Percy Jackson e a Trilogia Da Pedra escrita por Pedro
Notas iniciais do capítulo
boa leitura, olha os acessos na fic, se gostou , comente e favorite galera!!
O garoto olhou para o brilho verde, e em uma fração de segundo este desapareceu. Levando consigo o palácio grego. Tudo que havia restado era uma pequena parte do brilho esmeralda sintetizada em uma esfera que sobrevoava o lago.
Ele entendeu a mensagem. Siga.
Percy rapidamente se pôs a levantar. Ele chamou por Gryphion e o animal guinchou batendo asas.
Em poucos momentos eles já estavam no ar.O grifo cortou as correntes de ar numa velocidade incomparável. Eles seguiam a pequena estrela brilhante, cortando todo o lago. O canal que ligava o St. Mary’s e o rio Huron estava logo à frente.
O garoto segurava firmemente a sela de Gryphion enquanto ele descrevia giros e rasantes na água. O olhar estava mais determinado que nunca. Ele finalmente estava com um objetivo concreto. Uma direção. O Último Brilho.
Não demorou muito para eles finalmente chegarem até o canal dos rios. Mas algo estava errado. Uma névoa pairava por toda a extensão das águas. Estava quieto demais. O único barulho era o vento, o lago estava quieto, as águas tranquilas.
Com um calafrio Percy ordenou Gryphion a recuar para a esquerda. Por um centímetro o grifo não havia sido atingido por um gigantesco tentáculo.
E então a criatura mais grotesca e engraçada surgiu das profundeiras. Era enorme. Devia ter 40 metros de altura e seus tentáculos eram tão grandes quanto, eles descreviam voltas e mais voltas pelas águas.O tronco deveria ter uns 20 metros, e a cabeça era mínuscula comparada aos tentáculos.
Alguns dos tentáculos estavam tampando a passagem do canal por toda sua extensão. Percy teria que passar por ele. Seja lá quem fosse.
Porém o que mais chamava atenção nele não era o tamanho nem os tentáculos. Mas sua aparência, consistência.
Era um enorme Kraken. Mas vestia uma armadura de batalha enorme. Cobrindo todo seu tronco e alguns de seus tentáculos. Apenas a cabeça estava descoberta.
Além dessa incrível armadura, o que o tornava intrigante era sua cor. Era azul claro, transparente. Como se ele fosse feito de água pura.
O garoto voou em Gryphion apenas se desviando e passando por entre os tentáculos gigantes. Ele não teria chance.
Percy sobrevoou e ficou cara a cara com o Kraken. Notou um movimento em sua boca.
Um homem saiu de dentro dela. Vestia uma camisa havaiana e shorts bege. Seu primeiro pensamento foi, pai. Mas era inconfundível quanto a sua cor. Azul como a do monstro, porém bem consistente e viva.
—Percy Jackson, aguardava ansiosamente a sua chegada.
A voz que saiu foi calma, porém mortal. Ele pôde sentir o quê de ameaça em seu tom. A voz não tinha tom, era clara como o mar. Como o som de ondas quebrando.
Percy não respondeu. Gryphion apenas continuou batendo asas parado. O garoto levou as mãos ao arco. Ele puxou o fio e uma das flechas elétricas azuis apareceu, os volts percorrendo seus dedos.
Ele parecia uma pequena formiga comparada ao tamanho do Kraken.
—Ah! – o homem aplaudiu – Corajoso.
Percy disparou a flecha. O homem desviou e ela atravessou por dentro da boca do monstro e saiu do outro lado. Nenhum dano.
—Coragem é uma dádiva de poucos, devo reconhecer.
Percy gritou enquanto preparava outra flecha eletrizante.
—Quem é você? – ele analisou cada centímetro do rosto do homem.
—Eu sou Fórcis, fico desapontado por não me reconhecer – ele fez um muxoxo de descontentamento – O matarei por isso.
Fórcis. Percy continuava sem saber muito sobre a genealogia dos deuses. Este deus deveria ser filho de Gaia e outro titã qualquer.
O deus entrou novamente dentro da boca do enorme Kraken.
A criatura marinha desembainhou uma espada enorme. Deveria ser do tamanho de 5 Percy’s.
O garoto preparou o arco de Épiro. Seria uma luta nada fácil.
***
Depois do árduo tempo que Percy estava lutando, Gryphion começava a vacilar no ar.
O Kraken de Fórcis era forte e grande demais. O garoto não conseguia achar nenhuma fenda em sua armadura. A espada gigante dificultava ainda mais as coisas.
O deus tentava acertar Percy com a espada exatamente como um mortal tentando acertar uma mosca com uma raquete.
Por vezes Percy achava um pequeno espaço para disparar uma das flechas do arco, mas esta sempre atravessava o Kraken de água sem nenhum dano relevante.
Ele estava ficando sem tempo e forças.
Fórcis lutava muito bem, mas a sua superioridade auto assumida estava começando a deixá-lo descuidado.
Cada vez mais flechas o atravessavam, sua armadura de bronze estava toda marcada por setas azuis eletrizantes. Mas Gryphion estava se cansando muito rápido. Percy continuava a se desviar.
Deixava seu instinto o guiar. Ele não tentava nenhum ataque, apenas desviava-se e atirava mais e mais flechas.
Fórcis estava se cansando também. O plano de Percy estava funcionando. Mas ele teria que contar com a sorte e com a ajuda divina para manter o grifo no ar até a hora certa.
No fim de mais alguns minutos o Kraken atacou vacilante. Era a hora.
Percy se desviou para a esquerda quando Fórcis espetou para frente a grande lâmina. E então tudo aconteceu muito rápido. O deus perdeu as forças e não conseguiu erguer a espada. Percy colocou o arco novamente nas costas.
O garoto ordenou Gryphion a sobrevoar a espada. Ele deixou o corpo bambear e os pés saíram da sela do grifo. Ele cortou o ar por alguns segundos e aterrissou com um baque na ponta da lâmina.
E le se pôs a correr sob a lâmina. Contracorrente estava na forma de caneta nas mãos.
A expressão de surpresa do Kraken foi inconfundível. Ele também pôde ver Fórcis graças a transparência do monstro. O deus estava dentro do olho direito.
A surpresa de Fórcis foi substituída por ódio quando a lâmina da espada se ergueu de súbito.
Percy foi lançado para o alto.
—Não vou perder para um simples meio-sangue! – ele ouviu o tom de ultraje sair da boca do deus.
Enquanto o garoto estava no ar também gritou.
—Não sou um simples meio sangue! – ele transformou Contracorrente em caneta e a jogou para o alto.
O sol fez a lâmina brilhar ameaçadoramente enquanto a caneta se transormava numa espada de bronze de 90 centímetros.
O mundo começou a rodar em câmera lenta quando Percy fechou os dedos e segurou o cabo da espada com as duas mãos.
Como um míssil o garoto estocou profundamente a cabeça do Kraken , a partindo em duas.
Pelo canto do olho viu Fórcis pulando para o braço e logo depois para a espada gigante.
O garoto fincou a espada no peito do monstro, que estava se desfazendo de dentro para fora.
Quando começou a escorregar, Gryphion surgiu dos céus e o ergueu pela camisa.
O grifo sobrevoou a carcaça do monstro e deixou Percy próximo ao cabo da grande espada.
Fórcis mancava e tropeçava ao andar sob a lâmina gigante. Percy transformou Contracorrente em caneta novamente.
Enquanto andava retirou o arco de Épiro das costas, já preparando uma flecha.
Atirou um total de cinco aos pés do deus e o cercou.
Novamente ele guardou o arco.
—Impossível, não havia jeito de me derrotar, sou invencível, Fórcis, o grande deus dos males marinhos – ele balbuciava e cuspia insultos ao garoto.
—Sabe – ele retirou a caneta do bolso – Foi essa sua confiança que o fez cair, eu não tinha chances, mas você as criou para mim – clicou o botão e Contracorrente brilhou em meio a névoa.
—Mentiras! – ele exclamava.
O deus não ousou tocar nas flechas eletrizadas, afinal era um deus marinho. Parecia um cachorro preso no canil.
—Um simples meio-sangue... – Percy o interrompeu.
—Já disse – ele olhava para a lâmina e andava, chegando cada vez mais perto de Fórcis – Não sou um simples meio-sangue como acha.
O deus bufou e fechou a cara quando o garoto finalmente ficou de frente para ele.
—Eu sou o escolhido — se ele mesmo se surpreendeu quando disse isso, quem dirá Fórcis.
—Impossível!
—Não – ele riu enquanto levantava Contracorrente aos céus – Totalmente possível, e verdade.
Percy estocou o coração do deus e ele se desfez em bolhas de espuma. Levando consigo toda a névoa.
O Kraken já estava quase todo desfeito quando finalmente Gryphion pousou na lâmina e Percy montou.
O canal do St Mary agora estava livre, e além dele a pequena esfera verde flutuava brilhante.
Percy voou no grifo cortando as correntes o mais veloz possível.
A esfera flutuava parada bem no centro do canal, na divisão dos rios.
Percy esticou a mão mas não conseguiu tocá-la. Ela a atravessou e passou pelo peito do garoto.
Subitamente ele fechou os olhos.
E quando os abriu a visão foi de tirar o fôlego.
O palácio grego que ele havia vislumbrado bruxuleante agora se erguia imponente do rio.
Se erguia das águas que não são mar.
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