As Crônicas De Nárnia - Aurora De Fogo escrita por Carrie Lerman


Capítulo 3
Cap 3 - Emboscada


Notas iniciais do capítulo

Desculpem a demora, mas eu estava com dificuldade de colocar as ideias no papel! Sorry! Espero que gostem desse capitulo! Sei lá, eu achei meio chato de escrever mas acho que ficou legal! Bjus espero que curtam e deixem muitos reviews! bjus



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Após certo tempo de caminhada por entre a mata densa, sendo carregada pelos homens do rei, com os pulsos fortemente amarrados com cordas, Aurora sentiu-se fraca e desabou no chão. Imediatamente os marujos, tentaram fazer com que ela se levantasse o que chamou atenção do rei.

- Vamos, levante-se... –disse Salazar segurando as cordas.

- Eu preciso descansar... – respondeu a garota de cabelos rosados. –Estou fraca... –ela o encarou estando sentada sobre as próprias pernas.

- Você é uma prisioneira do rei agora, não tem direito a descanso... –ele puxou rudemente as cordas, ainda sentindo raiva pela morte do irmão.

- Salazar... –ouviu-se a voz de Caspian se aproximando por entre os homens.

- A prisioneira não quer obedecer, majestade... –disse o marujo.

Caspian deu mais alguns passos, e encarou a face da garota, que parecia mesmo estar enfraquecida por conta do ferimento não tratado. O mesmo havia sido rapidamente envolto por um tecido, que já parecia ensopado com o sangue de Aurora. Caspian encarou o subalterno e ordenou:

- Ela precisa de cuidados... –o rei voltou seus olhos outra vez para a direção da moça. –Está perdendo muito sangue... –ele voltou a encara Salazar. –Vamos fazer uma parada, e tratar do ferimento dela, depois seguiremos em frente... _ele se afastou deixando o marujo inconformado.

Sebastian se aproximou da moça, e a ergueu do chão com cuidado para não tocar seu ferimento. Então levaram a garota até uma grande pedra, onde a colocaram sentada, e o próprio Sebastian passou a tratar do ferimento de Aurora com a ajuda de ervas que traziam junto de si na viagem. A alguns passos dali, Salazar conversava secretamente com o capitão Drinian.

- Não devíamos desperdiçar nossas ervas de cura com ela.

- Todos nós perdemos algo Salazar, não deixe que sua ira se apodere de você. –encarou Drinian. –Caspian sabe o que está fazendo.

- Será mesmo que sabe? –continuou Salazar.

- A moça deve ser levada ao castelo, e passar pelo julgamento como deve ser.

- Por mim, ela ficaria aqui mesmo...

- Não é assim que as coisas funcionam. –reprendeu. –Não usamos desses meios para punir alguém. Não é assim que o rei opera...

Assim que Sebastian terminou os curativos no ombro de Aurora, Caspian se aproximou e foi deixado sozinho com a moça.

- Agora que seu ferimento foi devidamente tratado, diga-me... –ela ergueu os olhos e o fitou. –Onde escondeu?

- Onde escondi o que? –ela foi evasiva.

- A trompa da rainha Susana...

- Por que acha que vou dizer?

- Ela me pertence... E eu quero de volta.

- Não está comigo... - Aurora desviou o olhar.

- Onde deixou?

- Em um lugar seguro! –ela sorriu.

- Está ciente da sua condição não é? –ele se aproximou mais.

- Prisioneira do rei de Nárnia! –ela foi um pouco irônica. –Aliás, meus parabéns, não é qualquer idiota que consegue me pegar.

- Se eu fosse você teria mais respeito... –ele franziu sua testa. – Posso mudar de ideia, e deixar você aqui... Meus homens ficariam satisfeitos em vingar a morte de alguns membros da nossa tripulação...

- Não precisa ficar tão ofendido majestade! – a garota sorriu mais uma vez com ar de deboche.

- Eu ficarei de olho em você... – Caspian deu mais alguns passos e encarou a garota com um olhar ameaçador. – Não pense que pode me enganar...

- Isso sequer passou pela minha cabeça, majestade!

Caspian continuou encarando Aurora, e apertando os olhos enquanto ela o fitava com a mesma expressão dissimulada. Até que Drinian o chamou em um canto o fazendo se afastar da Elemental mas mantendo os olhos fixos nela. Aurora por sua vez desfez o sorriso sínico, e tocou seu ferimento olhando na direção do mesmo.

...

Horas mais tarde, enquanto anoitecia, todos seguiam entre as árvores imensamente altas daquele trajeto. Os arbustos ficavam mais juntos, o que obrigava os homens a usarem suas espadas para abrir caminho. Aurora estava novamente com os pulsos atados por cordas, e seguia logo no centro do grupo, sendo conduzida por Sebastian, que ficou encarregado de tomar conta da moça.

- Não é melhor acendermos as tochas majestade? – interviu Drinian. – Logo ficará escuro demais para continuarmos...

Caspian parou por um segundo, voltou os olhos na direção de Aurora que o encarava com um olhar profundo, como se planejasse algo em sua mente. Depois voltou a encarar Drinian e lhe deu a ordem:

- Sim, mas fique atento... – ambos encararam a Elemental que sorriu com o canto do lábio.

- Sim majestade...

Drinian passou a ordem aos outros, que logo trataram de acender suas tochas para que pudessem prosseguir em seu caminho. Assim a noite caiu, e todos avançavam por entre a mata fechada, carregando suas tochas que iluminavam parcialmente o caminho. Enquanto o olhar de Aurora permanecia fixo em uma das tochas, movendo as chamas e alternando as cores das mesmas, Salazar se manifestou.

- Majestade... – ele tocou o braço do rei que imediatamente o encarou. – Veja... –ele fez sinal para que Caspian olhasse a chama.

- Sabe pra onde está indo majestade? –disse ela voltando os olhares para o rei.

- Você está fazendo isso? – perguntou se aproximando e apontando para a chama.

- Por acaso alguém mais aqui tem domínio sobre o fogo? –ela sorriu.

- Pare... – disse diante dela. – Não me obrigue a deixá-la desacordada o resto do caminho.

- E como fará isso majestade? –ela ergueu as sobrancelhas.

- Não me provoque... –Caspian ergueu as sobrancelhas e se preparou para se virar.

- Não consigo imaginar o rei sendo rude com uma dama! –ela ironizou. –Muito menos uma indefesa e amarrada! –disse erguendo os punhos atados.

- Indefesa certamente é algo que você não é... –rebateu o rei parando onde estava. –Também tenho duvidas sobre você ser uma dama...

- Ai! –ela fez biquinho. – Que indelicadeza majestade! –sorriu em seguida. –Está ferindo meus sentimentos!

- Vamos em frente... –ele franziu a testa e se virou.

- Não tem ideia de onde estamos não é? –ela continuou.

Caspian parou, ergueu o rosto, revirou os olhos e bufou.

- Não dê atenção a ela, está tentando nos distrair... –respondeu Salazar encarando-a.

- E por que eu faria isso? –ela disse.

- Fique quieta mulher... –disse Sebastian puxando as cordas.

- Não puxe essas cordas... –ela puxou os punhos com força e lançou sobre ele um olhar profundo e ameaçador. –Eu não sou um animal...

- Já chega... –disse Caspian se aproximando rapidamente. –Você vem comigo... –ele apanhou as cordas das mãos de Sebastian e segurou firmes os nós que prendiam os pulsos da Elemental. –Quero você onde eu possa ver.

- Quanta consideração! Ser escoltada pelo próprio rei! –ela sorriu ao encarar Caspian em sua frente. –Estou lisonjeada!

- É melhor ficar de boca calada, ou mando amordaçar você... –Caspian a encarou enquanto proferia as palavras de maneira quase rude.

Caspian segurou firmes as cordas, bem no centro entre os pulsos da Elemental, e se virou logo a puxando. Aurora riu e seguiu o rei rumo à mata. Algum tempo depois, o grupo encontrou um terreno rodeado por galhos secos de árvores com troncos escurecidos. E coberto parcialmente por uma neblina densa. Caspian olhou tudo ao redor, as árvores, os troncos, mas naquela escuridão nada era familiar. De repente a escuridão assim como a densa neblina parecia aumentar. Alguns sons que mais lembravam gritos de desespero podiam ser ouvidos.

- Eu disse que não sabia para onde estava indo... – disse Aurora próxima ao rei.

- O que está acontecendo majestade? –perguntou Salazar empunhando sua espada e olhando tudo ao redor.

- Suas espadas não vão funcionar, essas criaturas não são mortais. – continuou a garota. –Já estão mortas... –ela deu alguns passos para trás.

Na escuridão os homens avistaram sombras em formas animalescas se moverem.

- É melhor correrem... –Aurora disse olhando para o rei.

Caspian empunhou sua espada, e arregalou os olhos sentindo que estavam cercados.

- Acho que é tarde demais... –disse ele se colocando na frente da garota.

- Talvez seja pra alguns deles...

Aurora uniu as mãos e focou os olhos nas chamas das tochas e então fez com que as mesmas se tornassem maiores e mais fortes. Os homens jogaram-nas no chão, e se afastaram, enquanto a Elemental forjava um circulo de fogo ao redor de si, e do rei. Caspian se afastou das chamas e olhou para a garota:

- O que tá fazendo?

- Salvando sua vida... –respondeu ela.

- Mas e os meus homens?

- Não posso salvar todos eles... Alguém precisa ficar e distrair as criaturas...

- Abra o circulo, deixe-os entrar. –disse se aproximando e tocando os ombros da garota. –Ou me deixe sair e ajudá-los...

Caspian olhou ao redor, vendo seus homens desesperados lutando contra coisas que eles não podiam ver, mas que começavam a ferir os mesmos mortalmente. Aurora por sua vez, elevou ainda mais as chamas e encarou o rei.

- Você pode ficar e lutar com eles, e morrer com eles. Ou vir comigo e salvar sua amada Nárnia... –Aurora encarou o rei com seriedade. –O que vai ser?

Caspian olhou para seus homens, vendo que aquela era uma batalha perdida. Então aurora usou seu poder para abrir uma passagem no circulo, por onde somente ela e o rei pudessem passar. Assim ambos correram mata adentro, fugindo das criaturas sombrias. Acabaram correndo sem rumo, até que chegaram à beira de uma cascata bastante alta que corria pelas enormes pedras.

- Não tem outro caminho... A gente vai ter que pular. –disse a garota. –Me desamarre... –ela estendeu os pulsos.

- Pra você fugir como antes? –ele a encarou com a expressão mais séria que podia.

- Meu ombro ainda dói, e com as mãos amarradas vai ser difícil nadar... Me solta.

- Do meu jeito dessa vez... –Caspian segurou firmes as cordas.

Percebendo que não seria livre, Aurora apenas se afastou dando alguns passos atrás assim como Caspian, então ambos correram na direção da cascada e saltaram...


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Notas finais do capítulo

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