–... Sim, Lene, eu sei disso, mas não deixa de ser estranho! - falou Lílian jogando as mãos para cima e sentando-se na sua cama, ou o que era uma cama já que havia roupas jogadas para tudo que é lado. A ruiva olhou para o teto e Lene começou a rir da cara de preocupação da amiga. A morena se curvou em cima de seu malão e, ainda rindo, começou a revirar suas roupas quando um feitiço a acertou e fez sua roupa sujar.

–Ah não, Lily, esse feitiço de novo não! -queixou-se Lene olhando para sua roupa, agora, desgastada e se jogou na sua cama, onde estava sua varinha. Lílian ao ver o movimento da amiga se levantou num pulo, mas Lene voltou a levantar a cabeça, encarando a ruiva com cara de psicopata. Soltou um gargalhada louca e pulou sobre o malão, pousando a pouco espação de Lílian, que matinha as varinhas em mãos. E lá se começou um pequeno duelo se é que se pode chamar assim, pois os feitiços saiam das varinhas em meio às risadas das amigas que corriam em circulos, tentando acertar uma a outra com feitiços bizarros. A porta do dormirória se abriu e de lá apareceu Dorcas e Alice.

–MAS O QUE ESTÁ ACONTECENDO AQUI? - gritou Dorcas, mas tentando se segurar para não rir quando um feitço passou a pouco centimetros da cabeça de Alice, que soltou uma risada nervosa misturada a um grito de surpresa. Lily e Lene param de lançar feitiços e desabaram no chão, rindo feito loucas. Lene se recuperou e encarou Dorcas e Lice paradas na frente da porta fechada, com a testas franzidas e boquiabertas.

–Bem, Lily estava nervosa porque... -Lene se levantou e ajudou Lily a fazer o mesmo. -ela estava se queixando o porquê de seu amado James Potter não a chamar mais de ruiva, lírio, meu amor, ruivinha...

E Lene continuou com se discurso de apelidos dados por James. Dorcas e Lice saíram do transe e se sentaram na cama de Lene, olhando Lily olhar raivosa para a morena tagarela. A ruiva voltou a procurar um roupa no meio da bagunça até que Lene parou de listar os lindos apelidos. Dorcas dava risadas, acompanhada de Alice.

–Bem, se você já parou... Poderia me ajudar a achar uma roupa? -pediu Lílian revirando seus vestidos, saias, calças e etc.

–Por que você está querendo achar um bel roupa, minha querida ruiva? -perguntou Dorcas se levantando para ir até Lílian.

–Ah, esse é o estopim. -disse Lene, fazendo um gesto desdém com as mãos. -Lílian quer se arrumar para o querido James para ver se ele a chama para o passeio à Hogsmeade amanhã. -completou Lene com uma careta e depois voltou a mexer em se malão, murmurando: -Merlin, eu só quero um roupa legal para assistir quadribol.

–Lene, você faria um grande fazer se CALASSE A BOCA! -berrou Lílian, olhando Dorcas lhe mostrar alguns shorts. -É que amanhã... é dia dos namorados. -corou até ficar igual aos seus cabelos. -E aqui estou eu, mais um ano, encalhada.

–Você tem sorte de ter namorado o James, se não fosse sua idiot... -a frase de Alice foi abafada pela almofada que voou em sua direção.

–Eu até ficaria com vocês amanhã. -Dorcas arrumava seus cabelos loiros de forma debochada enquanto falava.

–Mas temos nosso namorados. -completou Alice, recuperando-se da almofadada.

Lene e Lílian sacaram as varinhas em forma de ameaça para as outras. Alice e Dorcas, mesmo com medo da morte, sorriram irônicas. Antes que a ruiva ou a morena pensassem em um feitiço, a porta do quarto se abriu novamente e Amy L'Kraad entrou cantarolando feliz.

–Há! Aqui está mais uma do nosso clube! -Lene apontou para Amy com a cabeça, mas está nem percebeu. Lene franziu a testa e, desta vez, elevou o tom de voz. -Não é, Amy.

L'Kraad parou de cantarolar ao ouvir seu nome, parecendo sair do devaneios. Ela sorriu e, arrumando seus longos cabelos loiros, perguntou:

–O que tem eu?

Lílian abafou uma risada e respondeu:

–Você é do nosso clube. Os da solteiras.

Foi a vez de Amy soltar um risada abafada. Ela colocou seu cachecol vermelho e dourado e finalmente pareceu se acertar com seu cabelo, predendo-o em um coque. Por fim, retrucou Lílian e Lene, cantarolando:

–Mas eu não estou solteira. -as outras meninas arregalaram e prenderam as respiração. Não que Amy fosse feia, muito pelo contrário. Mas o négocio dela era só quadribol, quadribol, blá blá blá.

–Hã, ahn, quer dizer, você tá... com quem? -indagou Dorcas, encabulada e surpresa. Amy olhou de soslaio para Lene, que resmugava por não ter um namorado, pegando uma roupa qualquer de dentro do malão.

–Com o Sirius. -replicou Amy, dando de ombros. Lene a encarou, incredula, mesma reação das amigas. Em um monimento rápido, a morena sacou a varinha e ameaçou a Amy. Antes que Lene conseguisse terminar sua feitiço estuporante, Amy vacilou o sorriso e se abaixou, com as mãos na cabeça. -CALMA, LENE! EU ESTOU BRINCANDO. CALMA. SOCORRO! -Lene abaixou a varinha e se acalmou, inspirando forte. -Des...desculpe. Eu estava brincando. Eu estou namorando Dugald McPhail, da lufa-lufa.

Dorcas bateu as mãos uma na outra, gargalhando exessivamente, logo foi acompanhada por Lílian que aparentemente achou uma roupa que gostasse. Alice falou sob as risadas das meninas:

–Você não tem medo da morte, Amy?

–Eu só estava testando a Lene. Agora já confirmei minhas suspeitas. -respondeu a loira de coque, deixando as meninas para trás, saindo do quarto.

***

Um viva a esse sábado animado para os grifinórios porque é só gargalhadas por parte dos bruxos da casa dos leões. Já que é assim, por que os Marotos não? Pois sim, o belo quarteto entrou às gargalhadas no Salão Principal. Ninguém se importou e é obvio o porquê. Quem são os responsáveis pelas altas risadas logo de manhã? Oh sim, está certo quem respondeu: Marotos. Enfim, eles nunca aprendem. Estavam tramando mais uma. Eles podem ser responsáveis, exemplos de alunos em relação às notas, mas aquele espirito maroto e infantil nunca vai sair deles. A vida dura pouco, as marotices não. E é assim que eles levam a vida em Hogwarts. Os Marotos se acomodaram na mesa, ainda se recuperando das risadas.

–Rabicho... -falou Remus em meio a um gole de suco de abóbora. -Você não está com calor? -observando Peter, repararam que o amigo usava sua capa longa da grifinória.

–É mesmo. Faz quase uma semana que aquele frio desgraçado passou. -observou Sirius, com a mão no queixo, pensativo, olhando as anotações de poções.

–HAN? Quer dizer, não. Pre-prefiro usar a capa mesmo. -respondeu Peter mastigando sua torta de maçã.

–Você é bipo... -James ia perguntar, porém um Lene com raiva chegou a passos firmes no Salão Principal, se jogando no lugar vago ao lado de Remus. James olhou Lene com cautela e, apesar de estar curioso, preferiu não perguntar nada. Mas como Sirius tem um boca grande e não tem medo do mal-humor matinal de uma mulher, perguntou:

–Que bicho te mordeu, Lene? -Sirius e Lene voltaram a se falar normalmente já que, provavelmente, estavam tramando algo para que James e Lílian reatem. Voltando a conversa naquele sábado animado (menos a nossa querida Lene). A morena fuzilou Sirius com o olhar, mas depois sorriu, não respondendo à pergunta idiota de Almofadinhas. Oras, é lógico que o "bicho que a mordeu" foi as benditas e amadas amigas com suas gargalhadas. Por falar nas ótimas amigas, Dorcas, Lílian e Alice adentraram no salão. Alice e Lene pareciam as únicas preparadas para o jogo.

–Não querendo me intrometer, -disse Lílian, se sentando e franzindo a testa olhando para os marotos. -mas por que vocês, caros marotos, estão assim... quer dizer, hoje tem jogo Corvinal contra Sonserina.

–Nós sabemos. -responderam os citados em uníssono. Lene se remexeu na cadeira, ficando em uma posição mais confortável e olhou desconfiada para os marotos.

–Ahn, vocês viram o Frank? -Alice, interrompendo os pensamentos de Lene, estranhou o namorado ainda não estar na mesa de Grifinória. Corre o olhar e nada de Frank. Logo percebeu que os marotos abafavam risadas. Deixando sua postura doce e meiga, Alice se levantou de forma ameaçadora. -Eu perguntei onde está Frank. Sei que você sabem a resposta. -apontou para os meninos que quando viram Alice se alterar se calaram e fizeram semblante de crianças inocentes.

–Nós apenas fizemos uma pequena surpresa para ele. -respondeu James levando lentamente a colher à boca.

–Sabe, o cabelo dele não estava os do melhores. -continuou Sirius colocando levemente seus pergaminhos na mesa.

–Então, fizemos o nosso melhor. -Peter abafou outra risada, o que causou uma cotovelada na barriga recebida de James.

–Apenas ajudamos ele por você, Alice. -completou Remus, sorrindo inocentemente.

–ATÉ VOCÊ, REMUS? -gritou Alice de forma muito alterada do seu habitual. -Ahh, cadê o Frank? -perguntou novamente de forma chorosa.

–No quarto. -replicaram os Marotos juntos.

–ARGH, UM DIA EU AINDA ESGANO VOCÊS! -berrou a menina de cabelos pretos, jogando as mãos para cima, caminhando para fora do Salão Principal.

–NÃO FIQUE ASSIM, ALICE! EU SEI QUE VOCÊ QUER FICAR SOZINHA COM ELE. -berrou Sirius em resposta.

–NÃO QUE VOCÊS JÁ NÃO FIQUEM. -complementou Peter, também gritando. Os marotos voltaram a rir e, dessa vez, acompanhados por Lílian, Dorcas e Lene. Depois que Dorcas expulsou Lene do lado de Remus e todos se acomodaram novamente. Lene retomou o assunto anterior:

–Enfim, por que vocês não estão, ahn, se preparando para o jogo? É um jogo importante, James, dependendo do resultado, a Taça será dos corvinais.

–Se acalme, Lene querida. Eu sei disso. -assegurou James, mandando uma piscadela para a morena.

–Mas, você não vão no jogo? -perguntou Lílian procurando os biscoitos na mesa.

–Não. -responderam os Marotos novamente em unissono.

Lílian olhou para eles e depois desviou o olhar.

"Ok, eu fico meia hora procurando uma roupa, arrumo um duelo com Lene para no final o Potter não ir na desgraça do jogo." pensou Lílian com si mesma, cruzando os braços. "Ei, espere. Estou parecendo um maria-gole!"

–E por que os queridoa marotos não vão assistir a partida de hoje? -indagou Lene, desconfiada. -Você são só quadribol, quadribol, blá blá blá.

–Ei, nós não somos quadribol, quadribol, blá blá blá. -protestou Peter, fingindo-se indignado.

–Sim, Rabicho, nós somos quadribol, quadribol, blá blá blá. -admitiu James, procurando o pergaminho de Transfiguração na mochila. AHÁ, ai está, por que James Potter está com uma mochila em pleno sábado? Está na cara que Hogwarts se prepara para mais uma marotagem.

–Mas, hoje, temos um coisa para fazer do que ficar de quadribol, quadribol, blá blá blá. -anunciou Sirius. -Não é justo só o Ranhoso receber nossas marotagens. E, para isso, precisamos de você, Lene.

Lene pega de surpresa quase engasgou com o suco, mas, depois de recuperada, teve que negar o pedido de Sirius.

–Não, desculpe. Mas hoje tem jogo e eu sou quadribol, quadribol, blá blá blá.

–Dá para parar de falar "quadribol, quadribol, blá blá blá"? -Remus indagou, impaciente.

Os Marotos soltaram um muxoxo com a negação de Lene, mas não insistiram. Lílian apoiou a cabeça na mão, decepcionada, e pegou uma das anotações de James para dar uma revisada. James olhou para ela e franziu o cenho.

–O que foi, Lílian?

–Ah, é que ela queria que você... -Dorcas responderia a inocente pergunta de James com uma resposta inocente, mas recebeu um tapa na cabeça pela mão de Lílian, que se apoiou na mesa só para realizar o feito. -Ai, Lílian, caramba. -queixou-se a loira massageando a cabeça.

Lílian sorriu satisfeita e voltou para seu lugar.

–Então, meninos, você vão para Hogsmeade amanhã? -perguntou a ruiva, fingindo estar distraída.

Lene e Dorcas se entreolharam, divertidas. James iria responder Lílian, mas como o dia era das gargalhadas, seria das interrupções também.

–Lílian, nunca pensei que você seria assim. Se quer convidar James para ir à Hogsmeade, desembucha de uma vez. -Sirius falou na frente do maroto de óculos.

A ruiva corou e se levantou, escondendo o rosto vermelho, murmurou um "Até mais" e saiu junto com os outros estudantes que já caminhavam em direção ao campo de quaribol.

–Ahn, bem, vamos colocar nosso plano em ação? -James perguntou, se levantando, ainda olhando para a porta do Salão Principal por onde Lílian acabara de sair.

Os outros marotos concordaram e, depois de abrirem caminho na multidão na porta, saíram correndo pelos corredores.

***

–Está bem, Pontas. -concordou Remus, mesmo não levantando os olhos do seu pergaminho de revisão para o N.I.E.M's. -Dessa vez não será só o Ranhoso, mas todos os outros sonserinos também. É... isso pode ser legal.

James, Sirius e Peter arregalaram os olhos em diração a Remus, assustados. Sirius deu um passo a frente e pegou a varinha do bolso. Apontou para Aluado e gritou:

–O QUE FIZERAM COM REMUS EXEMPLAR E MONITOR CERTINHO?

Remus se assustou e deixou cair suas anotações. Lançou um séries de xingamentos para Sirius, recolhendo os papéis no chão. A risada de James e Peter foi cortada por uma gritaria do lado de fora do castelo. Vinda do campo de quadribol. Jame se aproximou da janela e fitou o campo de longe. Ele tinha que admitir: queria estar lá, mas as marotagens vieram em primeito lugar.

–O que... o que será que está acontecendo no jogo? -perguntou Peter observando James observar o campo, que era um ótimo lugar de se observar.

–Não faço a mínima ideia. -murmurou James em resposta. Piscou com força e saiu dos devaneios. -Ok, vamos aprontar com as cobrinhas. -esfregou as mãos uma nas outras e saiu da sala com os amigos em seguida.

Pararam derrapantes no inicio do corredor que levava para a sala comunal da Sonserina. É recomendável lançar feitiços bizarros em direção à parede que levava para o covil das cobras. É meio obvio que os meninos não sabiam ao certo em qual parte da parede era realmente a passagem. Então foram estendendo os feitiços de canto a canto. James levantou a varinha para proferir um feitiço, mas logo foi interrompido pelos múrmurios animados que vinham em direção a eles. Olhou para para os amigos, hora de correr. Correram até chegar perto da sala comunal da Grifinória, e pediram a Merlin que ninguém tivesse avistado eles e, é claro, que a marotagem desse certo. Viraram um corredor e deram de cara com Lene correndo. O sorriso dela aumentou quando avistou os marotos. Quando chegou até eles, segurou os ombros de James e o balançou.

–JAMES, JAMES, A COBRAS VENCERAM!

–O QUÊ? -gritou James um pouco perplexo.

–Sim! 205 para os corvinais. 240 PARA AS ERVAS VENENOSAS

–Você só pode estar brincando, Lene! -Sirius falou, eufórico. James começou a pular junto a Lene e Sirius.

–AINDA TEMOS CHANCES! A TAÇA PODE SER NOSSA! -comemorou James, ainda pulando feliz, como uma criança recebendo doce.

–Acho que nunca ficara feliz com uma vitória daquelas serpentes. -disse Remus sorrindo pelas chances que a Grifinória tinha.

O quadribol, quadribol, blá blá blá tem dessas coisas estranhas.