Enquanto o homem me encarava a criança ainda permanecia chorosa em meus braços, mas não consegui me desprender daquele olhar, eu sustentaria aqueles olhos para sempre se fosse preciso. Judith pigarreou quando percebeu o que estava acontecendo e começou a tagalerar

–AH MEU DEUS, COITADA DE RENEESME! TA CHORANDO, ÓH COITADA! POR QUE NINGUEM TEM PI..- ela foi cortada.

–cala a boca. – o de cabelos acobreados que antes me encarava, disse furioso, e Judith se calou imediatamente, rosnou de raiva e fingiu ler algum papel em branco. Risadinhas se formara por todo o lugar, alguns prestavam atençao, outros simplismente voltaram para o que estavam fazendo.

–meu nome é Isabella Swan – sorri, Reneesme e o homem me olharam. – você quer agua querida? – a garotinha assentiu ainda com poucas lágrimas nos olhos e bochechas molhadas.

–vamos lá para dentro. – mais uma vez o homem ainda de pé me fitava, deixando-me enrubescida novamente.

Nos levantamos e caminhos lentamente até a enorme sala, era incrivelmente luxuoso, a mesa gigante jazia quase no centro do comodo, sofás e poltronas também faziam parte da decoraçao em cores neutras, a parede com vidro dava à sala uma elegancia sem igual, em uma canto da mesa havia uma placa fina e pequena de prata, e polido no mesmo tinha escrito: “EDWARD CULLEN” e abaixo “presidente”.

–essa sala é sua? – perguntei sem graça.

–esse predio, é meu. – ele disse dando enfase no “predio”, que esnobe. Tudo em que pensava era como um homem tao lindo, perfeito, jovem poderia ser dono de uma construtora grandiosa. Estava bestificada.

–entao seu nome é Edward Cullen. – ele anuiu.

–uau... – ele sorriu torto, precisei me apoiar pois cambaleei, o que era aquilo que Edward Cullen me causava? Ruborizei, o que o fez rir, o cretino sabia a beleza que possuia e usava em seu favor, sem pestanejar. Procurei o que fazer, avistei uma garrafa de água e dei um pouco a Reneesme em um copo, ao acabar com o liquido ela sorriu e passou as maos em meu cabelo.

– obrigada Isabella- aquela menina não pareceu ser a mesma de minutos antes, que causara uma baderna no meio da recepçao. Fiz uma careta.

–Bella, me chame de Bella. – ela riu. Olhei no relogio em meu pulso direito, e já eram quase 5 horas da tarde, eu precisava achar um lugar para ficar e by Text-Enhance\">um trabalho tambem, antes que eu pudesse dizer algo, meu celular tocou, o numero era desconhecido, estranhei porem resolvi atender.

–alô? –

–Isabella, onde você está? – rconheci a voz, era de Jake, ele estava realmente bravo.

–oi, eu estou bem. Não se preocupe. – Edward me olhava curioso, fui para o canto da sala um pouco distante deles.

– eu perguntei onde você está. -

–pra que você quer saber? – perguntei furiosa.

–vou até você, seu pai está louco em sua busca, todos estamos. – ele berrou, conforme sua voz aumentava minha furia acompanhava. – você não tem o direito de fazer isso isabella, não tem!-

–como é? – gritei, Edward e Reneesme se assustaram. – érrr... onde é o banheiro? – perguntei desajeitada, ele me apontou uma porta, fui correndo.

Edward’s POV

Isabella estava no banheiro e de vez em quando gritava com raiva, mas preferi manter minha atençao em minha filha, Reneesme.

–filha você precisa aprender a se controlar. – falei firmemente, mas por dentro eu sabia o por que ela estava assim, apesar de ser uma criança sabia que ela poderia superar.

–pai eu quero a mamae..- ela disse num fio de voz. E meu coraçao se apertava.

–meu amor, você sabe que a mamae precisou viajar, e vai demorar um pouco, não se preocupe, estou aqui com você pequena. – quis chorar, mentir para minha propria filha não era a minha primeira opçao, mas eu tinha medo de contar a verdade.

–você promete que ela vai voltar e brincar comigo? – baixei o olhar, não poderia olhar em ses olhinhos enquanto contava mais uma mentira, dentre muitas.

–sim querida, ela virá. – Reneesme pulou em meus braços, ficara tudo em silencio, entao percebi que os gritos já não ecoavam do banheiro, levantei a cabeça olhando em direçao a porta, me surpreendi quando vi Isabella no solado da porta apenas observando o momento “pai e filha”. Isabella Swan, a única que conseguiu acalmar os nervos de minha filha, era incrivelmente linda, algo em seu olhar me atraia de forma assustadora, seu corpo era de parar o transito, bem... gostosa, os cabelos castanhos longo caiam ate um pouco abaixo de sua cintura, eu via minha perdiçao naqueles olhos cor de chocolate derretido, aquele corpo fazia com que cada by Text-Enhance\">musculaturado meu corpo deseja-la, e eu achava tudo aquilo que sentia muito errado, muito.

Bella’s POV

A cena que via exalava carinho e amor, Edward e Reneesme se abraçavam, a semelhança dos dois agora era mais clara, pai e filha, isso queria dizer que ele tinha alguem, a mae de Reneesme. Dentro de mim, algo se entristecia.

Edward possuia um olhar sôfrego, porem quando me olhou pude jurar haver um brilho, talvez estivesse louca mesmo, quase me esqueci da raiva que habitava em mim no exato momento em que me perdia no meio da coloraçao verde escura de seus olhos, lembrei da raiva, Jake decidiu se mudar para Hanover tambem, para manter meu pai despreocupado, e só depois de muitos gritos e esperneios acabei me conformando e aceitando o que me foi imposto, e mais uma vez não me deixavam fazer nada só, eu não pedia muito, apenas que me deixassem em paz. Ovimos batidas na porta, 1, 2, 3, 4 vezes, Edward se levantou furioso, caminhava em passos firmes ate a porta, era Judith.

–desculpe interromper- ela lhe lançava olhares cinicos – mas queria saber se vocês precisam de algo- podia ver no rosto daquela mulher, ela queria Edward, e pela confiança dela, eles já deviam ter ficado pelo menos uma vez, o que me deixava com... ciume? Não poderia ser! Agora eu a observava com mais cautela, era uma mulher notável, com curvas, cabelo curto liso o que combinava com o formato de seu rosto.

–preciso- ela sorriu – que você não volte mais aqui – e entao ele bateu a porta na cara dela de forma esplendosa e eu não consegui deixar de rir. Adorei o jeito com que ele ignorou o decote exagerado da mulher oferecida. Ele se virou e me encarou incredulo.

– desculpe por isso!- ele disse. Dei de ombros, olhei novamente para o relogio, marcavam 6 horas da noite.

–érrr.. vou indo pessoal.. – Reneesme protestou.

–fica por favor! – ela sorri.

–não posso, já está tarde e preciso achar um hotel para mim. – sorri de volta, Edward revira os olhos.

–você não mora aqui? – neguei com a cabeça- o que veio fazer aqui, digo, na minha empresa? - e sem saber ao certo do por que, contei tudo a ele, eu precisava desabafar, entao ele perguntou e da minha boca saiu toda minhas frustraçoes enquanto Reneesme brincava em cima da mesa de seu pai. Quando terminei me senti aliviada, porem envergonhad tambem, pois o rosto dele demonstrava interesse e seus olhos dizia estar assustado. Tratei de me desculpar.

–Ah meu Deus, deculpe, não sei o que me deu... – e me levantei, e quando estava quase andando e tocou em minha mao, sua mao era quente contra minha pele gélida, senti pequenos impulsos eletricos por todo meu corpo, suponho que Edward tambem sentiu o mesmo pois logo me soltou e enrijeceu em seu lugar. – não quero incomoda-lo. – ele riu.

–não se... descul.. pe – ele diz gaguejando.

– é serio, falei demais por hoje. – ele ri, mostrando pela primeira vez seus dentes alinhados e brancos, supus que ele já deveria ter usado algum aparelho nos dentes, depois me toquei o quão inutil era meu pensamento. Ri tambem.

– não tem problema nenhum garota, posso lhe ajudar.. se permitir. – coro.

–não precisa, não vou incomoda-lo. – Edward pôs as maos na cabeça.

–Deus, pare de repetir isso, não é incomodo se eu estou me dispondo, sei que você está precisando entao aceite logo. – ele fala em uma rajada.

–o..ok – digo sem graça. – o que fa..- fui interrompida por mais batidas surdas na porta, o rosto dele se contrai, Edward caminha rapidamente em diraçao a porta e quando a abre grita sem ao menos ver quem era.

– eu disse pra você não vir mais aqui não disse? – e quando foi fechando a porta uma mao o impediu, ao mesmo tempo que a dona da mao dizia.

– heeeey calma aí, ficou maluco Edward?- ela gritava mas seu tom era de divertimento, Edward abriu novamente envergonhado. A menina que aparentava ter minha idade ou ate mais nova sorria para Ed..ward, ela usava uniforme porem não congui ler o nome do colégio, antes que ele conseguisse falar ela já pulava em seu pescoço, ele sorriu discretamente enquanto ela estava o abraçando. Mais ciume.

–ta, ta, Alice, me solta. – ele diz com rispidez, porem so faz com que ela gargalhe alto, porem solta o pescoço dele. Percebi que ela era baixinha, sua cabeça batia no ombro de Edward, tinha cabelos curtos e castanhos, lisos como o meu, seus olhos eram claros, e ela se parecia um pouco com Edward, ou só estava rezando para eles serem parentes mesmo, tinha o corpo magro e com algumas curvas aparente. Bonita.

–que mal humarado, larga de ser chato Ed. – ele revirou olhos, e ela sorri para mim, Alice me examinava tao detalhadamente que me sentia nua ao seus olhos. – namorada nova Edward? – ela sorri novamente dando alguns pulinhos de felicidade, pulinhos de felicidade? Quem faz isso? Eu coro.

–não alice, pare de ser criança tenha 18 e não 5. – ela mandava lingua a ele, e depois percebeu Reneesme, a mesma a olhou sorridente e correu para os seus braços.

–Tia Aliceee! – Alice sorri contente.

–Deus, não me chame de tia. – as duas riram – sou irmã do seu pai, mas não sou velha como ele! – ele olhou indiguinado e se emburrou. Ela disse ... irmã?? Como eu estava feliz novamente. O estranho era que eu não queria ir embora.

Alice perguntou uma serie de coisas a meu respeito, e Edward acabou contando tudo a ela detalhadamente, e eu não dizia nada. Descobri sobre a vida de Alice tambem, como, ela morava com o irmao, namorava com um tal de Jasper que me pareceu ser um cara bem legal, Jasper era muito amigo de Edward tambem, talvez seu melhor amigo, e ela estava no ultimo ano do colegial, o que me fez relembrar de meus amigos distantes.. quase derramando lágrimas.

Eram 7 da noite e Reneesme estava com fome, saímos para comer depois de muita insistência de Alice, me dei muito bem com ela, aquela baixinha era realmente divertida.

Indo para o carro ao passar pela recepçao novamente Judith ainda estva lá, me lançou um olhar maldoso, e imaginei o que ela deveria estra pensando sobre mim, mas dei de ombros, quando Edward se virou para falar com Alice, Judith me chamou de puta asquerosa, mandei a ela um contoco bem lindo, depois baixei o olhar me recusando a olhar para os demais xingamentos da mulher. Em minha visao periferica, via Edward me observar com uma expressao perocupada. Meu corpo se enquenta.

Já no volvo prata de Edward permaneci calada, e de vez enquanto ria da briga dos irmaos, que discutiam aonde ir jantar, na verdade apenas Alice discutia, pois Edward mantia a calma apenas dizendo: “vamos para o mcDonald’s “ e deveria ser por causa de Reneesme, nessie quero dizer, já que a mesma vibrava cada vez que o nome era pronunciado.

Depois de jantarmos fomos para a casa de Edward, eu tentei pedir para que me deixassem em algum hotel mas de nada adiantou, Alice praticamente me obrigou a ir para a casa dela, chegamos conversando e rindo muito, Reneesme estava com a cabeça em meu colo dormindo feito um anjo, estavamos chegando a casa e pude ver a mansao de longe, branca cheia de vidro, super elegante, Alice riu da minha cara, e me deixou envergonhada. Entramos, Edward subiu para o quarto de Reneesme com a mesma em seus braços ainda dormindo, reparei no quao arrumada a casa estava e silenciosa tambem.

–Alice onde estao seus pais? – ela sorriu triste.

–londres ... – não ia perguntar o por que da tristeza momentanea, pois ela logo mudou de assunto me puxando para seu quarto, ele era bem, bem grande, e cor de rosa, muitas coisas rosas e um closet gigantesco, cheio de roupas rosas. Abri a boca bestificada. Ela nem percebeu pois não parava de falar no telefone com seu “jas fofinho”. Quando desligou perguntou se eu não tinha roupa e neguei, entao ela sorriu bem largamente e disse.

–pois bem, resolveremos isso! – arregalei os olhos. – sei que você não quer ir para sua casa, entao faremos algumas compras amanha, depois da minha aula. –

–ah tudo bem, eu trouxe o cartao do meu pai. – ela riu como se fosse um absurdo minha frase.

–não não querida, Edward paga! – neguei repetidas vezes mas ela não desistiu, entao fui para o banho, não demorei muito. Ela havia separado uma camisola de renda rosa bem curta, eu olhei para Alice furiosa.

–não vou vestir isso! – ela sorriu.

–vai sim! – eu precisei vestir, já que ela pegou as minhas e jogou longe, literalmente, não se pode subestimar uma baixinha irritante.

Eu estava morrendo de sede, e Alice não queria ir buscar agua para mim, eu me recusei a descer com a camisola de Alice, quase aparecia a bochecha da minha bunda. Não aceitava a possibilidade de Edward me ver desse jeito.

–ALICE porr favoooor pegue para miiim!!!!- ela bufou.

–Bella, é só você descer! – me levantei já não aguentando mais de sede, abri a porta e analisei a distancia entre a porta do quarto e a escada, não era tao longe, mas a porta de Edward ficava ao lado da escada, entao corri e quando estava quase descendo o primeiro degrau e a porta de Edward se abre, e ele estava so com uma boxer preta, era a visao do paraíso, ele me olhou e quase morro. No sentido literal da palavra. Eu tropecei e saí rolando na escada, ouvi murmurios longe, minha cabeça rodava e uma dor muito forte.