Você Me Faz Tão Bem escrita por Little Girl


Capítulo 1
I hate you.


Notas iniciais do capítulo

Oi amores, essa é a minha primeira fic. Espero que vocês gostem e comentem ♥



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Pov Malu

6:00 am

Meu despertador tocou, me lembrando que hoje minhas férias acabavam e começava de novo o inferno, conhecido popularmente como escola. Desliguei meu ar-condicionado e me forcei a sair de baixo das cobertas e abrir a janela, fazendo com que o sol matinal me cegasse por um curto espaço de tempo. Segui como uma lesma para o banheiro, onde tomei meu banho e vesti uma regata branca, uma calça jeans escura e uma sapatilha nude. Passei um protetor solar, rímel, peguei minha mochila e estava pronta para a guerra, quero dizer, aula.

Desci as escadas correndo, tomei meu café da manhã, que estava resumido a um Nescau de caixinha e, como minha casa era perto da escola, fui andando mesmo.

Estava adentrando o colégio e vi aquelas faixas horríveis desejando boas - vindas aos alunos novatos, alguns amigos chegavam e se abraçavam, outros estavam apenas sentados fofocando sobre as férias. Pude perceber que várias pessoas olhavam para mim, digamos que eu não sou uma pessoa muito sociável, ao contrario da minha melhor amiga. Dizem que eu sou grossa e insuportavelmente chata, além de ser fechada. Não podia fazer nada se não gostava daquelas pessoas fúteis do colégio e não era falsa ao ponto de fingir suporta-las.

Dei bom dia ao coordenador e perguntei onde era minha sala. Assim que a achei, empurrei a porta com força e andei o mais rápido possível para a minha carteira. Coloquei minha mochila sobre ela e retirei meu celular. Pus meus fones de ouvido e quando estava prestes a me desligar do mundo, alguém esbarra em mim com força me jogando no chão.

– Ta ficando maluco garoto? - Falei enquanto ele me olhava de cima a baixo.

– Não, mas parece que você sim. Ninguém mandou ficar parada no meio do corredor - Falou dando um sorrisinho.

Rafael Cortez. O típico garoto popular, lindo por fora, horrível por dentro, tem tudo o que quer e quando quer, além de ser insuportável. Eu o odeio.

Quando eu ia responder, ele já estava no final do corredor, conversando com alguns amigos. Detesto gente que se acha a última bolacha do pacote.

– Bom dia turma - Ótimo. A pátria agradece pela nossa primeira aula ser de matemática.

– Bom dia professor - Respondemos juntos e o homem, com aparência de ter uns 50 anos de idade, sorriu satisfeito.

Todas as aulas passaram e finalmente deu o toque para o intervalo. Sai depois de todos e obviamente fui até a parte teatral do colégio.

Era lá que eu passava a maior parte do tempo. Era lá que eu me escondia do mundo, ou pelo menos tentava. Estudava nessa escola desde o sexto ano e a conhecia até de cabeça para baixo. Sem dúvida o teatro era o lugar que eu mais frequentava e amava do colégio, ele não era muito usado então sempre estava vago quando eu precisava dele.

Subi no palco e peguei meu violão. Comecei a dedilha-lo, esperando chegar ao tom certo.

Lembrei de uma música que ouvi a muito tempo, minha mãe a cantava pra mim todas as noites antes de dormir. Ela me ensinou a tocar violão quando eu tinha 6 anos e desde então não o largo mais.

– Ao te abraçar, deixei o mundo pra trás. A música se faz só pra nos dois. Aqui tão perto, posso ouvir você. E assim me sinto viver. Deixei a vida levar os sonhos meus, a eles disse adeus, sem perceber... - Senti lágrimas rolarem pelo meu rosto, passei a manga do meu casaco sobre meus olhos, tentando impedir que elas caíssem. Ato em que falhei cruelmente.

A porta do teatro rangeu e ouvi passos vindo em direção ao palco. Normalmente ninguém vinha aqui nesse horário, a não ser o senhor da limpeza, mas ele me conhecia havia muito tempo e sempre chegava aqui tagarelando sobre como detestava esses alunos imundos da escola, que sempre derramavam comida pelos corredores. Provavelmente não era ele, pois a pessoa estava em silêncio.

Limpei instantaneamente as poucas lágrimas que ainda estavam em minha face, rezando mentalmente para que meu nariz não estivesse vermelho a ponto de alguém perceber que andei chorando. Chorar na frente dos outros não era uma opção, fazia com que eu parecesse uma garotinha de 5 anos de idade, fraca e avulsa ao mundo, e eu definitivamente não era isso.

– Quem está aí? - Perguntei esperando que alguém me respondesse.

– Você? - Falamos juntos.


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Notas finais do capítulo

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