Capuz Vermelho escrita por Greensleeves
Notas iniciais do capítulo
Gostaria de dizer 3 coisas antes... 1º Quero pedir desculpas por não ter postado nesses dias que passaram, é que eu assisti um filme no sábado e ele me deixou muito triste e deprimida. Eu até diria o nome... mas vá por mim, não assistam esse filme.. e.e
2º Gostaria de agradecer o Victor Slytherin pela recomendação. Muitooo obrigada, de verdade (e prometo diminuir os erros ^-^) e 3º Agradeço a vocês que ainda estão lendo minha fic.. Obrigada *-* - Espero que gostem...
O resto do dia passou perturbadoramente tranquilo e normal.
Logam chegou em casa e almoçou com a tia, depois disso, tomou banho e arrumou o seu quarto. No final da noite, terminou de ler seu livro, jantou e dormiu.
...
"Bom dia."
Logam entrou na cozinha e se sentou com a tia a mesa.
"Bom dia, querido." -Ela disse com os olhos pregados no jornal, nem ao menos olhava para a xícara que estava a sua frente a mais de cinco minutos.
"Você ainda tem agulhas e linhas?" -Ele perguntou pegando uma torrada.
Ela murmurou alguma coisa e Logam entendeu como um sim.
Quando era criança, sua avó o havia ensinado a costurar, pregar botões e faz simples peças de roupas. Ele sabia que era especialidades de meninas, mas ele não ligava, pois quando Annita descobriu de seu dom com a agulha, começou a comprar suas roupinhas de bonecas.
E como ele havia descoberto um rasgado em seu casaco por causa da noite passada, poderia muito bem fazer um remendo.
"O que foi, tia?" -Ele perguntou quando percebeu que ela não dizia nada.
Ela então abaixou o jornal e suspirou.
"Outro ataque." -Ela disse pegando a xícara de café e bebendo.
Logam pegou o jornal e leu a notícia.
Um corpo foi encontrado no meio da floresta nessa manha, 10 de Dezembro de 64. Os policiais ainda não sabem quem foi o culpado. A vítima foi levada para hospital rapidamente, mas infelizmente não aguentou e faleceu cinco minutos depois. Apenas meia hora depois de sua morte, que ela foi identificada: Fredye Huntherbergy.
De acordo com a família, ele havia saído na noite passada para uma entrega, e não voltou mais. Seu irmão, Lohan, disse que Fredye sempre fazia a mesma entregas nas sextas, e que nunca pensou que algo poderia acontecer com ele.
A família, apesar de abalada, quer respostas sobre o que o matou, e culpa o prefeito por falta de vigilância na floresta pública.
Será esse o fim dos ataques, ou apenas o começo?
Logam abaixou o jornal e olhou para tia.
Ele conhecia Fredye. Ele trabalhava no mercado do outro lado da igreja e sempre ajudava sua tia nas entregas. Era uma pessoa muito boa, Logam não consegui pensar em alguém que machucaria Fredye.
"O que está havendo?" -Sua tia disse negando com a cabeça.
Logam encostou na cadeira e suspirou.
A campainha tocou, então ele se levantou para atender. Quando abriu a porta, Thomas o olhava calmamente.
"Olá." -Ele disse sorrindo- "Eu vim aqui ontem, mas você não estava."
"Fui na minha avó." -Logam disse dando de ombros.
"Foi o que pensei. Bom dia dona Musil." -Thomas levantou a mãe acenando.
"Bom dia, Thomas. Quer tomar um café?" -Ela respondeu da cozinha.
"Estou bem, obrigado." -Thomas sorriu- "Vamos." -Ele disse acenando com a cabeça.
"Estou saindo." -Logam disse, fechando a porta atrás dele.
Os dois amigos caminharam pela rua silenciosa.
"Soube de Fredye?" -Logam disse olhando para Thomas.
"Sim, que desgraça." -Ele negou com a cabeça.
"As coisas estão ficando perigosas, é melhor tomar mais cuidado por onde anda."
"É..."
Ele viraram a rua e entraram no parque, que na verdade não era u parque. Era apenas uma área que o prefeito disse que construiria um monumento para a cidade, mas nunca o começou, mas era coberto por grama, algumas arvores e também um lago artificial, que quando nevava, as pessoas patinavam nele. Mas mesmo sendo um projeto que deu errado, as pessoas gostavam de passear por lá, o que levou a ser chamado de parque.
Logam sentou num dos bancos de madeira e olhou para as arvores que cobriam a quela parte. Eram tão altas, talvez tocassem o céu. Talvez se você subisse nelas, poderia estar tão alto que deitaria nas nuvens e veria a cidade de cima e pudesse brincar com as pessoas como se fossem bonecos; Logam riu com a ideia.
"Meus pais já estão preparando as coisas para esse ano."
"E será como ano passado?"
"Eles dizem que será melhor." -Thomas assentiu.
Todo ano, os pais de Thomas faziam uma grande festa de natal. E não era apenas uma festa, era uma grande e magnifica festa de natal!
Havia musica clássica, um salão para valsa, estatuas de gelo, uma enorme arvore de natal e luzes que dava-se para ver das montanhas.
Não eram todos que podiam apreciar o espetáculo, mas como Thomas era seu amigo, Logam sempre tinha um convite garantido.
"Dessa vez eles chamarão uma banda da escócia."
Logam riu.
"Músicos de saias." -Ele disse rindo.
Thomas começou a rir também, e Logam ao ouvir sua risada, começa a a rir mais ainda. E mesmo sem achar graça, Thomas continuava a rir, só para ouvir a risada do amigo.
Até que logam suspirou e encostou no banco ofegante. Ele olhou para Thomas, que ainda ria, mas controlado.
"Olá, meninos."
Annita se aproximou e sentou entre eles no banco.
"Na festa do Thomas terá músicos de saías." -Logam disse sorrindo.
"Músicos de saía?"
E de novo, os dois começaram a rir como loucos. Annita ficou olhando seriamente para os dois, até que parassem e ela pode-se falar.
"O que são músicos de saía?"
"Escoceses." -Thomas disse num suspiro.
"Ah... Faz sentido." -Ela sorriu.
"Por que estava na floresta ontem, Anni?" -Logam olhou para a amiga- "Não me respondeu."
Ela desviou o olhar.
"Nada...Apenas andando."
"Andando?"
"Sim." -Ela olhou para o amigo.
"Não tinha ido pegar algo para o seu avô?" -Ele levantou uma sobrancelha.
"Se você já sabe, por que esta perguntando?"
"Calma, Annita." -Thomas disse evitando uma discussão entre os dois- "Ele só esta preocupado. Não sei se você sabe, mas Fredye foi atacado hoje de manha."
"Sim... eu sei." -Ela disse.
"Só quero que tome cuidado." -Logam disse.
Ela olhou para ele e sorriu.
"Não se preocupe comigo."
"Me preocupo sim, se algo acontecer a você..."
"Você não é meu pai." -Ela disse cruzando os braços.
Logam suspirou e desviou o olhar.
Não era mal de Annita, mas ela não gostava quando tratavam ela como coitada, e tendo amigos só garotos, isso quase sempre acontecia.
Por outro lado, Logam só queria proteger a amiga, depois do que houve com Fredye, qualquer um poderia ser o próximo.
"Thomas, você disse que iria comigo na loja de tecido, quer esperar até o natal?" -Annita virou para o amigo.
Thomas suspirou e se levantou.
"Vamos logo." -Ele disse.
Annita olhou para Logam e sorriu.
"Quer ir com a gente?"
"Não, vou passar na biblioteca agora." -Ele disse.
"Nos vemos então." -Ela disse.
Os dois foram andando para a loja e Logam foi para a biblioteca, que ficava perto do parque.
No caminho ele ficou pensando se não seria uma boa ideia ter ido com os dois, assim ele poderia chamar Annita para ir a festa de natal de Thomas com ele, já que em certa hora, tocava a valsa, e apesar de sempre ir, nunca havia dançado, mas tinha muita vontade de um dia chegar a levar uma garota pelo salão e danças com ela a musica.
Se Annita tinha ido com Thomas, com certeza o amigo já planejava pedir isso.
Annita não era uma garota feia, Logam até a achava bonita; e, secretamente tinha um pouco de ciumes da garota. Mas a mesma só o considerava como amigo, e nada mais.
Logam caminhou em silêncio e com as mãos no bolso, ele olhava para a calçada e desviava das imperfeições no chão. Era uma brincadeira sua, e ele só a fazia quando estava sozinho. Assim como não pisava nas linhas da rua e desviava de qualquer coisa da sua frente como se fosse uma enorme pedra.
Ele se divertia em quietamente.
Quando chegou perto da biblioteca, ele viu a igreja do outro lado da rua. Logam não era muito religioso, na verdade só ia com sua tia a igreja um domingo por mês.
Mas ele então lembrou-se de Fredye e, talvez, só talvez, poderia rezar pelo amigo.
Ele atravessou a rua, subiu os poucos degraus da igreja e entrou. Não havia ninguém. Talvez todos estivesse ocupados de mais para rezar pelo amigo.
Ele andou calmamente até uns dos primeiros bancos e olhou para as velas que queimavam a sua frente. Talvez depois pudesse acender uma. Sentou-se no banco e tentou se lembrar das poucas rezas que sabia, e na sua mente, orou pelo falecido.
Quando acabou, suspirou e encostou-se no banco.
Ele ouviu sussurros e quando se virou viu alguém do seu lado, quase pulou com o susto, mas se controlou, visto que estava em uma igreja.
Mas a pessoa ao seu lado não era um estranho, pela vestimenta, Logam deduziu que era o garoto que estava na floresta, na quele dia.
O garoto rezava em silêncio, e quando percebeu que Logam o encarava, fez o sinal da cruz e olhou para ele.
"De todos os lugares da cidade, a igreja era o ultimo em que eu pensava que poderia te encontrar." -Logam disse sorrindo.
Depois do que houve na floresta, se sentiu remorso por ter sido tão mal educado com o garoto que apenas o quis ajudar.
"E por que?" -O garoto perguntou tão baixo, que Logam quase achou que ele tinha apenas suspirado.
"Bem..." -Logam olhou para o altar- "Você não parece que vai a igreja."
O garoto soltou o ar pelo nariz, como uma risada.
"Estou em dívidas com os meus pecados." -Ele respondeu olhando para Logam.
"Você não é daqui."
O garoto riu.
"Não."
"Então é o que?"
"Na verdade sou muitas coisas." -O garoto se levantou e pegou seu casaco no banco.
Logam levantou e o seguiu, achando que os dois terminariam a conversa do lado de fora da igreja.
Mas quando os dois saíram, o garoto continuou a andar.
"Você é alemão?" -Logam perguntou andando ao seu lado.
Esse drama todo que o garoto tinha em dizer de onde era o deixou curioso.
"Não." -O garoto respondeu atravessando a rua.
"Inglês você não é..." -Logam afirmou para si mesmo.
"Não." -O garoto negou com a cabeça.
"Pelo menos é europeu?" -Logam olhou para ele.
"Sim." -Ele assentiu.
Os dois foram andando até a floresta. E quando Logam se deu por si, já estava quase perto da casa de sua avó.
"Italiano.... Não, né." -Logam perguntou.
O garoto riu.
"Tenho cara de italiano?" -Ele olhou para Logam.
"Não." -Logam riu.
"Por que esta me seguindo?"
O garoto parou e encarou o outro a sua frente.
Logam olhou em volta e percebeu que realmente o estava seguindo.
"Eu não sei." -Ele disse- "Me desculpe."
O garoto sorriu.
"Tudo bem." -Ele deu de ombros- "Fazia tempo que não era interrogado assim."
"Estou pelo menso perto?"
"Um pouco mais para o Leste." -O garoto disse- "Mas posso saber por que todo esse interesse na minha nacionalidade?"
Logam deu de ombros.
"Eu moro aqui a muito tempo, e conheço quase todos da cidade. E sei que nessa época do ano muitos lenhadores se mudam para cá. Mas nunca vi um como você... Quer dizer, jovem. Então... Ou você fugiu de casa, ou é procurado pela policia. Então tenho que saber." -Logam enrolou tanto em uma mentira, que ficou até orgulhoso. Mas ao certo, ele não sabia o porquê de ter seguido o garoto até ali. Apenas achou divertido...
O garoto riu.
"Vocês austríacos são estranhos." -Ele disse- "Na verdade eu sou polonês mas fui criado por um alemão na Irlanda."
"Nossa."
"É, todos dizem isso." -O garoto desviou o olhar.
"Bem... Agora que eu já sei..." -Logam olhou em volta, ele queria por algum motivo ficar e conversar mais com o garoto, mas sabia que não podia.
"Foi bom seu interrogatório, mas eu tenho que ir. Sinto muito pelo seu amigo." -Ele disse.
Logam olhou para o garoto.
"Como sabe...?"
"Eu li no jornal, e... deduzi que você só poderia estar na igreja por um motivo." -O garoto sorriu.
Logam assentiu.
"Eu não sei seu nome."
"Logam." -Ele respondeu.
"Haskel." -O garoto disse olhando para Logam.
"Te vejo por ai... Haskel." -Logam disse- "E não foi a minha intenção ser mal educado com você na quele dia."
"Não se preocupe com isso, Logam." -Haskel disse assentindo.
Logam acenou com a cabeça e voltou a andar pela cidade pensativo.
De uma maneira muito estranha, ele talvez havia feito um novo amigo.
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Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!Notas finais do capítulo
esse cap. não saiu muito bem do jeito que eu queria... mas.. espero que gostem.. =)