. De uma coisa eu tinha certeza agora, o que entrelaçava minha irmã, as outras vítimas e o Olhos vermelhos era muito maior do que eu imaginava.

Ella tinha deixado uma espécie de legado, e agora eu era a encarregada de terminar com o que ela começou, mesmo ainda não sabendo do que se tratava em um todo.


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Notas finais do capítulo

Como sempre críticas são sempre bem vindas. Se alguém ler, deixe um comentário :)
Até o próximo capítulo!!



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